O conhecimento Spinoza.

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Transcrição da apresentação:

O conhecimento Spinoza

Os três gêneros de conhecimento: Toda ideia é objetiva, isto é, tem uma correspondência na ordem das coisas: Portanto, ideias e coisas nada mais são do que duas faces diversas de um mesmo acontecimento. O que é a ideia? Por ideia se entende todo conteúdo mental e toda forma de representação. Os graus do conhecimento: Opinião e imaginação Conhecimento racional Conhecimento intuitivo

Opinião e imaginação: Conhecimento empírico ligado às percepções “sensoriais” e às “imagens” – confusas e vagas; Ideias universais (árvore, homem, animais) são uma espécie de imagens desbotadas; Sua falsidade consiste em sua falta de clareza, são inúteis, pois, revelam-se restritas a acontecimentos particulares, não mostrando os nexos e concatenações das causas; Esse tipo de conhecimento capta somente as ideias e não os nexos.

Conhecimento racional É o conhecimento que encontra a sua expressão típica na matemática, na geometria e na física; Baseia-se em ideias adequadas, que são comuns a todos os homens; Representam as características gerais das coisas: ideias de quantidade, forma, movimento etc.; Capta as ideias e os seus nexos necessários (nexos que ligam as ideias entre si); O conhecimento racional capta as causas das coisas e o encadeamento das causas, compreendendo a sua necessidade.

Conhecimento intuitivo: “Ciência Intuitiva” Consiste na visão das coisas no seu proceder de Deus; Capta as ideias e os seus nexos necessários ligados a Deus. “O conhecimento intuitivo procede da ideia adequada dos atributos de Deus para a idéia adequada da essência das coisas”. É uma visão de todas as coisas na visão própria de Deus. Explicação dos gêneros do conhecimento: Reale, Vol. II, 425/6.

Observação: O conhecimento adequado de toda realidade implica o conhecimento de Deus: Racionalismo spinoziano: É um racionalismo formal, que expressa uma visão alcançada ao nível da intuição; Tudo está determinado por esta visão = “o cerne é constituído pelo sentir-se em Deus e pelo ver as coisas em Deus”. A intuição de Deus como único ser existente condiciona todo e qualquer conhecimento.

Observação II O mundo moderno é caracterizado pelo sistema, isto é, formula-se o sistema e se é livre dentro do mesmo; O mundo contemporâneo é caracterizado pela tentativa de estar fora de todo e qualquer sistema, isto é, estar fora do sistema é ser livre.

Nas formas do conhecimento adequado, não há lugar para a contingência, pois tudo se revela necessário As coisas não são como no-las apresenta a imaginação, mas como as representam a razão e o intelecto: A contingência: É uma espécie de ilusão da imaginação; É uma concepção inadequada da realidade. A necessidade: É próprio da razão considerar as coisas, não como contingentes, mas como necessárias; Considerar as coisas como necessárias significa considerá-las ‘sob certa espécie de eternidade.

Observação Não existe lugar para a “vontade livre”: Escreve o filósofo da absoluta necessidade: “Não há na Mente nenhuma vontade absoluta ou livre: a Mente é determinada para querer isto ou aquilo por uma causa que também é determinada por outra, esta a seu turno por outra e assim por diante, ao infinito”. A ideia de vontade que determina a ação é ideia cristã!!!!!

Consequências morais do conhecimento adequando: Agimos unicamente pelo querer de Deus e somos partícipes da natureza divina: Liberdade é se adequar à necessidade de Deus (torna o espírito tranqüilo); Idiota que espera recompensa; Não somos senhores de nossa sorte (história); Facilita a vida social enquanto ensina a não odiar, a não desprezar, a não ironizar, a não conflitar e a não invejar ninguém; Facilita bastante a sociedade comum, porquanto ensina de que modo os cidadãos devem ser governados e dirigidos, isto é, não para que sirvam como escravos, mas sim para que realizem livremente aquilo que é o melhor.