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POR QUE ESTUDAR FITOPATOLOGIA?

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Apresentação em tema: "POR QUE ESTUDAR FITOPATOLOGIA?"— Transcrição da apresentação:

1 POR QUE ESTUDAR FITOPATOLOGIA?
O QUE É FITOPATOLOGIA? QUAL SUA IMPORTÂNCIA? POR QUE ESTUDAR FITOPATOLOGIA?

2 Definição: É uma palavra de origem grega phyton = planta, pathos = doença logos = estudo Fitopatologia é a ciência que estuda as doenças de plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle.

3 Diagnose de doença de planta
Tomada de decisão antes de efetuar o controle de uma enfermidade, sendo a análise crítica da natureza do problema doença. É a constituída pela identificação de anomalias bióticas e abióticas através de diferentes métodos especializados para cada grupo de doenças.

4 Sintoma é qualquer manifestação das reações da planta a um agente nocivo
Sintoma- verrugose Verrugose (Sphaceloma Perseae) do abacateiro Sintoma – raiz digitalizada Meloidoginose (Meloidogyne spp.) da cenoura

5 Sinais: são estruturas do patógeno quando exteriorizadas no tecido doente.
Crescimento micelial e esporulação de Geotrichum candidum (Podridão azeda da batata baroa)

6 Estruturas ou produtos do patógeno, geralmente associados à lesão ocorrem num estádio mais avançado do processo infeccioso da PLANTA.

7 Doenças – CARVÕES SINTOMAS ou SINAIS?***

8 HISTORIA DA FITOPATOLOGIA
Pode ser dividida em cinco fases ou períodos: 1) Período Místico; 2) Período da Predisposição; 3) Período Etiológico; 4) Período Ecológico e 5) Período Fisiológico.

9 1) Período Místico Compreende desde a mais remota antigüidade até o início do século XIX. Não encontrando explicação racional, atribuía as doenças de plantas a causas místicas. Na Bíblia as informações mais antigas sobre doenças de plantas, atribuídas a causas místicas, apresentadas como castigos divinos.

10 Bíblia (Amós 4:9) “Eu vos feri com um vento abrasador e com ferrugem a multidão de vossas hortas e das vossas vinhas. Aos vossos olivais e aos vossos figueirais, comeu a lagarta; e vós não voltaste para mim, diz o Senhor”. Outras referências: Deuteronômio 28:22 Gênesis 41:22-23 Ageu 2:17-18 Crônicas II, 6:28

11 Deuteronômio, 28:22; “Te ferirá com a tísica, e a febre, e a inflamação, e com o calor ardente, e a secura, e com o restamento, e a ferrugem; e isto te perseguirá até que pereças”.

12 EX: As ferrugens dos cereais, doenças em videiras, figueiras e outras plantas causaram fome, morte e até revoluções. Os hebreus e, sobretudo, os gregos e romanos viveram estes problemas, de modo que filósofos e estudiosos dedicaram atenção às doenças de plantas.

13 Assim, na antiga Grécia, Teofrasto, chamado "Pai da Botânica", procurou inclusive classificar as enfermidades de plantas em doenças externas e internas, além de estudar e escrever sobre doenças de árvores, cereais e legumes. Os romanos, como Plínio e Columella, agrônomos da antigüidade, fizeram observações importantes sobre as enfermidades, principalmente a ferrugem e o carvão do trigo.

14 A ferrugem do trigo era atribuída ao castigo que o Deus Robigo infringia aos homens devido às suas ações. Entre os romanos, a "Robigalia" era uma festa religiosa celebrada anualmente em louvor a Robigo, pedindo sua clemência e proteção. A festa consistia no sacrifício de animais domésticos em vários locais dos campos de trigo.

15 Idade Média: doenças de plantas são esparsas.
Ibn-El-Awn, no século X, em Sevilha, publicou um catálogo sobre doenças das plantas, detalhando enfermidades das árvores frutíferas, incluindo a videira.

16 Tillet (1714-1791) atribuiu ser um fungo a causa da cárie do trigo.
Targioni-Tozzetti, em 1767, considerou também serem os fungos os agentes causais de ferrugens e carvões, os quais cresciam sob a epiderme das folhas das plantas. predomínio das teorias de geração espontânea e perpetuidade das espécies.

17 Linnaeus: sistema de classificação binomial.
As doenças eram então apresentadas com base na sintomatologia e classificadas pelo sistema binomial de Linnaeus. No final do período místico, botânicos faziam descrições de sintomas das doenças de plantas. Com o progresso da Micologia, a atenção foi despertada para a associação fungo x planta doente.

18 2) Período da Predisposição
Inicia-se no começo do século XIX: evidente a associação entre fungos e plantas doentes. O suíço Prevost, em 1807, na Franca, publica o seu trabalho que mostra ser Tillettia caries o agente causal da cárie do trigo (refutado)

19 Em 1898, Beijerinck foi o primeiro a mencionar a expressão "contagium vivum fluidum".
Ele verificou que uma pequena quantidade de seiva infectada com o mosaico do fumo era suficiente para inocular várias plantas.

20 Em 1967, Doi e Ishii, no Japão, observaram este tipo de organismo no floema de plantas infectadas com doenças transmitidas por cigarrinhas. Eles também demonstraram que estes sintomas regrediam quando tetraciclina era aplicada.

21 Muitas das doenças causadas por organismos tipo micoplasmas eram antes tidas como causadas por vírus.

22 Nematóides: Berkeley, em 1855, descobriu que as galhas existentes nas raízes de plantas de pepino eram causadas por estes organismos. Goeldi, em 1887, criou o gênero Meloidogyne para conter uma espécie que atacava café, denominada M. exigua. Este gênero foi revalidado em 1949 por Chitwood, para conter as espécies formadoras de galhas.

23 M. exígua

24 3) Período Etiológico De Bary (1853): propôs serem as doenças de plantas de natureza parasitária, baseado nos estudos sobre a requeima da batata, provando cientificamente que o fungo Phytophthora infestans era o agente causal.

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26 Em 1860, Pasteur destrói a teoria da geração espontânea, iniciando o período áureo da --Microbiologia e provando a origem bacteriana de várias doenças em homens e animais.

27 As técnicas de esterilização, isolamento e purificação de microrganismos utilizadas por Pasteur favoreceram, em muito, as pesquisas fitopatológicas. Em 1870, o alemão Draenert constatou no Nordeste do Brasil a primeira bacteriose de planta, conhecida como gomose da cana-de-açúcar.

28 Burril, em 1877, o primeiro relato sobre bacteriose de plantas.
Este mostrou que o crestamento da macieira e pereira era induzido por uma bactéria, hoje denominada Erwinia amylovora.

29 Em 1874, Koch estabelece seus postulados, há anos enunciados por Herle.
Através deles torna-se possível provar, experimentalmente, a patogenicidade dos microrganismos

30 POSTULADOS DE KOCH 1. O microrganismo deve estar sempre presente nas lesões das plantas doentes (ASSOCIAÇÃO CONSTANTE); 2.O microrganismo deve ser isolado e cultivado em CULTURA PURA; 3.O microrganismo isolado, deve REPRODUZIR OS SINTOMAS quando inoculado em uma planta sadia; 4. O microrganismo deve ser REISOLADO da planta inoculada artificialmente e corresponder, em todas as suas características, com o isolado das lesões.

31 Recombinação genética de vírus e bactérias de plantas.
Com o sucesso alcançado no uso de Agrobacterium sp. e de certos vírus como vetores de material genético estranho para plantas, é esperada a abertura de uma era inteiramente nova na transformação genética de plantas

32 4) Período Ecológico Em 1874, Sorauer: separou as doenças parasitárias das não parasitárias ou fisiológicas em seu livro "Handbook of Plant Diseases". - Doença parasitária passou a ser entendida como resultante da interação hospedeiro-patógeno-ambiente (fatores ecológicos sobre as doenças de plantas).

33 Estudos sobre diversos aspectos do meio, como fatores climáticos, edáficos e nutricionais, além de outros. Estudos sobre epidemiologia, sobrevivência do patógeno, disseminação, penetração, colonização, condições predisponentes, ciclo biológico, etc. As pesquisas sobre resistência e predisposição das plantas aos diferentes patógenos Estudos sobre melhoramento visando resistência às doenças

34 Conceitos de raças fisiológicas (papel do ambiente tanto na resistência das plantas como na variabilidade do patógeno). Riehm, em 1913: fungicidas mercuriais orgânicos para o tratamento de sementes. Em 1934, graças a Tisdalle e Williams, apareceram os fungicidas orgânicos do grupo dos tiocarbamatos, atingindo a Fitopatologia seu valor prático, ou seja, o controle de doenças.

35 5) Período Fisiológico De 1940 a 1950 foram conduzidas pesquisas básicas sobre fisiologia de fungos e das plantas e, com a evolução da Fisiologia, da Microbiologia e da Bioquímica, surgiram novas teorias sobre a relação planta x patógeno e a sua resultante - a doença. Com a publicação do livro "Principles of Plant Infection", por Gaümann, em 1946, foi iniciado o período atual da Fitopatologia.

36 As doenças de plantas passam a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre hospedeiro e patógeno, como um processo dinâmico no qual ambos se influenciam mutuamente A engenharia genética aplicada às plantas tem proporcionado importantes conhecimentos e técnicas que contribuem para o avanço da Fitopatologia na atualidade.

37 Uma das aplicações iniciais da cultura de tecidos foi no estudo de tumores de plantas causadas por Agrobacterium tumefaciens, tendo sido obtida a primeira cultura de tecidos livre da bactéria por White e Braun, em 1942.

38 Protoplastos de plantas são usados para estudar infecções e replicações de vírus, ação de toxinas, bem como, através de fusão, para regenerar plantas ou obter novos híbridos somáticos que exibam diferentes graus de resistência a vários patógenos.

39 Técnicas de engenharia genética também tornaram possível a elucidação da natureza de tumores induzidos em EMBRAPA, têm contribuído cada vez mais para o desenvolvimento da Fitopatologia no Brasil.

40 RESUMO: Períodos da Fitopatologia.
1 – Período Místico (antiguidade ate inicio do sec XIX) - As doenças eram causadas por castigo dos deuses (sem conhecimento científico). 2 – Período da Predisposição (até meados do sec. XIX) – doenças em plantas causadas por fatores ambientais.

41 3 – Período Etiológico (meados ate final do sec XIX)
– mais importante para fitopatologia - queda da geração espontânea teoria (coisas ao acaso). - invenção do microscópio (1881) - primeira doença descrita no mundo (ferrugem do cafeeiro), depois parte de doenças descritas. - primeiro fungicida lançado Calda Bordaleza (sulfato de cobre).

42 4 – período ecológico – ambiente influencia no desenvolvimento das doença (solo, água , temperatura, ar, umidade). 5 – período atual – biotecnologia molecular, seqüenciamento de genes, modernas técnicas de Bt, raças diferentes de mesma espécie/gênero.

43 FITOPATOLOGIA NO BRASIL
Fitopatologia desenvolveu-se em dois sentidos diferentes. No final do século dezenove, um grupo de microbiologistas desenvolveu trabalhos de levantamento de fungos associados às plantas cultivadas, sendo que o interesse era a classificação e catalogação dos possíveis agentes causais. Um outro grupo estava interessado em estudar e encontrar soluções para problemas fitossanitários que afetavam certas culturas, sendo citado entre estes, Sá Pereira, Draenert e Fritz Noak.

44 FITOPATOLOGIA NO BRASIL
A Fitopatologia passou a ser uma disciplina integrante do currículo das Escolas de Agronomia.

45 Entre eles podemos citar:
Ferdinando Galli (ESALQ, Piracicaba - SP), Álvaro Santos Costa (Pesquisador da Seção de Virologia do IAC, Campinas – SP) A. Chaves Batista (UFRPE) Charles F. Robbs (UFRRJ e pesquisador da EMBRAPA,),

46 - 1966, foi fundada a Sociedade Brasileira de Fitopatologia,
- 1975, foi criada a revista "Fitopatologia Brasileira". - 1975, com a fundação do Grupo Paulista de Fitopatologia, foi criado, em, o periódico "Summa Phytopathologica".

47 Epidemias Famosas Ferrugem Asiática – Phakopsora pachyrhizi, Relatada pela primeira vez em 1902 no Japão. No Brasil (1947), em Minas Gerais, ficando, no entanto, restrita a pequenas áreas. 1998, foi relatada no Zimbábue onde tornou-se epidêmica, causando perdas de 60 % a 80 % na produção de soja. No ano de 2001, foi observada no Paraguai e em Mato Grosso. hoje: diversos estados brasileiros.

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49 Cancro Cítrico – Xanthomonas axonopodis pv. citri
- No Brasil, a doença foi observada primeiramente em 1957, na cidade de Presidente Prudente, no Estado de São Paulo. Em 1958, foi detectada nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. - Atualmente, ocorre em pomares do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em Minas Gerais e Goiás, focos da doença não têm sido encontrados nos últimos anos. -São Paulo: erradicação foi iniciado logo após a detecção da doença em 1957. Hoje: Doença quarentenária.

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51 Batata e os Ingleses – Phytophytora infestans - Os espanhóis introduziram, no século XVI, a espécie na Europa. Irlanda (1845)- a doença devastou as plantações causando a morte de milhões de pessoas que tinham a batata como principal alimento.

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53 Ferrugem do Cafeeiro – Hemileae vastatrix Brasil (1970 no sul da Bahia). Substituição pelo chá.
4 meses depois atingiu todos os estados brasileiros produtores. Arábica: perdas de 35 a 40 % em produção, isso devida a queda precoce de folhas e seca de ramos, não produzindo frutos na safra seguinte. Nas demais variedades: 35 a 50%, devido.

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55 Mal do Panamá – Fusarium oxysporum f. sp. cubense
- Inicialmente observada em Piracicaba (1930) e, em apenas 3 a 4 anos, dizimou cerca de um milhão de pés de banana Maçã. - Posteriormente, grandes áreas de banana Maçã foram dizimadas em outras regiões desse Estado e também em Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo, sendo que, neste último, mais de 20% das plantas pertencentes ao grupo ‘Prata´ foram eliminadas.

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57 Mal da Folha da Seringueira – Microcyclus ulei (P. Henn.) v. Arx
Brasil 1917 e 1940 (SP) e 1927 (BA) - Queda precoce de folhas. Foi o principal produtor e exportador no final do século XIX, passando a ser importador dessa matéria-prima no início dos anos cinqüenta do século passado. Hoje contribui com 1% da produção mundial.

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