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O Nome da Rosa (The Name of the Rose)

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Apresentação em tema: "O Nome da Rosa (The Name of the Rose)"— Transcrição da apresentação:

1 O Nome da Rosa (The Name of the Rose)
Ficha Técnica O Nome da Rosa (The Name of the Rose) País/Ano de produção: Fra/Ita/Ale, 1986 Duração/Gênero: 130 min., policial/suspense Distribuição: Globo Vídeo ou Flashstar Vídeo Direção de Jean-Jacques Annaud Elenco: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater.

2 SINOPSE Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges tem acesso às publicações sacras e profanas. A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da santa inquisição. 

3 Os mortos eram encontrados com a língua e os dedos roxos e, no decorrer da história, verificamos que eles manuseavam (desfolhavam) os livros, cujas páginas estavam envenenadas. Então, quem profanasse a determinação de “não ler o livro”, morreria antes que informasse o conteúdo da leitura.

4 O Livro havia sido escrito pelo Filósofo Aristóteles e falava sobre o riso: “Talvez a tarefa de quem ama os homens seja fazer rir da verdade, porque a única verdade é aprendermos a nos libertar da paixão insana pela verdade”.

5 E na história, por trás de “quem matou e quem morreu” aparecem nítidas disputas entre o misticismo, o racionalismo (Filosofia que se fundamenta na razão), problemas econômicos, políticos e, principalmente, o desejo da Igreja em manter o poder absoluto cerceando o direito à liberdade de todos

6 A Igreja não aceitava que pessoas comuns tivessem acesso ao significado de seus dogmas (fundamentos da religião) nem questionassem e fossem contra os mesmos e, por esse motivo, para definir o poder sobre o povo, houve a instauração da Inquisição que foi criada para punir os crimes praticados contra a Igreja Católica que se unia ao poder monárquico

7 O período Renascentista que se desenvolveu na Europa entre 1300 e 1650, época em que se desenrola o filme (1327), vinha de encontro a Igreja, exatamente porque o Renascimento pregava a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural

8 Dessa forma, o Monge Francisco e Renascentista, William de Baskerville, utilizava-se da Ciência e conseqüentemente da razão para dar solução aos crimes do mosteiro e desagradava, em muito, a Santa Inquisição, na figura do Inquisidor Bernardo Gui que realmente existiu e foi considerado um dos mais severos inquisidores.

9 Na Biblioteca do Monastério haviam  pergaminhos que falavam sobre a infalibilidade de Deus e que não era preciso se ter uma fé cega em detrimento à figura do homem. Para não se ter uma fé cega é preciso utilizar-se da Ciência como instrumento principal para se desvendar os mistérios impostos pela religião.

10 Por esse motivo, é que acreditavam, que a Ciência teve ascendência sobre a religião, pois através da razão vários mistérios eram descortinados, inclusive o poder desenfreado da Igreja que, na verdade, só contribuiu para o misticismo e o entrave do desenvolvimento intelectual de todo um período histórico, principalmente o da Idade Média, cercado pela Inquisição e seu poderio absurdo e desmedido.

11 Diante deste cenário, para desvendar os assassinatos dos monges é chamado o ex-inquisidor William de Baskervile, que na história representa a “razão filosófica” e a “ciência” e ele é apresentado como um homem de idéias e procedimentos avançados para a época, pois traz consigo dois instrumentos: o astrolábio (instrumento usado pela astronomia que tem como uma de suas utilizações a redução dos erros acidentais por parte do observador, o que nos permite aqui um significado simbólico para a aparição deste na história) e um quadrante (outro instrumento da astronomia e que é a quarta parte de um círculo e que buscando uma analogia representa as 2 teorias do cosmos: o círculo deitado é a teoria de que a terra é plana como pregava a igreja, e o quadrante ao ser utilizado era o círculo em pé movimentando-se pelas estrelas que era a teoria heliocêntrica ( é uma teoria científica que afirma ser o Sol o centro do sistema solar. ) preconizada por Galileu e Giordano Bruno, sendo este último queimado na fogueira pela Inquisição).

12 Estes instrumentos eram usados pelos mouros e era desconhecido pela maioria dos cristãos. Outro objeto de William de Baskervile que nos permite uma analogia eram suas lentes de leitura que pode nos levar a imagem do homem que procura enxergar melhor o conhecimento e assim era William: um “buscador” da verdade através da razão. William é uma figura criteriosamente escrita por Umberto Eco: é franciscano (que na época conflitavam com os beneditinos), é científico (e assim opõe-se a crença cega religiosa), é justo (e assim não pode ser peça de manipulação no jogo de interesses da igreja), porém a maior representação de William é a “razão”, fazendo dele um espelho de Descartes que é o pai do racionalismo.

13 A igreja criou a Inquisição para assim ter o papel de Deus em suas mãos e através de suas fogueiras poder expulsar todo aquele que não compartilhasse da idéia do paraíso carrancudo da igreja católica da Idade Média. Duas falas do filme que penso ser interessante citar, ambas ditas por William de Baskerville ao seu aprendiz Adson:

14 “A única prova que vejo do demônio é o desejo de todos em vê-lo atuar”
Frase que retrata a posição de que o homem prefere criar e manter um erro para manter para si a aparência de que está certo. Sintetizando: a arrogância e a hipocrisia são criações humanas e não divinas.

15 A outra frase dita por William é:
“A dúvida é inimiga da fé” Frase que sintetiza a filosofia, pois o propósito do filósofo é o de buscar o saber e não simplesmente crer, por isso a filosofia é a arte do questionar.

16 Para finalizar fica um questionamento:
Por que Adson não ficou com a sua mulher amada? E como desfecho fica uma citação: “O coração tem razões que a razão desconhece”.(

17 Desde o princípio do filme, o ar que respiramos é o de um mosteiro encravado numa montanha, controlado pelos Beneditinos e que recebe a ilustre visita de monges Franciscanos.

18 A biblioteca - DOUTRINA CRISTÃ
Neste tratado, Santo Agostinho estabelece precisamente que os cristãos podem e devem tomar da filosofia grega pagã tudo aquilo que for importante e útil para o desenvolvimento da doutrina cristã, desde que seja compatível com a fé. Esta concepção constituiria o critério para a relação entre o cristianismo (teologia e doutrina cristã) e a filosofia e a ciência dos antigos. Por isso é que a biblioteca tem que ser secreta, porque ela inclui obras que não estão devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à biblioteca é restrito, porque há ali um saber que é ainda estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles), e que pode ameaçar a doutrina cristã. Como diz Jorge de Burgos, o velho bibliotecário, acerca do texto de Aristóteles – a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, provocar o desmoronamento de todo esse mundo. 

19 DOUTRINA FILOSÓFICA Entre os séculos XII e XIII registra-se o surgimento da Escolástica, que fornece o contexto filosófico-teológico das disputas que se dão na abadia em que se situa O Nome da Rosa. A Escolástica significa literalmente "o saber da escola", ou seja, um saber que se estrutura em torno de teses básicas e de um método básico que é compartilhado pelos principais pensadores da época. 

20 INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO CLÁSSICO
A influência desse saber gira, em grande medida, em torno do pensamento de Aristóteles, trazido pelos árabes (muçulmanos), que traduziram muitas de suas obras para o latim. Essas obras continham um acervo de saberes filosóficos e científicos da Antiguidade que poderiam despertar interesse pela curiosidade e inovações científicas.  

21 CONSOLIDAÇÃO POLÍTICA
A consolidação política e econômica do mundo europeu criava uma atmosfera favorável para que se sentisse uma maior necessidade de desenvolvimento científico e tecnológico: na arquitetura e construção civil, com o crescimento das cidades e fortificações; nas técnicas empregadas, nas manufaturas e atividades artesanais, que começam a desenvolver-se, e também na medicina.

22 O PENSAMENTO ARISTOTÉLICO
O saber técnico-científico do mundo europeu era nesta época extremamente restrito e a contribuição dos árabes será fundamental para este desenvolvimento pelos conhecimentos de que dispunham na matemática, nas ciências (física, química, astronomia, medicina) e na filosofia. O pensamento agora (Aristotélico) será marcado pelo empirismo(que só se guia pela experiência e não pelo estudo), pela curiosidade pela experimentação.

23 A ÉPOCA O enredo desenvolve-se na última semana de 1327, num mosteiro da Itália medieval. A morte de sete monges em sete dias e noites, cada um de maneira mais insólita - um deles, num barril de sangue de porco -, é o motor responsável pelo desenvolvimento da ação. A obra é atribuída a um suposto monge, que na juventude teria presenciado os acontecimentos. Este filme é uma crônica da vida religiosa e relato surpreendente de movimentos heréticos (doutrina contra a religião). Para muitos críticos, o nome da rosa é uma parábola sobre a Itália contemporânea. Para outros, é um exercício monumental sobre a mistificação.

24 O TÍTULO A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras.  A " rosa" de então, centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.

25 Biblioteca do Mosteiro Beneditino de Admont na Áustria.

26 BIBLIOTECA DO MOSTEIRO
Durante a Idade Média uma das práticas mais comuns nas bibliotecas dos mosteiros era a de apagar obras antigas escritas em pergaminhos e sobre elas escrever ou copiar novos textos. Eram os chamados palimpsestos, livros em que textos científicos e filosóficos da Antiguidade clássica eram raspados das páginas e substituídos por orações rituais litúrgicas. O nome da rosa é um livro escrito numa linguagem da época, cheio de citações teológicas, muitas delas referidas em latim. É também uma crítica do poder e do esvaziamento dos valores pela demagogia, violência sexual, os conflitos no seio dos movimentos heréticos, a luta contra a mistificação e o poder. Uma parábola sangrenta e irônica da história da humanidade, baseado no romance do mesmo nome de Umberto Eco.

27 O PENSAMENTO O pensamento dominante, que queria continuar hegemônico, impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo aos eleitos. Em “O nome da Rosa”, a biblioteca era um labirinto e quem conseguia chegar ao fim era morto. Segredo a que só alguns tinham acesso.  Trata-se de uma alegoria de Umberto Eco, que tem a ver com o pensamento vigente da Idade Média, dominado pela igreja. A informação restrita a alguns, poucos, representava dominação e poder; daí a designação de "idade das trevas", em que se deixava na ignorância todos os outros.

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29 Trabalho em trios para iniciar nesta aula e entregar no dia 08/04 na sala 71 de pedagogia.
Pensando nas nossas aulas de Metodologia Científica, quais os métodos estudados por nós, observados no filme? Descreva, de maneira resumida, trecho do filme onde observamos o uso dos métodos citados na questão anterior. Quais os modelos explicativos para as mortes ocorridas no Mosteiro? Qual modelo acima citado, se assemelha ao método científico? Quais os fatos que leva o investigador, pensar que as mortes são recentes?


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