Hérnia Epigástrica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

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Transcrição da apresentação:

Hérnia Epigástrica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA MÓDULO MED 7017 – CIRURGIA GERAL PROFESSOR DR WILMAR ATHAYDE GERENT ACADÊMICOS:Beatriz Luiza de Costa Remor Carine Lutkemeye Elizabeth Martins da Silva Guilherme de Oliveira Luciani Gustavo Rigoleto de Souza Jackson Luiz Souza Joseane de Oliveira Alvarez Otomar Zanchett Schneider Sipredi Sompré

Histórico Amaldus de Villeneuve descreveu a hérnia epigástrica em 1285. O nome de hérnia epigástrica foi dado por Leveil, em 1812 Maunior, em 1802, relatou a primeira cirurgia Hérnias são protrusões anormais de um órgão ou tecido através de um defeito de suas paredes adjacentes.

ANATOMIA Músculos da parede ântero-lateral do abdome: Verticais Planos Hérnia Epigástrica ANATOMIA Músculos da parede ântero-lateral do abdome: Verticais M. Reto do abdome M. Piramidal (variação anatômica) Planos M. Oblíquo externo M. Oblíquo interno M. Transverso

Hérnia Epigástrica ANATOMIA LINHA ALBA A aponeurose do músculo oblíquo interno do abdome divide-se para formar as lâminas anterior e posterior da bainha do músculo reto do abdome. A aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome une-se à lâmina anterior da bainha e a aponeurose do músculo transverso do abdome une-se à lâmina posterior. As lâminas anterior e posterior da bainha do músculo reto unem-se medialmente para formar a linha alba

Hérnia Epigástrica ANATOMIA A linha alba é o local de cruzamento das camadas que formam cada lâmina das bainhas. Nela ocorre a passagem de um feixe vásculo-nervoso Vários padrões de entrecruzamento Resistência a formação de hérnias na parede anterior do abdome

Etiopatogênese Pode ser explicada por alguns fatores, entre eles: Hérnia Epigástrica Etiopatogênese Pode ser explicada por alguns fatores, entre eles: O entrecruzamento vicioso ou alterado das fibras aponeuróticas; A presença de orifícios por onde passam pedículos vasculonervosos; A penetração de vasos perfurantes

Etiopatogênese O afastamento do musculo retoabdominal Hérnia Epigástrica Etiopatogênese O afastamento do musculo retoabdominal Maior quantidade de gordura no ligamento falciforme, Outros fatores predisponentes como gravidez, desnutrição, diástase do reto abdominal e obesidade abdominal.

Hérnia Epigástrica Etiopatogênese Forte associação entre a obesidade e a hérnia epigástrica; Hipertensão, hiperdistensão musculoperitoneal ou obesidade de fáscias estariam associados.

Quadro clínico Hérnias pequenas: não apresentam sintomas Hérnia Epigástrica Quadro clínico Hérnias pequenas: não apresentam sintomas Aumento da abertura do tecido muscular e da protrusão: dor intermitente. Agravo com atividades que pressionem os quadrantes inferiores do abdome (evacuar, tossir, carregar peso).

Quadro clínico Outros sintomas: Hérnia Epigástrica Quadro clínico Outros sintomas: hiperestesia, dispepsia, distúrbios digestivos. Exame físico: nódulo liso, pouco móvel, de limites bem nítidos, de tamanho variado, doloroso ou não. Sinal da campainha.

Hérnia Epigástrica Quadro clínico Doenças com a mesma sintomatologia: neoplasia maligna de estomago e de pâncreas. Doenças de diagnostico diferencial devem ser excluídas antes de se indicar a cirurgia.

DOENÇAS ASSOCIADAS CÂNCER GÁSTRICO CARCINOSE PERITONEAL Hérnia Epigástrica DOENÇAS ASSOCIADAS Hérnias epigástricas que permaneçam por muito tempo sem maiores queixas e que, de repente, tornam-se incômodas, podem mascarar doenças adjacentes, são elas: CÂNCER GÁSTRICO CARCINOSE PERITONEAL COLEDOCOLITÍASE COLELITÍASE DISCINESIA INFUNDIBULOCOLOCÍSTICA

DOENÇAS ASSOCIADAS DIVERTÍCULO DUODENAL DIVERTÍCULOS GÁSTRICOS Hérnia Epigástrica DOENÇAS ASSOCIADAS DIVERTÍCULO DUODENAL DIVERTÍCULOS GÁSTRICOS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO ESTÔMAGO E DUODENO FÍSTULAS GASTROJEJUNOCÓLICAS HÉRNIA DE HIATO ISQUEMIA DO MIOCÁRDIO LITÍASE PANCREÁTICA

DOENÇAS ASSOCIADAS METÁSTASES ODDITE PANCREATITE CRÔNICA Hérnia Epigástrica DOENÇAS ASSOCIADAS METÁSTASES ODDITE PANCREATITE CRÔNICA PARASITOSE DUODENAL SÍNDROME DE COMPRESSÃO AORTOMESENTÉRICA ÚLCERA DUODENAL ÚLCERA GÁSTRICA Cabe ao profissional o discernimento de perceber que se tratam de sintomas novos pertencentes a uma doença adjacente.

DIAGNÓSTICO Essencialmente clínico através do exame físico: Hérnia Epigástrica DIAGNÓSTICO Essencialmente clínico através do exame físico: Palpação de uma falha ou nodulação na linha mediana do abdomem Manobra de Valsalva

DIAGNÓSTICO Para o diagnóstico diferencial Hérnia Epigástrica DIAGNÓSTICO Para o diagnóstico diferencial Na anamnese atentar para características da dor No exame físico atentar para consistência da tumoração herniária Diástase dos músculos retos abdominais

DIAGNÓSTICO Exames complementares Radiografia de abdomem Hérnia Epigástrica DIAGNÓSTICO Exames complementares Radiografia de abdomem Ultrassonografia Tomografia computadorizada *Não se pede de rotina

Tratamento CONSERVADOR - Tamanho da hérnia ( pequenas 0 – 2 cm); - Apresentação clínica ( assintomáticos); - Desejo do paciente; CIRÚRGICO - Hérnias grandes ( > 2 cm) - Evolução (aumento progressivo da hérnia); - Desconforto (sintomático); Urgência médica/ Emergência cirúrgica: - Encarceramento - Estrangulamento

Tratamento Herniorrafia Epigástrica: - incisão vertical - separação e posterior ressecção de tecido adiposo; - liberação de saco herniário; - liga-se a base; No local da rafia de grandes hérnias (>2cm) – sustentação com tela sintética;

Tratamento Alta hospitalar no mesmo dia ou 1-2 dias do pós- operatório; Maior taxa de recorrência: - Obesos: pressão abdominal aumentada; - Tabagismo como fator de risco: estresse oxidativo e ativação de neutrófilos; Baixa incidência de complicações no pós-operatório; - Hematoma; - Abscesso;

Bibliografia MOORE, K. L.Anatomia Orientada para Clínica. 5ª Edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2007. PONTEN, J. E. H; SOMERS K. Y.; NIENHUIJS, S. W.Pathogenesis of the epigastric hernia.Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22824990> Acesso em: 10 de abril 2014. RAIA, Arrigo Antonio; ZERBINI, Euryclides de Jesus. Clínica cirúrgica Alipio Correa Neto. 4. ed. rev. e ampl São Paulo: Sarvier, 1988. 4v. Royal united hospital Bath. Disponível em: <http://www.ruh.nhs.uk/patients/services/upper_gi/documents/Epigastric_Hernia4.pdf>. Acesso em: 10 de abril 2014. SABISTON, David C.; TOWNSEND, Courtney M. Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 18. ed. Rio de Janeiro (RJ): Saunders Elsevier, c2010. SOUSA, M.V.; LIMA, D.A.N.;D’ACAMPORA, A. J., RUSSI, R.; LOPES, A.;VIEIRA, J.Hérnia Epigástrica: Incidência no Hospital Florianópolis. Arquivos Catarinenses de Medicina – V. 34 – Supl. nº. 2 de 2005 – S. Disponível em: <http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/321.pdf> Acesso em: 10 de abril 2014.