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PublicouMaria do Mar Santiago de Santarém Alterado mais de 8 anos atrás
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Manifestações cutâneas da TB nos pacientes HIV positivos Nanashara Valgas
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Epidemiologia - A convergência das epidemias de tuberculose e HIV é um dos maiores desafios para a saúde pública no mundo. - OMS Brasil teria o maior número de casos da América Latina, com 110.000 casos a cada ano e o 16º no número mais elevado de casos de TB entre todos os países do mundo. - 2004 91.855 casos de TB notificados no Brasil taxa de incidência de 49,4 casos/100.000 habitantes.
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- HIV disfunção do sistema imune, princip da imunidade celular céls incompetentes para destruir o M. tuberculosis - Pessoas infectadas pelo HIV maior freqüência de formas extrapulmonares e disseminadas
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- Reativação endógena principal causa de desenvolvimento de TB em indivíduos infectados por HIV - Porém, estudos de microepidemias de TB nosocomial demonstraram a importância da via exógena de contaminação ocorreu princ em pacientes com anergia cutânea, 30 a 105 dias após a exposição desses pacientes ao caso índice.
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- Diagnóstico de TB na co-infecção é semelhante na população geral. - Diagnóstico bacteriológico é ainda mais importante na co-infecção confirmar a presença de TB ativa, realizar o diagnóstico diferencial com outros agravos (princ com micobacterioses atípicas) e conhecer o perfil de sensibilidade aos tuberculostáticos.
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- Aumento da incidência de TB, principalmente cutânea emergência do HIV, imunodeficiências adquiridas (transplantes, uso de imunossupressores) e M. tuberculosis multi-resistentes ao tto - TB cutânea 4% depende do estado imunológico, da via de inoculação e do passado de sensibilização à TB - Bacteremia era incomum antes de surgir a AIDS e pode levar à TB cutânea
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- TB cutânea pode preceder infecções oportunistas - Pode ocorrer ao longo ou após o tto para TB em outro foco - TB extra-pulmonar é vista princip no HIV avançado (50-76% casos)
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- TB no HIV é tratada com as medicações habituais, exceto se MO multirresistentes - Relapso 5% secundário a complicãções, resistência ou falta de adesão ao tto
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TB cutânea miliar disseminada - Disseminação sistêmica da TB a partir de foco ativo, princ pulmonar, apresentando-se como lesão cutânea - 1°caso 1990 Stack et al - 2º caso 1992 Rohatgi et al envolvimento cutâneo é raro na TB miliar aguda em pctes não infectados pelo HIV
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- Todo pcte com TB miliar disseminada tem SIDA, geralmente CD4 < 100 mm³ é doença definidora de SIDA - Resposta imune inadequada + baixa resposta ao tto disseminação hematogênica, inclusive para a pele - > casos organismos multirresistentes a drogas e êxito letal ocorre quase sempre
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- Minoria que sobrevive tto foi precoce - Pápulas eritematovioláceas que podem ter diminutas vesículas no seu topo - Vesículas rompem-se e surgem crostas com umbilicação
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- Cura: 1-4 sem - Cicatriz branca deprimida com halo acastanhado - Diag diferencial com rash papular viral diag deve ser considerado em todo pcte HIV positivo com ou sem TB que evolui com rash papular
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- PPD negativo - Diagnóstico biópsia cutânea microscopia e cultura - PCR detecta o DNA diag retrospectivo ou quando não é possível obter culturas
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TB gomosa ou abscessos tuberculosos metastáticos - Abscessos subcutâneos frios flutuantes, únicos ou múltiplos tronco, extremidades e cabeça - Quando fistulizam, são indistinguíveis do escrofuloderma - Secundária ou não a TB em outro orgão - Histopatológico necrose maciça e formação de abscessos; geralmente há muitos BAAR
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- PPD negativo - Cultura cresce em > 6-8 sem
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Lichen escrofulosorum - Pápulas liquenóides, 2-5mm, perifoliculares, cor de pele ou amareladas ou eritematovioláceas - Crianças e adultos jovens com TB - Tórax, dorso e abd + comuns - Associação com linfonodos caseosos ou focos ósseos
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- Disseminação hematogênica a partir de um foco de TB (princ pulmomonar) em pctes com PPD forte reator (HIV > 5mm) - Geralmente 3 meses após início do tto da TB em outro foco liberação de Ags dos BAAR - É considerado tuberculíde secundária a reação de hipersensibilidade tardia
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- BAAR ausentes nas lesões cutâneas - Diag diferencial líquen nitidus, sarcoidose liquenóide, sífilis secundária e reações a drogas - Histopat Granulomas distribuídos na derme superficial, ao redor dos folículos. Infiltrado de cels epitelióides, ocasionalmente do tipo Langerhas, e linfócitos, princip na periferia das lesões
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Tuberculide papulonecrótica - Erupção simétrica de pápulas eritematosas, que evoluem para necrose - Deixa cicatriz atrófica - Princ acral e superfícies extensoras - Raramente afeta a face
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- Pústulas, pápulas liquenóides, vesículas e lesões umbilicadas tb foram descritas - PPD forte reator no HIV pode ser negativo - Culturas da pele geralmente negativas - PCR detectou DNA do M. tuberculosis em 77% dos casos
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- Histopat das lesões recentes vasculite leucocitoclástica com infartos dermo-epidérmicos - Histopat das lesões bem estabelecidas vasculite linficitária e granulomas pobremente formados sem necrose caseosa - Há ativação paradoxal do sistema imune
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- Involuem 3-12 sem após o tto anti-tuberculoso - Não respondem ao tto anti-retroviral
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TB orificial - Pctes com TB avançada pulmonar, TGI ou TGU - Auto-inoculação, via hematogênica ou linfática - PPD geralmente negativo - Nódulos edematosos, eritematosos ou amarelados nos lábios, mucosa oral ou região anogenital
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- Nódulos evoluem para úlceras dolorosas irregulares ou circulares, bordas mal-definidas, consistência amolecida -
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Escrofuloderma
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Lesões atípicas - Pápulas solitárias - Nódulos ou úlceras nos MMSS - Aspecto esporotricóide - Linfangite tuberculosa achado característico da TB disseminada em usuários de drogas EV com Aids.
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Diagnóstico - Biópsia da pele sempre exame direto, histopatológico, cultura para bactérias, micobactérias e fungos com TSA - Não é incomum a presença concomitante de outra condição definidora de Aids, o que justifica a insistência para identificar o M. tuberculosis e excluir outros diagnósticos. - PPD reator > 5mm; forte reator > 10mm
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- PCR - Escarro espontâneo, induzido ou por BAL BAAR e cultura com TSA - RX tórax - Hemoculturas para micobactérias e fungos, punção aspirativa e biópsia de MO princ na TB disseminada
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- Ultra-sonografia e TC de ABD de identificar hepatomegalia, esplenomegalia ou linfadenomegalias abdominais, orientando a coleta de materiais e fortalecendo a hipótese de TB disseminada. - Sempre realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças oportunistas (linfomas, micobacterioses atípicas e micoses sistêmicas, como histoplasmose e criptococose
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Tratamento - Suspeitar de TB toda lesão refratária ao tto, em HIV positivo, princ se doença avançada - Tratamento da TB na co-infecção HIV/TB é o mesmo que na população geral - Porém, a taxa de falência terapêutica e recorrência é maior
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- Tto da TB extra-pulmonar = forma pulmonar pode ser prolongado por mais 06 meses com isoniazida (INH) - Esquema encurtado de 06 meses com rifampicina (RMP),isoniazida (INH) e pirazinamida (PZA) grande eficácia
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1°fase RMP (600mg para > 45kg), isoniazida (400mg para > 45kg)e pirazinamida (2000mg para > 45kg) 2 meses 2° fase (quatro meses) RMP (600 para > 45kg) e IN H (400mg para > 45kg) 04 meses
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- Fracasso ou a impossibilidade do uso do esquema INH / RMP / PZA drogas de segunda linha (estreptomicina, etionamida, etambutol mais tóxicas e menos potentes - Resistência primária quimioterapia prolongada mínimo 12 meses
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-Tratamento da TB reduz, por si só, a carga viral do HIV, mesmo nos pacientes que não estão recebendo TARV - Realizar contagem de LT CD4+ antes do início da TARV independente da apresentação clínica da TB - Extrapulmonar e pulmonar atípica iniciar TARV independente do resultado da contagem de LT CD4+
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- TARV e os tuberculostáticos alta toxicidade o início concomitante dos dois esquemas aumenta o risco de intolerância medicamentosa e dificulta a identificação de qual droga está causando o efeito adverso - Recomenda-se iniciar TARV até 30 dias após o início do tratamento para TB, pois se iniciado após este período está associado a maior letalidade.
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- Rifampicina potente indutor do citocromo P450 reduz as concentrações plasmáticas dos inibidores da protease (IP) e inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (ITRNN) mesma via de metabolização - A RFM deve preferencialmente fazer parte do esquema de tto da TB esquemas alternativos têm eficácia terapêutica reduzida, retardam negativação da baciloscopia, prolongam a duração da terapia, e têm maiores taxas de falência e de letalidade
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- Esquemas anti-retrovirais compostos por 2 inibidiores da transcriptase reversa nucleosídicos + efavirenz (até 600mg) 1° escolha de TARV para pacientes em uso de rifampicina ITRN AZT, 3TC, abacavir,TDF dupla preferencial AZT + 3TC Gestação efavirenz é CI neviparina ou 3 ITRN
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- Necessidade absoluta de manter TARV incompatível com RFM tratar TB por 12 meses com esquema para casos de intolerância ou CI à RFM - Tto para TB pode diminuir a contagem de LTCD4+ e aumentam a carga viral transitoriamente aguarda 30 dias para reavaliá-las
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