FALÁCIAS Não-Formais A falácia é um pensamento incorreto que tem aparência de correto. Ela é considerada um sofisma, quando o erro é proposital, ou seja,

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FALÁCIAS Não-Formais A falácia é um pensamento incorreto que tem aparência de correto. Ela é considerada um sofisma, quando o erro é proposital, ou seja, tem intenção de enganar, ou um paralogismo, quando não há intenção de enganar. Apesar de diversos usos, uma maneira correta de uso da palavra FALÁCIA o que se lhe dá para designar qualquer ideia equivocada ou falsa crença, como a “falácia” de acreditar que todos os homens são honestos. Para os lógicos, trata-se de um erro de raciocínio ou de argumentação (raciocínio incorreto).

FALÁCIAS Não-Formais Existem diferentes classificações e, quanto a isso, não há consenso, o que não impede que sejam divididas em dois tipos básicos: As falácias podem ser formais, quando contrariam as regras do raciocínio correto, e não-formais (ou informais), quando os erros decorrem da falta de atenção ou de uma ambiguidade na linguagem utilizada para formular nosso argumento. Vejamos alguns tipos de NÃO-FORMAIS:

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Suas premissas são irrelevantes para a conclusão (são incapazes de estabelecer a verdade dessas conclusões) II. FALÁCIAS DE AMBIGUIDADE Ocorrem em argumentos cujas formulações contêm palavras ou frases ambiguas, cujos significados variam, mudam de maneira, mais ou menos sutil, durante o argumento, tornando-o falaz

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumentum ad baculum”, que apela ao poder detido pelo argumentador, fazendo uso da força para intimidar. “A força gera o direito” “Argumentum ad hominem” (ofensivo/abusivo): É o argumento contra o homem - ataca diretamente uma pessoa, não suas idéias. Ex.:

“Catherine McKinnon escreveu vários livros argumentando que a pornografia degrada as mulheres. Mas McKinnon é uma pessoa amarga e solitária, portanto não deveríamos dar ouvido às suas opiniões.” O caráter e a situação marital de McKinnon, que foi caracterizada de forma tão depreciativo, nada tem a ver com a força do argumento dela, portanto, usá-los como evidências é falacioso.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumentum ad hominem” (circunstancial) – diz respeito às convicções de uma pessoa e as suas circusntâncias. Não é a verdade lógica que define a conclusão, mas as circunstâncias envolvidas na disputa e é por causa delas que antagonista deve acatá-las. João afirma que meu cliente cometeu o crime. Ora, mas João é um bêbado inveterado, portanto, seu testemunho de João não tem valor algum.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Argumentum ad Ignorantiam (arg. Pela ignorância). Esta falácia ocorre quando se argumenta que uma proposição é verdadeira porque não foi provado que é falsa ou falsa porque não foi provado que é verdadeira. Exemplo: Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe. Ninguém provou que Deus não existe. Logo, Deus existe.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumentum ad misericordiam”, um apelo à piedade, tentando despertar a compaixão. Esta falácia ocorre quando se pede a aprovação do auditório, por exemplo, na base do estado lastimoso do Autor. Ex.: Como pode dizer que eu reprovo? Eu estava mais perto da positiva e, além disso, estudei 16 horas por dia.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumentum ad populum”, que faz uso da popularidade do argumentador e apela à emoção, ou seja, esta falácia ocorre quando se sustenta que uma proposição é verdadeira por ser aceite como verdadeira por algum sector representativo da população. Toda a gente sabe que a Terra é plana. Então por que razão insistes nas tuas excêntricas teorias?

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumentum ad verecundiam”, usa a autoridade de alguém respeitando para validar uma afirmação. Ocorre quando tentamos convencer alguém a concordar simplesmente impressionando-o com um nome famoso ou apelando a uma suposta autoridade, que não é um especialista no assunto. Ex.: Quando recorremos a autoridade do Pelé para avaliar política, ou a um artista famoso para “vender” desde sabonetes até ideias em propagandas.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Argumento por acidente”, consiste em aplicar uma regra geral a um caso particular (é enganador porque se apresenta como se fosse verdadeiro e sem restrições). Ex.: O que vc compreou ontem, comerá hoje. Ontem vc comprou carne crua, portanto, comerá hj carne crua. (a premissa aplica-se à sua substância e não á sua condição)

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Argumento de Acidente Convertido (generalização apressada). Presumir sobre uma população ou grande amplitude de casos baseado em uma amostra inadequada (usualmente por ser não-representativa ou ser muito pequena). Estereótipos sobre as pessoas (“gordinhos são simpáticos”, políticos são desonestos”, “mulheres são emotivas demais”) são exemplos comuns do princípio subjacente (que não se manifesta claramente) à generalização apressada. Exemplos: - “Meu colega disse que a disciplina de Filosofia dele foi difícil e a disciplina de Filosofia em que estou inscrito também é. Todas as disciplinas de Filosofia devem ser difíceis.” A experiência de suas pessoas, neste caso, não é suficiente para embasar uma conclusão. - AS MULHERES SÃO A NOSSA DESGRAÇA PORQUE UMA DELAS DESTRUIU-ME A VIDA.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA “Non causa pro” (Falsa causa): estabelece ligação entre fatos distintos e sem qualquer relação concreta. Trata-se de um argumento segundo o qual apenas por um fato se seguir a outro se conclui que o primeiro é causa do segundo. Exemplo: O gato miou quando eu abri a porta. Logo, o gato miou porque eu abri a porta.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Argumento de petição de Princípio (petitio prncipii). Trata-se simplesmente de afirmar a mesma coisa com outras palavras. Exemplo: “Eu acho que alpinismo é um esporte perigoso porque é inseguro e arriscado.” Dizer que algo é “inseguro e arriscado” é o mesmo que dizer que ele é “perigoso”. Simplesmente repetiu-se a primeira afirmação com outras palavras.

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Pergunta complexa, consiste em uma pergunta que já sinaliza uma resposta. - Não se trata de perguntas simples cujas respostas sejam sim ou não (pressupõe uma determinada resposta a uma pergunta que nem sequer foi formulada). Exemplos: - Vc ainda continua colando nas provas? - Vc deixou de bater em sua esposa?

FALÁCIAS Não-Formais I. FALÁCIAS DE RELEVÂNCIA Conclusão irrelevante (ignoratio elenchi). Consiste em se afastar da questão, desviando a discussão para outro lado. Exemplos: - Um advogado habilidoso, que não tem como negar o crime do réu, enfatiza que ele é bom filho, bom marido, trabalhador, etc. - Ou ainda, o deputado que defende o governo acusado de corrupção em comissão de inquérito não se detém para avaliar os fatos devidamente comprovados, mas discute questões formais do relatório da comissão ou enfatiza o pretenso revanchismo dos deputados oposicionistas.

MÃOS À OBRA... EXERCÍCIOS - Copi, p. 88-89, de 1 a 15.