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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA HIDROPONIA Adaptado de Pedro Roberto Furlani.

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA HIDROPONIA Adaptado de Pedro Roberto Furlani Palestra ministrada no CBCS

2 INTRODUÇÃO A hidroponia é a ciência de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta.

3 Equipamentos e Estrutura Hidropônica
Implantação da Unidade Hidropônica → Estufa – com objetivo de proteger as plantas → Recipientes para armazenar a solução nutritiva, como caixa d’água com a capacidade de a litros. Esse reservatório deve ser impermeabilizado, para evitar a corrosão. → Canalizações de abastecimento – para condução da solução nutritiva.

4 → Conjunto de moto – bombas - para o recalque da solução nutritiva.
→ As bombas devem ser fabricadas com material não corrosível, para evitar a oxidação dos metais internos. → Outros equipamentos – peagômetro, condutivímetro. Dados de 2008 – Custo de implantação com todos equipamentos necessários ficava em R$ ,00 (480 m2)

5 Vantagens do Cultivo Hidropônico
. Produção de melhor qualidade . O emprego de mão-de-obra . Não apresentam necessidade de rotação de culturas . Colheita precoce . Menor consumo de água e adubo Desvantagens do Cultivo Hidropônico . Alto custo de instalação . Dependência de eletricidade nos sistemas automáticos . Necessidade de mão-de-obra especializada

6 Tabela 1 - Produções de algumas hortaliças cultivadas em sistema hidropônico
Fonte: adaptado Teixeira, N. T., Hidroponia: uma alternativa para pequenas áreas.

7 Qualidade da Água Quanto melhor a qualidade da água menos problemas haverá no sistema. A análise química (quantidade de nutrientes e salinidade) e microbiológica (coliformes fecais e patógenos) são fundamentais. O recomendável é fazer análise periodicamente.

8 Índices de qualidade para a água a ser usada em cultivos hidropônicos
Fator Boa Aceitável Condicional Limite CE mS.cm-1 < 0,75 0,75 – 1,50 1,6 – 1,9 2,0 pH 6,50 6,80 7,00 7,5 HCO3 mmol.L-1 1,60 3,30 4,90 6,60 Na+ mmol.L-1 0,87 1,30 1,74 2,61 Cl - mmol.L-1 1,14 1,71 2,28 2,86 SO mmol.L-1 0,83 1,26 1,67 2,08 Ca++ mmol.L-1 10,00 12,00 14,00 Fe µmol.L-1 -- 0,08 Mn µmol.L-1 0,04 Zn µmol.L-1 0,02 B µmol.L-1 0,03 Fonte: Bohme (1993) citado por Martinez (1999).

9 Solubilidade Deve – se utilizar fontes de nutrientes de alta solubilidade. A solubilização deve ser feita de forma lenta e sob agitação, evitando que os fertilizantes precipitem no fundo do reservatório.

10 Tabela 2 – Solubilidade de alguns fertilizantes
* Partes solubilizadas em 100 partes de água a 20 ºC Fonte: adaptado de Zanini et al. (Uso e manejo da fertirrigação e hidroponia)

11 Salinidade Os sais se acumulam, as raízes apresentam maior dificuldade de absorver água. O efeito salino nas plantas é caracterizado pelo murchamento foliar. A salinidade também pode ocasionar desequilíbrio nutricional nas plantas.

12 SOLUÇÃO NUTRITIVA NÃO EXISTE UMA SOLUÇÃO NUTRITIVA IDEAL PARA TODAS AS CULTURAS. A COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA VARIA COM UMA SÉRIE DE FATORES: A ESPÉCIE DE PLANTA CULTIVADA (A EXIGÊNCIA NUTRICIONAL É GENETICAMENTE CONTROLADA); IDADE DA PLANTA E ESTÁDIO DE CRESCIMENTO; ÉPOCA DO ANO (DURAÇÃO DO PERÍODO DE LUZ); FATORES AMBIENTAIS (TEMPERATURA, UMIDADE, LUMINOSIDADE);

13 Solução nutritiva adequada deve possuir, pelo menos, as seguintes, características:
Conter todos os nutrientes de plantas Ser equilibrada de acordo com a cultura Ter potencial osmótico entre 0,5 e 1,2 atm Ter pH entre 5,5 e 6,5.

14 N-NO3-, N-NH4+, Cl-, P-H2PO4-/P-HPO42-, K+ e Mg++
SOLUÇÃO DO SOLO SOLUÇÃO NUTRITIVA N-NO3-, N-NH4+, Cl-, P-H2PO4-/P-HPO42-, K+ e Mg++ S-SO42-, Mn2+, Fe2+, Zn2+, Cu2+ e Mo-MoO42- Ca2+ e B-H3BO3 + ÁGUA RAÍZES PARTE AÉREA DA PLANTA (FOLHAS, CAULES, FLORES, FRUTOS)

15 SOLUÇÕES NUTRITIVAS FORMULAÇÃO
É MUITO DIFÍCIL A FORMULAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO QUE GARANTA UM DESENVOLVIMENTO MÁXIMO, E QUE TODOS OS NUTRIENTES SEJAM FORNECIDOS EXATAMENTE NA PROPORÇÃO COM QUE SÃO ABSORVIDOS. PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO: ESPÉCIES, VARIEDADES, ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO, FOTOPERÍODO, INTENSIDADE LUMINOSA (RADIAÇÃO), TEMPERATURA, ETC.

16 EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS:
SOLUÇÕES NUTRITIVAS – FORMULAÇÕES DE ACORDO COM A EXTRAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EQUAÇÃO GERAL DOS GASES PERFEITOS:  * V = n R T Onde,  - pressão em atmosferas V - volume em litros n - número de moles de íons em solução R - constante universal dos gases perfeitos = 0,082 atm.L / mol. K T - temperatura em K (t C + 273)

17 SOLUÇÃO NUTRITIVA - ESTIMATIVA DA NECESSIDADE EM mmoles de íons / L (n)
DEFINIR CONDIÇÕES 1. PRESSÃO OU POTENCIAL OSMÓTICO ( ) ADEQUADO AO CRESCIMENTO DAS PLANTAS =- 0,70 a - 1,20 atm 2. VOLUME = 1 L; t = 27 C; R = 0,082 atm.L / mol.K 3. USO DA FÓRMULA: n =  * V / R * T = 0,80 * 1 / 0,082 * 300 4. n = 0,8 / 0,082 * 300 = 0,8 / 24,6 = 0,0325 mol L-1 ou 32,50 mmol L-1

18 SOLUÇÃO NUTRITIVA - FATOR DE CONVERSÃO PARA CORREÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS
Nutriente % MS mg 100gMS-1 Peso Atômico mmol / vol. solução Nitrogênio (N) 4,0 4.000 14 285,71 Fósforo (P) 0,7 700 31 22,58 Potássio (K) 5,0 5.000 39 128,20 Cálcio (Ca) 2,0 2.000 40 50,00 Magnésio (Mg) 0,5 500 24 20,83 Enxofre (S) 0,6 600 32 18,75 TOTAL ,07

19 Número de mmoles de íons / volume de solução = 526,07
SOLUÇÃO NUTRITIVA FATOR DE CONVERSÃO PARA CORREÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE ÍONS Número de mmoles de íons/ L para uma pressão de 0,80 atm = 32,50 mmol L-1 Número de mmoles de íons / volume de solução = 526,07 FATOR DE CONVERSÃO = 32,50 / 526,07 = 0,0618

20 COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA
FORMULAÇÃO DE ACORDO COM A EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES - COMPOSIÇÃO EM mmol / L COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA mmol / L(corr.) NITROGÊNIO (N) 285,71 * 0, ,67 FÓSFORO (P) ,58 * 0,0618 1,40 POTÁSSIO (K) ,20 * 0,0618 7,92 CÁLCIO (Ca) ,00 * 0,0618 3,09 MAGNÉSIO (Mg) ,83 * 0,0618 1,29 ENXOFRE (S) ,75 * 0,0618 1,16 TOTAL ,53

21 Multiplica-se a necessidade em mmol L-1 pelo peso atômico do elemento em questão, obtendo-se a necessidade em mg L-1 ou g 1000L-1. Nutriente mmol L-1 Peso atômico mg L-1 ou g 1000L-1 N – NO3- 16,00 14 224,00 N – NH4+ 1,78 24,92 P – H2PO4- 1,40 31 43,40 K+ 7,92 39 308,88 Ca++ 3,11 40 124,40 Mg++ 1,30 24 31,20 S – SO4- - 1,17 32 37,44

22 Cálculos dos sais ou fertilizantes para satisfazer as necessidades para 1000L de solução nutritiva.
Calcula-se a exigência em gramas de sal ou fertilizante, considerando-se a porcentagem do elemento que nele contém. Iniciam-se os cálculos pelos elementos com apenas uma fonte, pois existe produto que fornece mais de um nutriente.

23 Sais ou fertilizantes usados como fonte de macronutrientes para o preparo de soluções nutritivas.
Sal ou fertilizante Nutriente fornecido Concentração(%) Nitrato de potássio (13 – 0 – 44) K N – NO3 36,5 13,0 Nitrato de cálcio Hidro® Ca N – NH4 19,0 14,5 1,0 Magnitra L® 41%, D = 1,35 Mg 6,0 7,0 Fosfato monoamônio (MAP) purificado ( ) P 11,0 26,0 Nitrato de amônio 16,5 Fosfato monopotássico (MKP) (0 – 52 – 34) 29,0 23,0 Cloreto de potássio (branco) Cl 52,0 47,0 Sulfato de potássio S 41,0 17,0 Sulfato de magnésio 10,0 Acido fosfórico 85% D=1,7 27,0 Fonte: Furlani et al. (2004)

24 K (311,22 g.1000 L-1), como Nitrato de potássio, que fornece 13% de N – (NO3)- e 36,5% de K.
100 g de KNO ,5 g de K+ d ,88 g de K+ d1 = 846,25 g de KNO3 Que fornecerá: 100 g de KNO g de N – (NO3-) 846,25 g de KNO d d = 110,01 g de N – (NO3-)

25 Para preparar 1000 L de solução nutritiva, segundo a necessidade inicial, precisa-se:
Produto Quantidade (g 1000 L-1) Fosfato monoamônio 166,92 Sulfato de Magnésio 220,23 Nitrato de Cálcio 654,74 Nitrato de potássio 846,25 Nitrato de amônio 55,18

26 Micronutrientes A recomendação é mais empírica.
Como as quantidades utilizadas são muito pequenas, a adição de micronutrientes não provocará alterações significativas para a pressão osmótica nem para a concentração de macronutrientes.

27 Manutenção do nível de água
O volume da solução nutritiva gasto deve ser periodicamente reposto com água de boa qualidade e pura, principalmente, no verão quando a perda de água por evapotranspiração é maior. As plantas absorvem mais rapidamente água que nutrientes, então se a reposição for realizada com solução nutritiva, pode haver aumento na concentração de íons em solução e, conseqüentemente, da pressão osmótica nas raízes, dificultando ou paralisando a absorção de água e nutrientes.

28 Manutenção do pH As soluções nutritivas não têm poder tampão.
O pH sofre grandes variações em pequenos intervalos de tempo. Deve ser ajustado diariamente com a adição de ácido ou de base. O pH ideal em soluções nutritivas varia de 5,5 e 6,5.

29 Modos para a correção do pH
Usar um peagâmetro portátil e fazer a correção no tanque, mediante agitação constante e adição de ácido (HCl) ou de base (NaOH). Retirar amostras de volume conhecido de cada tanque, ler o pH, fazer o ajuste com HCl ou NaOH diluídos, calculando-se então a necessidade de HCl ou NaOH para corrigir o volume do tanque. Obs. O manuseio desses produtos deve ser bastante cuidadoso, evitando-se contatos diretos com a pele e com os olhos.

30 Manutenção da concentração de nutrientes e renovação das soluções.
Renovação periódica da solução nutritiva ao controle da concentração salina da solução nutritiva. Análise química periódica da solução nutritiva. Em cultivo comercial usa-se a correlação entre a condutividade elétrica (CE) e a concentração da solução para manutenção da concentração dos nutrientes. A CE varia entre 2 a 4 mS.cm-1. A leitura fornecida pelo condutivímetro não discrimina os nutrientes, podendo ocasionar desequilíbrios Monitorar um elemento de fácil análise e alta exigência pelas plantas é outra forma de determinar o momento da troca ou readição de nutrientes, por exemplo, o K.

31 Sugestões de soluções nutritivas para hortaliças no sistema NFT (valores em g/1000 L). (Castellane & Araujo, 1994) Sal Tomate Pimentão Berinjela Pepino Melão Alface Morango Nitrato de cálcio 900 650 750 960 950 700 Nitrato de potássio 270 506 632 485 455 303 Sulfato de potássio 122 - 22 Cloreto de potássio 141 Fosfato de potássio1 272 170 204 245 Sulfato de magnésio 216 246 370 418 Nitrato de magnésio2 228 50 20 Fe – DTPA 43 37 32 25 Sulfato manganês 4.23 1.70 2.54 Bórax 1.90 2.40 2.85 Sulfato de zinco 1.15 1.45 Sulfato de cobre 0.12 0.19 Molibdato de sódio 1 – 35% de K2O e 53% de P2O – 7% de N e 10% de MgO; líquido (kg = 770 ml)

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33 Maternidade Espuma Fenólica Mesas de cultivo hidroponico

34 Cultivo de Alface Cultivo de Abobrinha

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39 FERTIRRIGAÇÃO

40 Fertirrigação Aplicação simultânea de água e fertilizantes no solo
Mineral: adubos químicos Orgânica: resíduos orgânicos

41 Fertirrigação Vantagens da fertirrigação sobre a aplicação convencional de fertilizantes:

42 Vantagens Economia de mão-de-obra e energia:
Basta a preparação da calda, que o sistema de irrigação se encarrega da aplicação, dispensando o funcionário para outras atividades. Economiza-se também com óleo diesel e desgaste do maquinário.

43 Vantagens Evita compactação do solo, pois não há entrada de máquinas
Comodidade, pois, uma única unidade de injeção pode ser utilizada para toda área

44 Vantagens Distribuição homogênea do fertilizante – dependendo do tipo de aplicação. Maior eficiência de uso e economia de fertilizante, pois estes chegam às plantas na forma prontamente absorvível, reduzindo perdas ???

45 Vantagens Melhor aproveitamento dos equipamentos de irrigação, pois realiza duas operações ao mesmo tempo. Controle da profundidade de aplicação de acordo com a lâmina aplicada.

46 Vantagens Flexibilidade de aplicação:
Aplicação em qualquer época, permite parcelamento e adequação às necessidades das culturas. Controle e aplicação da quantidade certa: Pouca interferência do homem, como, por exemplo, velocidade do trator.

47 Vantagens Facilita a aplicação de micronutrientes
É uma excelente opção de aplicação, porém deve-se tomar alguns cuidados.

48 Limitações Escolha de fertilizantes: Corrosão do sistema de irrigação:
Não é técnica apropriada para fertilizantes poucos solúveis. Corrosão do sistema de irrigação: Corrosão das partes metálicas, adotar medidas como lavagem do equipamento.

49 Limitações Reação dos fertilizantes na linha de irrigação:
Fosfatados podem precipitar, em reação ao pH, P ou Ca, obstruindo emissores. Contaminações e envenenamentos: Instalar válvulas que impeçam reversão de fluxo, evitando a contaminação do lençol freático.

50 Limitações Para que a operação de fertirrigação tenha sucesso, alguns requisitos básicos devem ser observados, tais como: Escolha do fertilizante; Uniformidade do sistema de irrigação e operação.

51 Características desejadas de um fertilizante
Solubilidade rápida e completa Baixa capacidade corrosiva Fácil manipulação

52 Características desejadas de um fertilizante
Compatibilidade Baixa toxicidade Pureza Ser econômico

53 Manejo da fertirrigação:
Determinação da dosagem apropriada de nutrientes; Freqüência de aplicação; Concentração da solução a ser injetada; Vazão; Tempo de aplicação. 12

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56 CUIDADOS NA ESCOLHA DOS FERTILIZANTES
Solubilidade Compatibilidade Obs: tomar cuidado com a incompatibilidade usando fosfato de amônio e nitrato de cálcio. Solução: quelatos (alta solubilidade)

57 Fertilizantes com micronutrientes

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60 Fertilizantes Fluidos

61 1. Introdução O que são fertilizantes fluidos?
 Os fertilizantes fluidos, como o próprio nome sugere, são produtos fertilizantes simples ou complexos, cuja característica principal é poderem ser manipulados, transportados, armazenados e distribuídos na lavoura na forma fluida, quando no estado líquido.

62 2. Classificação e Tipos de Fertilizantes Fluidos
 A. Classificação A.1. Fertilizantes Fluidos  Em suspensão: fertilizantes parcialmente dissolvidos em água e parte mantido em suspensão geralmente graças à adição de uma pequena quantidade de argila ( ).  Líquidos: fertilizantes totalmente dissolvidos em água formando uma solução clara ( / / S).

63 A.2. Fertilizante sob pressão
Solução de amônia, com ou sem outro fertilizante, exigindo armazenamento sob pressão (Aquamônia 18% de N). A.3. Fertilizante gasoso Aplica-se a amônia anidra (82% de N).

64  B. Tipos de Fertilizantes Fluidos
B.1. Amônia Anidra  O mais antigo dos fertilizantes líquidos existentes no mercado, sua vantagem é a alta concentração em N (82%).  Gás liquefeito.  Desvantagens: armazenamento e aplicação sob pressão, que exige investimentos altos e manuseio por pessoas especializadas, devido à alta toxidade e periculosidade do produto. Este produto não é utilizado no Brasil.

65 B.2. Soluções Nitrogenadas
B.2.1. Aquamônia  Conhecido por licor amoniacal, licor de amônia ou amoníaco.  Nada mais é do que a amônia anidra dissolvida em água.  Sua concentração em N pode variar de 15 a 20%.  Desvantagens do produto é sua baixa concentração em N, alto custo em transporte, estocagem e aplicação.  Embora a sua toxidez seja inferior à amônia anidra, este produto também apresenta riscos no manuseio.

66 B.2.2. Soluções de Nitrato/Sulfato de Amônio e Uréia
 São misturas de nitrato/sulfato de amônio com uréia, que diluídas em água origina soluções nitrogenadas à pressão normal.  O produto final pode apresentar de 20% a 32% de N.  São utilizadas para aplicações diretas no solo, aplicações foliares/fertirrigação, bem como matéria-prima líquida, na elaboração de fórmulas NPK líquidas  Exemplos S (Sulfuran) e o (Uran).

67 B.3. Misturas Líquidas B.3.1. Soluções Perfeitas, Soluções Claras ou “Clear”  São obtidas através da total dissolução das matérias-primas em meio líquido.  Não exigem agitação.  Transporte em caminhões tanque normalmente usados para produtos químicos.  O armazenamento poderá ser feito em tanques de aço carbono (revestido com resinas), alvenaria, aço inox, fibra de vidro ou matérias sintéticos.  Deve evitar para transporte e armazenagem o cobre e sua ligas.

68 B.3.2. Suspensões “Coloidais”
 O produto é obtido a partir da reação entre amônia anidra e ácido fosfórico.  As características de cor, viscosidade e concentração são variáveis, conforme o tipo de ácido fosfórico usado.  Quando estocado, no produto ocorre uma separação de fases (sinerese), devendo, portanto, ser agitado antes de sua utilização.  Exemplo formulação , a qual possui consistência espessa, com viscosidade relativamente alta.

69 B.3.3. Misturas em Suspensão
 São obtidas a partir da mistura das matérias-primas líquidas ( , S, ) com cloreto de potássio.  Nas suspensões uma parcela do potássio é solubilizada, e a outra parte é mantida na fórmula em suspensão, através de argilas, que aumentando a viscosidade do meio, sustentam os cristais de cloreto de potássio.

70  As argilas mais usadas são: a atapulgita e bentonita.
 Com as suspensões, pode-se obter fórmulas finais de concentrações maiores do que as soluções claras, barateando o custo de transporte, estocagem e aplicação.  Devem ser transportadas, armazenadas e aplicadas com sistema de agitação, para manter a homogeneidade do produto.

71 3. Matérias-Primas  Matérias-primas nitrogenadas  Amônia anidra.
 É transformada em hidróxido de amônio, com teores de 16 a 25 % de nitrogênio.  Quanto ao mercado nacional, a oferta interna de amônia anidra é normalmente suficiente para atendimento à indústria produtora de fertilizantes fluidos.

72  Matérias-primas fosfatadas
 Ácido fosfórico (ácido ortofosfórico) predomina na grande maioria das unidades.  MAP.  A oferta de MAP e ácido fosfórico nacionais normalmente é limitada, existindo a possibilidade e abastecimento complementar de origem estrangeira.

73  Matérias-primas potássicas
 Todas as unidades brasileiras em operação utilizam exclusivamente o cloreto de potássio.  A oferta de matérias-primas potássicas é, na maioria, de produto importado em grande escala por importadores tradicionais, como a própria industria de fertilizantes fluidos.

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75 Foto 1. Implementos para aplicação de fertilizantes fluidos.

76 Foto 2. Aplicação de fertilizante fluido em faixa na cultura do feijão.

77 Foto 3. Aplicação de fertilizante fluido em citrus.

78 Foto 4. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área sem palhada.

79 Foto 5. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área com palhada.

80 Disco de Corte Haste Ikeda Disco Rolo Saída de Adubo

81 Foto 7. Aplicação de fertilizantes fluidos em cana-de-açúcar em área com palhada.

82 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ADUBAÇÃO VERDE

83 CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE
Adubação verde é definida como uma prática conservacionista pela qual certas espécies de plantas são cultivadas e, a seguir, incorporadas ou mantidas na superfície do solo, em determinado estádio fenológico, com a finalidade de assegurar ou aumentar a capacidade produtiva do solo (CALEGARI et al., 1993).

84 CONCEITO DE ADUBAÇÃO VERDE
Consiste na utilização de determinadas espécies de plantas apresentando características peculiares, com finalidade de melhorar ou preservar as características físicas, químicas e biológicas do solo, de forma a contribuir para o incremento da produtividade do sistema (FANCELLI, 2004).

85 OBJETIVOS DA ADUBAÇÃO VERDE:
melhorar ou manter o potencial produtivo do solo em médio e em longo prazo; controlar as erosões hídrica e eólica; preservar o meio ambiente mediante uso racional dos recursos naturais, principalmente, solo e água.

86 ADUBAÇÃO VERDE: FUNÇÕES
Produzir grande biomassa em pouco tempo. Cobrir o solo com rapidez e eficiência. Fixar nitrogênio (leguminosas). Ter uma alta afinidade com micorrizas, para melhorar o poder de inóculo do solo para a disponibilização do fósforo “fixado”. 86

87 ADUBAÇÃO VERDE: FUNÇÕES
Redução da infestação de ervas daninhas Cobertura do solo Efeitos alelopáticos Competição por H2O, luz, espaço, nutrientes Competição por H2O, luz, espaço, nutrientes

88 ESCOLHA DO ADUBO VERDE Ter sementes disponíveis e baratas, sendo fácil seu cultivo para obtenção de sementes. Demandar pouca mão-de-obra e ser de fácil cultivo (aprendizado facilitado). Não ser planta hospedeira das mesmas doenças e pragas das culturas agrícolas locais. 88

89 Possuir robusticidade e praticabilidade fitossanitária.
ESCOLHA DO ADUBO VERDE Possuir robusticidade e praticabilidade fitossanitária. Possuir alta resistência a doenças. Ser facilmente controlável, para não haver algum descontrole de população (tornando-se invasora, agressiva e indesejável). 89

90 EFEITOS DA ADUBAÇÃO VERDE NAS PROPRIEDADES DO SOLO
Efeitos químicos Efeitos físicos Efeitos biológicos

91 Efeitos Químicos: Os efeitos promovidos pela adubação verde nas propriedades químicas do solo são bastante variáveis, dependendo de fatores como: espécie utilizada; manejo dado a biomassa; 91

92 tempo de permanência dos resíduos no solo;
época de plantio; corte do adubo verde; tempo de permanência dos resíduos no solo; as condições locais. 92

93 Efeitos Químicos: Aumento no teor de matéria orgânica do solo, ao longo dos anos, pela adição da fitomassa total e outros organismos; Aumento na disponibilidade de macro e micronutrientes no solo, em formas assimiláveis pelas plantas; Diminuição nos teores de alumínio trocável (complexação). 93

94 Efeitos Químicos: A decomposição e a mineralização da matéria orgânica, principalmente das plantas leguminosas, trazem à camada do solo, exploradas pelas raízes das culturas subseqüentes, o nitrogênio, o fósforo, o cálcio, o enxofre e demais nutrientes, além de, através do húmus, conferir maior capacidade de troca catiônica (CTC) e assim diminuir a taxa de perdas por lixiviação de nutrientes. 94

95 Efeitos Físicos Os efeitos dos resíduos dos adubos verdes ou de outras plantas nas características físicas do solo são função da qualidade e tipo do manejo dado ao material adicionado, bem como dos fatores climáticos e das características específicas do solo. 95

96 Efeitos Físicos Características que sofrem influência dos resíduos:
estrutura, agregação; capacidade de retenção de água; a consistência; a densidade; a infiltração; a porosidade; a aeração e a condutividade elétrica. 96

97 Efeitos Físicos melhoria na estruturação do solo;
aumento da capacidade de armazenamento de água no solo; densidade; taxa de infiltração; porosidade; aeração; diminuição no gradiente de oscilação térmica. 97

98 Efeitos Biológicos A presença de material orgânico no solo é determinante na atividade dos microorganismos, bem como no seu montante populacional, uma vez que a matéria orgânica é fonte de energia para os organismos do solo. 98

99 Efeitos Biológicos aumento na presença de bactérias fixadoras de nitrogênio; aumento na presença de minhocas; aumento no número de espécies de organismos que vivem no solo, levando a um equilíbrio natural, sem haver predominância de uma espécie que possa comprometer o desenvolvimento da cultura. 99

100 Tabela 4 - Efeito de espécies de adubos verdes no controle de nematóides num latossolo vermelho-escuro (LE) de cerrado. P = Pratylenchus brachyurus; M = Meloydogyne javanica; D = Ditylenchus sp A = Aphelenchoides sp; AA = Aphelenchoides avena; T = Tylenchus sp; M = Macrosposthora; PT = Paratrichodorus minor; *aumento da população Fonte: Sharma et al. (1982).

101 Efeitos Alelopáticos Molish (1937)
- criou o termo alelopatia - organismo doador e organismo receptor allelon = mútuo pathos = prejuízo 101

102 Efeitos Alelopáticos Entende-se como todas as interferências desencadeadas entre as plantas e microorganismos, provocadas pela liberação de substâncias químicas por eles elaboradas, através de tecidos vivos ou mortos. Compreende os efeitos benéficos e prejudiciais, provocados por um organismo (doador) sobre outro (receptor). 102

103 Materiais que apresentam efeito supressor e/ou alelopático às diferentes invasoras

104 ESPÉCIES UTILIZADAS COMO ADUBO VERDE
Guandu (Cajanus cajam); Milheto (Pennissetum sp.); Labe-Labe (Lablab purpurum); Mucuna (Mucuna sp.); Crotalária (Crotalária sp); Braquiária (Brachiaria brizantha); Feijão-de-porco ( Canavalia ensiformis); Tremoço (Lupinus sp.); Nabo forrageiro (Rophanus sativus); Aveia (Avena sativa); Ervilhaca Peluda (Vicia villosa). Mais utilizadas

105 Uso de Gramíneas no Plantio Direto de Feijão
MILHETO SORGO Brachiaria brizantha Fonte: SIMIDU (2007)

106 PALHADA Fonte: SIMIDU (2007)

107 2ª Época de Plantio (Pérola, Preto, Carioca Precoce) 1ª Época de Plantio Fonte: SIMIDU (2007)

108 Figura: Crotalaria spectabilis cultivada nas entrelinhas de uma lavoura de café para fins de adubação verde.

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111 CONSIDERAÇÕES FINAIS A adubação verde deve ser um componente a fazer parte de um elenco de práticas de manejo integrado de solo e água. A adubação verde necessariamente tem que estar presente nos sistemas de produção agropecuários. Permite uma eficiência na cobertura e proteção do solo, diminui nematóides e melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo.

112 OBRIGADO!


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