Paixão, A. Processos de recuperação de espólio Quinta do Contador nº13, Estrada da Serra, 2300- 313 Tomar (Portugal) Telf. 00351 249 328 100 (ext. 3183)

Apresentação em tema: "Paixão, A. Processos de recuperação de espólio Quinta do Contador nº13, Estrada da Serra, 2300- 313 Tomar (Portugal) Telf. 00351 249 328 100 (ext. 3183)"— Transcrição da apresentação:

1 Paixão, A. Processos de recuperação de espólio Quinta do Contador nº13, Estrada da Serra, 2300- 313 Tomar (Portugal) Telf. 00351 249 328 100 (ext. 3183) Email: lacps@ipt.pt www.ipt.pt Resumo : A arqueologia subaquática deve ser pensada como uma atividade técnica e científica e a sua intervenção como tendendo sempre para um trabalho de conservação preventiva. Qualquer escavação arqueológica, e ainda com mais enfase, na arqueologia subaquática, pressupõe sempre uma alteração brusca do meio no qual os materiais se encontram depositados. Na sua recuperação, os materiais passam de um ambiente estável, com o qual se encontram em equilíbrio, para um ambiente mais agressivo, provocando alterações físicas (diferenças de temperatura, luz, mecânicas, …), químicas (teor de humidade relativa, …) e biológicas (exposição a novos agentes, …). Estes fatores devem ser tidos em conta na fase de planeamento, com o objetivo de serem criadas as condições mais favoráveis para a conservação dos materiais, evitando riscos de degradação e consequentemente a perda do material como documento histórico. Recuperação de Espólio Arqueológico Subaquático Parâmetros a definir: -O objetivo da intervenção : curativo ou preventivo; -O alcance da intervenção: direta, atua sobre os materiais, ou indireta, atua sobre as condições ambientais. -A escala da intervenção, atuar sobre um objeto, sobre alguns ou sobre todo o conjunto. Estes parâmetros definirão o equipamento, os meios humanos e a logística necessários. Devemos analisar de forma rigorosa os requisitos materiais técnicos e humanos exigidos pelo projeto e deve evitar-se aquele cuja exigência de meios seja superior às possibilidades que podemos garantir. Princípios Grau mínimo de manipulação dos materiais; -Fazer o registo in situ (desenhos, croquis, fotos, vídeo) -Manipulação dos materiais sujeitos a extração cuidada e com recurso à utilização de técnicas adequadas. Conhecer o comportamento dos materiais; -Comportamento físico -Comportamento químico -Estado de conservação -Potenciais causas de deterioração Criar condições ambientais que favoreçam a conservação dos materiais; -Manter os materiais nas mesmas condições ambientais em que foram encontrados -Providenciar instalações de armazenamento adequadas aos materiais e à duração da escavação (na fase de espera antes do transporte e tratamento em laboratório) -Acompanhamento e manutenção constante durante o o armazenamento O objetivo é preservar os valores dos materiais como documento histórico. -Decidir a forma de armazenamento mais adequada -Decidir o processo de conservação e restauro -Preservar a informação contida em cada objeto (composição, forma, marcas, etc.). Foto: National Geografic Foto: Recuperação de Espólio: Ter em conta o tipo de material: orgânico (origem vegetal, origem animal); inorgânico (pedra, ferro, metais não ferrosos, vidro, cerâmica); compósito/misto (tecidos, pólen, sementes, macro restos). Investigar o estado de conservação dos materiais (avaliação in situ, condições físicas e ambientais). Proceder à extração dos materiais de acordo com o seu tipo e estado de conservação, utilizando para esse fim :cestos, redes, camas, caixas. Podendo ser acondicionados usando por exemplo areia ou algas. Nunca esquecer que a nossa ação num trabalho de escavação é irreversível. Foto: UNESCO.org Foto: F. BASSEMAYOUSSE / UWPRESS.com Foto: ARQUA Foto: flheritage.com