Doutrina do conhecimento John Locke John Locke ( )

Processo Cognitivo Alma Tabula Rasa Nada há no intelecto que não tenha estado antes no sentido Fases do processo cognitivo 1 2 Intuição As ideias simples são recebidas da experiência por intuição Duas espécies a) Umas se reverem aos corpos externos Outras se referem ao nosso ser – ideias de pensar, querer, sofre, ver Frutos da experiência externa – ideias percepção Frutos da experiência interna – ideias de reflexão

b) Síntese Das ideias simples formam-se, por síntese, isto é, por combinação, as ideias complexas Ideias das coisas particulares Coloca-se junto As ideias simples que se referem a uma mesma coisa: A sua cor O seu odor A sua figura As suas dimensões Maçã Fruta Ideia complexas Ideia abstrata

c) Análise De várias ideias complexas formam-se, por análise, as ideias abstratas Retendo-se das ideias complexas o que é comum, formam-se as ideias abstratas Exemplo Das ideias Complexas: Pedro Paulo João Forma-se a ideia Abstrata de Homem Obs. 1.A ideia abstrata não representa a essência das coisas porque a essência é incognoscível; 2.Os elementos contidos na ideia abstrata não são elementos necessários, mas comuns; 3.A ideia abstrata mais profunda é a de substância em geral. Distinção Substância: 1.Particular – ideias complexas 2.Geral – ideia abstrata de substância

Observação importante: –Locke admite que o homem possa ter ideias claras das substâncias particulares, mas não da substância em geral: Afirma ele: –“Se cada um de nós se examinar a respeito da substância em geral, verá que não tem outra ideia senão a suposição de não sei quê, que serve de suporte às qualidades que produzem em nós ideias simples. Em geral essas qualidades são chamadas acidentes. Se alguém perguntar pelo substrato ao qual aderem a cor e o peso, responder-se-á que este substrato são as partes extensas e sólidas. E se perguntar a que coisa aderem a solidez e a extensão, só se poderá responder, na melhor das hipóteses, como o hindu, que afirmou ser o mundo sustentado por um grande elefante; tendo-se-lhe perguntado em que coisa se apoiava o elefante, respondeu que sobre uma grande tartaruga. Como ainda lhe fosse perguntado em que coisa se apoiava a tartaruga, respondeu: em alguma coisa que não sei qual seja. (...) A ideia à qual damos o nome geral de substância não é outra coisa senão este apoio suposto, mas desconhecido, das qualidades existentes de fato”. LOCKE, J., Ensaio sobre o intelecto humano, II, 23,2.

Afirma sobre o assunto Battista Mondin: –“A ideia geral de substância não nos faz conhecer, a respeito das coisas, nada mais do que o que já conhecemos pelas ideias simples; é uma ideia que não nos dá nenhum conhecimento das coisas. Ela postula alguma coisa que estamos certos de que existe, mas que não conhecemos. Temos certeza, com efeito, de que existem substâncias corpóreas e substâncias espirituais, mas não temos nenhuma ideia clara a respeito delas”.

“ Locke não nega a existência da substância, isto é, não nega toda realidade subjacente aos fenômenos dos sentidos; contentando-se com afirmar que a substância não é incognoscível em si mesma, mas somente por causa da inaptidão da mente humana ”. Observação

d) Comparação Compara-se uma Ideia a outra Forma-se as relações Ideias que exprimem “relações” Ex. Causa Efeito Causalidade Observação. As relações não são propriedades das coisas, mas simples seres de razão

Qualidades: –Primárias: Qualidades reais dos corpos: –Solidez –Extensão –Figura –Número –Movimento –Repouso São qualidades reais dos corpos = Objetivas Todos: (redonda, vinte gramas). Indivíduo: (azeda, doce).

–Secundárias: São os poderes de várias combinações das qualidades primárias: –Cor –Sabor –Odor São combinações efetuadas pelo intelecto = Subjetivas Tendo sua Raiz nos Objetos As qualidades primárias são qualidades dos Próprios corpos, ao passo que as secundárias Derivam do encontro dos objetos com o Sujeito, mas tendo sempre as suas Raízes no objeto.