A Cooperação como recurso fundamental no processo de desenvolvimento das universidades O caso da Universidade Polit é cnica, de Moçambique Rosania da Silva.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profª Simone Cabral Marinho dos Santos
Advertisements

LIDERANÇA & DESENVOLVIMENTO
Maria Regina de Carvalho Teixeira de Oliveira
Regina Célia Baptista Belluzzo
Para viver, aprender e trabalhar bem em uma sociedade cada vez mais complexa, rica em informação e baseada em conhecimento, os alunos e professores devem.
CAPÍTULO 5 GESTÃO DA EXPORTAÇÃO.
A Investigação Educacional em Portugal
- Universidade e sociedade - A extensão universitária - Graduação e extensão
Inserção da Economia Solidária no Processo de Construção da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis Miguel Juan Bacic[1] Lucirléia Alves Moreira[2]
2o. Curso ANDIFES de Gestão da Internacionalização Universitária
Educação Permanente em Saúde :
IPPUC Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
XII Encontro de Reitores Grupo Tordesilhas
Maio de 2007 M. Pedrosa de Barros Estratégia Segurança da Informação Contributos A Estratégia da Informação Nacional Simpósio - Academia Militar.
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta
DESAFIOS COLOCADOS À ESCOLA PORTUGUESA
PROGRAMA DE MOBILIDADE ACADÉMICA INTERCONTINENTAL.
CRIAÇÃO E GESTÃO DAS ASSESSORIAS INTERNACIONAIS
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Cooperação para a Sustentabilidade: o papel do ensino a distância
Liderança em Pequenas e Médias Empresas
Talentos para Inovação
PROJETOS SOCIAIS IMPORTÂNCIA PARA A SUSTENTABILIDADE
Inovação Tecnologia Intelligence Empreendedorismo Associativismo Internacionalização Formação Qualificação Portugal Pólo de Competitividade Engineering.
CIÊNCIAS SOCIAIS UNIVERSIDADE DE COIMBRA
O Fenômeno da Globalização e as Identidades Regionais
OS DESAFIOS DO FINANCIAMENTO DA INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO DOS BENS INTANGÍVEIS DA PI Ana Comoane Nampula, de Fevereiro de 2006.
Plano de Desenvolvimento Francisco Caniçali Primo.
FÓRUM DE BICICLETAS DE MANAUS O PAPEL DO ESTADO NAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS ATRAVÉS DA MOBILIDADE.
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UFMG
Rede de Incubação e Empreendedorismo da Região Centro RIERC
GRUPOS AGÊNCIAS DE FOMENTOS Conquistas: Processo histórico de maior participação dos trabalhadores (as); Aumento de parcerias com o poder público; Ampliação.
INOVAÇÃO – O BRASIL E O MUNDO
Programa URB-AL Cooperação entre as cidades da América Latina e da União Européia.
Seminário Nacional de Gestão Estadual da Educação Profissional
O QUE É GLOBALIZAÇÃO? Processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as.
Marilza Vieira Cunha Rudge Presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação FOPROP.
NÍVEIS DE COMPETÊNCIAS DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 1º ENAVISS ENCONTRO NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE SALVADOR-2009.
MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE
LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS
PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA
09 e 10 de setembro de 2010 Seminário Institucional de Avaliação e Planejamento da Pós-graduação da UFSM Programa de Pós-graduação em Geomática Conceito.
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO PNPG
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA
Regulamentação da Educação a Distância Sérgio Roberto Kieling Franco SEAD/UFRGS.
Agarra a oportunidade e volta à universidade. A. ENQUADRAMENTO/CONTEXTO Neste momento de grave crise económica, são muitas as famílias que não conseguem.
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
As prioridades da Presidência Húngara. Dezembro 2010 As prioridades da Presidência Húngara A Presidência Húngara do Conselho da União Europeia irá decorrer.
A PESQUISA EM INSTITUIÇÕES PRIVADAS Oscar Hipólito 09/11/2013.
REDAÇÃO – ENEM/2016 ESTRUTURA E TEMAS.
PRESENÇA DA UNESP NOS MUNICÍPIOS SEDE DE SUAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS.
Recife - 03 a 06 de Dezembro de 2013 A configuração da Mobilidade Internacional em nível de graduação em uma IES Brasileira Liliane Gontan Timm Della Méa.
Prof. Luciano Allegretti Mercadante Núcleos Docentes Estruturantes NDE Contexto FCA Início em 2009, 8 cursos, inexistência de departamentos Construção.
3ª Conferência FORGES Política e Gestão da Educação Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa Universidade Federal de Pernambuco, BRASIL | 4,
Margarida Mano | “Ensino Superior Português – Desafios à Governação” “Ensino Superior Português – Desafios à Governação ” Fórum da Gestão do Ensino Superior.
3ª CONFERENCIA “POLÌTICA E GESTAO DA EDUCAÇAO SUPERIOR NOS PAISES E REGIOES DE LINGUA PORTUGUESA ” Gestão Estratégica nas Instituições de Ensino Superior.
GEOGRAFIA DO BRASIL - O TURISMO EM NUMEROS -. Panorama mundial De acordo com a Organização Mundial de Turismo – OMT (2013), as chegadas de turistas internacionais.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO RECIFE 3.ª CONFERÊNCIA DA FORGES 4, 5 e 6 DEZEMBRO DE 2013.
Definição e priorização das ações de internacionalização a partir do modelo de referência Agosto de 2008 Tubarão/SC. Silvete Helena Heerdt Beatriz Peçanha.
Antonio Marcelo Fernando Nalini Fernando Ribeiro Luiz Carlos Vaz Thiago Camargo8C.
Universidade do Estado da Bahia Curso: Licenciatura em Ed. Física Disciplina: Políticas Públicas de Esporte e Lazer Docente: Luiz Rocha Componentes: Adilton.
Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico de de Tecnologia de Informação Prof. Antonio Márcio M. Carmo Prof. Antonio Márcio M. Carmo.
REDIRP Red Iberoamericana de Relaciones Públicas DIFUSÃO REDIRP – BRASIL/ARGENTINA 2016.
EDUCAÇÃO CONTINUADA: Um Desafio para o Enfermeiro Educador! Prof Bruno Silva UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO FACULDADE DE ENFERMAGEM.
Evolução do Sistema de Avaliação da Educação Superior Brasília - maio de 2014 João Carlos Pereira da Silva Presidente da CONAES.
Regiões Integradas de Desenvolvimento Audiência Pública Comissão de Desenvolvimento Urbano Brasília, outubro de 2015.
Joanesburgo. Lisboa. Luanda. Madrid. Praia. S. Francisco Lisboa Av. da Liberdade, 190 – 5º B Lisboa Tel.: Website:
1 Ciência e Tecnologia para a sociedade: um casamento difícil Simon Schwartzman Seminário Rio além do petróleo: conhecimento e desenvolvimento 12 de junho.
Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 16 a 18 de novembro de 2005 Brasília.
Transcrição da apresentação:

A Cooperação como recurso fundamental no processo de desenvolvimento das universidades O caso da Universidade Polit é cnica, de Moçambique Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

1.O papel das universidades como força motriz do desenvolvimento social e de aproximação entre realidades diversas; 2.Diversidade geográfica, económica e social; 3.Assimetrias entre os países de língua portuguesa. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

A Cooperação como denominador comum de união entre diferentes realidades; Revisão do conceito de Cooperação, de modo a evitar-se confundi-lo com uma relação de dependência ou subordinação entre pares; Necessidade de políticas públicas que permitam aos cidadãos terem acesso ao conhecimento e formação. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Situação das universidades africanas de língua portuguesa - O caso de Moçambique; Não se pode retirar às universidades dos países africanos o mérito do seu papel ao longo das primeiras décadas que sucederam as independências dos seus países; Os primeiros académicos africanos foram formados sobretudo em universidades europeias e da América do Norte, as universidades africanas foram maioritariamente suportadas, principalmente na segunda metade do século passado, por académicos oriundos da Europa e da América do Norte; Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Tem surgido uma significativa elite de académicos africanos, mas a maior parte das universidades africanas ainda continua a apoiar-se nos grande centros universitários da Europa e das Américas, e, mais recentemente do continente asiático. O princípio da cooperação universitária deve, em primeiro lugar, combater o arraigado complexo de inferioridade e o s as assimetrias que muitas vezes contaminam as relações entre as universidades dos países africanos e periféricos e os países dos centros de conhecimento mundialmente reconhecidos. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Dificuldades mais comuns enfrentadas pelas IES africanas: 1.Falta de corpo docente qualificado e de pessoal técnico e administrativo capacitado; 2.Fracas condições ou mesmo inexistência de infraestruturas; 3.Falta de financiamento e de condições para a pesquisa e a extensão; 4.Fragilidades de governação comuns a muitos países africanos. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

5. O cenário politico e económico em que o poder politico procura por vezes cooptar as universidades como um valor a ser agregado às suas políticas locais; 6. O facto de alguns países africanos não terem ainda consolidado completamente o processo de estabilidade política, o que provoca cenários de alguma instabilidade política e social; Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Vantagens da cooperação entre as universidades do espaço da língua portuguesa Possibilidade de encontrar um factor de equilíbrio para a sua consolidação e crescimento; As redes de cooperação permitem às universidades somar vantagens e experiências, buscando compensar fragilidades e recursos inexistentes. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Cenario actual A cooperação internacional entre as universidades de língua portuguesa tem priorizado a mobilidade de docentes, de estudantes e a transferência tecnológica de informação e conhecimento; Aspectos como a investigação científica e a extensão universitária têm ficado em planos secundários como matéria da cooperação internacional; Falta às universidades dos países de língua portuguesa, na maioria das vezes, uma atitude indutora que também procure promover a cooperação. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Razões para este cenário: Incapacidade destas mesmas universidades de ocuparem o seu espaço ou a falta de enquadramento de uma visão estratégica das suas políticas de gestão universitária? Ausência de políticas institucionais ou governamentais que visem promover esta cooperação? O que fazer para mudar este cenário? Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Alguns caminhos: Necessidade de privilegiar a vertente da cooperação na estrutura funcional das universidades, com recursos humanos capazes de dar resposta e continuidade à demanda das relações cooperação; O desenvolvimento e fortalecimento das relações Sul - Sul ou das relações entre universidades com características económicas, sociais e culturais mais próximas poderá ser uma alternativa a este cenário; Combate à tutelagem. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Universidade Politécnica- um caso de sucesso em Moçambique Priorizou como estratégia, desde a primeira hora, o desenvolvimento de projectos e acções de cooperaçao com outras universidades de língua portuguesa; A opção pelo sistema bilateral entre universidades foi o modelo que melhor se adequou à sua realidade, devido ao facto de, por ser uma instituição privada, por vezes não poder entrar no circuito das relações multilaterais entre governos e pelas dificuldades da conjuntura de relações universitárias entre os países, ficando por vezes as universidades privadas à margem deste benefício. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Criou um espaço próprio de relações de cooperação com universidades de outros países de língua portuguesa, expandindo mais tarde o seu campo de acção a diversos países e procurando inserir-se no espaço africano, europeu, latino americano e asiático; Porém, o risco da tutelagem e cooptação foram factores a serem tidos em conta e que a Universidade Politécnica procurou acautelar. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Considerações Finais Necessidade de transformar as universidades africanas de língua portuguesa a partir de dentro, para que elas estejam em condições de apanhar o comboio da Cooperação e beneficiar das vantagens que o mesmo pode trazer; As universidades africanas devem preparar-se para apanhar o combio da cooperação; Sem um corpo técnico qualificado e competente, muito pode se perder em termos de oportunidades para as universidades africanas; Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Sem uma política e plano de formação do corpo docente, muitas oportunidades de bolsas de estudos serão desperdiçadas; Sem uma política de extensão universitária e de cooperação a vários níveis, a cooperação entre Universidades acaba por ser uma ideia bem intencionada mas que sucumbe a si própria por falta de pernas para andar; Portanto, mais do que aderir a esta iniciativa, compete às universidades prepararem-se para acompanhar esta dinâmica, tirando dela os maiores benefícios possíveis, aproveitando-se do princípio seguro de crescer entre pares. Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,

Muito Obrigada! Rosania da Silva. Univesridade Politécnica, Mocambique. Dezembro,