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Curso: Psicologia Me. Heber Junio Pereira Brasão

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Apresentação em tema: "Curso: Psicologia Me. Heber Junio Pereira Brasão"— Transcrição da apresentação:

1 Curso: Psicologia Me. Heber Junio Pereira Brasão
Sartre Curso: Psicologia Me. Heber Junio Pereira Brasão

2 O que é o homem? - Qual a sua essência? - Ele é naturalmente bondoso ou naturalmente maldoso? - Qual o motivo de nossa existência? - O que a nossa consciência já possui quando nascemos?

3 O homem é um ser pelo qual o nada vem ao mundo
1905 – Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, a 21 de junho – Morte de seu pai: Muda se para a casa da avó materna, em Meudon; retorna a Paris quatro anos depois – Sartre matricula-se na Escola Normal Superior, em Paris – Publica A Imaginação e A Transcendência do ego – Publica A Náusea – Publica O Ser e o Nada – Sartre cria e passa a dirigir junto a Ponty a revista Tempos Modernos. Sempre encarando a literatura como meio de expressão legítima de suas crenças filosóficas e políticas, escreve livros e peças teatrais que tratam a respeito das escolhas que os homens tomam frente às contingências às quais estão sujeitos.Entre essas obras destacam-se a peça Entre Quatro Paredes (1945) e a trilogia Os caminhos da Liberdade composta pelos romances A idade da razão (1945), Com a morte na alma (1949).

4 Sartriano: Livre- Pensador.
1946 – Escreve O Existencialismo é um Humanismo, para esclarecer o significado ético do existencialismo – Escreveu O Diabo e o Bom Deus – Sartre publica Crítica da Razão Dialética – Sartre escreve As Palavras ( uma análise psicológica e existencial de sua própria infância) e relato autobiográfico que seria sua despedida da literatura.

5 1980 – Morre Jean-Paul Sartre em 15 de abril, seu funeral foi acompanhado por mais de mil pessoas. Jean-Paul Sartre é o maior intelectual do Existencialismo – Filosofia que proclama a total liberdade do ser humano.

6 EXISTENCIALISMO O existencialismo difundiu-se como o pensamento mais radical a respeito do homem na época contemporânea. Surgiu em meados do século XIX com o pensador dinamarquês Soren Kierkegaard e alcançou seu apogeu após a 2ª Guerra Mundial (anos 50 e 60) com Heidegger e Sartre. - preocupação com a liberdade humana e a responsabilidade social. - importância individual para fazer escolhas. - explicar todos os aspectos da experiência humana.

7 A existência precede a essência- Sartre
1) Ser humano enquanto indivíduo, e não com as teorias gerais sobre o homem. Há uma preocupação com o sentido ou o objetivo das vidas humanas, mais que com verdades científicas ou metafísicas sobre o universo. 2) O homem não foi planejado por alguém para uma finalidade, como os objetos que o próprio homem cria, mediante um projeto. O homem se faz em sua própria existência.

8 3) O mundo, como nós o conhecemos, é irracional e absurdo, ou pelo menos está além de nossa total compreensão; nenhuma explicação final pode ser dada para o fato de ele ser da maneira que é. 4) A falta de sentido, a liberdade consequente da indeterminação, a ameaça permanente de sofrimento, dá origem à ansiedade, à descrença em si mesmo e ao desespero; há uma ênfase na liberdade dos indivíduos como a sua propriedade humana distintiva mais importante, da qual não pode fugir.

9 Para Sartre, a ideia central do existencialismo é que a existência precede a essência.
Não existe nenhum Deus que tenha planejado o homem e portanto não existe nenhuma natureza humana fixa a que o homem deva respeitar. O homem está totalmente livre é o único responsável pelo que faz de si mesmo. Esta liberdade e responsabilidade é a fonte da angústia.

10 Porque não há nenhum Deus e portanto nenhum plano divino que determina o que deve acontecer, não há nenhum determinismo. O homem é livre. Não pode desculpar sua ação dizendo que está forçando por circunstâncias ou movido pela paixão ou determinado de alguma maneira a fazer o que ele faz.

11 Os seres humanos são essencialmente livres, livres para escolher (contudo não são livres para não escolher) e livres para negar as características dadas pelo mundo (cor, raça, saúde). Se são vantagens ou desvantagens(desafios a serem superados), é uma questão alerta que cada um faça para si ou desculpas para não fazer nada.

12 O Em-si / O Para-si Segundo a fenomenologia e o existencialismo, o mundo é povoado de seres Em-si. Podemos entender um Em-si como qualquer objeto existente no mundo e que possui uma essência definida. Uma caneta, por exemplo, é um objeto criado para suprir uma necessidade: a escrita. Para criá-lo, parte-se de uma ideia que é concretizada, e o objeto construído enquadra-se nessa essência prévia. Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é. Os objetos do mundo apresentam-se à consciência humana através das suas manifestações físicas (fenômenos).

13 O Para-si A consciência humana é um tipo diferente de ser, por possuir conhecimento a seu próprio respeito e a respeito do mundo. É uma forma diferente de ser, chamada Para-si. É o Para-si que faz as relações temporais e funcionais entre os seres Em-si, e ao fazer isso, constrói um sentido para o mundo em que vive. O Para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma idéia pré-existente. Como o existencialismo sartriano é ateu, ele não admite a existência de um criador que tenha predeterminado a essência e os fins de cada pessoa. É preciso que o Para-si exista, e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua essência. Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu.

14 O Para-si Posso saber que o que fui se definiu por algumas características ou qualidades, bem como pelos atos que já realizei, mas tenho a liberdade de mudar minha vida deste momento em diante. Nada me compele a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado é um Em-si, possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela só existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que "a existência precede e governa a essência". Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.

15 A liberdade, segundo Sartre
É a possibilidade permanente daquela nulificação do mundo que é a própria estrutura da existência. "Estou condenado, a existir para sempre para além da minha essência, para além dos móbiles e dos motivos do meu ato: eu estou condenado a ser livre"12 . Isto significa que não se podem encontrar para a minha liberdade outros limites além da própria liberdade: ou, que não somos livres de deixar de ser livres. A liberdade não é o arbítrio ou o capricho momentâneo do indivíduo: radica na mais intima estrutura da existência, é a própria existência.

16 A liberdade, segundo Sartre
Para Sartre, liberdade é mais que um desejo, é uma obrigação. É algo quase que sob o efeito da coação. A melhor das liberdades começou na Inconfidência Mineira, cujo lema da bandeira de Minas expressa a tão somente liberdade de aspecto feliz: LIBERTAS QUAE SERA TAMEN ( Liberdade antes que seja tarde). Por isso Tiradentes se tornou um herói nacional.

17 A má-fé Sartre fala sobre a angústia de nos descobrirmos completamente livres e de sermos responsáveis por absolutamente todas as nossas ações. Então, a angústia, que ele chamou de “náusea”, surge justamente de nos percebermos sozinhos em cada passo que damos em nossa vida e por percebermos que, a cada passo, temos 360 graus de possibilidades e temos que escolher uma. Sem garantias de acertos, sem ter como prever os resultados, muitas vezes, sem ter como voltar atrás.

18 Má-fé. Sartre classificava essa conduta como má-fé. Trata-se de uma crença que escolhemos ter, errada, para nos aliviar do “peso” da liberdade, para não admitirmos que tudo é escolha nossa. Nada é pré-determinado.

19 A má fé de Sartre difere um pouco do que chamamos de má-fé no senso comum. A má fé que conhecemos diz respeito à mentira contada a outras pessoas, de forma proposital, a fim de se obter uma recompensa. Já no conceito de Sartre, a má-fé refere-se a uma mentira que contamos para nós mesmos, mas que, no fundo, sabemos ser mentira, e que também tem uma recompensa: nos aliviar da angústia da liberdade.

20 DEUS Sartre é um existencialista ateu. Segundo Sartre, o homem está abandonado; Deus não existe e, para Sartre, a não-existência de Deus tem implicações extremadas. Aliás, alguns dos problemas principais que se levantam do abandono parecem também levantar-se meramente do fato de nós não podermos saber se Deus existe. Se Deus realmente existe, nós "não estamos abandonados". O problema do abandono levanta-se meramente do fato de nós não podermos saber se Deus existe. Sua existência em tais condições equivale, para Sartre, em uma não-existência efetiva, que tem implicações drásticas.

21 Primeiro, porque não há Deus, não há nenhum criador do homem e nem tal coisa como um concepção divina do homem de acordo com a qual o homem foi criado. Segundo, diz ele, louvando-se em Dostoiévski (na fala de Ivan Karamazov, na famosa novela daquele escritor russo): Se Deus não existe, então tudo é permitido. Terceiro, "Não há um sentido ou propósito último inerente à vida humana; a vida é absurda".

22 Isto significa que o indivíduo, foi jogado de fato na existência sem nenhuma razão real para ser. "Simplesmente descobrimos que existimos e temos então de decidir o que fazer de nós mesmos.". Resta como o único valor para o existencialismo ateu a liberdade. Afirma que não pode haver uma justificativa objetiva para qualquer outro valor.

23 Porque não há nenhum Deus, não há nenhum padrão objetivo dos valores
Porque não há nenhum Deus, não há nenhum padrão objetivo dos valores. Com o desaparecimento dele desaparece também toda possibilidade de encontrar valores. Não pode então haver qualquer bem a priori porque se nós não sabemos se Deus existe, então nós não sabemos se há alguma razão final porque as coisas acontecem da maneira que acontecem; não há nenhuma razão final porque qualquer coisa tenha acontecido ou porque as coisas são da maneira que elas são e não de alguma outra maneira e nós não sabemos se aqueles valores que acreditamos que estão baseados em Deus têm realmente validade objetiva.

24 Consequentemente, porque um mundo sem Deus não tem valores objetivos, nós devemos estabelecer ou inventar, a partir da liberdade, nossos próprios valores particulares. Na verdade, mesmo se nós soubéssemos que Deus existe e aceitássemos que os valores devessem basear-se em Deus, nós ainda poderíamos não saber que valores estariam baseados em Deus, nós poderíamos ainda assim não saber quais seriam os critérios e os padrões absolutos do certo e do errado. E mesmo se nós sabemos quais são os padrões do certo e do errado (critérios), exatamente o que significam ainda seria matéria da interpretação subjetiva. E assim o dilema humano que resultaria poderia ser muitíssimo o mesmo como se não houvesse Deus..

25 A VIDA Para Sartre, o absurdo do mundo é absoluto por sua constante possibilidade, isto é, tudo é gratuito: a vida humana não tem sentido algum, e para superar este caráter contingente da existência, o homem inventa Deus. Cabe exclusivamente ao homem dar um sentido à sua vida.

26 TEMAS DO EXISTENCIALISMO:
1) ESSÊNCIA: o homem é um sujeito consciente, ao invés de uma coisa a ser prenunciada ou como uma definição, essência, generalização, ou sistema. O existencialismo diz que o homem não é nada mais que sua existência consciente. “A existência precede a essência”. 2) ANGÚSTIA/AFLIÇÃO: a angústia é o medo do vazio da existência humana. Angústia é a fundamental condição universal da existência humana. 3) ABSURDO: existir como um ser humano é inexplicável, e totalmente absurdo. Cada um de nós apenas está aqui, lançado nesse tempo e espaço – mas por que agora? Por que aqui? (Kierkegaard perguntou).

27 Por nenhuma razão, sem uma conexão necessária e então minha vida é um fato contingente absurdo.
“Quando eu considero a curta duração de minha vida, engolida na eternidade anterior e posterior o pequeno espaço que ocupo, e mesmo o que eu posso enxergar tragado na infinita imensidão do espaço no qual eu sou ignorante e que me ignora, fico horrorizado, atônito por estar aqui mais do que lá; por que agora ao invés de depois?” (Pascal) – matemático francês e filósofo do tempo de Descartes.

28 4) VAZIO/NÃO EXISTÊNCIA: Se nenhuma essência me define e se, como um existencialista, rejeito todas as filosofias, ciências, teorias políticas, e religiões que fracassam em refletir minha existência como ser consciente e empenhado em impingir uma estrutura essencialista específica sobre mim e meu mundo, então não há nada que estruture meu mundo. Eu sou minha própria existência, mas minha existência é uma não-existência.

29 5) O NADA/MORTE: o sujeito inconsciente tenta viver como se a morte não fosse atual, tentando escapar à sua realidade. A morte é minha total não-existência. A morte é tão absurda como o nascimento – não é o momento final e autêntico de minha vida, não é nada mais do que o aniquilamento de minha existência como ser consciente. A morte é apenas outra testemunha do absurdo da existência humana.

30 6) ALIENAÇÃO/SEPARAÇÃO: alienação na sociedade – a alienação individual dos seres humanos que perseguem seus próprios desejos na separação dos verdadeiros trabalhos institucionais de sua sociedade, onde são controlados pela Astúcia da Razão. Alienados do sistema social, eles não sabem que seus desejos são determinados pelo sistema assim como o determinam. Somos confinados por um mundo de coisas que são obscuras a nós e as quais nós não podemos compreender.

31 A própria ciência nos alienou da natureza, pelo extravasamento da alta especialização e conceitos matematicamente, leis, teorias, e tecnologias que agora posicionam-se entre nós e a natureza. Vivemos na alienação de nossas próprias instituições, afetando relações sociais e de trabalho, e domina também o relacionamento amoroso.

32 Devemos nos questionar: - se essa é de fato a condição humana, se esse é um retrato real do mundo no qual o homem absurdamente se encontra, como é possível continuar a viver nela? * As flores, os animais, as pedras; tudo existe. Mas as pessoas existem de uma forma diferente. Os indivíduos são únicos capazes de pensar sobre eles mesmos, sobre o mundo no qual eles se encontram e de fazer escolhas. Eles podem escolher porque são livres e as escolhas feitas estabelecem o futuro no qual eles se protejam.

33 *ANGÚSTIA: decorre da consciência da liberdade e do receio de usar essa liberdade de forma errada. É muito mais fácil acreditar que existe um plano, um propósito no universo, e que nossos atos são guiados por uma mão invisível em direção a esse propósito. *CRÍTICA: a filosofia sartreana foi vista por muitos como uma filosofia nociva aos valores da sociedade e à manutenção da ordem. Seria uma filosofia contra a humanidade. Razões para que toda sua obra foi incluída no index de obras proibidas pela igreja católica. “Crítica da razão dialética”, afirma que “o marxismo é a filosofia insuperável de nosso tempo”. Influências: psicologia, literatura, teatro. Conseguiu inserir a filosofia na vida das pessoas comuns. Esta continua a ser sua maior contribuição à cultura mundial.

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35 O Em-si - O Para-si - A liberdade - A angústia - A Má-fé - O Ser e o Nada

36 “ O homem deve criar a sua própria essência; é jogando-se no mundo, lutando, que aos poucos se define... A angústia, longe de oferecer obstáculos à ação, é a própria condição dela... O homem só pode agir se compreender que conta exclusivamente consigo mesmo, que está sozinho e abandonado no mundo, no meio de responsabilidades infinitas, sem auxílio nem socorro, sem outro objetivo além do que der a si próprio, sem outro destino além de forjar para si mesmo aqui na terra”.


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