DOUTRINA DE JESUS CRISTO - CRISTOLOGIA “E de um sangue fez toda a geração dos homens para habitar sobre a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação” (Atos 17.26).

A PREPARAÇÃO HISTÓRICA PARA A VINDA DE JESUS. Todas as correntes históricas convergiam para esse grande evento; Deus preparou o mundo para a vinda do Messias.

A PREPARAÇÃO NEGATIVA NA HISTÓRIA PAGÃ. A mão de Deus tem guiado os destinos das nações pagãs desde o princípio do mundo. A preparação envolve a política e religião dos povos pagãos. Até certos homens pagãos foram escolhidos por Deus.

AS RELIGIÕES TINHAM PERDIDO FORÇA E INFLUENCIA. A religião já não satisfaziam as necessidades espirituais do povo; Estavam na expectativa da vinda de alguém de cima que os salvasse. “Parece” que Deus deixou os homens pecarem até o limite . Romanos 1. 18 – 32.

Deus fez a raça humana compreender que pela filosofia e pela arte eles não poderiam ser salvos Deus ensinou que era impossível obter a salvação por esses meios; A preparação negativa realizou-se sem que o povo soubesse; Ao mesmo tempo ele preparava o coração do povo para aceitá-lo.

A PREPARAÇÃO POSITIVA. Essa preparação aconteceu entre o próprio povo de Israel; Deus utilizou três meios para aplicar essas verdades sobre a preparação: A Lei; A profecia; O Cativeiro.

A PESSOA DE JESUS. a. O ponto de vista da história: Os Ebionitas: Surgiram no ano 107 d.C.; Os Docetas: Surgiram no ano 70 d. C.; O Arianismo: Surgiu no ano 325 d.C.; A Teoria de Apolinário: Surgiu no ano 381d.C.; A Teoria de Nestório: Surgiu no ano 431 d.C.;

Os Ebionitas Eles apareceram no ano 107 depois de Cristo, e negavam a realidade da natureza divina de Cristo. Eles defendiam a idéia de que Jesus era apenas um homem que estabeleceu um estreito relacionamento com Deus, mais especificamente, depois do seu batismo, quando foi ungido pelo Espírito Santo para ser o Messias. Os ebionitas ou uma boa parte deles, formavam a ala judaizante da igreja cristã. Eles acreditavam que Jesus eram um homem extraordinário, um grande profeta, mas não Deus. Irineu, Hipólito, Orígenes e Eusébio se opuseram a esta idéia, embora não tenha havido qualquer condenação oficial. Objeção Bíblica (Jo. 1:1; 20:28; Hb. 13: 8). 

Os Docetas Os docetas apareceram no ano 70 da era cristã, e se extinguiram 100 anos após. A palavra na língua grega doketes, de dokein, que significa “ aparecer, ou crer numa aparencia”. Fundamentalmente, esse pensamento era resultado da infiltração da filosofia grega e pagã na igreja cristã. Os docetas negavam a natureza humana de Jesus afirmando que a matéria era má e corrupta – a sede do pecado e do mal. Como Jesus não tinha pecado, não podia ter corpo material. Seu corpo era visível, mas não era real. Os Basílides, Valentino, Patripassianos e os Sabelianos, foram os proponentes dessa idéia. Objeção Bíblica (Hb. 2: 14; 1Jo. 4: 1-3).

O Arianismo O arianismo surgiu no ano 325 d. C. e seu fundador foi Ário, presbítero de Alexandria. Ário negava a integridade e a perfeição da natureza divina de Cristo afirmando que Ele foi o primeiro e o mais elevado ser criado por Deus. Esse sistema opunha-se diretamente à cristologia defendida pelo credo Niceno, o qual afirmava que Cristo foi eternamente gerado, não fazendo parte da criação de Deus e além disso, que Ele é mesma substância que o Pai. Segundo Ário, Cristo possuía tanto a natureza humana quanto a divina, embora tenha sido criado em um tempo definido, por um ato da vontade de Deus. Seria subordinado a Deus e teria uma substancia diferente. Nesse caso só o Pai seria o verdadeiro Deus. Essa idéia foi condenada pelo Concílio de Nicéia no mesmo ano, mas os seus principais opositores foram Atanásio e Ósio. Objeção Bíblica Fp. 2: 6; Ap. 1:8).

Os Apolinarianos. Esta teoria apareceu no ano 381 da era cristã, negando a integridade da natureza humana de Cristo. Segundo Apolinário, Cristo não possuía mente humana. Ao explicar o homem, ele apelava para a idéia platônica da tríada, referindo-se ao homem como composto por a) corpo; b) alma irracional ou animal; C) alma racional ou intelecto. Que é a porção mais elevada do homem, aquela que sobrevive a morte física e que no grego é nous. Para ele, a “nous” foi substituída pelo Logos, na pessoa de Jesus Cristo. Isto significa que a humanidade de Cristo não é verdadeira, mas uma nova criação. Em outras palavras, ele negava a encarnação de Cristo. |Mas foi condenada pelos Concílios de Antioquia, 378 – 379 d. C. e de Constantinopla, 381 d. C. Vitalis, Papa Damaso, Basílio, Teodósio, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nisa, se opuseram fortemente a esta doutrina.

Os Nestorianos Esta teoria surgiu no ano 431. Nestório, falecido em 451 D.C. foi bispo de Constantinopla. Suas declarações a respeito de Cristo são confusas além de negar a união verdadeira entre as duas naturezas. Ele atribuía a Cristo duas partes ou divisões, uma humana e outra divina. A parte humana se manifestava quando se achava em condições estritamente humanas: dormindo, com sede, cansado, chorando, etc.; já a parte divina se via quando o Mestre acalmava a tempestade, ressuscitava uma pessoa, ou operando algum milagre, era parte divina que estava em ação. Cirílo de Alexandria, foi grande opositor desse pensamento. Essa separação de pessoas, em Jesus Cristo, foi condenada pelo Concílio de Calcedônia, 441 D.C., e também pelo Concílio de Éfeso, 431 D.C. Objeção Bíblica ( Ap. 1: 12 – 18).

Ebionitas - Negou a Natureza Divina Docetistas - Negou a Natureza Humana Arianismo - Negou a Natureza Divina Apolinarianismo - Negou o Espírito Humano Nestorianismo - Negou a União das Naturezas

A NATUREZA DE CRISTO Apresentou-se como homem, Filho do homem e é chamado de homem. (MT 8.20) Veio ao mundo como homem: Mt 1.18,23; Possuía elementos essenciais á natureza humana: Corpo (lc 24.39) Alma (MT 26.38) Espírito (Jo 11.33) Características humanas: Fome (MT 4.2), Cansaço (Jo 4.6), Dormiu (MT 8.24) Como homem foi varão perfeito: (Ef 4.13)