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FORMULAÇÕES SOBRE OS DOIS PRINCÍPIOS DO ACONTECER PSÍQUICO

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Apresentação em tema: "FORMULAÇÕES SOBRE OS DOIS PRINCÍPIOS DO ACONTECER PSÍQUICO"— Transcrição da apresentação:

1 FORMULAÇÕES SOBRE OS DOIS PRINCÍPIOS DO ACONTECER PSÍQUICO

2 “Há muito notamos que toda neurose tem a conseqüência – e, portanto, provavelmente também a tendência – de desalojar o doente da vida real, afastá-lo da realidade” [...] “com a introdução do processo de recalque na discussão sobre a gênese da neurose, tornou-se possível compreender essa conexão. O neurótico afasta-se da realidade por achá-la insuportável – seu todo ou partes dela. Vemo-nos então confrontados coma tarefa de investigar o desenvolvimento da relação do neurótico – e do ser humano em geral – com a realidade e incluir em nossas teorias o significado psicológico do mundo real externo” (p. 65)

3 “Na psicologia que se fundamenta na psicanálise, habituamo-nos a tomar como ponto de partida os processos psíquicos inconscientes, com cujas peculiaridades entramos em contato pela análise dos pacientes. Consideramos tais processos os mais antigos e primários, remanescentes de uma fase do desenvolvimento na qual eram os únicos existentes. É fácil distinguir a tendência dominante à qual esses processos primários obedecem: denomina-se princípio do prazer e do desprazer (ou, de forma abreviada, princípio do prazer). Tais processos aspiram à obtenção de prazer” (p.65)

4 "[..] desde o início exigências imperiosas oriundas das necessidades internas do organismo perturbavam o estado de repouso psíquico. Nesse estado, de modo análogo ao que ainda hoje ocorre todas as noites com nossos pensamentos oníricos, o pensado (o desejado) apresentava-se simplesmente de forma alucinatória. Foi preciso que não ocorresse a satisfação esperada, que houvesse uma frustração, para que essa tentativa de satisfação pela via alucinatória fosse abandonada. Em vez de alucinar, o aparelho psíquico teve então de se decidir por conceber as circunstâncias reais presentes no mundo externo e passou a almejar uma modificação real deste. Com isso foi introduzido um novo princípio da atividade psíquica: não mais era imaginado o que fosse agradável, mas sim o real, mesmo em se tratando de algo desagradável. Essa instauração do princípio de realidade mostrou-se um passo de importantes conseqüências.“ (pp )

5 “De início, as novas demandas tornaram necessário uma série de adaptações do aparelho psíquico, das quais, devido à nossa compreensão ainda insuficiente ou incerta, só podemos dar algumas indicações”. (p. 66)

6 “A realidade exterior adquiriu maior importância, e com isso também se tornou mais relevante o papel dos órgãos sensoriais voltados para o mundo externo e da consciência a eles ligada. A consciência, além de captar as qualidades de prazer-desprazer, as únicas que interessavam até então, aprendeu também a captar as qualidades sensoriais. Além disso, constituiu-se uma função especial, a atenção, que deveria fazer uma busca periódica no mundo externo para que os dados fossem conhecidos de antemão caso uma necessidade interna inadiável se manifestasse. Assim, em vez de aguardar que as impressões sensoriais surjam, essa atividade psíquica, cujo papel é estar atenta, vai ao encontro delas. Com isso é provável que paralelamente tenha sido introduzido um sistema de notações” (p. 66)

7 "[...] o recalque, que excluía do processo de investimento uma parte das representações mentais que se mostrassem geradoras de desprazer, foi substituído por uma imparcial avaliação do juízo. A esta cabia então decidir se determinada representação era verdadeira ou falsa, isto é, se estava ou não em sintonia com a realidade, e para tal comparava-a com os traços de lembranças deixados pela realidade."

8 “A remoção dos estímulos, pela via motora, que sob o domínio do princípio do prazer se incumbia de aliviar o aparelho psíquico da sobrecarga de estímulos acumulados [...] recebeu agora uma nova função, passou a ser utilizada para modificar a realidade de modo eficaz. Transformou-se em um agir”

9 “Além disso, tornou-se necessário poder postergar a remoção motora desses estímulos (o agir), o que foi viabilizado pelo processo do pensar. Esse pensar formou-se a partir do próprio ato de conceber mentalmente e foi dotado de características que possibilitam ao aparelho psíquico suportar o aumento da tensão decorrente do acúmulo de estímulos durante esse postergamento. O pensar é, em essência, um agir por ensaios deslocando pequenas quantidades de cargas de investimento em condições em que há o menor dispêndio (remoção) delas. Para isso foi necessário uma transformação de cargas de investimento livremente deslocáveis em cargas de investimento fixadas.“ (p. 67)

10 “Entretanto, com a instauração do princípio de realidade, um determinado tipo de atividade do pensar foi apartado do teste de realidade, permaneceu livre deste e ficou submetido apenas ao princípio do prazer. É ele o fantasiar, que já se inicia com o brincar das crianças e mais tarde prossegue com o devanear, deixando então de sustentar-se em objetos reais” (p. 67)

11 “Por se tratar de uma apresentação esquemática, condensei aqui em uma única frase todo o processo de substituição do princípio do prazer pelo de realidade, com todas as conseqüências psíquicas que dela resultam, mas na verdade essa substituição não ocorre de uma só vez, nem em toda a extensão da psique. Enquanto esse desenvolvimento está ocorrendo com as pulsões do Eu, as pulsões sexuais desprendem-se das primeiras de modo muito marcante. [...] Dois fatores – auto-erotismo e período de latência – fazem com que a pulsão sexual fique retida em seu desenvolvimento psíquico e permaneça por muito mais tempo sob o domínio do princípio do prazer. Aliás, no caso de muitas pessoas, a pulsão sexual jamais consegue escapar desse domínio” (pp )

12 “Em decorrência dessas circunstâncias, estabelece-se uma relação mais próxima entre a pulsão sexual e a fantasia, por um lado, e as pulsões do Eu e as atividades da consciência, por outro. [...] É o continuado auto-erotismo que possibilita que seja mantida por tanto tempo no lugar de uma satisfação real - que demanda esforço e adiamento - uma satisfação mais fácil, momentânea e fantasiosa com o objeto sexual. [...] Assim, uma parte essencial da disposição psíquica para a neurose deve-se à demora com que a pulsão sexual é ensinada a levar em conta a realidade, bem como às condições que viabilizam tal atraso“ (P. 68)

13 “Do mesmo modo como o Eu-prazer não pode senão desejar, trabalhar pela obtenção de prazer e desviar-se do desprazer, o Eu-real nada mais precisa fazer além de almejar o que lhe traz benefícios e garantir-se contra danos. Na verdade, a substituição do princípio do prazer pelo de realidade não implica a destituição do primeiro, mas sim a garantia de sua continuidade. Desse modo, um prazer momentâneo e incerto acerca de suas conseqüências só é abandonado para assegurar que mais tarde, por novas vias, se obtenha um prazer garantido”. (p. 68)

14 “Paralelamente à transformação do Eu – prazer em Eu – real, as pulsões sexuais passam por mudanças que as conduzirão do auto – erotismo inicial, através de várias fases intermediárias, ao amor objetal, que estará a serviço da função de procriação. E, se estiver correta a suposição de que cada etapa desses dois percursos paralelos de desenvolvimento pode vir a se tornar o sítio a partir do qual surge uma disposição a um adoecimento neurótico posterior, é plausível que o que decide a respeito da forma do adoecimento neurótico posterior (a escolha da neurose) dependa da fase de desenvolvimento do Eu e da libido, sobre a qual incidiu a inibição desse desenvolvimento predisponente a cada neurose.” (p. 69)

15 Educação – estímulo à superação do princípio de prazer, à substituição deste pelo princípio de realidade. Arte – o artista é capaz de moldar suas fantasias em um novo tipo de realidade, aceita por outras pessoas que também se sentem insatisfeitos com a renúncia real. Essa insatisfação é parte da realidade.

16 “Nos processos inconscientes, a realidade do pensar torna-se equivalente à realidade exterior e o mero desejar já equivale à realização de desejo ou equipara-se até mesmo à ocorrência do evento desejado. (Ilustração do sonho) (p. 70) [...] Nesse reino do fantasiar, o recalque permanece onipotente; ele é capaz de inibir representações em statu nascendi, caso a carga nelas investida possa dar margem a liberações de desprazer, e o faz antes que essas representações sejam notadas pela consciência”


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