Graduandas: Ágatha M. Ferreira Marcela M. Pitarello

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Transcrição da apresentação:

Graduandas: Ágatha M. Ferreira Marcela M. Pitarello Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Florestas/Departamento de Ciências Ambientais IF115 Manejo de Bacias Hidrográficas Garantia da perenidade do recurso hídrico em uma micro-bacia do Rio São João, a partir da Restauração Florestal na formação da Serrapilheira Graduandas: Ágatha M. Ferreira Marcela M. Pitarello

Realidade atual do Rio São João Usos dos Ecossistemas Aquáticos e dos Recursos Hídricos Abastecimento público, irrigação, consumo industrial, extração de areia, pesca, maricultura, navegação e manutenção da biodiversidade. Principais ameaças Rios e riachos canalizados e retificados, canais de drenagens abertos, vegetação florestal removida para dar lugar a agropecuária. Sendo que a qualidade da água é um reflexo do uso e manejo do solo da bacia em questão. Mudanças Climáticas As alterações que estão ocorrendo atualmente (aumento da temperatura, chuvas intensas e grandes estiagens) são fatores que tem efeito direto sobre o ciclo hidrológico.

Caracterização Bacia do Rio São João Compreendendo uma superfície de 2.160 km² e perímetro de 266 km; o ponto mais elevado está a 1.719 metros de altitude. Faz limite com as bacias da Baía da Guanabara, dos rios Macaé e das Ostras, e com a bacias do Rio Una e das lagoas de Araruama, Jacarepiá e Saquarema. Municípios Abrange oito municípios que integram a bacia. Sendo os mais representativos: Silva Jardim: 940 Km² ▪ 43,52% Casimiro de Abreu: 462,9 km² ▪ 16,30% Araruama: 633,8 km² ▪ 16,26% Fonte: CILSJ (Consórcio Intermunicipal da Lagoa do São João).

Proposta de Intervenção Restauração florestal de um fragmento localizado na bacia do Rio São João com a espécie arbustiva Clidemia urceolata, a fim de proporcionar com a serapilheira o aumento da retenção hídrica da região local além de melhorar o aporte a cobertura do solo. Intervenção com a Clidemia urceolata reduzindo a erosão do solo além de aumentar a infiltração. Função e benefícios da Serrapilheira. Área com sensibilidade hidrológica. Essas microbacias são cruciais para a manutenção da perenidade dos recursos hídricos de grandes bacias hidrográficas, e, por isso, devem estar necessariamente na concepção de planos e programas de manejo de bacias (VALCARCEL, 1998). Área: 45.4297 m² Área tipo1: Sentido Sudoeste, ascensão de massas de ar úmido das chuvas orográficas; Fundamental para recarga do lençol freático; A vegetação auxilia na chuva oculta gerando incremento de umidade; Zonas de captação e transmissão: captação, armazenamento e distribuição lenta e gradual de água para setores a jusante da bacia. Maior vocação para serviços ambientais hidrológicos (quantidade e qualidade). Área Crítica A serrapilheira acumulada intercepta água da chuva, amortece o impacto da gota de chuva e dispersa energia cinética das suas gotas (FACELLI & PICKETT, 1991), reduzindo o selamento do solo e a perda da infiltração (GONÇALVES et al., 2003). Através dos diferentes estágios de decomposição, a camada de serrapilheira é responsável pelo armazenamento de água no solo, bem como pelo aumento das taxas de infiltração e condicionamento dos fluxos superficiais (OLIVEIRA, 1987). Menor perda de água no ecossistema.

Restauração com predominância da Clidemia urceolata Segundo Miranda et al. (2011), o conhecimento das estratégias de estabelecimento e colonização adotadas pelas espécies vegetais pioneiras pode viabilizar projetos sustentáveis de restauração florestal. Os efeitos ambientais originados a partir dos núcleos de Clidemia urceolata propiciam oferta diferenciada de resiliência aos ecossistemas perturbados, e se constituem em uma estratégia natural de restauração florestal que deve ser potencializada.

Resultados Esperados Restauração do fragmento;   Maior aporte no solo (evitando a erosão); Fornecimento de abrigo e alimento para a fauna (dispersão de sementes); Regeneração de outras espécies em torno dessas plantas, contribuindo na formação de núcleos de vegetação e no avanço da sucessão; Consolidar novos processos ecológicos responsáveis pela sustentabilidade da floresta.

Cenário Futuro Espera-se que com a camada da serapilheira depositada no solo, diminua as perdas de água do sistema, aumente e reabasteça o lençol freático, além de proporcionar uma menor velocidade da enxurrada, diminuindo assim o poder erosivo. Segundo Gonçalves et at., (2003) esse maior tempo de permanência e a menor perda de água no ecossistema são fatores que contribuem para a maior disponibilidade de água para as plantas e perenização das nascentes.

Considerações finais A escolha do fragmento em uma área com sensibilidade hidrológica para implantação do projeto piloto, auxiliará no monitoramento e análise dos resultados, assim como significativo efeito para os municípios localizados a jusante do fragmento ao longo do Rio são João e o Reservatório de Juturnaíba. Tendo a serrapilheira como uma importante ferramenta na produção, acumulação, retenção de umidade e administração da água da chuva. Logo, o manejo desta variável na zona de captação promove perenidade de água no sistema afim de garantir vazão no período de estiagem.

Bibliografia ARAUJO, M. M. et al. Densidade e composição florística do banco de sementes do solo de florestas sucessionais na região do Baixo Rio Guamá, Amazônia Oriental. Scientia Forestalis, Piracicaba. n. 59, p. 115-130, 2001. BRAGA, A. J. T. et al. Composição do banco de sementes de uma Floresta Semidecidual secundária considerando o seu potencial de uso para recuperação ambiental. Revista Árvore, Viçosa. v. 32, n. 6, p. 1089-1098, 2008. FACELLI, J. M.; PICKETT, S. T. A. Plant litter: its dynamics and effects on plant community structure. The Botanical Review, n.57, p.1-32, 1991. FRANCO, B, K. S. Análise da regeneração natural e do banco de sementes em um trecho de floresta estacional semidescidual no campus da Universidade Federal de Viçosa, MG. 2005. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Departamento de Engenharia Florestal. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005. GONÇALVES, J. L. M.; JUNIOR, L. R. N.; DUCATTI, F. Recuperação de solos degradados. In: KAGEYAMA, P. Y.; OLIVEIRA, R. E.; MORAES, L. F. D.; ENGEL, V. L.; GANDARA, F. B. Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu – SP: FEPAF, 2003. p.111- 163. MATEUS, F. A. Avaliação do estoque de serrapilheira acumulada e sua capacidade de retenção de umidade em áreas com diferentes níveis de sucessão ecológica, Pinheiral-RJ. 2002. 33 f. Monografia – Departamento de Ciências Ambientais. Instituto de Florestas, Seropédica, RJ. MIRANDA, C. C. et al. Avaliação das preferências ecológicas Clidemia urceolata DC. em ecossistemas perturbados. Revista Árvore. v. 35, n. 5, p. 1135-1144, 2011. OLIVEIRA, R. R. Produção e decomposição de serapilheira no Parque Nacional da Tijuca, RJ. 1987. 107 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Departamento de Geografia. Instituto de Geociências, Rio de Janeiro. TRÊS, D. R. et al. Banco e Chuva de Sementes como Indicadores para a Restauração Ecológica de Matas Ciliares. Revista Brasileira de Biociências. v. 5, n. 1, p. 309-311, 2007.