3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO

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1 3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO
3.1 - Os níveis de análise dos comportamentos do ser humano no trabalho Segundo FAVERGE (1972), distinguem-se quatro componentes fundamentais nas atividades do ser humano no trabalho: motora, informacional, regulatória e intelectual. Neste sentido, segundo este autor, trabalhar consiste em: realizar gestos; detectar informações sobre o objeto de trabalho (ou através de uma interface), tratar essas informações e responder sobre o objeto de trabalho (ou através de uma interface), isto é, assegurar uma comunicação entre as partes do objeto (ou sobre a interface); manter uma variável num valor normal ou vigiar para ela não se desvie; colocar em ação formas de pensamento, utilizar algorítmos ou heurísticas, empregar táticas e estratégias, tomar decisões.

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3.1 - Os níveis de análise dos comportamentos do ser humano no trabalho Os comportamentos do ser humano no trabalho podem ser estudados sob dois ângulos: Sistema de transformação de energia: atividades motoras (ou musculares) de trabalho, que permitem a transformação da energia físico-muscular em energia mecânica de aplicação de forças, de deslocamentos, de movimentos, de manutenção de posturas,... Sistema de recepção e tratamento de informação: atividades cognitivas de trabalho, que permitem a detecção, a percepção e o tratamento das informações recebidas do meio ambiente de trabalho.

3 Respostas verbais ou motoras tratamento informação
3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO 3.1 - Os níveis de análise dos comportamentos do ser humano no trabalho Sub-sistema de estocagem Memória de longo-termo Memória de curto-termo Olhos Tomada de decisão Membros Energias do meio ambiente Reconhecimento de padrões Processos adaptativos Respostas verbais ou motoras Ouvidos Posturas Outros órgãos Tempo e divisão tempo Voz 109 BIT/S Sub-sistema sensorial 10² BIT/S Sub-sistema tratamento informação 107 BIT/S Sub-sistema resposta

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3.2 - A Percepção da Informação Atividades cognitivas de trabalho: o modelo de GAGNÉ Segundo GAGNÉ (1962), podem-se distinguir, nas atividades cognitivas de um sujeito operando um dispositivo técnico, três funções distintas: Uma função de detecção: constatar se existe ou não um sinal. O sujeito, detectando o sinal, fará uma confrontação com as informações memorizadas para dar uma resposta; Uma função de discriminação (de identificação): classificar as informações em categorias. Esta função só é possível se anteriormente houve a detecção e se as categorias forma também memorizadas; Uma função de interpretação (tratamento das informações): dar um significado às informações. Esta função só é possível se anteriormente houve a detecção, a discriminação e a aquisição de conhecimentos (memória).

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3.2 - A Percepção da Informação Memória longo termo Regras Modelos Filtragem Mecanismo de interpretação Mecanismo de detecção Mecanismo de identificação S Entrada Filtragem Derivação Saída Derivação Memória curto termo

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3.2 - A Percepção da Informação Neste modelo podem-se distinguir: As atividades ligadas à percepção: da detecção à discriminação da informação; As atividades ligadas ao tratamento das informações: da percepção à ação. LINDSAY & NORMAN (1980), distinguem, no pensamento humano, três tipos de tratamento das informações: Tratamento dirigido por conceitos; Tratamento dirigido por regras; Tratamento dirigido por programas.

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3.2 - A Percepção da Informação Atividades cognitivas de trabalho: o modelo de RASMUSSEN(1981) Este modelo apresenta qualidades de continuidade cognitiva que o modelo de GAGNÉ não apresentava, além de uma grande flexibilidade em relação à diversidade de situações de trabalho que existem. O modelo pode ser caracterizado por três aspectos essenciais: apresenta uma formalização das diferentes fases no tratamento da informação; distingue, a partir das possíveis saídas de cada uma das fases-chave, três grandes tipos de comportamento; associa, a cada um destes comportamentos, uma categorização das informações tratadas pelo ser humano.

8 Sinal diagnóstico Ação
3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO 3.3 - O tratamento da informação Estado de alerta Conjunto de dados Estado do sistema Ativação Categorização Interpretação Observação Sinal Habilidades Regras Conceitos diagnóstico Proce- dimentos Tarefa Estratégia ótima Ação Execução Procedimentos Definição de Definição Tarefa Avaliação tarefa

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3.3 - O tratamento da informação As diferentes fases do tratamento da informação: Fase de análise da situação: ativação: um sinal chama a atenção provocando o estado de alerta; observação: permite a coleta de um conjunto de dados sobre o ambiente; categorização: decodificação dos dados para representar o estado do sistema; interpretação: permite o estabelecimento de um diagnóstico da situação.

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3.3 - O tratamento da informação As diferentes fases do tratamento da informação: Fase de planificação da ação: avaliação da tarefa: permite a avaliação das soluções e a escolha de uma estratégia; definição da tarefa: permite a fixação de objetivos e dos meios (tarefa); definição dos procedimentos: sequência ordenada de operações (procedimentos); execução: a planificação termina com a execução dos procedimentos, isto é, a ação.

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3.3 - O tratamento da informação Os diferentes tipos de comportamento: Os comportamentos baseados em habilidades (skills); Os comportamentos baseados em regras (rules); Os comportamentos baseados em conhecimentos (knowledge). Os diferentes tipos de informações: As habilidades são ativadas por sinais; As regras são ativadas por signos; Os conhecimentos são ativados por símbolos.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho A problemática das comunicações de trabalho: DEFINIÇÕES: Informação: qualquer dado que, por sua pertinência, atraia nossa atenção; Interação: ocorre quando o homem ou a máquina, devido a informação recebida, alteram o seu comportamento; Comunicação: ocorre quando a interação se dá por meio de códigos previamente elaborados.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho COMUNICAÇÕES HOMEM-MÁQUINA OU HOMEM-HOMEM? O interesse da ergonomia p/ comunicação ser humano-máquina; Estudos sobre o caráter físico dos códigos: legibilidade, acessibilidade e limiar de percepção. Poucos estudos sobre os problemas de inteligibilidade e de interpretação dos códigos; Com o desenvolvimento da informática, os códigos técnicos estão obsoletos e estão sendo substituídos por linguagens naturais; O interesse hoje é saber em que condições a linguagem natural pode substituir as linguagens técnicas, ou melhor, como uma linguagem natural torna-se uma linguagem técnica?

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho FATORES HOMEM MÁQUINA Sensibilidade a uma grande variedade de estímulos. É capaz de discriminar padrões e fazer generalizações. Percepção além dos limites humanos (ondas de rádio, infravermelho e ultravioleta). É insensível a fatores estranhos. 1. SENSIBILIDADE ENTRADAS 2. ATIVIDADES COMPLEXAS Possibilidade de uso simultâneo de vários canais. Sistema de canal único. Respostas rápidas, quase imediatas. 3. VELOCIDADE DE RESPOSTA Latência de 0,05 s. Grande versatilidade. Faz pequenas manipulações. Possibilidade de ocorrência de falhas. 4. VERSATILIDADE Pode fazer diversas coisas ao mesmo tempo. SAÍDAS 5. CONSISTÊNCIA Impõe um rítmo. Executa tarefas repetitivas. Rítmo variável. Até 2 HP por 10 segundos. Até 0,5 HP por alguns minutos. Até 0,2 HP por várias horas. 6. ENERGIA Capaz de exercer grandes forças, devagar e com precisão.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho FATORES HOMEM MÁQUINA Armazena informações por um longo período. Relembra eventos de baixa frequência e fatos inusitados. Armazena e utiliza grande volume de informações, em curto espaço de tempo. 7. MEMÓRIA 8. INTELIGÊNCIA Aprende com a experiência. Lida com fatos imprevistos. Capaz de fazer antecipações. Inteligência artificial em desenvolvimento. Raciocina intuitivamente e criativamente. Elabora processos lógicos e dedutivos programáveis. 9. RACIOCÍNIO PROCESSAMENTO 10. COMPUTAÇÃO Realiza computações complexas com grandes velocidades e precisão. Baixa velocidade. Sujeito a erros. 11. SOBRECARGA Continua operando mesmo com sobrecarga. Apresenta degradação contínua Interrupção repentina. Pode operar em ambientes hostis, além dos limites humanos. 12. FATORES AMBIENTAIS Pouca tolerância a altas temperaturas, ruídos, tóxicos,...

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho FATORES HOMEM MÁQUINA Pouco custo pelo grau de complexidade disponível. Precisa ser formado. Complexidade e disponibilidade limitadas pelo custo elevado. 13. CUSTO INICIAL 14. CUSTO OPERACIONAL Facilidade de se adaptar a demanda. Custo de manutenção pode elevar-se muito com o grau de complexidade . Relativamente elevado. CUSTO 15. REGULARIDADE O custo unitário pode variar. Pouca variação do custo unitário.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho A FUNÇÃO DAS COMUNICAÇÕES: As comunicações preenchem dois grandes tipos de função no trabalho: Motivacional: permite a melhoria das relações sociais na organização e o surgimento de novas soluções técnicas; Operacional: assegurar o fluxo das informações necessárias para que se estabeleçam a interação das operações necessárias à produção.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho Estrutura dos suportes de comunicação de trabalho: sinais formais ou informais; sinais proprioceptivos ou exteroceptivos; sinais oficiais ou oficiosos; sinais explícitos ou implícitos; sinais concretos ou abstratos; sistemas de sinalização simples, redundantes ou complexos; sinais mais ou menos prováveis; sinais sequênciais.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho Se as comunicações baseiam-se em códigos, três tipos de abordagens são possíveis: ABORDAGEM SEMIOLÓGICA O signo é uma convenção que liga o significante ao significado. Os signos são categorizados em função do grau de arbitrariedade: Os signos: não lembram nenhuma das características do significado; O ícones: apresentam uma semelhança física com o significado; Os índices: são sinais coletados diretamente do significado.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho ABORDAGEM FUNCIONAL Pode-se categorizar os sinais utilizados em função da atividade de trabalho realizada: Os sinais: habilidades; Os signos: regras; Os símbolos: conhecimentos.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho ABORDAGEM EM FUNÇÃO DA EXPERIÊNCIA Substituição gradativa dos sinais oficialmente concebidos pela organização, por sinais informais e oficiosos; No início da aprendizagem, o sujeito utiliza informações verbais que são repetidas mentalmente e que são prejudicadas quando ele for interrompido; Num segundo momento, o sujeito é capaz de verbalizar, mas não pode trabalhar de olhos vendados, porque ele se utiliza de informações visuais; Na última fase, o sujeito pode agir de olhos vendados porque ele se utiliza de informações proprioceptivas.

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3.4 - As comunicações do ser humano no trabalho SITUAÇÃO CONHECIMENTOS RACIOCÍNIOS CONSTRUÇÃO REPRESENTAÇÃO AÇÃO AUTOMATIZADA N ÃO AUTOMATIZADA PROBLEMA AÇÃO AVALIAÇÃO

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3.5 - As regulações do ser humano no trabalho Segundo PIAGET (1967), “regulação é o controle de reação que mantém o equilíbrio relativo de uma estrutura organizada ou de uma organização em via de construção”. Desta definição, podem-se evidenciar três questões fundamentais: A natureza das regulações; A dimensão temporal das regulações; Os processos e mecanismos cognitivos das regulações.

24 A natureza das regulações:
3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO 3.5 - As regulações do ser humano no trabalho A natureza das regulações: O desvio e a norma: função comparador é a que permite ao ser humano avaliar o desvio entre o estado esperado (prescrito) e o estado obtido (realizado); O intensivo e o cognitivo: função regulador pode se dar em dois níveis: do sistema sócio-técnico e de sua própria atividade: Circuito cognitivo: regulação funcional: pequenos desvios regulação estrutural: grandes desvios Circuito intensivo: relativo à carga de trabalho A prevenção ou produção: em um sistema de produção, o ser humano preenche uma dupla tarefa: assegurar a regularidade da produção e manter a segurança das instalações.

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3.5 - As regulações do ser humano no trabalho A dimensão temporal das regulações: intimação ou parada: nas regulações por intimação o sujeito mantém a produção (ou a prevenção) próximo da norma, por micro-ajustamentos. Nas regulações por parada, os desvios em relação à norma atingem um valor tal que só são corrigidos por macro-ajustamentos; assíncrona ou síncrona: a regulação assíncrona consiste numa distribuição desigual da produção numa jornada de trabalho. A regulação síncrona é baseada na pluralidade de estratégias, que pode dispor um sujeito, num determinado instante, para atingir a norma de produção, mantendo um nível aceitável de carga de trabalho; antecipação ou retroação: a retroação está relacionada a realização de uma tarefa. Se um desvio ocorre, o sujeito regula sua atividade na fase seguinte para atingir o objetivo por ele previsto (funcional). A antecipação corresponde a regulação, propriamente dita, porque consiste em rever planos de atividade, corrigindo-os, se os resultados não estiverem conforme previstos (estrutural).

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3.5 - As regulações do ser humano no trabalho Os processos e mecanismos cognitivos de regulação: controle: corresponde a uma regulação baseada em regras, estabelecidas pelo pessoal de nível gerencial. Ela se situa ao nível da tarefa prescrita e pressupõe um funcionamento explícito e formal dos sujeitos; autonomia: corresponde a uma regulação baseada em regras, estabelecidas pelo pessoal de nível operacional no desenvolvimento de suas atividades de trabalho. Ela se situa ao nível da tarefa induzida e pressupõe um funcionamento implícito e informal dos sujeitos; compromisso: corresponde a uma regulação baseada em regras, estabelecidas por meio de negociação, mais ou menos explícitas e formais, entre o pessoal de nível gerencial e o pessoal de nível operacional, em função dos imprevistos de produção. Ela remete ao problema de poder dentro da organização e se situa ao nível da tarefa atualizada.

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3.6 - Aprendizagem e Memorização A NATUREZA DOS CONHECIMENTOS: Os conhecimentos gerais; Os conhecimentos operativos; Os conhecimentos rotineiros. OS COMPORTAMENTOS DE MEMORIZAÇÃO: Vários comportamentos do ser humano evidenciam sua capacidade de memorização: A reconhecimento: reencontrar elementos antes memorizados; A reconstrução: reorganizar elementos antes memorizados; A lembrança: recuperar uma situação antes vivenciada.

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3.6 - Aprendizagem e Memorização Do ponto de vista funcional, distinguem-se três sistemas de estocagem: O registro da informação sensorial: caracteriza-se pela conservação de informações por um dos órgãos dos sentidos, durante alguns décimos de segundos; A memória de curto termo (MCT): designa o conjunto dos processos que permitem conservar uma informação durante o tempo necessário para a execução de uma ação; A memória de longo termo (MLT): é onde são estocados o conjunto de acontecimentos e conhecimentos que um sujeito acumula, no decorrer do tempo. A MLT pode ser caracterizada em função dos diferentes modos de representação da realidade: memória procedural e memória declarativa. A memória declarativa, por sua vez, está subdividida em dois grandes sistemas: a memória episódica e a memória semântica.

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3.6 - Aprendizagem e Memorização OS COMPORTAMENTOS DE APRENDIZAGEM : Segundo BERBAUM (1984), “a aprendizagem é um processo de construção e de assimilação de uma nova resposta em relação a uma nova situação problema”. As situações de aprendizagem com o homem são múltiplas: condicionamento, aprendizagem perceptiva, aprendizagem sensório-motora, aprendizagem verbal e aprendizagem dita “inteligente”. Duas linhas teóricas tentam evidenciar os fenômenos de aprendizagem: A teoria comportamentalista (S- R): que acentua a relação entre o estímulo e o comportamento observável; A teoria cognitivista / construtivista (S-S): que se interessa no estabelecimento e na modificação de relações entre os dados dos campos sensorial ou representativo.

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3.6 - Aprendizagem e Memorização Segundo a teoria cognitivista/construtivista, “o ser humano pode ser comparado a um manipulador de símbolos, inteligente e flexível, que busca informações e trata de assimila-las ativamente, de modo a ajusta-las às suas estruturas cognitivas”. Segundo RICHARD (1990), existem basicamente duas formas de aquisição de conhecimentos: A aprendizagem pela descoberta: diz respeito às aquisições feitas no decurso da realização de tarefas, não somente de execução mas também de resolução de problemas, produzindo principalmente conhecimentos procedurais (saber-fazer); A aprendizagem pelo texto: diz respeito a aquisição de conhecimentos a partir de informações simbólicas vinculadas aos textos, produzindo principalmente conhecimentos declarativos (saber).

31 O QUE É CONHECIMENTO ? 3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO
3.7 - As competências do ser humano no trabalho O que é conhecimento? O que é competência? O QUE É CONHECIMENTO ? CARACTERÍSTICAS: é sobretudo tácito; é orientado para a ação; é baseado em regras; a representação do conhecimento está em constante mutação.

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3.7 - As competências do ser humano no trabalho DEFINIÇÃO: “É informação, conscientização, saber, cognição, sapiência, habilidade prática, capacidade, aprendizagem, sabedoria, certeza e assim por diante. (...) Depende do contexto em que o termo é empregado.” (SVEIBY, 1998)

33 COMPETÊNCIA INDIVIDUAL
3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO 3.7 - As competências do ser humano no trabalho COMPETÊNCIA INDIVIDUAL Conhecimento explícito; Habilidade; Experiência; Julgamento de valor; Rede Social.

34 CONHECIMENTO + EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA SOCIAL
3. FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA DO TRABALHO 3.7 - As competências do ser humano no trabalho CONHECIMENTO TÁCITO TEORIA/SABER PRÁTICA/FAZER ENGENHEIRO MECÂNICO SABER-FAZER CONHECIMENTO + EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA SOCIAL CRIATIVIDADE

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3.7 - As competências do ser humano no trabalho O que é competência individual ? Uma ampla combinação de conhecimentos, habilidades e características pessoais que resultam em comportamentos que podem ser observados e medidos. Faz estudos de mapeamento geológico e tira conclusões no prazo e com a qualidade desejada. CONHECIMENTOS SABER Ciências Exatas / Engenharia HABILIDADES SABER FAZER Mapeamento geológico CARACTERÍSTICAS PESSOAIS FORMA DE FAZER Motivação

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3.7 - As competências do ser humano no trabalho Tipos de Competência Técnicas Capacidades técnicas específicas da área Funcionais Capacidades relacionadas ao negócio Competências Gerenciais Capacidades de gestão de pessoas e recursos Comportamentais Condicionamentos pessoais e culturais