Influenza A H1N1 Apresentação: Thiago Thomaz Mafort – R2

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Secretaria Municipal de Saúde Fundação Municipal de Saúde
Advertisements

Influenza A H1N1 Como se prevenir!
INFLUENZA A (H1N1) REDUZIR RISCO DE TRANSMISSÃO
Vírus A/Califórnia/4/2009 (H1N1) Reunião Cardiologia / HMV – 23/07/09
Influenza A H1N1/09 - Plantão Pneumo Atual - Medicina Atual Prof
COVER/CGDT/DEVEP/SVS
Distribuição Geográfica de casos confirmados de Influenza A(H1N1)
INFLUENZA A (H1N1).
MENINGITE CONCEITO: Inflamação das meninges,causada por um organismo viral, bacteriano ou fúngico.
GDF-SES - Subsecretaria de Vigilância em Saúde
Cap BM Priscilla Gil GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIRETORIA GERAL DE SAÚDE.
1.
Prof. Dr. Ernesto Antonio Figueiró-Filho
INFLUENZA H1N1 E GESTAÇÃO
Impacto das Doenças Virais Emergentes sobre o Pulmão
PNEUMONIAS CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Influenzae Suína É um vírus Influenzae A - H1N1 que foi recombinado nos porcos Transmissão homem-homem Disseminação : através das gotículas respiratórias.
Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose
A criança internada na Unidade Intermediária
Resfriado comum e gripe
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NA UNB
4º Simpósio de Infecções Respiratórias, Tuberculose e Micoses Pulmonares 4 e 5 de abril – Brasília DF.
Casos Clínicos Antibióticos
Faculdade de Saúde, Humanas e Ciências Tecnológicas do Piauí- NOVAFAPI
H1N1 FLAMARION FÁVERO.
Viroses Respiratórias
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO
Influenza A H1N1 PROF. DR. RENZO FREIRE DE ALMEIDA PROF. DA FF/UFG
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”
Material expositivo para as capacitações
Impacto das Doenças Virais Emergentes sobre o Pulmão
Luís Augusto Mazzetto Médico Infectologista GVE XIII – Assis/SP
VARICELA Vitória Albuquerque Residente pediatria HRAS/SES/SES/DF
EBOLA PLANO DE AÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO Luís Augusto Mazzetto Médico Infectologista GVE XIII - Assis.
Infecções virais respiratórias associadas à assistência à saúde em pediatria Felipe T de M Freitas NCIH /HMIB Brasília, 12/6/2012.
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
CASO CLÍNICO Relatório de Admissão- UTI Adulto
Orientadora: Dra Aline Thomaz Editorial: Dr Antonio Barreto Filho
INFLUENZA A H1N1 Minas Gerais
Pneumonia ADQUIRIDA NA ComuniDADE
1.
GRIPE = INFLUENZA.
Serviço de Educação em Enfermagem Influenza A(H1N1) Thaís Santos Guerra Stacciarini Marina Hygina Ribeiro Cunha.
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Gripe influenza tipo A (H1N1)
Enf. Cardiovascular Djalma Vieira Cristo Neto
Reunião de Avaliação Recomendações Programa Estadual de Controle da Tuberculose Regionais de Saúde Municípios prioritários Curitiba, 29 de maio de 2014.
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
GRIPE H1N1: Manifestações clínicas e tratamento
Tratamento inicial Justificativa para o tratamento:
Gripe São três os tipos deste vírus: A, B e C.
Infecção pelo Vírus Influenza H1N1
SERVIÇO MÉDICO O que é a gripe suína? FONTE DE PESQUISA Folha Online
Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança AIDPI
INFLUENZA Ana Cristina dos Santos 14/04/2014. INFLUENZA A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de saúde pública.
Infecção pelo Vírus Influenza H1N1
Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde da Comunidade Departamento deEpidemiologia e Bioestatística Epidemiologia IV Universidade Federal Fluminense.
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO Escola de Medicina e Cirurgia – EMC Departamento de Doenças Infecto-Parasitárias Monitora: Bruna.
Flávia Maria Borges Vigil
Prevenção e Manejo das Complicações Agudas
INFECÇÃO HUMANA PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1)
ORTOMIXOVIRUS.
INFLUENZA A (H1 N1)‏ HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR. HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA 27 de abril DIREÇÃO DE ASSISTÊNCIA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA INFECTOLOGIA.
GRIPE A (H1N1) Conheça a doença que está assustando todo mundo... ATCHIM!!
HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR. INFLUENZA A (H1 N1) HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA 27 de abril DIREÇÃO DE ASSISTÊNCIA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA INFECTOLOGIA.
Secretaria de Estado da Saúde
Sintomas, Contágio e Prevenção
Transcrição da apresentação:

Influenza A H1N1 Apresentação: Thiago Thomaz Mafort – R2 Universidade Federal Fluminense - UFF Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP Sessão do Serviço de Clínica Médica Influenza A H1N1 Apresentação: Thiago Thomaz Mafort – R2 Coordenação: Prof. Ricardo Carneiro

Introdução Mar/09 Jun/09 Jul/09 primeiros casos no México e EUA Pandemia Jul/09 Transmissão sustentada no Brasil

Características Gerais Agente etiológico: vírus influenza A H1N1 (rearranjo de 2 cepas suínas, 1 humana e 1 aviária) Transmissão: secreções respiratórias (gotículas <1,8m), contato com superfícies contaminadas e outras secreções (fezes) Transmissibilidade maior do que influenza comum

Características Gerais Período de contágio: desde 1 dia antes do início dos sintomas até a resolução da febre Crianças e imunodeprimidos tem período de contágio mais longo

Manifestações Clínicas Similares à gripe comum Febre, tosse, dor de garganta, fadiga, cefaléia Vômitos e diarréia são mais comuns Calafrio, mialgia, artralgia Crianças, idosos e imunocomprometidos podem ter sintomas atípicos

Fatores de risco para gravidade Crianças < 2 anos e adultos > 60 anos Portadores de doenças crônicas: pulmonares, cardíacas, renais, hemoglobinopatias e diabetes Gestantes Obesos

Síndrome Respiratória Aguda Grave FEBRE + TOSSE ou DOR DE GARGANTA DISPNÉIA OU OUTROS SINAIS DE AGRAVAMENTO (TAQUIPNÉIA, HIPOXEMIA, HIPOTENSÃO, CONFUSÃO MENTAL, INFILTRADO PULMONAR)

Gravidade / Idosos Apesar do maior risco de complicações, a incidência da doeça na população idosa é menor Imunidade pré-existente contra vírus semelhante que circularam antes de 1957

Laboratório Leucopenia com linfocitose Leucocitose sem desvio Elevação de aminotransferases, LDH e CPK Elevação de escórias nitrogenadas

Complicações 2-5% dos casos confirmados requerem hospitalização Causas mais comuns de internação: Pneumonia Desidratação

Complicações Insuficiência respiratória Sinusite, OMA Miocardite, pericardite Encefalite pós infecciosa, convulsões febris Síndrome do choque tóxico Pneumonia rapidamente progressiva Insuficiência respiratória SARA Infecção bacteriana associada (empiema, PNM necrotizante e PAV) Sepse

Pneumonia Na maioria: Febre, tosse, dispnéia e esforço respiratório Elevação LDH Acometimento bilateral assimétrico Maior incidência de infecção bacteriana associada Atenção para MRSA comunitário (cavitação ou empiema)

Tratamento pneumonia Risco de MRSA Vancomicina + ceftriaxone + azitromicina ou claritromicina (recomendação SES)

Mortalidade Taxas semelhantes à gripe comum (dados até 6/jul/09) Variações: México: 1,2% / EUA: 0,6% / Argentina 2,4% No México: 54% das mortes ocorreram em pacientes jovens e previamente hígidos Nos EUA: maioria dos óbitos ocorreu em pacientes com alguma doença de base

Exame reservado para os pacientes de risco moderado e elevado Diagnóstico PCR do RNA viral, nos seguintes materiais Swab nasal e de orofaringe Aspirado traqueal (pacientes entubados) Fragmento tecidual Exame reservado para os pacientes de risco moderado e elevado

Tratamento Hidratação Analgésicos e antitérmicos Antivirais (fosfato de oseltamivir - Tamiflu®): nas primeiras 48h de sintomas Profilaxia: Profissionais de saúde sem uso de EPI Contactantes de casos graves que estejam apresentando sintomas

Fosfato de Oseltamivir - Tamiflu® Posologia: 75mg 12/12h por 5 dias Mecanismo de ação: inibição seletiva da neuraminidase (glicoproteína da superfície viral) Efeitos colaterais mais comuns: náuseas, vômitos, diarréia, vertigem, insônia. Hemorragia digestiva, alterações neuropsiquiátricas. Reações alérgicas cutâneas graves já foram descritas

Fosfato de Oseltamivir - Tamiflu® Uso na gravidez e lactação: somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto / RN. Ja há resistência descrita em diversos países (Dinamarca, Hong Kong, Japão e Canadá)

A situação no Brasil

Casos Notificados Casos Confirmados Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos notificados de síndrome gripal Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG no Brasil, segundo classificação etiológica Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG no Brasil, segundo gênero Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG por semana epidemiológica Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG segundo os sinais e sintomas Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG segundo os fatores de risco Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Distribuição dos casos de SRAG segundo faixa etária Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009

Óbitos até 26/07/09 – Total 36 Rio de Janeiro (05) Paraná (01) M 29 – pneumonia M 37 – pneumonia M 39 - ? Menino 10 – anemia falciforme Menino 06 - ? Paraná (01) M 37 - pneumonia Fonte: www.g1.com.br

Óbitos – São Paulo (14) M 27 – Gestante M 20 – Gestante + pneumonia M 37 – Ins. Respirat. M 23 – Ins. Respirat. M 44 – Ins. Respirat. M 26 – amigdalite, sinusite, pneumonia M 27 - ? H 58 – Cirrose hep. H 28 – Obesidade mórbida + Ins. Resp. H 50 - ? H 26 - ? Menina 11 – choque séptico Menina 4 – broncoesp. Bebe 1a6m – anemia. Fonte: www.g1.com.br

Óbitos – RS (16) M 36 – gestante M 31 – gestante M 25 – gestante M 63 – DM H 42 – HAS H 36 – HAS, DM, Cardiopata – Pneumonia H 26 – pneumonia H 40 – obesidade H 30 – HAS H 29 – Obesidade H 36 – Cardiopata H 20 - ? H 35 - ? H 29 - ? Menina 5 - ? Menino 9 - ? Fonte: www.g1.com.br

Fluxograma de atendimento à casos suspeitos de gripe Unidades Básicas Módulos PMF Policlínicas comunitárias Policlínicas regionais Prefeitura Munincipal de Niterói

Fluxograma Fonte: SES/RJ

Porta de entrada: acolhimento pelos profissionais usando máscara cirúrgica Perguntas: FEBRE + tosse? Dor de garganta? Vômitos? Diarréia? Falta de ar? Se positivo: oferecer ao paciente e acompanhante máscara cirúrgica e encaminhá-los ao atendimento

Observação: uso de EPI pela equipe de saúde Máscara cirúrgica (procedimentos com risco de aerossóis - máscara N95) Óculos Luvas TROCAR A CADA ATENDIMENTO

Consulta Médica Anamnese e exame físico Compatível com síndrome gripal? Se positivo, estratificar risco Risco baixo Risco moderado Risco elevado

Risco Baixo Exame físico normal Estado geral pouco comprometido Boa capacidade de ingesta oral Idade entre 2 e 60 anos Inexistência de doenças crônicas

Conduta – risco baixo Tratamento com sintomáticos Orientações Observação em domicílio com retorno em caso de piora em 48-72h Avaliar a necessidade de atestado médico (5 dias)

Risco Moderado Idade < 2 e > 60 anos gestantes Presença de comorbidades / imunodepressão Alterações no exame físico – ausculta pulmonar alterada Descompensação de doença crônica

Conduta – risco moderado Encaminhar paciente (com máscara cirúrgica) para unidade de referência para realização de exames complementares Hemograma + bioquímica Rx tórax Orientar retorno para reavaliação (nesta unidade de referência) após 48h do atendimento ou em caso de piora

Risco Elevado Adultos Confusão mental Taquipinéia e/ou dispnéia Hipotensão

Risco Elevado Crianças Estado geral comprometido Dificuldade ingestão líquidos / amamentação Desidratação, vômitos, inapetência Taquipnéia, esforço respiratório, cianose Toxemia Presença de comorbidades

Conduta – risco elevado Notificar COVIG Indicar internação Iniciar tratamento sintomático enquanto aguarda transferência Acionar CREG estadual Solicitar nome do médico e telefone que autorizou a vaga Acionar SAMU INTERNAÇÃO HOSPITALAR

Publicações Recentes sobre o Assunto

Contatos úteis COVIG: 2719 4491 / 2719 4112 CREG RJ: 2332-8577 Lab. Noel Nutels: 2332 8597 / 2332 8598 Lab. Viroses respiratórias (FIOCRUZ) : 2562 1731 / 2562 1754 http://www.riocontragripea.rj.gov.br www.saude.gov.br www.anvisa.gov.br www.who.int www.cdc.gov/swineflu