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A descrição etnográfica: a pesquisa e seus métodos LAPLANTINE. François. Ed. Armand Colin, 2010.

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1 A descrição etnográfica: a pesquisa e seus métodos LAPLANTINE. François. Ed. Armand Colin, 2010

2 O estudo mais científico possível da pluralidade de culturas é inseparável de um Método Atividade “retiniana” (Duchamp, sobre a pintura) Escrever o que se vê Transformação do olhar em linguagem

3 Etnólogo Aquele que faz emergir a lógica própria de uma cultura Indissociabilidade da construção de um saber (antropológico) a partir do ver e de uma escrita do ver (etnografia) Uma empreitada problemática: estabelecer relações entre visão, olhar, memória, imagem e imaginário, o olfato, a forma, a linguagem

4 “Dépaysement”: assombro provocado por culturas que nos são distantes e que vai provocar uma modificação do olhar sobre nós mesmos Somos cegos em relação a outras culturas e míopes com relação à nossa Somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única

5 Noção de “campo” (real/virtual) Fonte de enfrentamentos e conflitos Ver = aquilo que está em frente Ver = receber imagens Retrabalhar na escrita Língua + culinária: acesso à especificidade de uma sociedade

6 Etnógrafo: capaz de viver em si a tendência principal da cultura que estuda Imersão total Apreensão da sociedade tal como percebida por dentro pelos atores sociais com quem se tem uma relação direta É o que distingue a prática etnológica das práticas históricas ou sociológicas (p.23)

7 Integração do observador com o campo de observação “Observador observável” (Merleau‐Ponty) Não existe etnógrafo sem confiança e sem intercâmbio A perturbação causada pelo etnólogo, por sua presença, é fonte infinitamente fecunda de conhecimento

8 Não há lugar para um observador não comprometido Ver e fazer ver Sem a escrita*, o visível permanece confuso e desordenado Transformação escritural da experiência (luta contra o esquecimento)

9 Desabituar de considerar natural o que é cultural Confrontar sempre o que foi visto com o que já foi escrito por outros Descrição (contemplação) x narração (articulção/ação) [p.34] Modos antitéticos (duas formas de pensar) de discurso: descrição e relato (récit) etnográficos

10 O acaso dos encontros efetuados no campo Ignorância de outros encontros e de outras perspectivas possíveis Fazer surgir o inédito “Nada é mais estranho à descrição que o pensamento abstrato” (p.47) A descrição não tem nada a ver com instrospecção

11 “A descrição etnográfica é ao mesmo tempo direta em sua expressão, e mediada por tudo que permite o acesso (cartografia, fotografia, gravações, rascunhos, corquis, planos, esquemas, quadrados, retângulos, triângulos, círculos, raios) e por todas as representações habituais de relações de parentesco que todo etnólogo traça em seus cadernos*) [pp.50‐51]

12 Estabelecer relações A etnografia não só não dissocia o estudo da cultura (ethnos) da questão da escrita (graphie), mas faz precisamente de sua relação sua especificidade (p.56) A gênese da descrição etnográfica é contemporânea da descoberta do Novo Mundo

13 No começo, o outro não é verdadeiramente olhado, mas sonhado e imaginado através do que já se sabe a seu respeito A descrição leva o olhar ao já visto, o ver é por assim dizer somente entrevisto a partir de um saber anterior ao qual ele é levado imediatamente (cf. Visão do Paraíso)

14 Projeto antropológico - 1 Construção de um certo número de conceitos e, primeiro, do homem mesmo, não somente como sujeito mas como objeto de conhecimento Introduz a dualidade própria às ciências exatas (o sujeito observador e o sujeito observado)

15 Projeto antropológico-2 Construção de um saber não só de reflexão, mas de observação Saber empírico: ser vivo (biologia); trabalhador (economia); pensante (psicologia); falante (linguística)

16 Projeto antropológico-3 Observação e análise: método indutivo Observação dos fatos liberação de leis

17 Século XVIII: primeiros traços Gabinetes de curiosidades: ancestrais de nossos museus contemporâneos Não basta observar, mas proceder a observação do que se observa Interpretar as interpretações O pesquisador compreende que é preciso sair do escritório

18 Teórico e observador são reunidos O único conhecimento profundo do outro é a participação a sua existência É próprio do antropólogo empreender um projeto científico sem renunciar à sensibilidade artística Observação participante

19 A fotografia é o modelo perfeito da descrição do que é único e jamais se repete Etnólogo: aquele que conta o que viu a partir de seu próprio olhar

20 Lévi-Strauss Etnografia = escrita descritiva de uma cultura determinada Etnologia = extrair as lógicas desta cultura Antropologia = estudo comparado das sociedades humanas

21 Diários, cadernos de observação…: meios de se chegar ao trabalho científico

22 Oscilações da Antropologia 1) Positivismo: explicação pelas causas 2) Estruturalismo: “homem universal”/ explicação pelas razões 3) Gestalt (pp.98-99): apreender uma configuração global Culturalismo: a coerência e as diferenças irredutíveis de cada cultura Compreender (não explicar) a totalidade irredutível do que se vê e que cada vez é diferente

23 4) Ação fenomenológica Compreensão de uma totalidade significante Interpretação e descrição Ver = ver o mundo/ Mundo = o que vemos A consciência faz um todo com o mundo A descrição é elaborada na presença daquilo que percebemos Racionalidade descritiva: relação entre sujeito e objeto Solidariedade entre olhar e sentir

24 4) Ação fenomenológica (cont.) Ser = presença Verdade = evidência Pressuposto metafsicos da presença, da identidade e da estabilidade dos sentidos Concepção ontológica de um ser idêntico a ele mesmo Escrita expressiva e referencial Garantia da realidade, estabilidade, unidade, univocidade e exterioridade Linguagem = obstáculo ao conhecimento

25 5) Hermenêutica (p.105) Descrever é interpretar Solidariedade entre o olhar e a linguagem Relação hermenêutica = pluralidade de interpretações Multiplicidade de leituras possíveis Etnografia = poligrafia Toda descrição é “por” e “para”

26 Discurso explicativo x discurso descritivo A descrição é indiferente às ideias gerais “Desestabilizando as pretensões do pensamento explicativo que visa controlar a multiplicidade de detalhes e busca diluí-la na unidade de um conceito, o discurso descritivo deve ser considerado por si mesmo, em sua autonomia, e não como um obstáculo ou uma estágio que conduzirá à ciência A descrição é também a descrição das circunstâncias nas quais se efetuam as observações

27 Etnógrafo: observador crítico e vigilante da sociedade que estuda e de sua própria sociedade As operações de explicação são muito mais incertas, podendo chegar até a criar obstáculos à compreensão daquilo que se percebe em sua singularidade

28 Descrição etnográfica: aquilo que é (etno) aparece progressivamente à luz da escrita (grafia)


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