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Funções Psíquicas e suas Alterações

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Apresentação em tema: "Funções Psíquicas e suas Alterações"— Transcrição da apresentação:

1 Funções Psíquicas e suas Alterações

2 Para quê o estudo das funções psíquicas?
Como ressalta Dalgalarrondo (2000), apesar de ser absolutamente necessário o estudo das funções psíquicas isoladas e de suas alterações, trata-se de um sentido didático, pois embora útil, pode suscitar enganos e simplificações inadequadas. Não podemos fragmentar o ser humano, pois é sempre a pessoa na sua totalidade que adoece (Dalgalarrondo, 2000).

3 Algumas das funções psíquicas a serem estudadas são:
Consciência Atenção Memória Linguagem Sensopercepção Afetividade Pensamento Juízo de Realidade Vontade e Psicomotricidade

4 Consciência Cum (com) e Scio (conhecer) : conhecimento compartilhado com o outro e consigo mesmo. (Zenab; Grayling; Cowey, 1997). Neuropsicologia: o estado de estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Psicologia: soma total das experiências conscientes de um indivíduo em determinado momento.

5 Alterações Quantitativas da Consciência
Relacionam-se ao grau de rebaixamento da consciência, que vai progressivamente de um nível mais desperto até um estado de perda mais profunda, no qual não se observa atividade consciente. (Dalgalarrondo,2000)

6 Alterações Quantitativas da Consciência
Obnubilação ou turvação da consciência: (rebaixamento leve a moderado): observa-se claramente diminuição da atenção e concentração, dificuldade de integrar informações do ambiente e compreender o que ocorre à sua volta, além do pensamento ligeiramente confuso. (Dalgalarrondo, 2000)

7 Alterações Quantitativas da Consciência
Sopor ou torpor: o indivíduo encontra-se mais sonolento, podendo ser desperto por estímulos de natureza dolorosa. (Dalgalarrondo,2000) Coma: É o grau mais profundo de rebaixamento do nível da consciência. Nele não é possível qualquer atividade voluntária consciente. (Dalgalarrondo,2000)

8 Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência
Delirium: quadro com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, ilusões, alucinações (quase sempre visuais). (Dalgalarrondo,2000)

9 Alterações Qualitativas da Consciência
Série de estados alterados da consciência: uma parte do campo de consciência está preservada, normal, e outra parte alterada. (Dalgalarrondo,2000)

10 Alterações Qualitativas da Consciência
Estados Crepusculares: É um estado patológico transitório no qual uma obnubilação da consciência é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada. Durante esse estado podem ocorrer descontrole emocional e explosões agressivas. (Dalgalarrondo,2000)

11 Alterações Qualitativas da Consciência
Dissociação da consciência: designa a fragmentação do campo da consciência. Ocorre em casos histéricos, e geralmente desencadeados por traumas psicológicos significativos. (Dalgalarrondo,2000) Transe : Estado que se assemelha a sonhar acordado, no entanto, apresenta atividade motora automática e estereotipada. Ocorre em contextos religiosos e culturais. (Dalgalarrondo,2000)

12 Consciência Reflexiva (do eu)
Essa função psíquica depende de habilidades que vão sendo desenvolvidas ao longo da história do indivíduo, sendo que a noção do ‘eu’ e o mundo a sua volta, vai sendo desenvolvida com o tempo. (Dalgalarrondo,2000)

13 Alterações da Consciência Reflexiva
Despersonalização: relaciona-se a uma experiência de estranhamento de si mesmo, abarcando o eu psíquico e o eu físico. (Dalgalarrondo,2000) Desrealização: sentimento de que o ambiente a sua volta está estranho, e não lhe é mais familiar. (Dalgalarrondo,2000)

14 Atenção Pode ser definida como a direção da consciência, ou seja, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto (Cuvillier, 1937)

15 Alterações da Atenção Hipoprosexia: perda básica da capacidade de concentração, dificuldade de percepção de estímulos ambientais e de compreensão (raciocinar, lembrar, pensar). Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos utilizados.

16 Alterações da Atenção Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada, onde há tendência a deter-se sobre certos objetos com forte infatigabilidade. (Dalgalarrondo,2000) Distração: superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo mais. (Dalgalarrondo,2000)

17 Alterações da Atenção Distrabilidade: estado patológico onde há dificuldade ou incapacidade para fixar ou manter a atenção em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A atenção do indivíduo é facilmente desviada de um objeto para outro. (Dalgalarrondo, 2000)

18 Memória A memória é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos. Ela relaciona-se intimamente com o nível de consciência, com a atenção e com o interesse afetivo. (Dalgalarrondo, 2000) A impossibilidade de evocar ou recuperar dados fixadas denomina-se esquecimento, que pode ser: normal (fisiológico), por repressão ou por recalque. (Dalgalarrondo, 2000)

19 Alterações Quantitativas da memória
Hiperminésias: as representações (conteúdos mnêmicos) afluem rapidamente, ganhando em número,mas perdendo em clareza e precisão. (Dalgalarrondo, 2000) Amnésia: perda da memória tanto na capacidade de fixar, quanto na capacidade de evocar e manter antigos conteúdos mnêmicos. Pode ser anterógrada, no qual o indivíduo não consegue mais fixar elementos após a situação causadora do dano cerebral, ou retrógrada, no qual o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do trauma. (Dalgalarrondo, 2000)

20 Alterações Qualitativas da memória
Paramnésias: tais alterações envolvem a deformação do processo de evocação dos conteúdos fixados. As lembranças deformadas não correspondem à sensopercepção original. (Dalgalarrondo, 2000)

21 Transtornos de reconhecimento da memória
Agnosias: são déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos. As agnosias são de origem essencialmente cerebral. Podem ser táteis, visuais, auditivas e agnosias para percepções complexas. (Dalgalarrondo, 2000)

22 Linguagem É o principal instrumento para a comunicação e expressão do pensamento dos seres humanos. Suas funções, além da comunicação e expressão, abarcam também a afirmação do eu (eu/mundo, eu/tu, eu/outros), e a dimensão artística e lúdica. (Dalgalarrondo, 2000)

23 Alteração da linguagem secundária à lesão neuronal identificável
Tais alterações ocorrem geralmente associadas a acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, má formações, etc. São exemplos: afasias, parafasias, agrafia, alexia,etc. (Dalgalarrondo,2000)

24 Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários
Logorréia e Taquifasia: produção aumentada e acelarada (taquifasia) da linguagem verbal. (Dalgalarrondo,2000) Bradifasia: fala lenta e difícil, onde o paciente fala muito vagarosamente. (Dalgalarrondo,2000) Mutismo: pode ser definido como a ausência de resposta verbal oral. Pode ser de natureza neurobiológica, psicótica ou psicogênica. (Dalgalarrondo,2000)

25 Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários
Perseveração e estereotipia verbal: repetição automática de palavras ou trechos de frases, de modo estereotipado, mecânico e sem sentido. Pode indicar lesão orgânica. (Dalgalarrondo,2000) Ecolalia: É a repetição da última palavra que o entrevistador (ou pessoa no ambiente) falou ou dirigiu ao paciente. Encontrada principalmente na esquizofrenia catatônica e nos quadros psico- orgânicos. (Dalgalarrondo,2000)

26 Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários
Palilalia e logoclonia: repetição das últimas palavras (palilalia) ou sílabas (logoclonia) que a própria pessoa emitiu em seu discurso. (Dalgalarrondo,2000) Tiques verbais ou fonéticos: são produções de fonemas de forma recorrente, imprópria e irresistível. No tique verbal, o indivíduo produz sons guturais, abruptos e espasmódicos. (Dalgalarrondo,2000)

27 Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários
Glossolalia: produção de fala gutural, pouco compreensível, que imita a fala normal nos seus aspectos prosódicos. Sempre que é produzida em um contexto cultural, não é considerado um fenômeno psicopatológico. (Dalgalarrondo,2000) Pára-respostas: alteração do pensamento e do comportamento verbal mais amplo. Ao ser questionada, a pessoa coloca em tom de responder a pergunta, mas a resposta é disparata em relação ao conteúdo da pergunta. (Dalgalarrondo,2000)

28 Sensopercepção Define-se sensação como fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Tais estímulos fornecem a alimentação sensorial aos sistemas de informação do organismo (estímulos visuais, táteis, auditivos, olfativos, gustativos, etc). (Dalgalarrondo,2000) A percepção é a tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial. É a transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. (Dalgalarrondo,2000) O elemento básico do processo de sensopercepção é a imagem perceptiva real.(Dalgalarrondo,2000)

29 Sensopercepção e suas alterações quantitativas
Hiperestesia: condição na qual as percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração. Ocorre nas intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo, etc. (Dalgalarrondo,2000) Hipoestesia: condição na qual o mundo é percebido mais escuro, onde as cores se tornam mais pálidas e sem brilho, alimentos não tem mais sabor, ou seja, as percepções são anormalmente diminuídas. Observada em pacientes depressivos. (Dalgalarrondo,2000)

30 Sensopercepção e suas alterações qualitativas
Ilusão: se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto real. As ilusões mais comuns são as visuais e as auditivas. (Dalgalarrondo,2000) Alucinação: é a percepção de um objeto, sem que este esteja realmente presente, sem o estímulo sensorial respectivo. (Dalgalarrondo,2000)

31 Tipos de alucinação Alucinação Auditiva: podem ser divididas entre simples e complexas. Nas simples, se ouve apenas ruídos primários. Nas complexas, a alucinação mais frequente é a audioverbal, na qual o paciente escuta vozes sem qualquer estímulo real, que apresentam conteúdo depreciativo ou perseguição. Nesse tipo de alucinação, existem dois tipos de vozes: a que comentam as ações, e as vozes de comando. Outros fenômenos muito próximos das alucinações são: a sonorização do pensamento, o eco do pensamento e publicação do pensamento. (Dalgalarrondo,2000)

32 Tipos de alucinação A sonorização do pensamento (muito próxima do eco do pensamento) é experimentada como vivência sensorial de ouvir o pensamento no momento em que este está sendo pensado ou após ter sido pensado. (Dalgalarrondo,2000) Publicação do pensamento: é quando o paciente tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que ele pensa no exato momento em que está pensando. (Dalgalarrondo,2000)

33 Tipos de alucinação As alucinações audioverbais ocorrem com maior frequência na esquizofrenia, transtornos de humor e com relativa frequência nos pacientes que sofrem de alcoolismo crônico, transtornos de personalidade e transtornos dissociativos. (Dalgalarrondo,2000)

34 Tipos de alucinação Alucinação Visual: São visões nítidas que o paciente experimenta, sem a presença de estímulos visuais. Podem ser simples – onde o indivíduo vê cores, bolas e pontos; ou complexas – onde são incluídas figuras e imagens, cenas (alucinações cenográficas), personagens, parte do corpo. (Dalgalarrondo,2000) Tais alucinações podem ocorrer em casos de enxaqueca e doenças oftalmológicas (alucinações simples) e em casos de narcolepsia com cataplexia, demência por corpos de Lewy, doença de Parkinson com demência, delirium, esquizofrenia,etc. (Dalgalarrondo,2000)

35 Tipos de alucinação: Alucinação Tátil: o paciente sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais (síndrome de Ekbom) correndo sobre sua pele. Também é frequente as alucinações táteis sentidas nos genitais. (Dalgalarrondo,2000) São frequentes na esquizofrenia, nos quadros histéricos, no delirium tremens e nas psicoses tóxicas. (Dalgalarrondo,2000)

36 Tipos de alucinação Alucinação olfativa e gustativa: são relativamente raras. Nas olfativas, manifestam-se como o sentir o odor de coisas podres, de cadáver, fezes, pano queimado, etc (Dalgalarrondo,2000). São mais frequentes nos quadros histéricos, seguidos dos quadros esquizofrênicos, e em quadros psico-orgânicos (Goodwin; Anderson; Rosenthal, 1971). Já nas gustativas, os pacientes sentem o sabor do ácido, de sangue, de urina, sem qualquer estímulo gustativo presente(Dalgalarrondo, 2000). São mais frequentes nas esquizofrenias, e em seguida, nos quadros histéricos. (Goodwin; Anderson; Rosenthal, 1971)

37 Tipos de alucinação Alucinação Funcionais: alucinações desencadeadas por estímulos sensoriais. Ela difere da ilusão, pois enquanto a ilusão é a deformação de um objeto real e presente, a alucinação funcional é apenas uma alucinação desencadeada por um estímulo real. (Dalgalarrondo,2000) São encontradas na esquizofrenia. (Dalgalarrondo,2000)

38 Tipos de alucinação Alucinose: ocorre quando o paciente percebe tal alucinação como estranha à sua pessoa. O indivíduo é consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico, estabelecendo distanciamento entre si e o sintoma. (Dalgalarrondo, 2000). Ocorre com maior frequência em pacientes em quadros psico-orgânicos (Cheniaux, 2005).

39 Tipos de alucinação Alucinação Negativa: ausência de visão de objetos reais, presentes no campo visual do indivíduo. Geralmente é determinada por fatores psicogênicos em pacientes histéricos ou muito sugestionáveis. (Dalgalarrondo,2000).

40 afetividade Compreende várias modalidades de vivência afetivas que dão cor, brilho e calor a todas as vivências humanas. Compreende o humor, as emoções, e os sentimentos. Distinguem-se cinco tipos básicos de vivências afetivas: humor ou estado de ânimo, emoções, sentimentos, afetos, paixões.

41 O humor é definido como o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento. (Dalgalarrondo, 2000) A emoção é um estado afetivo intenso, de curta duração, originado geralmente como a reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes ou inconscientes. (Dalgalarrondo, 2000) Os sentimentos estão associados a conteúdo intelectuais, valores e representações. (Dalgalarrondo, 2000) O afeto é o tônus emocional que acompanha uma ideia ou representação mental. (Dalgalarrondo, 2000) A paixão é um estado intenso, que domina a atividade psíquica e inibe os demais interesses. (Dalgalarrondo, 2000)

42 Alterações patológicas da afetividade
Distimia: termo que designa a alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da exaltação. (Dalgalarrondo, 2000) Transtorno distimia: transtorno depressivo leve e crônico. (Dalgalarrondo, 2000) Disforia: diz respeito à distimia acompanhada de uma tonalidade desagradável, mal-humorada. (Dalgalarrondo, 2000) Euforia: humor morbidamente exagerado, predominando um estado de alegria intensa. (Dalgalarrondo, 2000) Elação: expansão do Eu, sensação de subjetividade e grandeza. (Dalgalarrondo, 2000)


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