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Autonomia versus Vergonha

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Apresentação em tema: "Autonomia versus Vergonha"— Transcrição da apresentação:

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2 Autonomia versus Vergonha
Passagem do controle externo para o autocontrole Emerge da confiança e da autoconsciência Os Terríveis 2 Anos Vergonha e dúvida Ajuda a criança a reconhecer a necessidade de limites © 2012 by the McGraw-Hill Companies, Inc 2 2

3 A teoria do desenvolvimento moral de Jean Piaget Profª Letícia W
A teoria do desenvolvimento moral de Jean Piaget Profª Letícia W. Franco Martins

4 Anomia Regra confunde-se com hábito Há regularidades, mas não normas
Não há consciência de obrigação : Necessário individuação; relação entre no mínimo duas pessoas Em função da diferenciação dos afetos ligados à própria atividade até o momento e os sentimentos elementares de sucesso e fracasso, alegria e tristeza originem os sentimentos inter-individuais

5 Desenvolvimento Moral
Socialização Como as crianças desenvolvem hábitos e valores que os tornam membros produtivos da sociedade Internalização Tornar seus os padrões sociais © 2012 by the McGraw-Hill Companies, Inc 5 5

6 O problema de pesquisa Qual era o problema de pesquisa de Piaget?
As relações entre o sentimento de respeito e a lei moral Influências teóricas: Para Kant e Durkheim, o respeito é conseqüência da lei moral, ou seja, é na medida em que o indivíduo obedece a lei moral que ele é respeitado Para Bovet, o respeito às pessoas é condição prévia da lei moral: o indivíduo atinge o respeito à Lei através das pessoas

7 Hipótese Piaget parte da hipótese de Bovet (1912):
Duas condições são necessárias e suficientes para que o indivíduo sinta que deve (ou não deve) agir de uma determinada maneira: Que uma consigne seja dada Que essa consigne seja aceita por aquele que a recebe

8 DEFINIÇÕES Consigne = ordem ou proibição:
Dada sem indicação precisa de motivos e sanções; Válida até novo aviso; Diz respeito a circunstâncias exteriores que devem ser reconhecidas pelo indivíduo. Condição para que uma consigne seja aceita: que aquele que a recebe respeite aquele que a dá. Respeito = uma relação de natureza afetiva, constituída de amor e de medo em doses diversas Moral- necessidade de afeição recíproca

9 QUESTÃO DE PESQUISA Piaget (1932/1992) viu na hipótese de Bovet (1912) a seguinte limitação: “Como, se todo dever emana de personalidades superiores a ela, a criança adquirirá uma consciência autônoma?” (Piaget, 1932/1992: 308)

10 Método Piaget usa o jogo de regras (bolinhas de gude) para investigar como é possível ao ser humano a aquisição da consciência autônoma. Por que o jogo de regras?

11 Método As regras do jogo de bolinhas de gude, como as regras morais, se transmitem de geração em geração e se mantêm unicamente graças ao respeito que os indivíduos têm por elas. No entanto, enquanto as regras morais são impostas pelos adultos, as regras do jogo são elaboradas pelas próprias crianças. O jogo de bolinhas de gude, na Suíça, era praticado pelos meninos de até anos

12 Prática da regra Consciência da regra Como é aplicada
Como passam a respeitá-la

13 Método Não interessava o conteúdo da regra:
“... os deveres não são obrigatórios por causa de seu conteúdo mas pelo fato de emanarem de indivíduos respeitados” (Piaget, 1932/1992: 311) Apenas o tipo de relação social era relevante: Segundo Piaget (1954), a originalidade da tese de Bovet consistia em definir o sentimento de dever no interior de uma relação interindividual, ou seja, o sentimento de dever não somente tem origem em uma relação de respeito, mas a implica constantemente.

14 Respeito Expressão do valor atribuído aos indivíduos, por oposição às coisas ou aos serviços Valor: troca afetiva com o exterior, objeto ou pessoa

15 DOIS TIPOS DE RELAÇÃO SOCIAL
Coação social Autoridade Cooperação Isenta de autoridade/prestígio Processo evolutivo da moral Heteronomia- Autonomia

16 Respeito unilateral 1a. Forma de respeito
Condição necessária (mas não suficiente) para construção de outras formas de respeito Constitui-se nas relações de coação social Protótipo: relação pais-criança Dá origem à obediência – 1a. Forma de controle normativo Valor absoluto às normas, opiniões e valores Paradoxo: Regra é sagrada, mas não seguida Ex: qual pior mentira p. 452 História dos dois meninos que quebram xícaras.

17 Respeito unilateral “ Realismo moral” – consideração de deveres exteriores ao indivíduo, seguir normas sem reflexão, desconsideração da intenção - julgamento pelo resultado Resultado do egocentrismo com a coação social Se adultos impõe valores oportunidade da criança compartilhar valores da cultura aí construção de seus valores

18 Respeito mútuo Atribuição recíproca de valores equivalentes
Inicialmente: relação possível entre aqueles com mesma escala de valores Atitude da criança nas regras muda: Regra deixa de ser sagrada e imutável Regra ≠ lei- regra nem sempre justa Modificação da regra- nem sempre transgressão Surge capacidade de instituir normas Início da conquista da consciência moral autônoma

19 Respeito mútuo Mas qual relação possível entre aqueles com escala de valores diferentes? Reciprocidade espontânea e normativa Relações de amizades Substituição recíproca dos pontos de vista torna-se obrigação “não basta ser sensível para ser bom” (Piaget, 1932, p.315)

20 Respeito mútuo Implica necessidade de não-contradição moral: não se pode valorizar parceiro e agir de modo a ser desvalorizado por ele Regra não pode ser contraditória ao que se aplica ao terceiro nem ao que se espera que seja aplicado nele próprio Coerência interna das condutas- reciprocidade Condição para comportamento ético Respeitar o outro – atribuir à sua escala de valores um valor equivalente ao de sua própria escala A própria pessoa é revestida de valor moral

21 Respeito mútuo Noção de justica- primeiro “sintoma” da autonomia moral
Evolução do conceito de igualdade para eqüidade

22 FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE AUTÔNOMA
Capacidade de ser normativo Constituição da vontade (entre prazer e dever, escolher dever) Construção de valores Elaboração de projeto de vida O eu torna-se personalidade na medida em que renuncia a si mesmo, inserindo seu ponto de vista entre os outros, curvando-se às normas de reciprocidade Personalidade autônoma- produto mais refinado da socialização Diversidade e igualdade Moralidade como possibilidade e não concretização consciência adulta- produto social recente e excepcional

23 Método Piaget estudou o efeito da coação na formação da consciência moral através dos seguintes estudos empíricos: Desajeitamentos: 3 diferentes pares de histórias Roubo: 2 pares de histórias Mentira: definição e 4 diferentes pares de histórias

24 Método Piaget estudou o efeito da cooperação na formação da consciência moral através de estudos sobre a noção de justiça: Tipos de sanção: 7 histórias p Correlação entre ato e sua retribuição Responsabilidade coletiva: 4 histórias p.181-2; Justiça imanente: 3 histórias p. 193 Sanções automáticas Justiça distributiva/igualitária: 3 histórias p. 201 É justo favorecer uma criança obediente? Igualdade versus autoridade: 4 histórias p. 211 Justiça entre crianças: 2 questões (vingança e trapaça) e 4 histórias p Exemplos de injustiça solicitados às crianças p

25 Justiça entre 2 crianças
Sanções por reciprocidade Sanções coletivas Sanções particulares - vingança Exemplos de injustiça solicitados às crianças Condutas contrárias às ordens de adultos Contrárias às regras de jogo Contrárias à igualdade Contrárias à sociedade adulta p

26 Em síntese: Para Piaget (1932/1992), “a condição primeira da vida moral é a necessidade de afeição recíproca” (p. 138); Piaget (1932/1992) realizou um estudo sobre a gênese de dois sentimentos morais – o respeito e o dever; Para Piaget, como para Bovet (1912), o sentimento de dever não apenas tem origem em uma relação interindividual de respeito, mas a implica constantemente; Sem abandonar a tese de Bovet (1912), Piaget (1932/1992) estabeleceu a diferença entre respeito unilateral e respeito mútuo: “com a idade o respeito muda de natureza” (p. 79) De 3 e 4 decorre que também o sentimento de dever muda “de natureza”: se há respeito unilateral, há obediência (o sentimento de dever é externo à consciência); se há respeito mútuo, há obrigação moral (dever interno).

27 Moral Anomia Heteronomia Autonomia Relação social Coação A → B
Indiferenciação Eu/Outro Coação A → B Cooperação A ↔ B Respeito Unilateral Mútuo Dever Obediência Obrigação moral

28 Para pensar O adolescente “rebelde” seria heterônomo ou muito autônomo? Sua moral ainda é heterônoma. Ele não está aceitando a regra imposta pelo adulto. Sanções/punições/recompensas promovem a autonomia ou reforçam a heteronomia? Reforçam a heteronomia da criança, pois os adultos estão exercendo poder sobre elas. As sanções são válidas para o desenvolvimento moral, porém não aquelas expiatórias (quando não tem a ver com o erro da criança).

29 REFERÊNCIAS Freitas, L. B. L. (2002). Piaget e a consciência moral: um kantismo evolutivo? Psicologia: Reflexão e Crítica, 15(2), Freitas, L. B. L. (2003). A moral na obra de Jean Piaget: um projeto inacabado. São Paulo: Cortez. Freitas, L. B. L. (2006). Psicologia moral: Perspectivas e controvérsias. In R. S. Feldman, Introdução à psicologia (pp ). São Paulo: McGraw-Hill. La Taille, Y. de (1992). Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. Em: La Taille, Y., Oliveira, M. K. e Dantas, H. Piaget, Vygotsky, Wallon; teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus.


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