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PRINCIPAIS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. Introdução Professor(a), em seu trabalho diário com as crianças, você deve sempre se perguntar: - Como elas.

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1 PRINCIPAIS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

2 Introdução Professor(a), em seu trabalho diário com as crianças, você deve sempre se perguntar: - Como elas aprendem? - Quais são as melhores intervenções para que elas ampliem seus conhecimentos? - Que práticas são as mais adequadas para que elas aprendam?

3 Introdução Há tanto para saber neste mundo! Matemática, Linguagem... e tantos outros saberes. O papel da escola é, sobretudo, ampliar a sociabilidade das crianças, contribuindo para que sejam pessoas ativas, falantes, que expressem suas opiniões e que elaborem intervenções na realidade, no sentido de transformá-la.

4 Introdução Hoje, estudos e pesquisas apontam que o desenvolvimento humano se dá como um processo de apropriação da experiência histórico-social pelo homem. Mas,nem sempre foi assim. Essa visão é resultado da evolução de várias teorias.

5 Teoria Inatista Você já ouviu algumas destas frases: “Filho de peixe, peixinho é.” “Pau que nasce torto, morre torto.” “Quem nasceu para burro nunca chega para cavalo”

6  Seu precursor foi o Filósofo Platão.  Para ele o indivíduo nasce com cargas genéticas isto é, com conhecimentos prévios como: aptidões, conceitos,habilidades,conhecimentos e qualidades. Teoria Inatista

7 O Desenvolvimento na visão inatista  Os fatores hereditários são preponderantes para o desenvolvimento da criança;  A experiência e a aprendizagem são deixadas em segundo plano;  A inteligência e as aptidões individuais são herdadas dos pais e estaria prédeterminada no nascimento.

8 Consequências da Teoria Inatista para a prática escolar  Segundo esta teoria a escola não tem muito o que fazer, já que o aprendizado vai depender dos traços que de comportamento que a criança traz quando nasce.  As características individuais da criança como agressividade, sensibilidade ou dificuldade de aprendizagem, por exemplo, são vistas como traços inatos, que não poderão ser modificados pela educação escolar.  A aprendizagem da criança dependia de seus dons. Se ela não herdou o dom, nunca vai aprender, seria incapaz de aprender.

9 Professor(a), em sua prática, você pode perceber que não é assim que acontece. Embora as crianças possam aprender de formas diferentes, todas são capazes de aprender

10 Atividade 1 Você em seu cotidiano ou na sua vida escolar, encontra ou encontrou alguma situação, ou até mesmos outras frases que nos remetam a essa teoria? Você pode descrevê-las.

11 Teoria Ambientalista Você já ouviu essas frases: O desenvolvimento do ser humano depende principalmente do seu ambiente, dos estímulos do meio em que ele vive, das experiências pelas quais ele passa.

12 O desenvolvimento do ponto de vista da teoria comportamentalista  O homem nasce como uma folha em branco  O ambiente e as experiências são fatores determinantes do comportamento humano;  A criança nasce sem características psicológicas, seria como uma massa a ser modelada, estimulada e corrigida pelo meio em que vive.  O desenvolvimento seria resultado das múltiplas aprendizagens acumuladas durante a vida;

13 O desenvolvimento do ponto de vista da teoria comportamentalista  O professor é quem detém o saber, a verdade.  O saber está com o(a) professor(a) e, portanto, ele(a) precisa transmitir o conhecimento para a criança, que recebe de forma passiva.  O aprendizado é obtido por meio da cópia, seguido de memorização.(Prática –quando se tornam hábitos).  Educar alguém seria moldar o seu comportamento, seu caráter, seu conhecimento, dando à criança tudo aquilo que ela não tem.

14  Teoria Ambientalista acredita que a criança aprende através de TREINAMENTO.  A prática pedagógica estaria voltada para aquisição de determinados CONHECIMENTOS E VALORES PRÉ- ESTABELECIDOS.  O papel do(a) professor(a) seria ESTIMULAR A CRIANÇA a responder aquilo que ele está pedindo, SEM QUESTIONAMENTO.  Essa teoria acredita que o meio é responsável pela formação do sujeito, sendo o ADULTO QUEM VAI CONTROLAR tudo o que a criança deve aprender.  Através de TESTES, É AVALIADO se a criança absorveu a informação corretamente

15 Consequência para a Educação: - Organização das atividades através de pequenos passos; - O reforço dado pelas notas; - Distribuição de prêmios para os alunos exemplares. - O professor é o detentor absoluto do conteúdo e pode programa-lo; - O aluno é passivo;.

16 Atividade 2 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz: – As crianças são como uma tela em branco. Nós, professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de nós o quadro que será pintado nessa tela. Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria Ambientalista?

17 Atividade 2 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz: – As crianças são como uma tela em branco. Nós, professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de nós o quadro que será pintado nessa tela. Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria Ambientalista? A Teoria Ambientalista não foi suficiente para explicar o desenvolvimento humano porque, ao considerar a criança como passiva, podendo ser controlada ou manipulada pela situação, desconsiderava sua capacidade de compreender, raciocinar, contestar, deduzir, fantasiar, ter desejos, imaginar etc.

18 Teoria Interacionista  Valoriza a experiência.  Acredita que através dela a criança aprende a olhar as situações de diferentes perspectivas.  Através da experiência a criança aprende a ir em frente na busca por certos objetivos, considera a resposta do outro, das pessoas com as quais interage, adulto ou criança, que indicam sua posição ou ponto de vista.

19 Os interacionistas não concordam:  com os inatistas porque estes desprezam o papel do ambiente.  com os ambientalistas porque estes ignoram fatores maturacionais. Os interacionistas levam em conta tanto os aspectos inatos quanto influências do ambiente no desenvolvimento humano. Para os interacionistas, é através da interação com outras pessoas mais experientes que a criança vai construindo suas características (sua maneira de pensar, sentir e agir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).

20 Atividade 3 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?

21 Atividade 3 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista? Na história “Pedro e Tina”escrita por Stephen Michael King encontramos um exemplo clássico da teoria interacionista. A troca de experiências das duas crianças resultou em uma construção do desenvolvimento de cada uma.

22 Teoria Interacionista Construtivista  O estudioso Jean Piaget, tentando entender como a criança aprende, pesquisou como se desenvolve o pensamento humano desde o nascimento da criança até a adolescência.  Em suas pesquisas na área da Psicologia, Piaget buscava responder a seguinte questão: Como as pessoas passam de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento?

23 Piaget estudou como : Nasce o PENSAMENTO ABSTRATO: um conhecimento independente da ação do homem sobre os objetos como é gerado o CONHECIMENTO LÓGICO, mental. Este projeto de estudo piagetiano é denominado epistemologia genética.

24 ESPISTEMOLOGIA GENÉTICA. Piaget pesquisou a origem do conhecimento científico no homem.

25  O conhecimento não está pronto antes da relação do homem com o meio, mas é construído nessa relação.  Por isso, sua teoria é denominada Construtivismo

26 CONCEITOS BÁSICOS DA EPISTEMOLOGIA GENÉTICA Piaget apoia sua teoria em três grandes eixos:  o processo de conhecimento e os objetos a serem conhecidos adaptam-se uns aos outros;  O conhecimento é fruto de um processo de construção;  O conhecimento nasce e é elaborado através dos interações que o sujeito estabelece com o meio. Esses eixos nos mostram que o ato de conhecer é construído e estruturado a partir daquilo que se vivencia com os objetos de conhecimento.

27 Mas de que maneira os objetos presentes no mundo podem ser conhecidos? Para Piaget, isto ocorre através da ação do sujeito. Essa ação procura fazer com que o sujeito se adapte ao meio através de dois processos, chamados por ele de assimilação e acomodação.

28 ADAPTAÇÃO ASSIMILAÇÃO + ACOMODAÇÃO ASSIMILAÇÃO O sujeito procura conhecer o objeto, trazendo-o para dentro de seus referenciais e usando competências que já possui, ainda que sejam insuficientes para responder ou “dar conta” da situação nova. é o movimento de buscar incorporar o objeto novo às estruturas de conhecimento ACOMODAÇÃO Quando o sujeito se modifica em função do movimento assimilador, tendo em vista superar o desafio que o novo objeto traz. É a mudança nessas estruturas decorrente da tentativa de assimilar o novo

29 Para Piaget, a relação do sujeito com os objetos do mundo físico é uma relação de equilibração Isto quer dizer que o processo de conhecer tem início com o desequilíbrio entre o sujeito e a sua realidade. Os objetos apresentam um problema ou desafio para o sujeito, gerando um desequilíbrio. Este desequilíbrio leva o sujeito a agir sobre o objeto com o propósito de restabelecer o equilíbrio.

30 Piaget elaborou um modelo explicativo para o surgimento do pensamento no início da vida do ser humano. Sua observação partiu dos comportamentos reflexos. Os reflexos possibilitam uma primeira adaptação do bebê ao ambiente em que vive. É através deles que as crianças assimilam objetos do cotidiano, como a mamadeira, o seio materno, os bichinhos de pelúcia etc. Esse contato com o meio vai transformando os reflexos, dando origem aos esquemas de ação puxar, pegar, sugar, empurrar, etc. É por meio da exploração ativa da criança em seu meio que o desenvolvimento cognitivo tem início

31 os fatores que impulsionam o desenvolvimento segundo a teoria piagetiana são: Maturação orgânica: condição imprescindível porque permite o aparecimento de novas condutas durante o desenvolvimento. A experiência: A experiência física com os objetos nos permite obter informações de suas propriedades Transmissão social – as informações que nos são passadas por diversos meios contribuem para modificar nossos esquemas, permitindo que avancemos em nosso desenvolvimento intelectual. Processo de equilibração – é o fator determinante que permite explicar o desenvolvimento intelectual. Todos nós temos uma tendência a buscar o equilíbrio nas trocas que fazemos com o meio

32 Desenvolvimento das estruturas cognitivas Para Piaget, o desenvolvimento humano se caracteriza por uma série de equilibrações sucessivas que nos levam a maneiras de pensar e agir cada vez mais complexas. Esse processo apresenta estágios ou períodos que se definem pela organização de uma estrutura e que se sucedem em uma ordem fixa, de maneira que um estágio sempre é integrado ao seguinte.

33 1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos) 1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos) - período da inteligência prática, anterior à linguagem. - Caracteriza-se pela ação do sujeito sobre o meio (primeira ação para o próprio corpo e depois para os objetos), tendo como recursos as sensações e os movimentos. - O mundo é algo a experimentar e conhecer através dos órgãos do sentido e das ações físicas/corporais sobre os objetos. - não há representações, ou seja, imagens mentais das coisas que cercam a criança. - A criança está presa à experiência imediata, a presença física dos objetos, - Os modos de agir que se desenvolvem são todos esquemas de ação: olhar, agarrar, morder, e assim por diante. - predomina a assimilação

34 2º PERÍODO – PRÉ-POPERATÓRIO (aproximadamente entre 2 e 7 anos) - caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras representações/imagens mentais; - é nesse período que tem início o processo de socialização da criança e a linguagem; - a linguagem oral progride - Entre 3 e 6 anos, mais ou menos, os antigos esquemas de ação são transformados em esquemas representativos, - - tem início a atividade simbólica, que se caracteriza pela capacidade da criança de tornar presentes objetos e pessoas ausentes, através da imitação e do faz de conta. - a lógica das percepções predomina sobre as operações mentais e a lógica mental nas crianças de até 7 anos.

35 3º PERÍODO – OPERATÓRIO-CONCRETO (aproximadamente entre 7 e 11 anos) - As operações lógicas são ações mentais que possibilitam as crianças fazer constatações e construir explicações. - Essas ações são regidas por regras, como é o caso da reversibilidade, que é a capacidade de fazer o movimento inverso, voltando ao ponto de partida. - Essa capacidade marca a entrada da criança no período das operações concretas. - A percepção passa a ser regida pela lógica.

36 4º PERÍODO – OPERAÇÕES FORMAIS (a partir dos 12 anos) - É somente a partir da adolescência que o ser humano adquire a capacidade de pensar sobre os conceitos abstratos. - as operações lógicas agora são aplicadas a hipóteses formuladas em palavras. - O adolescente não tem a necessidade de estar diante dos objetos concretos para pensar sobre a realidade. - Outra caraterística da adolescência é a metacognicação, ou seja, capacidade de fazer uma reflexão sobre a capacidade de refletir.

37 As implicações das descobertas de Jean Piaget na sala de aula - Revolucionou a noção de sujeito e aprendiz; - Mostrou a importância da criança e do adolescente para que haja construção do conhecimento; - Mudou o modo de pensar e de fazer escola; - Problematizou a questão do erro e do acerto; - Mostrou que a escola é o lugar de aprender a perguntar sobre os mistérios do mundo

38 - Trouxe consequências para a organização e planejamento das atividades escolares: 1) Os conceitos tem gênese, apropriá-los requer um longo processo que envolve a ação dos sujeitos e tempo de elaboração. 2) O conhecimento é construído e, essa construção se dá no encontro com a herança genética e com o meio. 3) Nem todo erro é igual: - Erro comum (falta de informação) - Erro construtivo (o próprio erro é fonte de construção de conhecimento). Ele mostra que a criança está seguindo suas próprias concepções a respeito da realidade. É o esforço que esta faz para aprender. O erro faz parte da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.

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40 4) A fala e a escrita são processos indispensáveis na construção o conhecimento; 5) O aluno precisa ser imerso no conhecimento e não apenas repetir o professor tem a dizer.

41 Atividade 4 Você seria capaz de identificar, em sua prática, um erro construtivo? Tente descrevê-lo e explicar por que você o considera um “erro construtivo”.

42 Teoria Sócio-Interacionista  Tem como principal representante Lev Vygotsky  Vygotsky, em suas pesquisas na área da Psicologia, buscava compreender como o sujeito torna-se capaz de produzir símbolos, ou seja, a linguagem, que lhe permite organizar- se na realidade e comunicar-se.  Desde seu nascimento, a partir de suas relações com o outro, a criança vai se apropriando das significações socialmente construídas.

43 Teoria Sócio-Interacionista  Aprendemos a ser homens fazendo parte de uma cultura humana.  Consideram o ser humano como o resultado de uma tensão permanente entre o que eles chamaram de linha de desenvolvimento biológico, e linha de desenvolvimento cultural.  O desenvolvimento biológico diz respeito a nossa herança natural. Viemos ao mundo dotados de funções mentais elementares.

44  Em um nível elementar, as funções mentais operam de forma espontânea, sem intencionalidade e controle da vontade da criança, como a memória, a inteligência prática, a percepção, a atenção são exemplos dessas funções.  No curso do desenvolvimento, através da interação que o sujeito tem com seu meio de cultura, essas funções vão amadurecendo e se transformando em funções superiores.  Essas funções são processos psicológicos usados intencionalmente, por todo ser humano, para desenvolver-se.

45 O exercício que todo ser humano faz de dar significado aos objetos, às relações, aos sentimentos, enfim, a um mundo no qual já estamos imersos, é mediado e não direto. As ferramentas utilizadas no processo de mediação são os instrumentos e os signos. Instrumentos são criações humanas que auxiliam no processo de significação do meio de cultura, assim como potencializam as ações humanas em todos os momentos de nossa vida. Exemplo: A enxada, o arado, as máquinas. Signos são instrumentos internos, que servem para nos comunicarmos uns com os outros, assim como para categorizarmos e organizarmos o mundo. Exemplo: A linguagem falada, os gestos, a escrita, a linguagem matemática.

46 Atividade 5 Analise essa história da Menina Lobo tomando como referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.

47 Atividade Analise essa história da Menina Lobo tomando como referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural. O desenvolvimento é entendido por Vygotsky como um processo de internalização dos modos de pensar e agir de uma determinada cultura. As aptidões biológicas estavam presentes na menina lobo, mas, não foram desenvolvidas

48 . A internalização é um processo pelo qual o que está externo ao indivíduo (ações, reflexões), entre as pessoas (em um nível interpsicológico), se transforma em algo interno (conceitos, compreensão de si e do mundo), dentro da pessoa (em um nível intrapsicológico). Vygotsky instituiu dois níveis de desenvolvimento: - O nível de desenvolvimento real, que são aquelas atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar sozinha; - O nível de desenvolvimento potencial, que são aquelas atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar com a ajuda de alguém mais experiente.

49 Vygotsky ressalta que a distância entre o nível real e o potencial configura a zona de desenvolvimento proximal (onde ocorrem as aprendizagens). O que a criança hoje faz com ajuda, amanhã fará sozinha. A aprendizagem precede e impulsiona o desenvolvimento, criando o que ele denominou de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o que a criança pode fazer sozinha e o que faz com a ajuda de outra pessoa.

50  Vygotsky não sugere estágios ou etapas através dos quais a criança vai progredindo.  Seu olhar para o desenvolvimento não obedece a uma linha reta  A criança é um ser social desde que nasce e, ao longo do desenvolvimento.  Para nós, professores(as), o grande valor dos conceitos de Vygotsky está nas interações sociais. A valorização das trocas entre as crianças de um grupo e de grupos diferentes (de diferentes idades e momentos evolutivos) serve como incentivo no desenvolvimento de cada uma.

51 Teoria do desenvolvimento de Henry Wallon Wallom buscava compreender a base orgânica e cerebral das funções psíquicas que investigava. Interessava a ele saber onde se localizava na mente material, no cérebro, funções tais como a memória, a afetividade, o comportamento social.

52 Segundo Wallon, para a compreensão do desenvolvimento infantil não bastam os dados fornecidos pela psicologia genética. É preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento como a neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia infantil, campos estes de comparação, privilegiados por ele. É por meio da emoção que se estabelecem as relações entre o organismo e o meio. O componente orgânico depende do meio social para ser atendido em suas necessidades de sobrevivência. A emoção é orgânica, significa que é a primeira manifestação do psiquismo, que vai realizar “a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é social”

53  A partir das ideias elaboradas por Wallon, podemos entender que, na base orgânica do corpo humano, o Sistema Nervoso, as conexões cerebrais modificam-se à medida que o ser humano relaciona-se socialmente.  propôs três centros que se entrelaçam diferentemente ao longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a motricidade e a cognição  Considerava que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o meio social.

54 Estágios do Desenvolvimento Mental 1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos)  Num período inicial do desenvolvimento no recém-nascido, predomina a afetividade (a inteligência ou cognição não se separa da afetividade).  a afetividade, isto é, a possibilidade de afetar e ser afetado nas relações, predomina nesse momento.  Nesse processo, Wallon reconhece algo como um “diálogo tônico”, ou seja, uma espécie de conversa entre o bebê e o adulto por intermédio não só das palavras, mas do tônus corporal, da expressão facial, dos gestos, do contato físico

55 Estágios do Desenvolvimento Mental 1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos) o bebê não discrimina o que é ele e o que é o mundo, a mãe, os objetos. Aos poucos, mergulhado nas interações sociais, vai surgindo uma diferenciação. Quando o adulto se relaciona com o bebê dizendo “você é esse”, quando brinca de sumir e reaparecer atrás de um pano, quando nomeia as coisas e ações do bebê, quando o toca, olha e sorri, contribui na sua discriminação naquela realidade – o que é o bebê, o que é o mundo (objetos, mãe, pai etc.)

56 2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos. O deslocamento do corpo no espaço com cada vez mais desenvoltura e segurança, gera o ato mental. As primeiras ideias mentais das crianças nascem em seus movimentos. a intensa motricidade vai sendo inibida pelo ato mental, pelo funcionamento cognitivo. Na verdade, o ato interioriza-se, desloca-se de fora, do motor, ligado aos objetos físicos, para o mental, ligado à atividade interna da criança. Ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental "projeta-se" em atos motores.

57 3º Estágio - Personalismo: dos 3 aos 6 anos. Desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas; ◦ Construção da consciência de si pela interação social (é a diferenciação psíquica da criança em relação ao outro); ◦ Necessidade de manifestação expressiva (espaço e permissão para a ação); ◦ A criança já se auto denomina “eu”, “mim”; ◦ Marcada por 3 fases:  Oposição - A criança precisa se opor ao outro para demarcar seu espaço, em busca da afirmação de si.  Sedução - criança sente necessidade de ser admirada  Imitação - criança busca incorporar o outro imitando-o

58 4º Estágio - Categorial: (6-11 anos) cognitivo – construção do real Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior; ◦ Pensamento pré-categorial até os 9-10 anos; ◦ Capacidade de autodisciplina mental (atenção); ◦ Inteligência discursiva; ◦ A formação de categorias intelectuais possibilita à criança a identificação, a análise, a definição e a classificação dos objetos ou acontecimentos. ◦ Aquisição da capacidade conceitual.

59 5º Estágio - Predominância funcional: Adolescência (11-12 anos) afetivo – construção de si ◦Ocorrência de modificações fisiológicas impostas pelo amadurecimento sexual; ◦Necessidade de reorganização do esquema corporal; ◦Nova definição dos contornos da personalidade; ◦Envolve questões pessoais, morais e existenciais.

60 A Emoção na teoria de Wallon A afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas cognitivas e as possibilita, daí a afirmação de que estimular a afetividade é nutrir a inteligência; A emoção, tipo particular de manifestação afetiva, é o primeiro recurso de que o ser humano dispõe para comunicar-se e interagir com o outro; As emoções são expressivas e contagiosas; As emoções são antagônicas às atividades reflexivas: “A razão nasce da emoção e sobrevive de sua morte”

61 O Movimento na teoria de Wallon As necessidades de movimento, e as necessidades posturais são imprescindíveis ao desenvolvimento infantil; “Quem sustenta o pensamento no início é a motricidade, que será depois inibida por ele.” (DANTAS, 1990); A redução da motricidade exterior e o progressivo ajustamento do movimento ao mundo físico está ligada, também, à possibilidade de controle voluntário sobre o ato motor. O controle da criança sobre suas próprias ações, o que Wallon denominou de “autodisciplinas mentais”, é um processo lento e gradual que depende de fatores orgânicos e sociais.

62 Contribuições da teoria de Wallon na Educação O meio, que inclui os objetos físicos e as relações humanas, é de extrema importância para o desenvolvimento da pessoa. O papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. Dessa forma, as interações da criança com a professora e com as outras crianças tornam-se condição para a construção não só de conhecimentos, mas da sua personalidade como um todo.

63 O professor deixa de ser o agente exclusivo de informação e formação das crianças, uma vez que a interação com as outras crianças também assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas. Seu papel, contudo, é de extrema importância já que é ele quem irá possibilitar e mediar as interações das crianças entre si e delas com os objetos de conhecimento; A prática pedagógica precisa ser pautada nas necessidades das crianças como um todo e promover o seu desenvolvimento em todos os aspectos: afetivo, cognitivo e motor.

64 Atividade 6 Na leitura do texto “Menino a bico de pena” de Clarice Lispector, que relações podemos fazer com o que Wallon fala sobre o processo de diferenciação da criança? Nestas cenas do conto, como o bebê vai reconhecendo a si mesmo e o mundo em volta?


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