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PublicouIsaque Gusmão Imperial Alterado mais de 6 anos atrás
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ANAFILAXIA 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Introdução Uma das mais dramáticas condições clínicas de emergência.
Imprevisibilidade de aparecimento e potencial de gravidade. Risco variável dependendo das características do paciente e do agente desencadeante. A falta de informação adequada contribui para aumentar a chance de novas ocorrências. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Definição e Caracterização
A anafilaxia pode ser caracterizada como uma reação sistêmica aguda, grave, que acomete vários orgãos e sistemas simultaneamente e é determinada pela atividade de mediadores farmacológicos liberados por mastócitos e basófilos ativados. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Definição e Caracterização
A intensidade da liberação destas substâncias e a sensibilidade individual determinam repercussão clínica do fenômeno. A anafilaxia é habitualmente classificada como uma reação imunológica, geralmente mediada por IgE, mas também pode ocorrer por outros mecanismos. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Quadro Clínico Manifestações cutâneas, acompanhadas de comprometimento variável dos aparelhos respiratório, cardiovascular, sistema nervoso e trato gastrointestinal. A característica marcante e dramática desta condição é a possibilidade de levar rapidamente ao óbito uma pessoa previamente saudável. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Agentes Causais Medicamentos Agentes diagnósticos Alimentos
Veneno de insetos 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Mediadores Atividade Efeito Clínico
Histamina e derivados do ácido araquidônico (leucotrienos, tromboxanos, prostaglandinas, etc) Contratura da musculatura lisa, secreção de muco, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, ativação de eosinófilos Urticária, angioedema, sibilância, eritema, prurido, dor abdominal, hipotensáo, rinorréia, secreção brônquica Proteases (triptase, quimase, carboxipeptidase, catepisa G Clivagem de componentes do complemento, estímulo quimiotático para eosinófilos e neutrófilos, estímulo adicional para ativação e degranulação de mastócitos Ativação de inflamação pela clivagem de C3. Pode aumentar a reação pela de granulação de mastócitos Proteoglicanas: heparina, sulfato de condroitina Anticoagulação, inibição do complemento, quimiotaxia de eosinófilos, inibição de citocinas, ativação de cininas Prevenir coagulação intravascular e ativação do complemento; pode recrutar cininas aumentando a intensidade da reação Estímulo quimiotático: quimiocinas, fatores quimiotáticos para eosinófilos Atração celular, inflamação Sintomas na fase tardia e participação na extenção da reação 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto Atividade e manifestações clínicas associadas aos mediadores de mastócitos e basófilos na anafilaxia.
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Critérios clínicos para o diagnóstico de anafilaxia
A anafilaxia é altamente provável quando qualquer um dos três critérios abaixo for preenchido: 1. Doença de inicio agudo (minutos a várias horas) com envolvimento da pele, tecido mucoso ou ambos e pelo menos um dos seguintes sintomas: Comprometimento respiratório (dispnéia, sibilância, broncoespasmo). Redução da PA, hipotonia, síncope. Dois ou mais dos seguintes sintomas que ocorrem após exposição a provável agente desencadeante: Envolvimento de pele-mucosa Comprometimento respiratório Redução da PA ou sintomas associados Sintomas gastrointestinais persistentes (cólicas, Vômitos) Redução da PA após a exposição a provável agente desencadeante Adultos PA sistólica abaixo de 90mmhg Lactentes e crianças (tabela específica) (Primeiro critério representa cerca de 80% dos casos de anafilaxia) 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
O mecanismo clássico da anafilaxia envolve a produção de anticorpos IgE. Mas também pode não ser mediada por IgE. As reações anafiláticas são classificadas como alérgicas ou não-alérgicas (anafilactóides) de acordo com a presença ou não de mecanismo de hipersensibilidade no seu desencadeamento. Mediada por IgE Alérgica Anafilaxia Não mediada por IgE Não Alérgica 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
Mediada por IgE Produção de anticorpos IgE e sensibilização de mastócitos e basófilos é o mecanismo clássico da anafilaxia. Antígenos completos e haptenos ligados a proteínas atuam por este mecanismo. A formação de IgE para alimentos tais como leite, clara de ovo, crustáceos, nozes, frutas, látex e a determinados medicamentos fornece a base imunológica para reaçòes a estes agentes 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
Mediada por Complemento Agregados protéicos e reações por complexos imunes determinam ativação do complemento, gerando fragmentos (C3a, C4a e C5a) com propriedade de ativar mastócitos. Estas reações podem surgir na aplicação de soros hipeimunes, gamaglobulinas, contrastes radiológicos e produtos plasmáticos, entre outros. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
Ativação direta de mastócitos e basófilos Medicamentos, principalmente opiácios e contrastes radiológicos são os principais causadores desta forma de ativação de mastócitos. Não existe sensibilização e, portanto, podem surgir já no primeiro contato. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
Moduladores do ácido araquidônico A interferência no metabolismo do ácido araquidônico é o mecanismo responsável pelas reações associadas a analgésicos e aos antiinflamatórios não hormonais, como AAS, dipirona, diclofenaco, nimesulida, etc. Em nosso meio representam a causa mais frequente de reações alérgicas agudas graves e anafiláticas em pacientes ambulatoriais. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Classificação, mecanismos e agentes desencadeantes
Outros mecanismos As reações por exercício físico podem surgir isoladamente ou requerer a associação de ingestáo de alimento ou medicamento. Existem casos de anafilaxia sem agente desencadeante aparente. Estes quadros são classificados como anafilaxia idiopática. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Manifestaçòes Clínicas da Reação Anafilática
O diagnóstico deve ser precoce para que se possa instituir a terapêutica com rapidez. Os orgãos envolvidos assim como a gravidade do quadro variam de caso para caso. O tempo médio para manifestações cardíacas ou respiratórias é de 30 minutos para alimentos, 15 minutos para veneno de insetos e de cinco minutos para drogas ou contrastes. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Manifestaçòes Clínicas da Reação Anafilática
As reações anafiláticas podem ter surgimento rápido e ser unifásicas, podem ter surgimento tardio ou podem ser bifásicas. Neste caso a reação inicial é seguida de um período livre de sintomas e então os sintomas reaparecem, frequentemente com manifestações mais intensas e refratárias à terapêutica. Este conhecimento é fundamental para que se adote uma postura adequada no cuidado do paciente após a crise. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Manifestaçòes Clínicas da Reação Anafilática
Características das reações bifáficas Incidência de até 20% dos casos de anafilaxia, mais comum nos alimentos. Podem ser resultantes de doses inaqequadas de epinefrina no tratamento inicial ou da demora na sua administração. As manifestações podem ser idênticas, mais graves ou menos intensas do que a apresentação inicial, podendo levar ao óbito. A maioria dos episódios ocorre nas primeiras oito horas após a resoluçào do primeiro evento, podendo haver recorrências até 72 hs depois. Não há sinais e sintomas preditivos da recorrência do quadro (reação bifásica) 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Sinais e Sintomas de Anafilaxia
Cutâneos/ Subcutâneos/ Mucosas Rubor, prurido, urticária, angioedema, rash morbiliforme, ereção pilar; Prurido labial, de língua e do palato, prurido palmo-plantar e no couro cabeludo; Edema de lábios, de língua e da úvula; Prurido periorbital, eritema e edema, eritema conjuntival, lacrimejamento; Palidez, sudorese, cianose labial, e de extremidades. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Sinais e Sintomas de Anafilaxia
Sistema respiratório Laringe: prurido e aperto na garganta, disfagia, disfonia, rouquidão, tosse seca, estridor, sensação de prurido no canal auditivo externo. Pulmões: respiração curta, dispnéia, aperto no peito, sibilância. Nariz: prurido, congestão, rinorréia, espirros. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Sinais e Sintomas de Anafilaxia
Aparelho Cardiovascular Hipotensão, sensação de fraqueza, taquicardia, vertigem, sincope, estado mental alterado; Dor no peito, arritmia. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Sinais e Sintomas de Anafilaxia
Sistema Gastrointestinal Náusea, dor abdominal em cólica, vômitos, diarréia. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Sinais e Sintomas de Anafilaxia
Outros Contrações uterinas em mulheres, convulsões, perda da visão, zumbido, sensação de morte eminente, perda de controle de esfíncteres. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Frequência de sinais e sintomas na anafilaxia
% de Casos Cutâneos Urticária e Angioedema Rubor Prurido sem rash >90% 88% 26% 5% Dispnéia e sibilância Angioedema das vias aéreas superiores 60% >25% Tontura, Síncope, Hipotensão, Visão turva 35% Náuseas, vômitos, diarréia, dor 30% Cefaléia 8% Dor sbesternal Convulsões 2% 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Diagnóstico Diferencial
Reações vasovagais (hipotensão, palidez, vômitos, sem manifestações cutâneas). Epilepsia Síndrome de restaurantes (glutamato, sulfitos, escombroidose – envenenamento por histamina). 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Diagnóstico Diferencial
Outras formas de choque (Hemorrágico, Cardiogênico, Séptico). Doenças não orgânicas (Pânico, Histeria, Síndrome da disfunção das cordas vocais). Miscelânia (Angioedema hereditário, vasculite urticariforme, Síndrome de red-man associado a vancomicina). 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Diagnóstico Diferencial
O laboratório pode auxiliar no diagnóstico da anafilaxia recente. Determinação da triptase sérica. Alfa-protriptase é secretada constitutivamente. Beta-triptase é liberada durante a degranulação do mastócito Os níveis de triptase sérica permanecem elevados por seis horas ou mais. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Diagnóstico Diferencial
Devido a baixa sensibilidade do teste, determinações seriadas aumentam a sensibilidade e especificidade. Elevações de Alfa-protriptase sugere a presença de mastocitose como causa da reaçào tipo anafilática. As determinações séricas de triptase não estão regularmente disponíveis em nosso meio, permanecendo o critério clínico como diagnóstico de anafilaxia. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
A imediata intervenção para o acesso às vias aéreas e à circulação, com o objetivo principal da manutenção adequada dos sinais vitais, é o primeiro passo na conduta emergencial. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
O médico deve necessariamente: Manter as vias aéreas pérvias Avaliar os sinais vitais Administrar adrenalina Oxigenioterapia Manter o paciente em posição supina com elevação dos pés 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Adrenalina Adrenalina aquosa (1/1000) na dose de 0,2 a 0,5 ml (0,01 mg/kg em crianças, máximo 0,3 mg) por via intramuscular na face anterolateral da coxa a cada cinco a dez minutos, e a primeira medicação a ser administrada ao paciente. A intervenção subsequente depende da resposta terapêutica à adrenalina e da gravidade da reação anafilática. Na presença de cocaína, a adrenalina tem seus efeitos aumentados. (cocaína inibe recaptação das catecolaminas) 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Anti-histamínicos São considerados de segunda linha no tratamento da reação anafilática e, devido a sua acão mais lenta não devem ser usadas isoladamente. A ação do antagonista H1 está bem estabelecida no controle das reações, sendo importante na resolução da urticária, angioedema e do prurido. A defenidramina na dose de 25 a 50 mg para adultos e 1mg/kg na criança (dose máxima 50 mg) preferencialmente por via endovenosa é a droga mais indicada (1ampola contém 50 mg) – Didenidrin (Cristalia). A prometazina pode ser usada a partir dos dois anos de idade na dose 0,25 mg/kg. (1 ampola contém 25 mg) 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Corticosteróides Atingem seu efeito após quatro a seis horas (EV) e possuem ação antiinflamatória importante na prevenção dos sintomas tardios da anafilaxia. Metilprednisolona 1 a 2 mg/kg a cada seis horas. Hidrocortisona 200 a 500mg a cada seis horas. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Oxigenioterapia Reação prolongada ou cardiopatia prévia. Controle por oximetria de pulso. (em hospitais com melhores condições a gasometria arterial deve ser um recurso importante para o controle da hipoxemia) SatO2 <= 95% - O2 3l/min. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Beta-2 adrenérgicos Pacientes com broncoespasmo os agonistas beta- 2 adrenérgicos por via inalatória devem ser usados. Salbutamol (aerossol pressurizado – até três doses de duas a cinco inalações a cada 10 a 20 minutos Aerolin spray 100mcg). Fenoterol (aerossol pressurizado – até três doses de duas a cinco inalações a cada 10 a 20 minutos; gotas para inalação 0,25 mg/gota, 5 a 10 gotas até três doses a cada 10 a 20 minutos – Berotec 100 pressurizado e Berotec gotas). 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Expansores de volume Necessários nos casos de hipotensão persistente mesmo após a utilização de histamina. Solução salina é a preferida no volume de 1 a 2 litros usando 5 a 10 ml/kg nos primeiros cinco minutos. Em crianças a dose é de, no máximo, 30ml/kg na primeira hora. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Agentes vasopressores Usados na falta de resposta a adrenalina. Dopamina 400mg, diluída em 500ml de dextrose a 5% - 1 ampola 10ml com 50mg. (8 ampolas) Administração de 2 a 20mcg/kg/minuto, mantendo a pressào arterial sistólica maior que 90mmHg – bomba de infusào. Ex: 1ml – 800mcg 1 gota – 40mcg 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Uso de beta-bloqueadores Anafilaxia refratária, com hipotensào persistente. A adrenalina, nestes casos, pode não ser efetiva nas doses habituais. Necessário a utilização de glucagon na dose 1 a 5mg (20-30mcg/kg em crianças, máximo de 1mg) por via endovenosa em mais de cinco minutos e seguida de uma infusão mais lenta na dose de 5 a 15mcg/minuto. Os expansores de volume também podem ser importantes nestes casos. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Anafilaxia fatal Administração tardia de adrenalina. Complicacões respiratórias e ou cardiovasculares. Utilização de beta-bloqueadores 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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bloqueadores Adrenalina 1 - receptor 2 - receptor
receptor 1 adrenérgico receptor 2 adrenérgico 1 - receptor 2 - receptor Broncodilatação Vasodilatação Glicogenólise Liberação de mediadores Vasoconstrição Resistência vascular periférica Edema mucosa Liberação de insulina Noradrenalina Inotropismo Cronotropismo 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento Emergencial
Alta Observação por até 24hs ou até se estabelecer o controle da crise aguda. Na alta prescrição de anti-histamínicos e corticosteróides por via oral por cinco a sete dias. Encaminhar ao especialista para avaliação na busca da identificação do agente desencadeante e da prevenção de novos episódios. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Avaliação do paciente após crise
Histórico da reação Forma de apresentação Evolução Atividades que antecederam o evento Resposta ao tratamento 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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CAUSAS DE ANAFILAXIA E MECANISMO ENVOLVIDO
10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Nozes, avelã, caju, pistache, castanha do pará
ALIMENTOS Nozes, avelã, caju, pistache, castanha do pará Amendoim, pinhão, amêndoa Crustáceos (camarão, caranguejo, lagosta, ostra) Ovo de galinha Leite de vaca, leiite de cabra Soja, gergelim Peixe Frutas e vegetais Mediado por IgE 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Reações por alimentos Avaliação da IgE específica no soro
Avaliação por testes cutâneos de leitura imediata com alérgenos Aguardar 30 dias para a realização dos testes A interpretação dos testes cutâneos e da avaliação laboratorial deve ser feita levando em conta a história clínica do paciente. Teste negativo alto valor preditivo negativo Teste positivo não é comprovação de que o alérgeno em questão tenha sido o causador do quadro de anafilaxia devendo ser correlacionado com a história clínica. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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VENENO DE INSETOS Agente causal
Mecanismo (s) Vespa Marimbondo Abelha Formiga Agente causal Mediado por IgE 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Reações por insetos A evidência de anticorpos IgE contra abelhas, vespas, marimbondos e formigas indica sensibilização. Em alguns trabalhos se observou que até 25% dos adultos sadios apresentam respostas positivas a testes, sem apresentarem reações a insetos. Por outro lado, um pequeno grupo de pacientes com reação anafilática severa náo se detecta a presença de anticorpos IgE. Isto reforça a afirmativa de que náo se pode investigar alergia somente por determinações de IgE específica. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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PROTEÍNAS OU PEPTÍDEOS
Mecanismo (s) Agente causal Estreptoquinase, insulina, látex, vacina de alérgenos Mediado por IgE Liquido seminal Mediado por IgE (algumas reações) Relaxantes musculares Ativaçào de mastócitos (pode ser mediada por IgE) Anestésicos locais raramente mediado por IgE 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Alergia ao Látex O látex contido em produtos de uso corriqueiro (balões, brinquedos, condons, etc) e, em material médico-cirúrgico pode induzir sensibilização alérgica, mediada por IgE, levando muitas vezes a quadros graves de anafilaxia. O risco de sensibilização é maior em atópicos, pacientes submetidos a várias cirurgias e médicos além de outros profissionais da área de saúde. Existe similaridade dos alérgenos do látex e de determinados alimentos, como kiwi, banana, abacate, aipim, entre outros. (o quadro pode ser confundido com reações a alimentos porque grande parte dos pacientes apresenta reação com ingestão de frutas e legumes) O diagnóstico é realizado por determinação sérica de anticorpos IgE específicos e por testes cutâneos 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Anestésicos locais Anestésicos locais são utilizados em inúmeros procedimentos com o objetivo de induzir anestesia local, sem alteração do nível de consciência. Dois grupos: amida (lidocaína-xylocina, bupivacaína-marcaína, levopubivacaína, prilocaína-citanest, ropivacaína) menos antigênicos e éster, derivados do PABA (procaína, tetracaína, benzoacaína) mais antigênicos por contato. Anestésicos locais raramente provocam reações alérgicas. Manifestações clínicas ocorrem principalmente por reação vasovagal (sudorese, mal estar, taquicardia, desmaios), que resultam de reação neuro-vegetativa derivada do medo, ansiedade ou pânico. Também reações tóxicas por injeção de quantidade excessiva do anestésico ou introdução acidental nos vasos sanguíneos da região anestesiada. As reações tóxicas são a maioria dos casos descritos e podem provocar sintomas leves e de maior gravidade. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Anestésicos locais As reações alérgicas aos anestésicos locais (raras, cerca de 1%, mas quando ocorrem são potencialmente intensas e graves) podem ser prevenidas através da avaliação clínica e análise do episódio anterior. É possível avaliar a hipersensibilidade a essas drogas seguindo métodos padronizados de aplicação de testes cutâneos que vão do prick-test sem diluição, passando pelo intradérmico sem diluição, até o subcutâneo com várias diluições e por último sem diluição. (realizado em centro cirúrgico). Em geral utiliza-se a lidocaína como teste pela sua baixa incidência de reações. Também pode ser realizado o RAST para detectar IgE específica. Reações anafilactóides também ocorrem, por mecanismo não imunológico (ativação de mastócitos, com degranulação matocitária direta). 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Testes de Provocação com Anestésicos Locais *
Via Diluição Dose Prick-test Sem diluição Uma gota Intradérmico Sem diluição ,002 ml Subcutâneo : ,1 ml Subcutâneo : ,1 ml Subcutâneo Sem diluição ,1 ml Subcutâneo Sem diluição ,5 ml Subcutâneo Sem diluição ml * Em intervalos de 20 a 30 minutos e distância mínima de 4 cm entre uma ou outra aplicação. Obs. Anestésico local sem conservantes ou vasoconstritores. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Relaxantes musculares
Anafilaxia a relaxantes musculares ocorre em 1:4500 procedimentos com anestesia geral sendo que a fatalidade ocorre em 6% dos casos. Responsáveis pela maioria dos efeitos adversos intra-operatórios. Podem provocar liberação inespecífica de histamina, mas também relatos de reações imunológicas detectadas por testes cutâneos e RAST. Alto índice de reações cruzadas. Menor incidência de reações adversas e menos alergênicos: pancurônio, vecurônio, rocurônio. Maior incidência de reações adversas: atracúrio, cisatracúrio, mivacúrio, d- tubocurarina. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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ANTIBIÓTICOS Mecanismo (s) Agente causal
Penicilinas, Cefalosporinas Mediada por IgE Sulfametoxazol, trimetoprim Algumas mediadas por IgE Quinolonas Desconhecida Vancomicina Ativação de mastócitos 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS
Mecanismo (s) Agente causal AAS E AINH Produção de leucotrieno D4, supressão de prostaglandina E, ativação de mastócitos 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Reações por medicamentos
Para a maioria dos medicamentos não existe prova diagnóstica adequada. A relação temporal entre o uso do medicamento e o inicio do quadro clínico fará com que o especialista oriente o paciente sobre como evitar novo contato com adroga e com fármacos similares. É possível a identificação de anticorpos IgE específicos para alguns antibióticos, proteínas, anestésicos locais e relaxantes neuro – musculares. Para algumas medicações podemos realizar testes de provocação monitorados em ambiente hospitalar. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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AGENTES DIAGNÓSTICOS Mecanismo (s) Agente causal
Contrastes Radiológicos Desconhecido (Complemento?) Fluoresceína Desconhecido 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Relacionados a Procedimentos
Mecanismo (s) Agente causal Membranas de diálise Ativação do complemento Plasma e plaquetas Ativação do complemento (algumas mediadas por IgE) Imunoglobulina EV Ativação do complemento 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Miscelânea Mecanismo (s) Agente causal
Anticorpo monoclonal Mediada por IgE (provável) Inibidores da ECA Acúmulo de bradicinina Exercício Desconhecido Exercício + Alimento Desconhecido Idiopática Desconhecida 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Anafilaxia induzida por exercício associada a alimentos
Pode ocorrer quando o paciente se exercita dentro de 2-4hs após ingerir um alimento específico. Entretanto, o paciente é capaz de se exercitar sem o desencadeamento dos sintomas, desde que o alimento em questão não seja ingerido antes do exercício. Da mesma maneira a ingestão do alimento não acarreta reação desde que o paciente não se exercite nas horas seguintes. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Orientação, Tratamento e Prevenção
Orientação a pacientes ou responsáveis (em casa e na escola) com informações adequadas, com o objetivo de evitar contato com desencadeantes comprovados. (revisar informações periodicamente) Conduta em material impresso, individualizado. Instruir paciente e familiares sobre a aplicação de adrenalina e uso de antihistamínico. Cartão de identifica;cão informando a condição de alérgico. O risco de fatalidade por anafilaxia é maior em pacientes com asma, doença cardiovascular e em idosos, portanto este grupo de pacientes devem receber atenção especial principalmente nas medidas preventivas. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Tratamento preventivo
Anafilaxia induzida por exercícios – evitar alimentação nas quatro horas anteriores a exercício intenso. Anafilaxia idiopática – corticosteróide oral, anti-histamínico H1 e H2 ou antileucotrieno. Anafilaxia por insetos – Imunoterapia específica para o veneno do inseto causador da reação. Outros – estratégias específicas para cada caso. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Educação e Informação Quem está sob risco?
Qualquer pessoa especialmente aquelas alérgicas a alimentos tais como amendoim, nozes, frutos do mar, peixes, leite, ovo, ou a picada de insetos, látex e medicamentos. Quando pode acontecer? Dentro de minutos, em qualquer momento que a pessoa alérgica entre em contato com o agente desencadeante. Como saber? Vários sintomas ao mesmo tempo, tais como prurido palmo plantar e no couro cabeludo, espirros, urticária, rubor, dificuldade para respirar, vômitos, diarréia, tontura, confusão mental ou choque. Onde pode acontecer? Em qualquer local como residência, restaurante, escola, creche, academias, acampamentos, carro, ônibus, trem e avião. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Educação e Informação Como proceder?
Injetar epinefrina, chamar o serviço de emergência e notificar os familiares do paciente (nesta ordem). Agir rapidamente. A reação anafilática pode ser leve assim como fatal. Por que é necessário o acompanhamento? A anafilaxia pode ocorrer várias vezes. Os agentes desencadeantes devem ser confirmados, e estratégias preventivas de longo prazo devem ser implementadas. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Orientação para pacientes de risco
Carregar placa identificando a condição de alérgico, com informações do nome de familiares. Paciente deve portar a medicação de emergência. Paciente deve saber como efetuar a auto aplicação de epinefrina e sempre carregar consigo o kit de epinefrina. Descontinuar agentes beta –bloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina, etc. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Risco de alergia alimentar
Aleitamento materno exclusivo por tempo prolongado em pacientes com risco de desenvolverem alergia alimentar. A nutriz deve ser orientada a retirar de sua dieta alimentos como amendoim, nozes, e frutos do mar para evitar sensibilização via leite materno. Introduzir alimentos sólidos somente após os seis meses de idade. Postergar a ingesta de amendoim, nozes, frutos do mar, para após os três anos de vida. Lactentes de risco sem possibilidade de aleitamento materno exclusivo usar fórmulas hipo-alergênicas parcialmente hidrolisadas ou extensamente hidrolisadas. Pacientes e/ou resposáveis devem conhecer a nomenclatura usada pela indústria de alimentos na composição dos produtos. Pacientes devem portar a medicação de emergência. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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Risco de reação a picada de Hymenoptera
Orientar os pacientes a evitar locais onde haja esses insetos. Evitar caminhas em locais de mata fechada. Evitar o uso de roupas muito coloridas e de pergfumes capazes de atraírem insetos. Embalar cuidadosamente os resíduos domésticos. Não tentar matar insetos. Pacientes devem portar a medicação de emergência. 10/11/2018 Dr. Luiz Piaia Neto
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