IMPLICAÇÕES DA ABORDAGEM VYGOTSKIANA PARA A EDUCAÇÃO

Apresentação em tema: "IMPLICAÇÕES DA ABORDAGEM VYGOTSKIANA PARA A EDUCAÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 IMPLICAÇÕES DA ABORDAGEM VYGOTSKIANA PARA A EDUCAÇÃO

2 Nesta abordagem; sujeito produtor de conhecimento, não mero receptáculo que absorve e contempla o real, nem o portador de verdades advindas de um plano ideal. O sujeito é um ser ativo que em sua relação com o mundo, com o seu objeto de estudo reconstrói em seu pensamento este mundo. O conhecimento envolve sempre um fazer, um atuar do homem. V. com suas produções, possibilita a análise psicológica de algumas questões relacionadas ao ensino e sugerem uma reavaliação de aspectos já consagrados no campo educacional.

3 Valorização do papel da escola:
Ela quem promove o Pensamento Conceitual. Por introduzir novos modos de operação intelectual (abstrações, generalizações + amplas sobre a realidade), que transformam os modos de utilização da Linguagem, na medida em que a criança expande seus conhecimentos, modifica sua relação com o mundo.

4 “O bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento”:
O conceito de ZDP desestabiliza algumas crenças bastante cristalizadas no âmbito pedagógico. Ainda prevalece a visão de que o desenvolvimento é pré-requisito para o aprendizado (Prontidão)  contradição: o desenvolvimento é impulsionado pelo aprendizado = “só amadurecerá se aprender” – a criança só aprenderá a ler e escrever se tiver acesso a essas informações e participar de situações planejadas de leitura e escrita  mudança significativa no modo de entender e praticar o ensino.

5 O bom ensino é o que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completar, por meio da intervenção e colaboração de parceiros + experientes da cultura  isso define o campo e as possibilidades da atuação pedagógica. Ensinar o que já se sabe ou aquilo que está longe da possibilidade de aprender é TOTALMENTE INEFICAZ. A Escola deve estimular processos internos que acabarão por se efetivar, passando a constituir a base que possibilitará novas aprendizagens. Ensinar o aluno a pensar, ensinar formas de apropriação do conhecimento elaborado, de forma que ele possa praticá-las autonomamente ao longo da vida, para além da escola = principal tarefa da escola contemporânea.

6 Papel da imitação no aprendizado:
A imitação não é um processo meramente mecânico, ela oferece a oportunidade de reconstrução (interna) daquilo que o sujeito observa externamente; um dos possíveis caminhos para o aprendizado; um instrumento. Com ela a criança é capaz de realizar operações que ultrapassam o limite de suas capacidades – criança não alfabetizada que imita o irmão escrevendo uma lista = internaliza os usos e funções da escrita, promovendo o desenvolvimento que permitirá o domínio da escrita.

7 Papel da imitação no aprendizado:
Contudo, o sujeito só consegue imitar aquilo que está no seu nível de desenvolvimento. A Escola deve promover situações que permitam a imitação, observação e reprodução de modelos, porém de forma contextualizada, não vazias, nem “rituais de cópias”.

8 Papel mediador do Professor
Redefine a função do Professor: deixa de ser visto como agente exclusivo de informação e formação dos alunos; porém, seu papel é imprescindível – mediador e possibilitador das interações entre o aluno e destes com os objetos de conhecimento. A intervenção nas Zonas de Desenvolvimento Proximal dos alunos é de responsabilidade (não exclusiva) do Professor, enquanto parceiro privilegiado para tornar acessível ao aluno o patrimônio cultural e desafiar processos de aprendizagem e desenvolvimento infantil.

9 Papel mediador do Professor
São fundamentais: explicações, demonstrações, abstrações, questionamentos... sem com isso dar “sempre a resposta pronta”. Importante fornecer “pistas” para promover a curiosidade da criança e possibilitar a troca de informações. Para tanto é necessário que o Professor conheça o nível efetivo de conhecimento de seus alunos.

10 Papel mediador do Professor
Os postulados de Vygotsky apontam para uma escola em que a pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Um espaço de transformações, diferenças, erros, contradições, colaboração mútua, criatividade, autonomia. Onde o conhecimento sistematizado não é tratado de forma dogmática e esvaziado de significado.

11 Papel do outro na construção do conhecimento
Construir conhecimentos implica numa ação partilhada. Redimensiona o valor das interações sociais (aluno- aluno; aluno-professor)  condição necessária para a produção de conhecimentos por parte dos alunos: diálogo, cooperação, troca de informações, confronto de pontos de vista divergentes, divisão de tarefas; buscando um objetivo comum – o professor deve não apenas permitir tudo isso, como ser promotor delas no cotidiano escolar. A heterogeneidade, as diferenças, passam a ser fatores imprescindíveis para a ampliação das capacidades individuais.