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CRESCER NA ERA DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS

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Apresentação em tema: "CRESCER NA ERA DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS"— Transcrição da apresentação:

1 CRESCER NA ERA DAS MÍDIAS ELETRÔNICAS
David buckingham

2 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
"Os jornalistas, os sabichões midiáticos, os autoproclamados guardiões da moralidade pública - e um número cada vez maior de acadêmicos e políticos - são incessantemente chamados a se pronunciar sobre os perigos que as mídias oferecem às crianças: a influência de vídeos violentos e "revoltantes", a mediocrização dos programas infantis de televisão, a sexualidade explícita das revistas para os jovens e o fácil acesso à pornografia pela internet” (BUCKINGHAM, 2007, p. 16, grifo nossos). “E as mídias são agora rotineiramente condenadas pela "comercialização" da infância - pela transformação das crianças em consumidoras vorazes, levadas pela sedução enganosa dos publicitários a desejar aquilo de que não precisam" (BUCKINGHAM, 2007, p. 16, grifo nossos).

3 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“Em relação às mídias, a resposta oficial predominante tem sido de ordem disciplinar. No rastro de um crescente pânico moralista sobre a influência do sexo e da violência nos meios de comunicação, os governos de muitos países criaram leis mais rígidas de censura: na América do Norte assistimos à introdução do v-chip, um dispositivo técnico adaptado a todos os novos aparelhos de televisão, que aparentemente irá filtrar materiais “violentos”” (BUCKINGHAM, 2007, p , grifo nossos).

4 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“De um lado, acham-se os que argumentam que a infância tal como a conhecemos está desaparecendo ou morrendo, e que as mídias – particularmente a televisão – são as maiores culpadas. As mídias aparecem aí como responsáveis pelo apagamento das fronteiras entre infância e idade adulta, e, consequentemente, por um abalo na autoridade dos adultos (BUCKINGHAM, 2007, p. 18, grifos nossos). De um lado estão aqueles que argumentam que há um crescente abismo de gerações no uso das mídias [...]. Longe de apagar as fronteiras, as mídias são vistas aí como responsáveis por um fortalecimento delas [...], uma vez que a habilidade das crianças com as tecnologias lhe oferece acesso a novas formas de cultura e comunicação que em grande parte escapam ao controle dos pais” (BUCKINGHAM, 2007, p. 18, grifo nossos).

5 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“A ideia de que a infância é uma construção social é hoje um lugar-comum na história e na sociologia da infância e está sendo cada vez mais aceita até mesmo por alguns psicólogos. A premissa central aqui é a de que a “criança” não é uma categoria natural ou universal, determinada simplesmente pela biologia. Nem é algo que tenha um sentido fixo, em cujo nome se possa tranquilamente fazer reivindicações” (BUCKINGHAM, 2007, p. 19). “Ao contrário, a infância é variável – histórica, cultural e socialmente variável. As crianças são vistas – e vêem a si mesmas – de formas muito diversas em diferentes períodos históricos, em diferentes culturas e em diferentes grupos sociais” (BUCKINGHAM, 2007, p. 19, grifo nossos). <

6 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“A escola, por exemplo, é uma instituição social que efetivamente constrói e define o que significa ser criança – e uma criança de uma determinada idade. A separação das crianças pela idade biológica em vez de pela “habilidade” a natureza altamente regulamentada das relações entre professor e aluno, a organização do currículo e do horário das atividades cotidianas, o processo de avaliação – todos servem de diferentes maneiras para reforçar e naturalizar pressupostos particulares sobre o que as crianças são e devem ser” (BUCKINGHAM, 2007, p. 20, grifos nossos).

7 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“[...] as definições de infância são variadas e muitas vezes contraditórias. Em qualquer momento histórico, em qualquer grupo social ou cultural, poderemos encontrar muitas definições conflitantes – algumas das quais poderão ser resíduos de concepções anteriores, enquanto outras talvez tenham surgido há pouco” (BUCKINGHAM, 2007, p. 29). “Entretanto, na história recente dos países industrializados, a infância tem sido essencialmente definida como uma questão de exclusão. [...] As crianças não são adultos, portanto não podem ter acesso às coisas que os adultos definem como “suas” e que acredita ser os únicos capazes de compreender e controlar” (BUCKINGHAM, 2007, p. 29), grifos nossos.

8 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“Tal tentativa de excluir as crianças aplica-se mais obviamente aos campos da violência e da sexualidade, da economia e da política. E o significado dos meios de comunicação eletrônicos nesse contexto relaciona-se claramente com o fato de eles serem uma das fontes primárias de conhecimento sobre tais assuntos. Tanto em relação às mídias como a esses outros campos sociais, os dilemas fundamentais têm a ver com acesso e controle” (BUCKINGHAM, 2007, p. 31).

9 CAPÍTULO 1 - EM BUSCA DA INFÂNCIA
“Por diversas razões, as mídias eletrônicas têm um papel cada vez mais significativo na definição das experiências culturais da infância contemporânea. Não há mais como excluir as crianças dessas mídias e das coisas que elas representam, nem como confiná-las a materiais que os adultos julgam bons para elas. A tentativa de proteger as crianças restringindo o acesso às mídias está destinada ao fracasso. Ao contrário, precisamos agora prestar muito atenção em como preparar as crianças para lidar com essas experiências [...]” (BUCKINGHAM, 2007, p. 32, grifos nossos).

10 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“Ao longo das últimas três ou quatro décadas, argumenta-se, houve uma mudança radical no modo como a sociedade trata as crianças e no comportamento delas próprias. Os críticos apontam as evidências de aumentar nos índices de violência e atividade sexual entre os jovens e a crescente desintegração da vida familiar, concluindo que a segurança e a inocência que caracterizam a experiência da infância nas gerações anteriores perderam-se para sempre” (BUCKINGHAM, 2007, p. 37, grifos nossos).

11 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“Para Winn, há aí uma clara implicação: os pais devem reforçar ativamente as fronteiras entre adultos e crianças. Eles deveriam estar menos preocupados com a preparação e mais com a proteção. Os pais devem reafirmar sua autoridade e, assim, devolver às crianças seu direito de “serem crianças”. A análise de Elkind talvez seja menos abertamente coercitiva, mas é igualmente normativa. Em vez de enfatizar a responsabilidade dos pais na manutenção da inocência de suas crianças, Elkind indica que isso acontecerá naturalmente se as crianças não forem forçadas a crescer antes de estarem “prontas”” (BUCKINGHAM, 2007, p. 42, grifos nossos).

12 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“Controlar o acesso das crianças às mídias – a resposta preferida de Postman – tende a ser difícil, ele sugere. Com a televisão, a prática do controle familiar precisa tornar-se aberta e visível, de um modo que não era necessário com a imprensa. Além do mais, a televisão alerta as crianças para a existência de comportamento “de bastidor”, mesmo que nem sempre os revele explicitamente; e frequentemente exibe às crianças as formas como os adultos procuram manter tais comportamentos longe das vistas delas. Assim, a televisão não apenas revela “segredos”: ela também revela “o segredo da secretividade”, tornando os adultos vulneráveis à acusação de hipocrisia” (BUCKINGHAM, 2007, p. 47, grifos nossos).

13 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“As crianças , em particular, são vistas implicitamente como passivas e indefesas diante da manipulação das mídias. O público não é visto aqui como socialmente diferenciado, ou como capaz de responder criticamente ao que assiste. A televisão, por causa de sua natureza inerente “visual”(é de se perguntar que fim levou a trilha sonora”, é vista como se passasse inteiramente ao largo da cognição. Ela não requer investimentos intelectuais, emocionais ou imaginativos: simplesmente vai se imprimindo na consciência infantil” (BUCKINGHAM, 2007, p. 60, grifos nossos).

14 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“[...] a tese da “morte da infância” oferece um campo bem limitado para a mudança ou a intervenção positiva. Postman e Sanders, especialmente, parecem cair num tipo de grandioso fatalismo a respeito do futuro. Sua resposta às diversas crises que descrevem é clamar pelo desligamento dos aparelhos de televisão e dos computadores, assim como pela paralização dos relógios. Suas receitas de mudança são também bastante conservadoras: elas envolvem uma reafirmação da moralidade tradicional, de estruturas familiares e papéis de gênero hierárquicos, e de formas convencionais de criação dos filhos. Ao propor tais idéias, porém, é como se reconhecessem que o tempo delas já passou” (BUCKINGHAM, 2007, p , grifos nossos).

15 CAPÍTULO 2 – A MORTE DA INFÂNCIA
“Como em suas relações com as mídias eletrônicas, as crianças são vistas implicitamente como receptores passivos das tentativas adultas de controle e manipulação. Sua luta por autonomia – e, em decorrência dela, sua resistência à autoridade adulta – é o problema. Não é oferecida qualquer base para uma solução. Ao negar o papel ativo das crianças na criação de sua própria cultura, e ao concebê-las simplesmente como vítimas passivas, a tese da “morte da infância” garante assim sua própria desesperança” (BUCKINGHAM, 2007, p. 62, grifos nossos). < <

16 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“As preocupações com a natureza das mudanças na infância refletem-se diretamente nos debates contemporâneos sobre as mídias eletrônicas. Também aí as fronteiras tradicionais parecem se dissolver e as certezas consolidadas estão sob questionamento. Mesmo para aqueles de nós que cresceram na era da televisão, as mídias eletrônicas do futuro – é o que dizem – serão cada vez mais difíceis de compreender e controlar” (BUCKINGHAM, 2007, p. 117, grifos nossos).

17 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“O que sugiro de mais significativo, entretanto, é que os termos do debate estão equivocados. Considerar que as crianças sejam ou vítimas passivas das mídias ou consumidoras ativas significa efetivamente vê-las isoladas dos processos de mudança social e cultural mais amplos” (BUCKINGHAM, 2007, p. 119, grifos nossos).

18 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“As tecnologias não produzem mudança social independentemente dos contextos em que são usadas; além disso, as diferenças inerentes entre as tecnologias não são tão absolutas como geralmente se propõe. Entretanto, em combinação com outras mudanças, as novas tecnologias – especialmente as tecnologias digitais – têm efetivamente revolucionado o processo de produção em quase todas as áreas da indústria da mídia, e agora estão também transformando rapidamente os processos de distribuição e recepção” (BUCKINGHAM, 2007, p , grifos nossos).

19 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“Desde o advento da televisão, por exemplo, a tela doméstica da TV tornou-se o ponto de entrega de um número muito maior de mídias e meios de distribuição. O número de canais aumentou, tanto na televisão aberta (de modo mais espetacular) a partir do cabo e do satélite; ao mesmo tempo, a tela tem sido utilizada para vídeo de várias maneiras, assim como para uma multiplicação de formas de mídia digital: desde videogames, jogos de computador e CD-ROMS até a internet” (BUCKINGHAM, 2007, p. 120).

20 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“Como as outras mudanças identificadas aqui, esta se norteia pelo comércio, mas também se tornou possível devido à digitalização. Ao longo da última década, o advento de processos como TV digital, Internet, compras on-line e exibição paga de filmes via satélite ou cabo têm embaralhado cada vez mais as diferenças entre a difusão linear da mídia de modelo aberto, como a televisão convencional, e a difusão estreita e interativa, como a da Internet” (BUCKINGHAM, 2007, p. 120).

21 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“Em terceiro lugar essas mudanças têm implicações quanto ao acesso. Nesse sentido, aspectos inacessíveis e muito caros de produção de mídia e toda uma gama de opções e novas formas midiáticas foram trazidos ao alcance do consumo doméstico. O preço de venda das câmeras de vídeo, as câmeras digitais e do computador multimídia cai cada vez mais, à medida que suas capacidades aumentam” (BUCKINGHAM, 2007, p. 120).

22 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“Assim, as novas tecnologias estão provocando uma convergência de mídias e de formas de comunicação até então separadas que está amplamente sujeita às operações do capitalismo global. Poderíamos dizer que as mídias estão se fundindo em uma forma de intertextualidade infinita orientada pela mercantilização, uma cultura de consumo que efetivamente engole tudo que estiver em seu caminho. Porém, poderia igualmente ser argumentado que essas mesmas tecnologias abalam as formas tradicionais de regulação e de controle” (BUCKINGHAM, 2007, p. 142, grifos nossos).

23 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“A polarização entre ricos e pobres é positivamente reforçada pela comercialização das mídias e pelo declínio do que o setor público proporciona. As crianças mais pobres simplesmente têm menos acesso aos bens e serviços culturais: elas vivem não apenas em mundos sociais diferentes, mas também em mundos midiáticos diferentes” (BUCKINGHAM, 2007, p. 148, grifos nossos).

24 CAPÍTULO 5 – MÍDIAS EM MUDANÇA
“As novas tecnologias trazem ao alcance das crianças meios de comunicação e expressão cultural que lhes eram até então inacessíveis, e que podem fazer suas visões e perspectivas serem muito mais amplamente reconhecidas. Longe de contribuir para a polarização social, as mídias poderiam ser um meio de habitar as crianças a se comunicarem através das diferenças. Entretanto, essas mudanças não se darão automaticamente, ou como simples resultado da disponibilização de equipamentos” (BUCKINGHAM, 2007, p. 148 ).

25 REFERÊNCIAS BUCKINGHAM, David. Crescer na era das mídias eletrônicas. São Paulo: Edições Loyola, BANCO DE IMAGEM. Disponível em: <


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