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O Amor de Pedro e Inês Núcleo de Estágio: Ana Couto e Cláudia Pereira

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Apresentação em tema: "O Amor de Pedro e Inês Núcleo de Estágio: Ana Couto e Cláudia Pereira"— Transcrição da apresentação:

1 O Amor de Pedro e Inês Núcleo de Estágio: Ana Couto e Cláudia Pereira
Professora Orientadora: Maria do Rosário Silva

2 Pontos da Apresentação:
O Amor de Pedro e Inês Pontos da Apresentação: 1. A história 2. A literatura

3 A HISTÓRIA

4 De que nos falam estas fontes?
A História de um Amor… As fontes históricas do amor de Inês de Castro e D. Pedro são as crónicas de: López de Ayala (D. Pedro), Fernão Lopes (D. Pedro) e Rui de Pina (D. Afonso IV). De que nos falam estas fontes? A Paixão do Infante D. Pedro, filho de D. Afonso IV, pela aia da sua mulher – uma paixão que se prolongou durante dez anos após a morte de Constança; As intrigas espanholas relativamente à Corte Portuguesa; Os receios dos conselheiros de Afonso IV; Os acontecimentos que conduziram à morte de Inês de Castro; A cólera de D. Pedro e o castigo dos conselheiros de seu pai; A trasladação dos restos mortais de Inês, de Coimbra para Alcobaça.

5 Quem foi Inês de Castro? Inês de Castro era filha de D. Pedro Fernandes de Castro, neto ilegítimo de D. Sancho IV. Era também neto do Rei D. Sancho, mas não pelo ramo bastardo, o Infante D. Pedro ( ). Inês era dama de honor de D. Constança, a esposa do príncipe D. Pedro. Percebendo a paixão de D. Pedro pela aia, a irmã do Príncipe, D. Maria, convidou Inês para madrinha do seu primeiro filho, D. Fernando. Contudo, a paixão continuou, para escândalo de muitos. D. Afonso IV ( ) interveio, expulsando Inês de Castro de Portugal. No castelo de Albuquerque (fronteira de Espanha), Inês continuou a ter notícias do amante.

6 Quem foi Inês de Castro? (Continuação)
Em 1349, morre D. Constança, e D. Pedro, contrariando a vontade de Afonso IV, faz com que Inês de Castro regresse a Portugal, passando a viver com ela. D. Afonso IV, receando as intenções dos parentes de Inês, viu na ligação do seu filho, e nas sucessões que dela resultariam, um grave perigo para a independência nacional. Os últimos anos do reinado de D. Afonso IV foram marcados pela guerra civil que o opôs ao filho. O motivo foi o assassínio de Inês de Castro (Coimbra, 7 de Janeiro de 1355). D. Afonso ordenara o assassínio por razões de Estado – afastar do herdeiro português as influências dos Castros, que tentavam envolver o Infante D. Pedro numa revolta contra Castela. Se tal acontecesse, Portugal quebrava tratados existentes, o que significaria a guerra.

7 Quem foi D. Pedro I, o Cru? Nascido em Coimbra no ano de 1320, D. Pedro tornou-se Rei de Portugal aos 37 anos (1357). Fernão Lopes ( ), o grande cronista português, atribuiu-lhe muitas qualidades, destacando-se a da justiça. Foi amado pelo povo e temido pelos poderosos. Foi amado porque, na sua crueldade e no seu sadismo, era cego na aplicação da lei – afirmou-se como um grande símbolo de autoridade e força, acima de todas as classes. «Tais anos nunca houve em Portugal, como estes que reinara el-rei D. Pedro.» (Crónica de D. Pedro, Capítulo 44). Neste elogio, Fernão Lopes referia-se ao facto de o reinado de D. Pedro ter sido, no século XIV, o único em que a guerra esteve ausente; foi também um período de crescimento económico. No século XX, o historiador José Mattoso escreveu sobre D. Pedro I: «Será recordado ainda como o avô da dinastia de Avis e o louco amante de Inês.» (MATTOSO e SOUSA, 1993).

8 A LITERATURA

9 Pedro e Inês: um amor literário…
O amor de Pedro e Inês serviu de “mote” literário – desde o século XV, poetas e escritores encontraram neste amor trágico uma fonte de inspiração. Morte de Inês Columbano Bordalo Pinheiro ( )

10 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
A morte de Inês de Castro é tratada literariamente, pela primeira vez, nas trovas de Garcia de Resende ( ), no Cancioneiro Geral (colectânea de poesia palaciana portuguesa publicada em 1516). → Resende imagina Inês no Inferno, contando a tragédia do seu amor e alertando outras mulheres para os perigos do amor. O texto está repleto de emotividade e apresenta o pormenor do assassínio. Meus filhos pus de redor de mim com gram homildade; mui cortada de temor lhe disse: -"Havei, senhor, desta triste piadade!" Excerto das Trovas →

11 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
Pensa-se que foi nas trovas de Resende que Luís de Camões se inspirou para escrever o episódio do canto III d’Os Lusíadas, inserindo-o na narração da História de Portugal feita por Vasco da Gama ao Rei de Melinde. N’Os Lusíadas, Camões associou o trágico amor a um espaço (o rio Mondego, e lugares próximos). Exaltou também a beleza de Inês e a grandeza da sua dor (Inês é «mísera e mesquinha» – infeliz e desgraçada) no momento em que a morte lhe foi imposta como punição por um amor contrário aos interesses de Estado.

12 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram, E, por memória eterna, em fonte pura As lágrimas choradas transformaram. → Os Lusíadas, canto III; estrofe 135, versos 1 a 4. Nascia assim o mito de Inês de Castro, o mito da mulher-mártir… → A poesia modifica a História. Sem introduzir no caso mais inovações que a indicação da toponímia (elemento fundamental na constituição da lenda), Camões retomou as situações das crónicas e das trovas de Resende, e deu-as em forma perfeita, penetrando-as ao mesmo tempo de profunda verdade humana e de poesia lendária; é em Camões que o tema da Castro recebe ao auréola que há-de fazê-lo atravessar o tempo […]. Dicionário da Literatura (itálicos nossos)

13 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
Castro (forma abreviada do título Tragédia mui sentida e elegante de Dona Inês de Castro) é o nome de uma tragédia que António Ferreira escreve na segunda metade do século XVI (editada em 1587). Com um assunto nacional, esta peça tem um pendor profundamente clássico (o seu autor era um profundo humanista). Ferreira colocou novamente em oposição a piedade (ou o amor) e as razões de Estado. Acto V, Castro, fala de D. Pedro: Tu serás cá rainha, como foras. Teu inocente corpo será posto Em estado real. → Aparece pela primeira vez num texto literário a coroação póstuma.

14 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
Literatura e História… Durante o século XVII, a historiografia portuguesa viria a tratar como verdades históricas acontecimentos que, de facto, ganharam existência apenas no contexto de obras literárias. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, o tratamento literário do tema/mito continuou, mesmo em língua castelhana. Inês de Castro aparecia como vítima inocente de um amor. → Século XVIII: o amor de Inês e Pedro triunfa no teatro, não só entre os elementos da Arcádia (Academia Literária fundada em 1757) como também no teatro de cordel (produção literária de características populares; deve o seu nome ao facto de ser publicada em papel de fraca qualidade, sob a forma de folhetos que estavam expostos para venda pendurados em cordéis).

15 Pedro e Inês: um amor literário… (continuação)
A poesia do século XVIII também continuou o culto do tema, a par do culto de Camões. Temos, por exemplo, o poema de Bocage ( ) com o título “Cantata à morte de Inês de Castro”. Em suma, no século XVIII, Inês de Castro era representada como: ▪ uma vítima do amor; ▪ esposa legítima (acreditava-se num casamento secreto com D. Pedro); ▪ uma mãe digna e infeliz; ▪ rodeada por crianças indefesas no momento da execução.  Séc. XIX: o tema foi aprofundado pelas tendências românticas (na poesia e no teatro), mas os historiadores portugueses procuraram abordar o amor de Pedro e Inês numa perspectiva mais científica.

16 Pedro e Inês: um amor literário… (conclusão)
No século XX, os aspectos realistas ou patéticos que foram explorados no século anterior são abandonados. O tema persiste numa literatura que pretende manter viva a lenda e o mito. Podem indicar-se, no século XX, exemplos como os dos poetas Ruy Belo, Miguel Torga e Natália Correia (…). Início do século XXI → O tema/mito mantém-se vivo. A prová-lo estão títulos como os seguintes:  A Rainha Morta e o Rei Saudade: o amor de Pedro e Inês de Castro, de António Franco Cândido (2003);  La Reine Morte – Inês de Castro. de Sophie Lucet (2005). Mas o tema não vive apenas na arte literária… 

17 Pedro e Inês: um amor que ainda vive…
Tal está, morta, a pálida donzela, Secas do rosto as rosas e perdida A branca e viva cor, co a doce vida. Luís de Camões, Os Lusíadas Imagens do Bailado Pedro e Inês – Companhia Nacional de Bailado. (encenação de Olga Roriz)

18 Bibliografia Consultada
BERNARDES, José Augusto Cardoso et al. (dir.). Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, Volume 2. Direcção de Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, 1997. COELHO, Jacinto do Prado (dir.). Dicionário da Literatura, 2.º Volume. Direcção de. Porto: Figueirinhas, 1981. MATTOSO, José. e SOUSA, Armindo de. História de Portugal – Segundo Volume: A Monarquia Feudal ( ), Direcção de José Mattoso. Lisboa: Editorial Estampa, 1993. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume VI. Lisboa / Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, 1945.

19 Páginas on-line www.vidaslusofonas.pt – Vidas Lusófonas
Enciclopédia Universal Multimédia On-Line virtualbooks.terra.com.br/ genealogia.netopia.pt


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