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Henri Wallon e a afetividade. Vida e obras Henri Wallon nasceu na França, em Viveu em Paris até sua morte, em Aos 23 anos, formou-se em Filosofia.

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1 Henri Wallon e a afetividade

2 Vida e obras Henri Wallon nasceu na França, em 1879. Viveu em Paris até sua morte, em 1962. Aos 23 anos, formou-se em Filosofia e, aos 29 anos, em Medicina. Na Primeira Guerra Mundial, atuou como médico do exército francês. Até então, devido ao seu trabalho com crianças deficientes, havia desenvolvido posições neurológicas que foram revistas, após o contato com ex-combatentes que apresentavam lesões cerebrais. Até 1931, atuou como médico em instituições psiquiátricas, onde se dedicou as crianças com deficiências neurológicas e distúrbios de comportamento. Esse seu trabalho leva-o a um interesse cada vez maior pela psicologia da criança, tendo sido o responsável, no período de 1920 a 1937, por conferências sobre a psicologia da criança, em várias instituições de ensino superior.

3 Em 1925, fundou um laboratório para pesquisa e atendimento às crianças deficientes. Ainda neste ano, publica sua tese de doutorado, intitulada “A Criança Turbulenta”, o primeiro de inúmeros livros voltados a psicologia da criança Em 1931, em uma viagem para Moscou, passa a integrar o Círculo da Rússia Nova, grupo formado por intelectuais que tinha por objetivo estudar profundamente o materialismo dialético e examinar as possibilidades oferecidas por este referencial aos vários campos da ciência. Wallon manteve interlocução com as teorias de Piaget e Freud. Em 1948, criou a revista “Enfance”, publicada até hoje e que serve de instrumento de pesquisa para psicólogos e educadores.

4 Linha de estudo Henri Wallon foi Contemporâneo de Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), ele escreveu oito livros nos quais se dedicou a estudar o desenvolvimento infantil, tendo uma relação estreita com as teorias da Educação. "Sua obra agrupa questões tratadas de maneira isolada pelos outros dois pensadores. Ele não estuda os elementos do desenvolvimento separadamente, mas a criança completa, em todas as suas dimensões", diz Silvia Rodrigues, professora assistente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

5 Afetividade Refere-se à capacidade, à disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo/interno por sensações ligadas a tonalidades agradáveis ou desagradáveis. Ser afetado é reagir com atividades internas/externas que a situação desperta;

6 Emoção É a exteriorização da afetividade, ou seja, é a sua expressão corporal, motora. Tem um poder plástico, expressivo e contagioso; é o primeiro recurso de ligação entre o orgânico e o social: estabelece os primeiros laços com o mundo humano e através dele com o mundo físico. A emoção aparece desde o início da vida, com os espasmos do recém-nascido. Estes não são apenas um ato muscular, de contração dos aparelhos musculares e viscerais: existe bem-estar ou mal-estar tanto no espasmo como na sua dissolução. Tensão é provocada pela energia retida e acumulada: riso, choro, soluço aliviam a tensão dos músculos;

7 Paixão Revela o aparecimento do autocontrole para dominar uma situação: tenta para isso silenciar a emoção; — Não aparece antes do estágio do personalismo; Caracteriza-se por ciúmes, exigências, exclusividade.

8 Sentimento Corresponde à expressão representacional da afetividade. Não implica reações instantâneas e diretas como na emoção;

9 O conceito de afetividade de Henri Wallon Henri Wallon inovou ao colocar a afetividade como um dos aspectos centrais do desenvolvimento INTERAÇÃO E ESTÍMULO Com os braços abertos e as mãos estendidas, o adulto encoraja o bebê a dar os primeiros passos e o ajuda a aprender a caminhar

10 O conceito de afetividade de Henri Wallon Grandes estudiosos, como Jean Piaget (1896- 1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), já atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, mas foi o educador francês Henri Wallon (1879- 1962) que se aprofundou na questão. Ao estudar a criança, ele não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três dimensões - motora, afetiva e cognitiva -, que coexistem e atuam de forma integrada.

11 O conceito de afetividade de Henri Wallon Wallon defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma. Ele nasce com um equipamento orgânico, que lhe dá determinados recursos, mas é o meio que vai permitir que essas potencialidades se desenvolvam.

12 O conceito de afetividade de Henri Wallon Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em etapas, que para ele são cinco: impulsivo- emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se alternam. No primeiro ano de vida, a função que predomina é a afetividade. O bebê a usa para se expressar e interagir com as pessoas, que reagem a essas manifestações e intermediam a relação dele com o ambiente.

13 O conceito de afetividade de Henri Wallon Depois, na etapa sensório-motora e projetiva, a inteligência prepondera. É o momento em que a criança começa a andar, falar e manipular objetos e está voltada para o exterior, ou seja, para o conhecimento. Essas mudanças não significam, no entanto, que uma das funções desaparece

14 As três manifestações da afetividade Wallon mostra que a afetividade é expressa de três maneiras: por meio da emoção, do sentimento e da paixão. Essas manifestações surgem durante toda a vida do indivíduo, mas, assim como o pensamento infantil, apresentam uma evolução, que caminha do sincrético para o diferencial. A emoção, segundo o educador, é a primeira expressão da afetividade. Ela tem uma ativação orgânica, ou seja, não é controlada pela razão. Quando alguém é assaltado e fica com medo, por exemplo, pode sair correndo mesmo sabendo que não é a melhor forma de reagir.

15 As três manifestações da afetividade O sentimento, por sua vez, já tem um caráter mais cognitivo. Ele é a representação da sensação e surge nos momentos em que a pessoa já consegue falar sobre o que lhe afeta - ao comenta um momento de tristeza, por exemplo. Já a paixão tem como característica o autocontrole em função de um objetivo. Ela se manifesta quando o indivíduo domina o medo, por exemplo, para sair de uma situação de perigo.

16 As três manifestações da afetividade Pelo fato de ser mais visível que as outras duas manifestações, a emoção é tida por Wallon como a forma mais expressiva de afetividade e ganha destaque dentro de suas obras. Não é possível falar em afetividade sem falar em emoção, porém os dois termos não são sinônimos.

17 A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon Os conceitos, princípios e direções expressos na teoria de desenvolvimento de Henri Wallon são instrumentos que nos auxiliam na compreensão do processo de constituição da pessoa, no movimento que vai do bebê ao adulto de sua espécie, conforme os modelos que a cultura do seu tempo disponibiliza

18 A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon é um instrumento que pode ampliar a compreensão do professor sobre as possibilidades do aluno no processo ensino- aprendizagem e fornecer elementos para uma reflexão de como o ensino pode criar intencionalmente condições para favorecer esse processo, proporcionando a aprendizagem de novos comportamentos, novas idéias, novos valores.

19 A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon Na teoria psicogenética de Wallon, o eixo principal no processo de desenvolvimento é a integração, em dois sentidos: Integração organismo-meio Integração cognitiva-afetiva-motora

20 Integração organismo-meio Partindo de uma perspectiva psicogenética, a teoria de desenvolvimento de Wallon assume que o desenvolvimento da pessoa se faz a partir da interação do potencial genético, típico da espécie, e uma grande variedade de fatores ambientais. O foco da teoria é essa interação da criança com o meio, uma relação complementar entre os fatores orgânicos e socioculturais

21 Integração afetiva-cognitiva-motora Os domínios funcionais entre os quais se dividirão o estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa. (Wallon, 1995, pp. 131 e 135) Domínios funcionais -são as teorias que explicam o psiquismo inseparável à pessoa. Conjunto afetivo - oferece as funções responsáveis pelas emoções, pelos sentimentos e pela paixão Conjunto ato motor - possibilitam o deslocamento do corpo no tempo e no espaço e equilíbrio corporal. O Conjunto cognitivo - permite a aquisição e a manutenção do conhecimento por meio de imagens, noções, idéias e representações

22 Sincretismo Sincretismo infantil Elaborador: Henri Wallon (1879-1962) O termo se refere à principal característica do pensamento da criança: a ausência de diferenciação entre os elementos - as informações que ela recebe do meio, as experiências pessoais e as fantasias se misturam. O sincretismo corresponde a um momento da evolução do pensamento humano e possui uma lógica própria, diferente daquela observada na fase adulta, que é marcada pela categorização.

23 O papel da afetividade nos diferentes estágios A dimensão temporal do desenvolvimento que vai do nascimento até a morte está distribuída em estágios que expressam características da espécie e cujo conteúdo será determinado histórica e culturalmente. Cada estágio, na teoria de Wallon, é considerado como um sistema completo em si, isto é, a sua configuração e o seu funcionamento revelam a presença de todos os componentes que constituem a pessoa.

24 1º estágio — impulsivo-emocional Neste estágio que vai de (0 a 1 ano) — a criança expressa sua afetividade através de movimentos descoordenados, respondendo a sensibilidades corporais: proprioceptiva (sensibilidade dos músculos) e interoceptivas (sensibilidade das vísceras). O recurso de aprendizagem nesse momento é a fusão com outros. O processo ensino-aprendizagem exige respostas corporais, contactos epidérmicos, daí a importância de se ligar ao seu cuidador, que segure, carregue, que embale. Através dessa fusão, a criança participa intensamente do ambiente e, apesar de percepções, sensações nebulosas, pouco claras, vai se familiarizando e apreendendo esse mundo, portanto, iniciando um processo de diferenciação.

25 2º estágio — sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) —, quando já dispõe da fala e da marcha, a criança se volta para o mundo externo (sensibilidade exteroceptiva) para um intenso contacto com os objetos e a indagação insistente do que são, como se chamam, como funcionam. O processo ensino-aprendizagem no lado afetivo se revela pela disposição do professor de oferecer diversidade de situações, espaço, para que todos os alunos possam participar igualmente e pela sua disposição de responder às constantes e insistentes indagações na busca de conhecer o mundo exterior, e assim facilitar para o aluno a sua diferenciação em relação aos objetos

26 3º estágio — personalismo No (3 a 6 anos) — existe outro tipo de diferenciação — entre a criança e o outro. É a fase de se descobrir diferente das outras crianças e do adulto. O processo ensino-aprendizagem precisa oferecer atividades diferentes e a possibilidade de escolha pela criança das atividades que mais a atraiam. O adulto será o recipiente de muitas respostas: não; não quero; não gosto; não vou; é meu. O importante do ponto de vista afetivo é reconhecer e respeitar as diferenças que despontam. Chamar pelo nome, mostrar que a criança está sendo vista, que ela tem visibilidade no grupo pelas suas diferenças, propor atividades que mostrem essas diferenças, dar oportunidades para que a criança as expresse.

27 4º estágio — o categorial (6 a 11 anos) — a diferenciação mais nítida entre o eu e o outro dá condições mais estáveis para a exploração mental do mundo externo, físico, mediante atividades cognitivas de agrupamento, classificação, categorização em vários níveis de abstração até chegar ao pensamento categorial. A organização do mundo em categorias bem definidas possibilita também uma compreensão mais nítida de si mesma. Nesse estágio, que coincide com o início do período escolar, a aprendizagem se faz predominantemente pela decoberta de diferenças e semelhanças entre objetos, imagens, idéias. O predomínio é da razão.

28 4º estágio — o categorial Nesse estágio, que coincide com o início do período escolar, a aprendizagem se faz predominantemente pela decoberta de diferenças e semelhanças entre objetos, imagens, idéias. O predomínio é da razão. Esse predomínio vai se expressar em representações claras, precisas, que se transformarão, com o tempo — é um processo longo —, em conceitos e princípios.

29 4º estágio — o categorial Esse predomínio vai se expressar em representações claras, precisas, que se transformarão, com o tempo — é um processo longo —, em conceitos e princípios. Levar ou não em consideração o que o aluno já sabe, o que precisa saber para dominar certas idéias, os exercícios necessários, formas de avaliação, revelam sentimentos e valores e favorecem ou não essa descoberta do mundo

30 5º estágio — puberdade e adolescência (11 anos em diante) — vai aparecer a exploração de si mesmo, na busca de uma identidade autônoma, mediante atividades de confronto, auto-afirmação, questionamentos, e para isso se submete e se apóia nos pares, contrapondo-se aos valores tal qual interpretados pelos adultos com quem convive. O domínio de categorias cognitivas de maior nível de abstração, nas quais a dimensão temporal toma relevo, possibilita a discriminação mais clara dos limites de sua autonomia e de sua dependência.

31 Referências SALLA, Fernanda. O conceito de afetividade de Henri Wallon. In: Nova Escola (Online), 1º Out. 2011. Disponível em:. Acesso em: 19 Set. 2017. https://psibr.com.br/leituras/desenvolvimento-e-educacao/afetividade-e-processo-ensino-a Referências Codo, W. (coord.) (2000).Educação: carinho e trabalho. Petrópolis, RJ/Brasília, Vozes. Conf. Nacional dos Trabalhadores em Educação/Universidade de Brasília. Kirouac, G. (1994). "Les émotions". In: Richele, M. et alii. Traité de Psychologie Experimentale. Paris, PUF. Nadel-Brulfert, J. (1986). "Proposições para uma leitura de Wallon: em que aspectos sua obra permanece atual e original?" In: Werebe, M. J. G. e Nadel-Brulfert, J. (org.). Henri Wallon. São Paulo, Ática. Snyders, G. (1979). Em que sentido podemos falar atualmente de uma pedagogia walloniana?Enfance, n. 5. Tardif, M. (2000). Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação. ANPEd, n. 13, jan-abr. ______ (2002). Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ, Vozes. Wallon, H. (1941-1995). A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70. ______ (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa. prendizagem- contribuicoes-de-henri-wallon


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