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Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil

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Apresentação em tema: "Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil"— Transcrição da apresentação:

1 Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil
Izabel Galvão HENRI WALLON Drª Teresa Cristina Barbo Siqueira

2 WALLON Nasceu na França em 1879. Em 1902, com 23 anos, formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior, cursou também medicina, formando-se em 1908. Antes de chegar à psicologia passou pela filosofia e medicina e ao longo de sua carreira foi cada vez mais explícita a aproximação com a educação.

3 Viveu num período marcado por instabilidade social e turbulência política.
As duas guerras mundiais ( e ), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França.

4 Em 1914 atuou como médico do exército francês, permanecendo vários meses no front de combate.
O contato com lesões cerebrais de ex- combatentes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes. Até 1931 atuou como médico de instituições psiquiátricas. Paralelamente à atuação de médico e psiquiatra consolida-se seu interesse pela psicologia da criança.

5 Materialismo Dialético
Em 1931 Wallon viaja para Moscou e é convidado a participar do Circulo da Russa Nova, grupo esse formado por intelectuais que se reuniam com o objetivo de aprofundar os estudos do materialismo dialético e refletir sobre a possibilidade de utilizar este referencial nos vários campos da ciência.

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13 WALLON A evolução do desenvolvimento psicológico da criança é integrada à afetividade e a inteligência. Assim, a mudança de cada estágio representa uma evolução mental qualitativa por caracterizar um tipo diferenciado de comportamento, uma atividade predominante que será substituída no estágio seguinte, além de conferir ao ser humano novas formas de pensamento, de interação social e de emoções que irão se direcionar, ora para a construção do próprio sujeito, ora para a construção da realidade exterior.

14 Estágios do desenvolvimento na visão de Wallon
IDADE Estágio 1 Impulsivo (1a) Emocional (1b) 0 a 3 meses 3 meses a 1 ano Estagio 2 Sensório-motor (2 a) Projetivo (2b) 1 ano a 18 meses 3 anos Estagio 3 Personalismo - Crise de oposição - Idade da graça - Imitação 3 a 6 anos 3 a 4 anos 4 a 5 anos 5 a 6 anos Estagio 4 Categorial 6 a 11 anos Estagio 5 Adolescência A partir de 11 anos

15 Estágio impulsivo emocional
Este estágio abrange o 1ª ano de vida. A emoção é instrumento privilegiado de interação da criança com o meio. Há uma predominância da afetividade, que leva e orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam sua relação com o mundo físico. A exuberância de suas manifestações afetivas é diretamente proporcional à sua inaptidão para agir diretamente sobre a realidade exterior (GALVÃO, 1995).

16 Estágio impulsivo emocional
Este estágio se divide em dois períodos: o impulsivo (0 aos 3 meses) e o emocional (3 meses ao 1 ano). O primeiro diz respeito ao nascimento, onde a criança se manifesta pela impulsividade motriz, possuindo autonomia respiratória. Ela depende do adulto para a satisfação de suas necessidades básicas como alimentação, higiene e postura. A realização dessas necessidades básicas não ocorre de forma imediata, havendo desconforto causado pela privação, que se traduzem em descargas musculares, crises motoras, representadas por movimentos descoordenados, sem orientação. Esses acontecimentos ocorrem apenas por pura impulsividade motora.

17 O Estágio sensório-motor e projetivo
O estágio sensório-motor vai até o terceiro ano. O interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo físico. A aquisição da marcha e da preensão possibilita-lhe maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração de espaços. Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O pensamento precisa do auxílio dos gestos para se exteriorizar, o ato mental "projeta-se" em atos motores. Ao contrário do estágio anterior, neste predominam as relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica) (GALVÃO, 1995, p. 43).

18 Projetivo Assim, o período projetivo (3 anos) surge quando o movimento deixa de se relacionar exclusivamente com a percepção e manipulação de objetos. As atividades predominantes nesse período são a imitação e o simulacro. A partir da imitação aparecem os jogos de ficção, que permitem realizar uma ação com o objeto, mesmo na sua ausência, o que conduz à autonomia da imagem, à representação (WALLON, 1989).

19 Estágio do personalismo - 3 aos 6 anos
No estágio do personalismo, a tarefa central é o processo de formação da personalidade. A construção da consciência de si, que se dá por meio das interações sociais, reorienta o interesse da criança para as pessoas, definindo o retomo da predominância das relações afetivas (GALVÃO, 1995, p. 44). O personalismo é marcado por oposições, inibições, autonomia, sedução e imitação, que irão contribuir para a formação e enriquecimento do “eu”, a edificação interior. Divide-se em três períodos. Primeiramente, ao buscar se afirmar como indivíduo autônomo, a criança toma consciência de si própria, o que é constatado pelo emprego dos pronomes ‘eu’ e ‘meu’ e demonstração de atitudes de recusa (uso do não).

20 No segundo momento, predomina o período de graça, no qual é marcante o narcisismo da criança, que busca admiração e satisfação pessoal, expressando-se de forma sedutora, elegante e suave, a fim de ser aceita pelo outro. Só pode agradar a si mesma se sabe que agrada aos demais (VILA, 1986). O último período do personalismo representa o esforço por substituir o outro por meio da imitação, o período da representação, que garante ao pensamento a função de antecipação e a possibilidade de pensar na relação entre um significante e um significado, além de expressar simbolicamente os objetos interiorizados.

21 O Estagio Categorial - 6 anos
Graças à consolidação da função simbólica e à diferenciação da personalidade realizadas no estágio anterior, traz importantes avanços no plano da inteligência. Os progressos intelectuais dirigem o interesseda criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior, imprimindo às suas relações com o meio a preponderância do aspecto cognitivo (GALVÃO, 1995).

22 Estagio Categorial O estágio categorial divide-se em dois períodos: o do pensamento sincrético ou pré-categorial (confuso, geral, sem distinções) e o categorial (Wallon, 1981). Nesse sentido o pensamento sincrético se caracteriza pela incapacidade da criança para analisar as qualidades, propriedades, circunstâncias e conjunturas das imagens ou situações. Encontra-se denominado pelo concreto, revelando a sua continuidade e fragmentação.

23 Estagio Categorial o presente estágio tem como atividade dominante a conquista e o conhecimento do mundo exterior, contando com a aquisição do pensamento categorial para que a criança se reconheça como pessoa polivalente e identifique as diversas características dos objetos e situações ao estabelecer relações e distinções coerentes, a concentração e atenção aumentam na atividade, permitindo que as atividades espontâneas sejam progressivamente substituídas por atividades intencionais.

24 Estagio Categorial Assim, tais diferenciações, no nível de operações mentais, culminam com a formação das categorias intelectuais, tornando possível a representação e explicação da realidade, pois a criança supera suas vacilações em relação à linguagem, na medida em que os termos gramaticais tomam a forma e o sentido da linguagem adulta. Wallon (1981) estabelece esse momento como o determinante da personalidade polivalente, por dar início à participação em diferentes grupos não institucionais, desenvolvendo, em cada um deles, um papel determinado, que enriquece sua identidade.

25 O Estágio da adolescência
No estágio da adolescência, a crise pubertária rompe a "tranquilidade" afetiva que caracterizou o estágio categorial e impõe a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal. Esse processo traz à tona questões pessoais, morais e existenciais, numa retomada da predominância da afetividade (GALVÃO, 1995, p. 44).

26 O Estágio da adolescência
Nesse estágio as exigências para a construção da identidade adulta se impõem. A puberdade e a adolescência começam a se delinear. Inicia-se a crise adolescente, que é marcada por rupturas, inquietudes, ambivalência de atitudes e sentimentos, oposição aos hábitos de vida e costumes. Tal oposição se traduz na busca da consciência de si, na integração do novo esquema corporal, na apropriação da identidade adulta.

27 O Estágio da adolescência
No decorrer do desenvolvimento, a afetividade é construída sob diferentes níveis de relações, seja em virtude das condições maturacionais, seja em virtude das características sociais de cada idade. Desse modo as relações que definirão o crescimento íntimo do indivíduo serão as mais complexas quanto maior for a idade da criança. (ALMEIDA, 1999, p. 48).

28 Galvão (1995) explica a existência da predominância do afetivo ou do cognitivo, quando esclarece que existem momentos predominantes afetivos, que sucedem outros que são particularmente cognitivos. Segundo a autora, Wallon chama este estado de predominância funcional, ou seja, o predomino do caráter intelectual corresponde às etapas de elaboração do real no mundo físico. Por outro lado, a dominância do caráter afetivo e das relações do mundo humano e da construção do “eu”. Nesse sentido cada fase inverte a orientação da atividade e do interesse da criança: do “eu” para o mundo e das pessoas para as coisas. Denominada por Wallon pelo princípio da alternância funcional, pois afetividade e cognição não se mantêm com funções exteriores uma a outra.

29 Estágios do desenvolvimento na visão de Wallon
IDADE Estágio 1 Impulsivo (1a) Emocional (1b) 0 a 3 meses 3 meses a 1 ano Estagio 2 Sensório-motor (2 a) Projetivo (2b) 1 ano a 18 meses 3 anos Estagio 3 Personalismo - Crise de oposição - Idade da graça - Imitação 3 a 6 anos 3 a 4 anos 4 a 5 anos 5 a 6 anos Estagio 4 Categorial 6 a 11 anos Estagio 5 Adolescência A partir de 11 anos

30 Estágio 1- Impulsivo – Emocional - 0 a 3 meses 3 a 1 ano

31 Estagio 2 - Sensório - motor / Projetivo 1 ano a 18 meses 3 anos

32 Estagio 3 Personalismo 3 a 6 anos - Crise de oposição 3 a 4
- Idade da graça 4 a 5 - Imitação 5 a 6

33 Estagio 4 – Categorial 6 -11 anos


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