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Poesia Romântica 3ª Fase: condoreira

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Apresentação em tema: "Poesia Romântica 3ª Fase: condoreira"— Transcrição da apresentação:

1 Poesia Romântica 3ª Fase: condoreira
Castigo de escravo, de Jacques Etienne Arago, 1839

2 Contexto sócio-histórico
Para manter a prosperidade da lavoura de café após a Independência, o sistema escravagista foi incrementado; Leis foram aprovadas para inibir o tráfico de escravos, mas com pouca eficácia; Em São Paulo, a prosperidade econômica trazida pela cultura do café tornou essa cidade um novo polo cultural, porém ainda maculada pelo regime escravista. Carregadores de café, de Jean-Baptiste Debret, séc. XIX

3 Reflexos na poesia Victor Hugo, escritor romântico francês, defendia que a arte de hoje não deve buscar apenas o belo, mas sobretudo o bem”, e a liberdade seria um de seus pilares. Inspirados por esse e outros princípios libertários, os poetas dessa geração escreveram sobre o horror da escravidão e outros temas sociais; O condor, ave da cordilheira dos Andes capaz de voar altitudes bem altas, é escolhido como símbolo da liberdade; Devido a isso, esses poetas ficaram conhecidos como condoreiros. Castigo de escravo - Jeant-Baptiste Debret, s/d

4 América (Castro Alves)
[...] Já falta bem pouco. Sacode a cadeia Que chamam riquezas... Que nódoas te são! Não manches a folha de tua epopéia No sangue do escravo, no imundo balcão. Sê pobre, que importa? Sê livre... És gigante, Bem como os condores dos píncaros teus! Arranca este peso das costas do Atlante, Levanta o madeiro dos ombros de Deus. atlante: relativo à Atlântida (vasta ilha ou continente de existência lendária); madeiro: qualquer peça de madeira robusta; píncaro: ponto mais alto de um monte; cume.

5 Gosto por imagens exageradas, hiperbólicas.
Os poetas dessa geração tinham a intenção de denunciar as injustiças sociais por meio da poesia; Ao contrário dos artistas da geração anterior, não se isolavam da sociedade, e sim participavam dos debates sociais; Composta para ser declamada, a poesia condoreira faz uso intenso de vocativos e exclamações; Gosto por imagens exageradas, hiperbólicas. Castigo público, de Rugendas, 1835

6 Deus! ó Deus! onde estás que não me respondes?
Vozes d’África (Castro Alves) Deus! ó Deus! onde estás que não me respondes? Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes Embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?... [...] embuçado: encoberto; oculto; embalde: inutilmente; em vão. Negros novos, de Rugendas, 1835

7 Castro Alves Poesia social
Tragédia no lar (Castro Alves) [...] Leitor, se não tens desprezo De vir descer às senzalas, Trocar tapetes e salas Por um alcouce cruel, Vem comigo, mas... Cuidado... Que o teu vestido bordado Não fique no chão manchado, No chão do imundo bordel. Poesia social O sentimento da natureza é substituído pelo da humanidade; A emoção é substituída pela razão; O sofrimento em que viviam os africanos escravizados eram divulgados em seus poemas. Uma senhora brasileira, de Jean-Baptiste Debret, 1823

8 Para o poeta, embora a elite se mostre elegante nas festas e bailes que frequenta, não conseguirá se livrar da sujeira da alma causada pela exploração imperdoável de um povo; Em sua obra Os escravos, estão seus principais textos sobre a escravidão “Vozes d’África” e “Navio negreiro”; A nacionalidade é retratada, agora, de forma crítica, não da maneira ufanista como na primeira geração. Denúncia à pátria que empresta sua bandeira para cobrir corpos torturados dos escravos. Navio negreiro (Castro Alves) Canto VI E existe um povo que a bandeira empresta P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia?!... Silêncio!... Musa! chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto Negros no porão, de Rugendas, 1835

9 Poesia lírica Sensualidade explícita;
As virgens inacessíveis são substituídas por mulheres reais, lascivas, sedutoras. O “adeus” de Teresa (Castro Alves) A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala “Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala... E ela, corando, murmurou-me: “adeus”. [...]

10 Sousândrade Preocupou-se em definir a identidade de toda a América, não só do povo brasileiro; O poema épico “Guesa errante” conta a história de uma criança errante da tribo quíchua (habitante de regiões bolivianas e peruanas), que será sacrificada num ritual quando completar 15 anos de idade; As imagens andinas são bastante exploradas; O poemas funciona como uma metáfora da destruição da civilização inca.


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