PRÁTICAS DE LINGUAGEM II

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Transcrição da apresentação:

PRÁTICAS DE LINGUAGEM II referente. Prof. Carlos Magno Email: carlosmagnovs@hotmail.com

UNIDADE II Noção de Estilística FIGURAS DE LINGUAGEM PLANO DE AULA

Conceitos de Estilística Dicionário Larousse: Ponteiro para escrever. Haste pontiaguda usada desde a Antiguidade para traçar caracteres sobre superfícies de cera; gráfico. Modo de expressão peculiar a um artista, a um gênero de arte, de um lugar, a uma época ou a uma atividade profissional. Maneira pessoal de se comportar, de se vestir, de executar um movimento. Conceitos de Estilística

Conceitos de Estilística Disciplina que se preocupa com a expressividade de uma língua, ou seja, com a possibilidade de emocionar o outro por meio do estilo empregado. Conceitos de Estilística

Conceitos de Estilística A Estilística faz parte da Retórica: O conjunto dos processos do estilo constituía, entre os antigos, objeto de um estudo especial, a retórica, arte da linguagem, técnica da linguagem considerada como arte e simultaneamente, gramática da expressão literária e instrumento crítico para a apreciação das obras. Conceitos de Estilística

Conceitos de Estilística Maneira de escrever própria de um escritor; De uma cultura; De um gênero; De uma época. Conceitos de Estilística

Conceitos de Estilística Estuda os recursos afetivo-expressivos da linguagem e seu lado criativo. Fundada pelo suíço Charles Bally e o alemão Karl Vossler no início do séc. XX. Um saber muito antigo, que remonta à tradicional Retórica dos gregos. Conceitos de Estilística

Conceitos de Estilística Para Ullman, a Estilística é ciência irmã da Linguística, preocupando-se... com os elementos expressivos da comunicação” (VILANOVA, 1984, p.9); “O estilo é o aspecto do enunciado que resulta de uma eleição dos meios de expressão determinada pela natureza e as intenções do sujeito que fala ou escreve” – Pierre Guiraud (apud VILANOVA, 1984, p. 16). Conceitos de Estilística

3 Dimensões da Estilística 1 Estilística fônica ou fonoestilística: Ressalta a expressividade do material fônico dos vocábulos tanto isolados quanto agrupados em frase. Assonâncias vocálicas: “E as cantilenas de serenos sons amenos”; Aliterações: “Em horas, ainda louras, lindas, Clorindas e Belindas”; Onomatopeias: “Café com pão; café com pão”, de Manuel Bandeira, imitando o ruído de uma locomotiva. 3 Dimensões da Estilística

3 Dimensões da Estilística Estilística léxico-semântica ou léxico-estilística: Estuda a seleção vocabular e os fenômenos de conotação e polissemia. Emprego de diminutivos e aumentativos afetivos; Exploração da polissemia; Fenômenos da denotação e da conotação; A adequação vocabular. 3 Dimensões da Estilística

3 Dimensões da Estilística 3 Estilística sintática: Analisa a ordem sintática e os fenômenos a ela inerentes, como as rupturas sintáticas ou as variantes de colocação. 3 Dimensões da Estilística

7 VERTENTES DA ESTILÍSTICA Estilística retórica – retomada da retórica clássica; usa métodos linguísticos para a análise do texto literário. Estilística descritiva – analisa as expressões dos fatos de sensibilidade sobre a linguagem. Estilística idealista – ênfase nas questões estéticas segundo Benedetto Crocce. Estilística descritiva – foca critérios objetivos sob o ponto de vista do leitor; destaca questões de normas e desvios. 7 VERTENTES DA ESTILÍSTICA

7 VERTENTES DA ESTILÍSTICA Estilística gerativa – o estilo é o produto de transformação de estruturas profundas em estruturas de superfície. Foca conceitos de aceitáveis e inaceitáveis. Estilística poética – descreve os níveis estruturais da linguagem poética, que seriam a fonte da literariedade: a linguagem poética diferencia-se da língua prosaica pelo caráter sensível de sua construção. Estilística semiótica – analisa a expressividade nos mais variados tipos de mensagens advindas de quaisquer outros sistemas semióticos. 7 VERTENTES DA ESTILÍSTICA

FIGURAS DE LINGUAGEM Ah! se trotassem os cavalos do motor ... Ah! se fosse de circo o macaco do carro ... Então a menina dos olhos comeria Até bolo esportivo e bala de revólver. Inutilidades (José Paulo Paes) Ninguém coça as costas da cadeira. Ninguém chupa a manga da camisa. O piano jamais abana a cauda. Tem asa, porém a xícara não voa. De que serve o pé da mesa se não anda? E a boca da calça se não fala nunca? Nem sempre o botão está em sua casa. O dente de alho não morde coisa alguma. FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de harmonia/som Figuras de construção ou sintaxe Figuras de palavras Figuras de harmonia/som Figuras de pensamento Figuras de construção ou sintaxe FIGURAS DE LINGUAGEM

Comparação: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Referem-se ao emprego de um termo com sentido diferente daquele que empregamos convencionalmente. Comparação: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Metáfora: caracteriza-se pela alteração do sentido; é uma comparação direta: “Na lata do poeta tudo nada cabe”. “Fulano é uma onça”. Figuras de palavras

Funções da metáfora Fazer comparações próximas. Retratar a inovação; A busca pela originalidade no discurso; O movimento da linguagem; Falta uma palavra específica para a situação; Evitar a repetição de expressões; O vocábulo não tem o sentido desejado; Fazer comparações próximas. Funções da metáfora

Sinestesia: mistura de sensações: “Cor quente”. Catacrese – emprego de uma palavra com sentido que não lhe é próprio: “Perna da mesa”; “Asa de avião”. Sinestesia: mistura de sensações: “Cor quente”. Metonímia: consiste na substituição de um termo por outro, por dependência ou similaridade: “O médico veio de Chevrolé”; “Ler Guimarães Rosa”; “Bebeu só dois copos”; “Comprei uma caixa de Gilette”. Figuras de palavras

ANTONOMÁSIA – substituir um nome, pessoa ou lugar por uma expressão que o identifique: “O Mestre”, “A cidade luz”, “O rei da selva”; “O poeta dos escravos”. Figuras de palavras

EUFEMISMO – palavra empregada no lugar de outra para suavizar uma ideia desagradável: “Ele enriqueceu por meios ilícitos”. ANTÍTESE – palavras que se opõem quanto ao sentido: “Os jardins têm vida e morte”. HIPÉRBOLE – exagero deliberado: “chorei rios de lágrima”; “Estava morrendo de sede”; “Era louco por ela”. IRONIA – dizer o contrário do que se pensa: “Ele é muito inteligente!”. PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO – atribuir linguagem, sentimento e ações próprios dos seres humanos a seres inanimados: “As margaridas estremecem”. Figuras de pensamento

Figuras de sintaxe ou de construção Omissão: assíndeto, elipse e zeugma; Repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; Inversão: anástrofe, hipérbato. Sínquise e hipálage; Ruptura: anacoluto; Concordância ideológica: silepse. Figuras de sintaxe ou de construção

Figuras de sintaxe ou de construção ZEUGMA – Omissão de um termo que já apareceu antes: “Ele prefere comida doce; eu, salgada”. ELIPSE – omissão de um termo identificável pelo contexto: “Iremos depois”. ANÁFORA – Repetição de uma ou mais palavras no início de verso ou prosa: Não posso mais viver sem você; Não posso mais viver na solidão”. PLEONASMO – redundância: “Maluco da cabeça”; “Unanimidade de todos”; “Cheirar com o nariz”. POLISSÍNDETO – repetição de conectivos: “E trabalha, e lima, e sua”. Figuras de sintaxe ou de construção

Figuras de sintaxe ou de construção HIPÉRBATO – Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração: “Morreu o presidente”; “Passeiam à tarde, as belas na Avenida”. ANÁSTROFE – anteposição de termos regido por preposição: “Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos”; SÍNQUISE – inversão violenta de distantes partes da frase: “A grita se alevanta ao Céu, da gente”. HIPÁLAGE – inversão da posição do adjetivo: “As lojas loquazes dos barbeiros”. ANACOLUTO – um termo solto na frase, ruptura do pensamento: “A morte, não sei realmente se ela nos leva a lugar algum”. SILEPSE – a concordância não é feita com as palavras, mas com a ideia a que se refere: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas”. Figuras de sintaxe ou de construção

ASSONÂNCIA – repetição de vogais: “Quando cai a chuva fria”. ALITERAÇÃO – Repetição de consoantes: “Vi, claramente visto, o lume visto”. ASSONÂNCIA – repetição de vogais: “Quando cai a chuva fria”. PARANOMÁSIA – aproximação de palavras por sua semelhança ou som: “A estrugir, rugir e mugir”. PARALELISMO – repetição de palavras ou frases que se correspondem quanto ao som e ao sentido: “Alguém cantando longe daqui / Alguém cantando longe, longe”. ONOMATOPEIA – criação de uma palavra para imitar um som: “Passa, tempo, tic-tac”. Figuras de som

SANTOS, Eli Regina N. dos. Língua Portuguesa: práticas de linguagem SANTOS, Eli Regina N. dos. Língua Portuguesa: práticas de linguagem. Indaial: Uniasselvi, 2013. VILANOVA, José Brasileiro. Aspectos estilísticos da língua portuguesa. Recife: Ed. Universitária, 1984. Referência