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Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
Outras amebas
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
CLASSIFICAÇÃO CLASSE Lobosea ORDEM Amoebida FAMÍLIA Entamoebidae GÊNEROS Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax e Dientamoeba ESPÉCIES E. histolytica / E. dispar, E. hartmanni, E. coli, E. gingivalis, Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. nana
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EPIDEMIOLOGIA: Distribuição geográfica mundial (maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais – baixas condições sociais e sanitárias) Transmissão oral através da ingestão de cistos maduros nos alimentos e água Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequentes nos adultos(entre 20 e 60 anos) Algumas profissões são mais atingides (trabalhadores de esgotos,etc) Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) durante cerca de vinte dias Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo na patogenicidade.
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
Aproximadamente durante um século E. histolytica foi considerada como única espécie. Estudos recentes baseados em: Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzi- mático; Métodos imunológicos: através de anticorpos monoclonais (Proteínas da superfície da ameba); Técnicas genêticas: através de diferenças no DNA genômico ou ribossomal dessas amebas; Diferenças nas formas clínicas da doença.
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
A Entamoeba histolytica passou a ser considerada como parte de um complexo Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.
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* Entamoeba histolytica (Schaudinn, 1903) Apresenta diversos graus de virulência, insavisa; Apresenta diversas formas clínicas; * Entamoeba dispar (Brumpt, 1925) Pode causar erosões na mucosa intestinal, sem invasão; Maior parte dos casos assintomáticos e colite não disentérica.
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Disenteria Doença aguda, infecciosa, específica, com lesões inflamatorias e ulcerativa das porções inferiores do intestino. Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.
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Complexo: E. histolytica/E. dispar
O complexo E. histolytica/E. dispar foi acatada pela OMS em 1997, numa reunião, no México, para tratar do assunto.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
MORFOLOGIA Trofozoíto Cisto Metacisto Pré-cisto
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
BIOLOGIA Locomoção Ingestão de alimentos Nutrição CICLO EVOLUTIVO Monoxênico
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
HÁBITAT Os trofozoítos de Entamoeba histolytica/ dispar vivem como comensais na luz do intestino grosso Em algumas circunstâncias: ulcerações intestinais, abscesso hepático, cutâneo, pulmonar e raramente cérebro
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRANSMISSÃO Através da ingestão de cistos com alimentos: verduras e frutas contaminadas, água, veiculadas nas patas de baratas e moscas. Falta de higiene domiciliar e os portadores assintomáticos .
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
PATOGENIA Período de incubação : 7 dias até 4 meses Formas assintomáticas (E. dispar) Formas sintomáticas (E. histolytica) .
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE: Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas. Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com evacuações mucosanguinolentas, febre moderada e dor abdominal. COMPLICAÇÕES: perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e ameboma
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Amebíase E. histolytica/E. dispar
DISENTERIA: Doença aguda infecciosa, específica, com lesões inflamatórias e ulcerativas das porções inferiores do intestino. Manifesta-se com diarréia intensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL Amebíase hepática - dor, febre e hepatomegalia (Anorexia, perda de peso e fraqueza geral acompanham o quadro). Amebíase cutânea - região perianal Amebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro, baço, rim, etc.
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DIAGNÓSTICO CLÍNICO Amebíase intestinal - sintomatologia comum, retossigmoidoscopia Abscesso hepático - tríade (dor, febre e hepatomegalia),raio X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
LABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatos) PARASITOLÓGICO Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame direto ou em 30 minutos Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e técnicas de concentração (Faust, Rictchie e hematoxilina férrica) IMUNOLÓGICO (amebíase intest. e extra-intestinal Elisa, IFI, hemaglutinação indireta, contraimunoeletroforese e imunodifusão dupla em gel de ágar.
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AMEBÍASE PROFILAXIA: Está intimamente ligada a engenharia e
educação sanitária. Principalmente água de boa qualidade nas casas e tratamento do esgoto; Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa e efetiva da comunidade; Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas; Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos e tratamento dos positivos.
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AMEBÍASE VACINAS: Vacinas contra a Entamoeba histolytica têm sido
desenvolvidas e testadas, porém até o momento nenhuma delas apresentou resultados eficientes, mas indicando que é um caminho importante e promissor.
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AMEBÍASE Segundo a Organização Mundial de Saúde:
“Onde houver pequenos recursos financeiros para serem aplicados em saúde pública, todos eles devem ser dirigidos para o saneamento básico”.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRATAMENTO Intestinal Amebicida luminal (luz intestinal) Amebicidas tissulares (tecidos) Luminal e tissular Extra-intestinal Luminal e tissular e antibióticos.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
TRATAMENTO Amebicida intestinal Luminal Etofamida (Kitnos) Teclosan (Falmonox) Tissular Cloridrato de Emetina Cloroquina obs: Drogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outros tratamentos não derem bons resultados * Luminal e Tissular Derivados Imidazólicos * Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl) * Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol * Extra-intestinal * metronidazol (Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
*Amebíase intestinal Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5 dias Adultos mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao dia, por 5 a 10 dias crianças * Efeitos colaterais Alterações gastrointestinais,vertigens * Observações Condiciona aversão ao álcool, e urticaria ao contato com este * Principais apresentações Metronidazol, Flagyl,Metronix Secnidazol Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)
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AMEBÍASE OBSERVAÇÃO: Devido à inibição que provoca em diversas enzimas do metabolismo do álcool, a ingestão alcoólica durante ou depois do tratamento pode causar confusão mental, perturbações visuais, cefaléia, náuseas e vômitos, sonolência e hipotenão.
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Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar
* Amebíse extra-intestinal principalmente abscesso hepático * Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia durante 5 a 10 dias * Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de comprimido; nos casos mais graves ou severos, pode ser utilizado por via injetavel
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Amebíase * Amebíase hepática * Secnidazol (Secnidal) 1 comprimido de 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias. Suspensão 30 mg/Kg/dia (máximo de 2 g) durante 5 a 7 dias ou seja 1ml/Kg de peso durante 5 a 7 dias.
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MODO DE AÇÃO O metronidazol é metabolizado,
AMEBÍASE METRONIDAZOL MODO DE AÇÃO O metronidazol é metabolizado, formando derivados, incluindo radicais superóxido, que interferem com o metabolismo do DNA dos parasitas, o que causa extensas rupturas nas cadeias de DNA e a interrupção da estrutura helicoidal. Portanto, a síntese de proteínas no parasita sofre alteração.
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OUTRAS AMEBAS Entamoeba hartmanni Entamoeba coli Iodamoeba butschlii
Endolimax nana Entamoeba gingivalis Dientamoeba fragilis
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AMEBAS DE VIDA LIVRE Acanthamoeba spp. Naegleria fowleri
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AMEBAS DE VIDA LIVRE Acanthamoeba spp.
Ameba de vida livre Cosmopolita (habitando lagos e lagoas,piscinas, solos humíferos, esgotos e cursos de água que recebem efluentes industriais, em todos os continen- tes e todos os climas). úlcerações de córnea (em usuários de lentes de contato) Meningoencefalite amebiana granulomatosa (pacientes imunodeprimidos)
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AMEBAS DE VIDA LIVRE Naegleria fowleri Ameba de vida livre
Cosmopolita Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de garganta e renite. Três dias seguintes, aumentando a cefaléia, febre e aparecendo vômitos e rigidez da nuca, apresentando desorientação e coma. Cinco ou seis dias o paciente evolui para a morte).
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CASO CLÍNICO Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro
clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas diárias com muco e sangue e febre moderada. Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com 2 cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água encanada, sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento de esgôto. Tomava água do pote que obtinha de um poço próximo de sua casa . Relatou ainda que a criança há algum tempo atrás tinha realizado exame de fezes, sendo positivo para amebas e tinha feito tratamento com Metronidazol. Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário mínico, alimentação bastante precária.
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1) Que parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ?
PERGUNTAS: 1) Que parasita poderia ser incluído na suspeita ? Qual ? 2) Quais as possíveis causas de retorno da sintomatologia da criança ? 3) Se o resultado anterior apresentasse apenas amebas não patogênicas você indicaria tratamento ? Dê explicação. 4) Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções deste problema ? 5) Como a carência nutricional poderá influi na prevalência das parasitoses ? 6) Descrever as formas clínicas, sinais e sintomas da amebíase.
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Trabalho : 1) O que você entende por ruralização e urbanização das doenças ? 2) O que você entende por cinturão de pobreza nas cidades de pequeno, médio e grande porte ? Qual a relação que existe com a transmissão das parasitoses ? 3) Qual o problema surgido nessas cidades com o êxodo rural ? 4) Descrever o triângulo: infecção, desnutrição e imunodeficiencia do hospedeiro, relacionando com as parasitoses.
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