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27. – A moral cristã: chamados à santidade Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «A Igreja precisa de testemunhas autênticas.

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1 27. – A moral cristã: chamados à santidade Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «A Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade». João Paulo II

2 27ª sessão – A moral cristã: chamados à santidade Sumário: 1. A moral cristã 2. A nossa vocação à bem- aventurança 3. A liberdade do Homem 4. A moralidade das paixões 5. A consciência moral 6. As virtudes 7. O pecado 8. A Salvação de Deus: a Lei e a Graça 9. Chamados à santidade 10. Bibliografia recomendada (EFC 27)

3 1. A moral cristã

4 1 - A moral cristã 1 - A moral cristã ÉTICA E MORAL ÉTICA E MORAL: ÉTICA: do grego ethos que designa «atitude interior», «modo de pensar» ou «opinião»; em sentido restrito, significa a ciência dos costumes; em sentido amplo, é a reflexão sobre a actuação do homem, humanamente digna ou indigna. Serve-se unicamente da luz da razão. MORAL: do latim moralis, derivado de mos, que significa «costume». Pode ser «moral vivida» ou «moral formulada ou teologia moral». Teologia moral estuda o agir do homem na perspectiva da vocação cristã, como vocação à santidade na caridade, e das obrigações daí derivadas. Serve-se da luz da fé e da razão humana iluminada pela fé. A moral cristã é «a prática da fé, no seguimento de Jesus Cristo e na realização do reino de Deus» (Marciano Vidal, Para conhecer a ética cristã). MORAL E DIREITO MORAL E DIREITO: a moral vai além do Direito, pois este baseia- se em leis humanas e nem sempre atende à consciência. Pode acontecer alguém estar agindo de acordo com o Direito, mas não de acordo com a moral cristã. Nem tudo o que é legal é moral (por exemplo, a Lei do Aborto).

5 1 – A moral cristã 1 – A moral cristã RAMOS DA MORAL: FUNDAMENTAL: estuda os fundamentos dos actos morais e a vida moral. Estuda os conceitos gerais como a dignidade humana, a natureza da lei moral, a liberdade e a consciência humanas, etc. ESPECIAL: estuda os conteúdos da Revelação nas diversas ordens de actividades humanas, por exemplo, a moral pessoal, a moral social, a moral sexual, a moral familiar, a moral económica e política, a moral médica etc. Hoje iremos abordar a moral fundamental. A moral especial será abordada na próxima sessão: «Os Mandamentos na vida cristã» enquadradas nos Mandamentos respectivos. RELAÇÃO DA MORAL CRISTÃ COM A FÉ E OS SACRAMENTOS: RELAÇÃO DA MORAL CRISTÃ COM A FÉ E OS SACRAMENTOS: o que o Símbolo da fé professa, os sacramentos o comunicam. De facto, neles os fiéis recebem a graça de Cristo e os dons do Espírito Santo, que os tornam capazes de viver a vida nova de filhos de Deus em Cristo acolhido com a fé.

6 1 – A moral cristã PRINCÍPIOS DA MORAL CRISTÃ O Homem é imagem de Deus. «A dignidade da pessoa humana radica na criação à imagem e semelhança de Deus. Dotada de uma alma espiritual e imortal, de inteligência e de vontade livre, a pessoa humana está ordenada para Deus e chamada, com a sua alma e o seu corpo, à bem-aventurança eterna» (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, CCIC 358). A Graça (como veremos). A Unidade na diversidade de pessoas (colocar os nossos dons ao serviço de todos). A ordenação das coisas em função de Deus e das pessoas. A transfiguração: corolário da vivência da moral cristã. «A moral católica tem como objectivo levar o cristão à realização da sua vocação suprema que é a santidade» (prof. Felipe Aquino).

7 2. A nossa vocação à bem- aventurança

8 2 – A nossa vocação à bem- aventurança A BEM-AVENTURANÇA ETERNAA BEM-AVENTURANÇA ETERNA: «É a visão de Deus na vida eterna, em que seremos plenamente «participantes da natureza divina» (2 Ped 1,4), da glória de Cristo e da felicidade da vida trinitária. A bem-aventurança ultrapassa as capacidades humanas: é um dom sobrenatural e gratuito de Deus, como a graça que a ela conduz. A bem- aventurança prometida coloca-nos perante escolhas morais decisivas em relação aos bens terrenos, estimulando-nos a amar a Deus acima de tudo.» (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, CCIC 362).

9 2 – A nossa vocação à bem- aventurança «O homem alcança a bem-aventurança em virtude da graça de Cristo, que o torna participante da vida divina. Cristo no Evangelho indica aos seus o caminho que conduz à felicidade sem fim: as Bem-aventuranças. A graça de Cristo opera também em cada ser humano que, seguindo a recta consciência, procura e ama o verdadeiro e o bem e evita o mal.» (cf. CCIC 359). «As Bem-aventuranças estão no centro da pregação de Jesus, retomam e aperfeiçoam as promessas de Deus, feitas a partir de Abraão. Mostram o próprio rosto de Jesus, caracterizam a autêntica vida cristã e revelam ao homem o fim último do seu agir: a bem-aventurança eterna.» (cf. CCIC 360). «As Bem-aventuranças respondem ao desejo inato de felicidade que Deus colocou no coração do homem para o atrair a Si, e que só Ele pode saciar.» (cf. CCIC 361).

10 2 – A nossa vocação à bem- aventurança AS BEM-AVENTURANÇAS AS BEM-AVENTURANÇAS «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa» (Mt 5, 3-12).

11 3. A liberdade do Homem

12 3 – A liberdade do Homem A LIBERDADEA LIBERDADE: É o poder, dado por Deus ao homem, de agir e não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim por si mesmo acções deliberadas. A liberdade caracteriza os actos propriamente humanos. Quanto mais faz o bem, mais alguém se torna livre. A liberdade atinge a perfeição quando é ordenada para Deus, sumo Bem e nossa Bem-aventurança. A liberdade implica também a possibilidade de escolher entre o bem e o mal. A escolha do mal é um abuso da liberdade, que conduz à escravatura do pecado. (cf. CCIC 363). LIBERDADE E RESPONSABILIDADE LIBERDADE E RESPONSABILIDADE: A liberdade torna o homem responsável pelos seus actos, na medida em que são voluntários, embora a imputabilidade e a responsabilidade de um acto possam ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência suportada, o medo, as afeições desordenadas e os hábitos. (cf. CCIC 364). Uma escolha responsável respeita a liberdade dos outros e procura o bem comum.

13 3 – A liberdade do Homem NÍVEL MATERIAL OU FÍSICO A pessoa é livre de se movimentar para onde entender e se for capaz disso. Os reclusos têm este nível limitado. NÍVEL DE INTERVENÇÃO SOCIAL Aquele que tem a possibilidade de participar na organização política, cultural e social da comunidade onde vive. Os que vivem sob uma ditadura podem estar restringido neste nível. NÍVEL ESPIRITUAL Aquele que for capaz de manter a consciência da sua própria dignidade, mesmo que as outras liberdades estejam restringidas. Este patamar não pode ser tirado por nenhuma entidade externa. Quanto maior a liberdade, maior é a responsabilidade pelas próprias decisões e acções. Há atitudes que comprometem a liberdade, como: o individualismo: consiste na tomada de decisões centradas apenas nos interesses pessoais; o anarquismo: consiste em recusar todas as regras, sem ter em conta o outro; a ignorância: pode-se tomar decisões erradas pelo desconhecimento da realidade implicada. Limitações: certos condicionalismos e circunstâncias podem limitar a liberdade… Os NÍVEIS DE LIBERDADE são de diversa ordem:

14 3 – A liberdade do Homem DIREITO AO EXERCÍCIO DA LIBERDADE DIREITO AO EXERCÍCIO DA LIBERDADE: O direito ao exercício da liberdade é próprio de cada homem enquanto é inseparável da sua dignidade de pessoa humana. Portanto, tal direito deve ser sempre respeitado, principalmente em matéria moral e religiosa, e deve ser reconhecido civilmente, e tutelado nos termos do bem comum e da justa ordem pública. (cf. CCIC 365). LUGAR DA LIBERDADE HUMANA NA ORDEM DA SALVAÇÃO LUGAR DA LIBERDADE HUMANA NA ORDEM DA SALVAÇÃO: O primeiro pecado enfraqueceu a liberdade humana. Os pecados sucessivos vieram acentuar esta debilidade. Mas «foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5,1). Com a sua graça, o Espírito Santo conduz-nos para a liberdade espiritual, para fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.. (cf. CCIC 366). O livre-arbítrio: capacidade de agir de forma autónoma, que permite escolher entre o bem e o mal.

15 Maximiliano Kolbe: um exemplo de liberdade: Maximiliano Kolb, franciscano polaco, detido num campo de concentração alemão durante a 2ª Guerra mundial; certo dia, os SS enviam vários detidos para o bunker da fome, para morrerem de fome lenta; entre eles, um pai de seis filhos; então, Kolbe oferece-se para morrer no lugar dele; um tal gesto impõe admiração, respeito, quer acreditemos, quer não; esse gesto atinge o próprio oficial das SS: normalmente deveria recusar a troca de condenados e alegrar-se por estar a condenar um pai de numerosa família; mas, no fundo de si mesmo, foi apanhado pela beleza do gesto. Deu a sua vida livremente: ninguém o obrigou a isso. Foi o seu maior gesto de liberdade! S. Maximiliano Kolbe (séc. XX) 3 – A liberdade do Homem

16 FONTES DE MORALIDADE DOS ACTOS HUMANOS FONTES DE MORALIDADE DOS ACTOS HUMANOS: a moralidade dos actos humanos depende de três fontes: do objecto escolhido, ou seja, dum bem verdadeiro ou aparente; da intenção do sujeito que age, isto é, do fim que ele tem em vista ao fazer a acção; das circunstâncias da acção, onde se incluem as suas consequências. (cf. CCIC 367). ACTO MORALMENTE BOM ACTO MORALMENTE BOM: O acto é moralmente bom quando supõe, ao mesmo tempo, a bondade do objecto, do fim em vista e das circunstâncias. O objecto escolhido pode, por si só, viciar toda a acção, mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para que dele derive um bem. Um fim mau pode corromper a acção, mesmo que, em si, o seu objecto seja bom. Pelo contrário, um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo seu objecto, uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar ou aumentar a responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má. (cf. CCIC 368).

17 3 – A liberdade do Homem Uma intenção má acrescentada (por exemplo, a vanglória) torna mau um acto que, em si, pode ser bom (como a esmola). Inferir da moralidade de determinado acto não é fácil. Bastam-nos a palavras do Senhor Jesus: «Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será posta no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos» (Lc 6, 37-38) Exemplos de actos e sua moralidade: Uma intenção boa (por exemplo, ajudar o próximo) não torna bom nem justo um comportamento em si mesmo desordenado (como a mentira e a maledicência). O fim não justifica os meios». A responsabilidade do agente pode ser aumentada ou diminuída: Podem também diminuir ou aumentar a responsabilidade do agente: por exemplo, agir por medo da morte. Os efeitos também podem ser imputáveis ao agente, por exemplo: resulta duma negligência relativa ao que se deveria ter conhecido ou feito, por exemplo, um acidente de trânsito, provocado por ignorância do código da estrada. O efeito mau não é imputável se não tiver sido querido nem como fim nem como meio do acto, como a morte sofrida quando se levava socorro a uma pessoa em perigo.

18 3 – A liberdade do Homem ACTOS SEMPRE ILÍCITOS ACTOS SEMPRE ILÍCITOS: Há actos, cuja escolha é sempre ilícita, por causa do seu objecto (por exemplo, a blasfémia, o homicídio, o adultério). A sua escolha comporta uma desordem da vontade, isto é, um mal moral, que não pode ser justificado com os bens que eventualmente daí pudessem derivar. (cf. CCIC 369). O Concílio Vaticano II assinala vários exemplos; atentados à vida humana, como os “homicídios de qualquer género, os genocídios, o aborto, a eutanásia e o próprio suicídio voluntários”; atentados à integridade da pessoa humana, como as “mutilações, as torturas corporais e mentais, incluídas as tentativas de coação psicológica”; ofensas à dignidade humana como “as condições infra humanas de vida, os encarceramentos arbitrários, as deportações, a escravidão, a prostituição, o tráfico de mulheres e de jovens; também as condições ignominiosas de trabalho nas quais os trabalhadores são tratados como meros instrumentos de lucro, não como pessoas livres e responsáveis”. “Todas estas coisas e outras semelhantes são certamente opróbrios que, ao corromper a civilização humana, desonram mais aos que os praticam do que os que padecem a injustiça e são totalmente contrários à honra devida ao Criador” (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 27).

19 4. A moralidade das paixões

20 4- A moralidade das paixões PAIXÕES PAIXÕES: São os afectos, as emoções ou os movimentos da sensibilidade – componentes naturais da psicologia humana – que inclinam a agir ou a não agir em vista do que se percebeu como bom ou como mau. As principais são o amor e o ódio, o desejo e o medo, a alegria, a tristeza e a cólera. A paixão fundamental é o amor, provocado pela atracção do bem. Não se ama se não o bem, verdadeiro ou aparente. (cf. CCIC 370). AS PAIXÕES SÃO BOAS OU MÁS? AS PAIXÕES SÃO BOAS OU MÁS?: Enquanto movimentos da sensibilidade, as paixões não são nem boas nem más em si mesmas: são boas quando contribuem para uma acção boa; são más, no caso contrário. Elas podem ser assumidas pelas virtudes ou pervertidas nos vícios. (cf. CCIC 371). «As paixões da alma são o mesmo que afeições» (São Tomás de Aquino)

21 5. A consciência moral

22 5- A consciência moral A CONSCIÊNCIA MORAL A CONSCIÊNCIA MORAL: A consciência moral, presente no íntimo da pessoa, é um juízo da razão, que, no momento oportuno, ordena ao homem que pratique o bem e evite o mal. Graças a ela, a pessoa humana percebe a qualidade moral dum acto a realizar ou já realizado, permitindo-lhe assumir a responsabilidade. Quando escuta consciência moral, o homem prudente pode ouvir a voz de Deus que lhe fala. (cf. CCIC 372). O QUE IMPLICA A DIGNIDADE DA PESSOA PERANTE A CONSCIÊNCIA MORAL? O QUE IMPLICA A DIGNIDADE DA PESSOA PERANTE A CONSCIÊNCIA MORAL?: A dignidade da pessoa humana implica rectidão da consciência moral (ou seja, estar de acordo com o que é justo e bom, segundo a razão e a Lei divina). Por causa da sua dignidade pessoal, o homem não deve ser obrigado a agir contra a consciência e, dentro dos limites do bem comum, nem sequer deve ser impedido de agir em conformidade com ela, sobretudo em matéria religiosa. (cf. CCIC 373).

23 5- A consciência moral FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA MORAL FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA MORAL: A consciência moral recta e verdadeira forma-se com a educação e com a assimilação da Palavra de Deus e do ensino da Igreja. É amparada com os dons do Espírito Santo e ajudada com os conselhos de pessoas sábias. Além disso, ajudam muito na formação moral a oração e o exame de consciência. (cf. CCIC 374). NORMAS QUE A CONSCIÊNCIA DEVE SEGUIR: NORMAS QUE A CONSCIÊNCIA DEVE SEGUIR: Há três mais gerais: 1) nunca é permitido fazer o mal porque daí derive um bem; 2) a chamada regra de ouro: «tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho vós também» (Mt 7, 12); 3) a caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência, embora isto não signifique aceitar como um bem aquilo que é objectivamente um mal. (cf. CCIC 375). A CONSCIÊNCIA MORAL PODE EMITIR JUÍZOS ERRÓNEOS? A CONSCIÊNCIA MORAL PODE EMITIR JUÍZOS ERRÓNEOS? A pessoa deve obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência, mas esta também pode emitir juízos erróneos, por causas nem sempre isentas de culpabilidade pessoal. Não é porém imputável à pessoa o mal realizado por ignorância involuntária, mesmo que objectivamente não deixe de ser um mal. É preciso, pois, trabalhar para corrigir os erros da consciência moral. (cf. CCIC 376).

24 6. As virtudes

25 6- As virtudes A VIRTUDE: A VIRTUDE: A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. «O fim de uma vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus» (S. Gregório de Nissa). Há virtudes humanas e virtudes teologais. (cf. CCIC 377). AS VIRTUDES HUMANAS: AS VIRTUDES HUMANAS: As virtudes humanas são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por actos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina. (cf. CCIC 378). AS VIRTUDES HUMANAS PRINCIPAIS: AS VIRTUDES HUMANAS PRINCIPAIS: São as virtudes, chamadas cardeais, que reagrupam todas as outras e que constituem a charneira da vida virtuosa. São elas: prudência, justiça, fortaleza e temperança. (cf. CCIC 379). A prudência dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o nosso verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz as outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida. (cf. CCIC 380). A justiça consiste na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A justiça para com Deus é chamada «virtude da religião». (cf. CCIC 381). A fortaleza assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem, chegando até à capacidade do eventual sacrifício da própria vida por uma causa justa. (cf. CCIC 382). A temperança modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados. (cf. CCIC 383).

26 6- As virtudes AS VIRTUDES TEOLOGAIS: AS VIRTUDES TEOLOGAIS: São as virtudes que têm como origem, motivo e objecto imediato o próprio Deus. São infundidas no homem com a graça santificante, tornam-nos capazes de viver em relação com a Trindade e fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas. Elas são o penhor da presença e da acção do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. (cf. CCIC 384). As virtudes teologais são: fé, esperança e caridade. (cf. CCIC 385). A FÉ: A FÉ: A fé é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que Ele nos revelou e que a Igreja nos propõe para acreditarmos, porque Ele é a própria Verdade. Pela fé, o homem entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus, porque «a fé opera pela caridade» (Gal 5,6). (cf. CCIC 386). A ESPERANÇA: A ESPERANÇA: A esperança é a virtude teologal por meio da qual desejamos e esperamos de Deus a vida eterna como nossa felicidade, colocando a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos na ajuda da graça do Espírito Santo para merecê-la e perseverar até ao fim da vida terrena. (cf. CCIC 387). A CARIDADE: A CARIDADE: A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei. A caridade é «o vínculo da perfeição» (Col 3,14) e o fundamento das outras virtudes, que ela anima, inspira e ordena: sem ela «não sou nada» e «nada me aproveita» (1 Cor 13,1-3). (cf. CCIC 388).

27 6- As virtudes OS DONS DO ESPÍRITO SANTO: OS DONS DO ESPÍRITO SANTO: Os dons do Espírito Santo são disposições permanentes que tornam o homem dócil para seguir as inspirações divinas. São sete: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. (cf. CCIC 389). OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO: OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO: Os frutos do Espírito Santo são perfeições plasmadas por Ele em nós como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze: «Amor, alegria, paz, paciência, longanimidade (paciência para além da paciência), bondade, benignidade (bem para além do bem), mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade» (Gal 5,22-23 vulgata).( cf. CCIC 390). O número sete no contexto bíblico. Significa universidade, totalidade, perfeição. Os dons do Espírito são inúmeros, portanto, ao falar em sete, podemos dizer que recebemos todos os seus dons. Sabedoria. Leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábio pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida. Entendimento. Leva a entender e a compreender as verdades da salvação. Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ciência. É a capacidade de descobrir, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência de quanto Deus nos ama.

28 7. O pecado

29 7- O pecado O QUE EXIGE DE NÓS O ACOLHIMENTO DA MISERICÓRDIA DE DEUS: O QUE EXIGE DE NÓS O ACOLHIMENTO DA MISERICÓRDIA DE DEUS: Exige o reconhecimento das nossas culpas e o arrependimento dos nossos pecados. Pela sua Palavra e pelo seu Espírito, o próprio Deus nos revela os nossos pecados, dá-nos a verdade da consciência e a esperança do perdão. (cf. CCIC 391). O PECADO: O PECADO: É «uma palavra, um acto ou um desejo contrários à Lei eterna» (S. Agostinho). É uma ofensa a Deus, na desobediência ao seu amor. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Cristo, na sua Paixão, revela plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia. (cf. CCIC 392). VARIEDADE DE PECADOS: VARIEDADE DE PECADOS: A variedade dos pecados é grande. Distinguem-se segundo o seu objecto, ou segundo as virtudes ou os mandamentos a que se opõem. Podem ser directamente contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Podemos ainda distinguir entre pecados por pensamentos, por palavras, por acções e por omissões. (cf. CCIC 393).

30 7- O pecado PECADOS QUANTO À GRAVIDADE: PECADOS QUANTO À GRAVIDADE: Distingue-se entre pecado mortal e venial. (cf. CCIC 394). Comete-se pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do inferno, se dele não nos arrependermos. É perdoado ordinariamente mediante os sacramentos do Baptismo e da Penitência ou Reconciliação. (cf. CCIC 395). O pecado venial, que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afecto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais. (cf. CCIC 396). O PECADO SOCIAL: O PECADO SOCIAL: Nos pecados cometidos por outros, temos responsabilidade, quando culpavelmente neles cooperamos. (cf. CCIC 399). Estruturas de pecado: São situações sociais ou instituições contrárias à lei divina, expressão e efeito de pecados pessoais. (cf. CCIC 400). COMO PROLIFERA EM NÓS O PECADO – OS VÍCIOS: O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vício. (cf. CCIC 397). Os vícios, sendo contrários às virtudes, são hábitos perversos que obscurecem a consciência e inclinam ao mal. Os vícios podem estar ligados aos chamados sete pecados capitais, que são: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência. (cf. CCIC 398).

31 8. A Salvação de Deus: a Lei e a Graça

32 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça A LEI MORAL: A LEI MORAL: A lei moral é obra da Sabedoria divina. Prescreve-nos caminhos e normas de conduta que levam à bem-aventurança prometida, proibindo-nos os caminhos que nos desviam de Deus. (cf. CCIC 415). A LEI MORAL NATURAL: A LEI MORAL NATURAL: A lei natural, escrita pelo Criador no coração de cada ser humano, consiste numa participação na sabedoria e bondade de Deus, e manifesta o sentido moral originário que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal. Ela é universal e imutável, e constitui a base dos deveres e dos direitos fundamentais da pessoa, bem como da comunidade humana e da própria lei civil. (cf. CCIC 416). Por causa do pecado, a lei natural nem sempre é percebida por todos com igual clareza e imediatez. Por isso Deus «escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler nos seus corações» (S. Agostinho) (cf. CCIC 417). RELAÇÃO ENTRE LEI NATURAL E ANTIGA LEI: RELAÇÃO ENTRE LEI NATURAL E ANTIGA LEI: A Antiga Lei é o primeiro estádio da Lei revelada. Ela exprime muitas verdades que são naturalmente acessíveis à razão e que se encontram assim declaradas e autenticadas nas Alianças da salvação. As suas prescrições morais estão compendiadas nos Dez Mandamentos do Decálogo, colocam os alicerces da vocação do homem, proíbem o que é contrário ao amor de Deus e do próximo e prescrevem o que lhe é essencial. (cf. CCIC 418).

33 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça LUGAR DA ANTIGA LEI NO PLANO DA SALVAÇÃO: LUGAR DA ANTIGA LEI NO PLANO DA SALVAÇÃO: A Antiga Lei permite conhecer muitas verdades acessíveis à razão, indica o que se deve e o que se não deve fazer, e sobretudo, como um sábio pedagogo, prepara e dispõe à conversão e ao acolhimento do Evangelho. Todavia, embora santa, espiritual e boa, a Lei antiga é ainda imperfeita, pois, por si, não dá a força e a graça do Espírito para a cumprir. (cf. CCIC 419). A NOVA LEI OU A LEI EVANGÉLICA: A NOVA LEI OU A LEI EVANGÉLICA: A Nova Lei ou Lei evangélica, proclamada e realizada por Cristo, é a perfeição e cumprimento da Lei divina, natural e revelada. Resume-se no mandamento do amor a Deus e ao próximo, e de nos amarmos como Cristo nos amou; é também uma realidade interior dada ao homem: a graça do Espírito Santo que torna possível um tal amor. É a «lei da liberdade» (Tg 1,25), porque nos inclina a agir espontaneamente sob o impulso da caridade. «A Lei nova é sobretudo a própria graça do Espírito Santo, dada aos crentes em Cristo» (S. Tomás de Aquino). (cf. CCIC 420). A Lei nova encontra-se em toda a vida e pregação de Cristo e na catequese moral dos Apóstolos: o Sermão do Senhor na Montanha é a sua principal expressão. (cf. CCIC 421).

34 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça A JUSTIFICAÇÃO: A JUSTIFICAÇÃO: A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus. É a acção misericordiosa e gratuita de Deus, que perdoa os nossos pecados e nos torna justos e santos em todo o nosso ser. Isto tem lugar por meio da graça do Espírito Santo, que nos foi merecida pela paixão de Cristo e nos foi dada no Baptismo. A justificação inicia a resposta livre do homem, ou seja, a fé em Cristo e a colaboração com a graça do Espírito Santo. (cf. CCIC 422). GRAÇA SANTIFICANTE: GRAÇA SANTIFICANTE: A graça é o dom gratuito que Deus nos dá para nos tornar participantes da sua vida trinitária e capaz de agir por amor d’Ele. É chamada graça habitual ou santificante ou deificante, pois nos santifica e diviniza. É sobrenatural, porque depende inteiramente da iniciativa gratuita de Deus e ultrapassa as capacidades da inteligência e das forças do homem. Escapa, portanto, à nossa experiência. (cf. CCIC 423). OUTROS TIPOS DE GRAÇA: OUTROS TIPOS DE GRAÇA: Para além da graça habitual, existem: as graças actuais (dons circunstanciais); as graças sacramentais (dons próprios de cada sacramento); as graças especiais ou carismas (que têm como fim o bem comum da Igreja), entre as quais as graças de estado, que acompanham o exercício dos ministérios eclesiais e das responsabilidades da vida. (cf. CCIC 424).

35 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça RELAÇÃO ENTRE GRAÇA E LIBERDADE DO HOMEM: RELAÇÃO ENTRE GRAÇA E LIBERDADE DO HOMEM: A graça precede, prepara e suscita a resposta livre do homem. Responde às aspirações profundas da liberdade humana, convida-a à colaboração e leva-a à sua perfeição. (cf. CCIC 425). O MÉRITO: O MÉRITO: O mérito é o que dá direito à recompensa por uma acção boa. Em relação a Deus, o homem, de si, não pode merecer nada, tendo recebido gratuitamente tudo d’Ele. Todavia, Deus dá-lhe a possibilidade de adquirir méritos pela união à caridade de Cristo, fonte dos nossos méritos diante de Deus. Os méritos das obras boas devem por isso ser atribuídos antes de mais à graça de Deus e depois à vontade livre do homem. (cf. CCIC 426). QUE BENS PODEMOS MERECER? QUE BENS PODEMOS MERECER? Sob a moção do Espírito Santo, podemos merecer, para nós mesmos e para os outros, as graças úteis para nos santificarmos e para alcançar a vida eterna, bem como os bens temporais necessários segundo os desígnios de Deus. Ninguém pode merecer a graça primeira, que está na origem da conversão e da justificação. (cf. CCIC 427).

36 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça COMO É QUE A IGREJA ALIMENTA A VIDA MORAL DO CRISTÃO? COMO É QUE A IGREJA ALIMENTA A VIDA MORAL DO CRISTÃO? A Igreja é a comunidade onde o cristão acolhe a Palavra de Deus que contém os ensinamentos da «Lei de Cristo» (Gal 6,2); recebe a graça dos sacramentos; une-se à oferta eucarística de Cristo de modo que a sua vida moral seja um culto espiritual; e aprende o exemplo da santidade da Virgem Maria e dos Santos. (cf. CCIC 429). PORQUE É QUE O MAGISTÉRIO INTERVEM NO CAMPO MORAL? PORQUE É QUE O MAGISTÉRIO INTERVEM NO CAMPO MORAL? Porque é missão do Magistério da Igreja pregar a fé que deve ser acreditada e aplicada na vida prática. Essa missão estende-se também aos preceitos específicos da lei natural, porque a sua observância é necessária para a salvação. (cf. CCIC 430). OS PRECEITOS DA IGREJA: OS PRECEITOS DA IGREJA: Os cinco preceitos da Igreja têm por fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável do espírito de oração, da vida sacramental, do empenho moral e do crescimento do amor de Deus e do próximo. (cf. CCIC 431). São: 1) participar na missa do Domingo e Dias Santos de Guarda e abster-se de trabalhos e actividades que impeçam a santificação desses dias; 2) confessar os pecados recebendo o sacramento da Reconciliação ao menos uma vez cada ano; 3) comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição; 4) guardar a abstinência e jejuar nos dias marcados pela Igreja; 5) contribuir para as necessidades materiais da Igreja, cada um segundo as próprias possibilidades. (cf. CCIC 432).

37 8- A Salvação de Deus: a Lei e a Graça POR QUE É QUE A VIDA CRISTÃ DOS CRISTÃOS É INDISPENSÁVEL PARA O ANÚNCIO DO EVANGELHO? POR QUE É QUE A VIDA CRISTÃ DOS CRISTÃOS É INDISPENSÁVEL PARA O ANÚNCIO DO EVANGELHO? Porque, com a sua vida conforme ao Senhor Jesus, os cristãos atraem os homens à fé no verdadeiro Deus, edificam a Igreja, modelam o mundo com o espírito do Evangelho e apressam a vinda do Reino de Deus. (cf. CCIC 433). O testemunho é indispensável! «São bem conhecidas as palavras do Papa Paulo VI, em 1975, quando afirmou: “para a Igreja, o testemunho duma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper e dedicada ao próximo com zelo sem limites, é o primeiro meio de evangelização. O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas” (Evangelii Nuntiandi, nº 41.). O Papa João Paulo II repeti-las-ia em 1990, a propósito do testemunho como primeira forma de evangelização (Redemptoris missio, nº42). (…) Ser testemunha da fé em Cristo ressuscitado é alguém que, pela sua vida, palavras e obras (e, se necessário, pelo sacrifício de sua própria vida) revela e confessa a presença de Cristo na sua vida e no mundo. Jesus Cristo deixou aos seus discípulos a missão de serem “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-16), continuando pelos séculos fora a anunciar a boa-nova do reino de Deus e a curar, purificar, perdoar e ressuscitar, em seu nome (Mt 10,7-8) e sendo suas testemunhas até às extremidades da terra (Act 1,8). Então, testemunhar Jesus Cristo ressuscitado, hoje, é torná-lo presente na sociedade e nas pessoas concretas com quem vivemos, e permitir que Ele continue aí a sua obra de salvação plena. Mas ninguém poderá ser testemunha credível de Jesus, o Salvador por excelência, sem uma consciência moral bem formada, como atrás indicámos: sabendo identificar os desafios maiores da sociedade em que vive e enfrentando-os com a coragem e a “luz” duma consciência recta e verdadeira». José Câmnate na Bissign (Bispo de Bissau) (2010)

38 9. Chamados à santidade

39 9- Chamados à santidade DEUS, A FONTE DE TODA SANTIDADE: TRÊS VEZES SANTO: A Igreja é santa, porque Deus Santíssimo é o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para a santificar e fazer dela santificadora; e o Espírito Santo vivifica-a com a caridade. Nela se encontra a plenitude dos meios de salvação. A santidade é a vocação de cada um dos seus membros e o fim de cada uma das suas actividades. A Igreja inclui no seu interior a Virgem Maria e inumeráveis Santos, como modelos e intercessores. A santidade da Igreja é a fonte da santificação dos seus filhos, que, aqui, na terra, se reconhecem todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação (cf. CCIC 165). «Pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo». Lev 19, 2 «Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos» (Is 6,3). Três vezes santo, Santo é o Senhor intensamente. A IGREJA É SANTA, PORQUE DEUS É O SEU AUTOR:

40 SOMOS TODOS CHAMADOS À SANTIDADE CRISTÃ? SOMOS TODOS CHAMADOS À SANTIDADE CRISTÃ? Todos os fiéis são chamados à santidade. Esta é a plenitude da vida cristã e a perfeição da caridade, que se obtém mediante a íntima união com Cristo e, n’Ele, com a Santíssima Trindade. O caminho de santificação do cristão, depois de ter passado pela cruz, terá o seu acabamento na ressurreição final dos justos, na qual Deus será tudo em todas as coisas. (cf. CCIC 428). 9- Chamados à santidade «A vocação à santidade é inerente à vocação cristã, é chamamento para todos independentemente das vocações concretas que seguirem. “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1Tes. 4,3). E o Papa diz-nos, citando o Concílio: “É um compromisso que diz respeito não apenas a alguns, mas os cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” 2- Novo Millenio Ineunte NMI, n. 30, cf. Lumen Gentium, n. 40. O chamamento à santidade concebida como perfeição do amor, é a fonte de todas as exigências morais do cristianismo». JOSÉ, Cardeal-Patriarca na Catequese de 24 de Março de 2002

41 Vocação é o chamamento de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana. É dom que visa a construção do Reino de Deus. É um chamamento para cumprir uma missão. Essa proposta parte de Deus e é acolhida pelo homem. Jesus chama os discípulos: «Vem e segue-me» (Mt 9,9 ; Mc 8,34; Le 18,22; Jo 8,12). Há um convite pessoal dirigido por Deus a uma pessoa; e o correspondente seguimento da prática de Jesus pelo cristão. A vocação fundamental é o chamamento que o Senhor nos faz a vida, para sermos filhos de Deus, para sermos santos. Contudo, a vocação específica varia, isto é, o modo como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental: como leigo, como sacerdote, como religioso… 9- Chamados à santidade Mas, o que é a vocação? Mas, como é que Deus nos chama? Pessoalmente, pelo nosso nome, pelos valores que atraem, pela comunidade, pelas necessidades do mundo e da Igreja, através de mediadores directos…

42 O DOGMA DA COMUNHÃO DOS SANTOS Creio na Comunhão dos santos «194. O que significa a expressão comunhão dos santos? Indica, antes de mais, a participação de todos os membros da Igreja nas coisas santas (sancta): a fé, os sacramentos, em especial a Eucaristia, os carismas e os outros dons espirituais. Na raiz da comunhão está a caridade que «não procura o próprio interesse» (1 Cor 13, 5), mas move o fiel «a colocar tudo em comum» (Act 4, 32), mesmo os próprios bens materiais ao serviço dos pobres. 195. O que significa ainda a expressão comunhão dos santos? Designa ainda a comunhão entre as pessoas santas (sancti), isto é, entre os que, pela graça, estão unidos a Cristo morto e ressuscitado. Alguns são peregrinos na terra; outros, que já partiram desta vida, estão a purificar-se, ajudados também pelas nossas orações; outros, enfim, gozam já da glória de Deus e intercedem por nós. Todos juntos formam, em Cristo, uma só família, a Igreja, para louvor e glória da Trindade» (cf. CCIC). 9- Chamados à santidade Os santos foram aqueles que levaram a sério o chamamento!

43 SANTOS DOS ALTARES E SANTOS «INCÓGNITOS» «Santos» são aqueles que se dedicaram para que a sua vida fosse o mais agradável possível ao Senhor. Há os santos canonizados pela Igreja, pois esta reconhece, após um minucioso processo e a existência de milagres, que aquela pessoa é santa, isto é, está na graça de Deus (no céu), pois praticou em vida as virtudes em grau heróico ou então foi mártir por Jesus Cristo. Mas a canonização é o último passo de um processo longo, mais ou menos variável, desde os santos rapidamente canonizados, que são uma excepção (como Santo António), e até pode durar mais de 100 anos: 1º Servo de Deus: comprovado através do testemunhos de muitos que o seu comportamento foi exemplar. 2º Venerável: após investigações, se se concluir que foram praticadas virtudes em grau heróico. 3º Beatificação: se por sua intercessão se consegue um milagre, é declarado «Beato». O culto é local. 4º Canonização: se se consegue um novo milagre por sua intercessão, é declarado santo. O culto é para toda a Igreja. Santos canonizados são aos milhares. Mas existe uma imensa quantidade de Santos que não estão canonizados, que já estão na glória no céu. Para eles está dedicado especialmente o Dia de Todos os Santos (1 de Novembro). 9- Chamados à santidade

44 Ao todo, Portugal tem 26 Santos e 55 beatos, dos quais oito foram canonizados após a independência de Portugal (1143): São Teotónio, Santo António, Santa Isabel, Santa Beatriz da Silva, São João de Deus, São Gonçalo, São João de Brito e São Nuno de Santa Maria (o «Santo Condestável»). Além disso, existem cerca de 23 abertos em processo de canonização e beatificação (os videntes de Fátima, o padre Formigão, o Padre Américo, Sãozinha, Alexandrina Costa, D. Manuel Mendes Santos, D. Fernando, Maria da Conceição Pinto da Rocha, etc). 9- Chamados à santidade Os Santos portugueses

45 9- Chamados à santidade São Teotónio Nasceu em Ganfei (Valença do Minho) aproximadamente no ano 1082 e foi educado piedosamente desde a infância. Quando D. Crescónio, seu tio, foi nomeado bispo de Coimbra, levou-o consigo para esta cidade e confiou ao arcediago D. Telo a sua formação nas disciplinas eclesiásticas. Depois de ordenado sacerdote, foi nomeado prior da Igreja da Sé de Viseu. Fez duas peregrinações à Terra Santa. No regresso da segunda peregrinação, insistentemente convidado por D. Telo e outros dez homens de grande virtude, fundou com eles o mosteiro da Santa Cruz em Coimbra, de que foi membro eminente e muito admirado, nomeadamente por S. Bernardo de Claraval. Teve também papel importante em algumas conjunturas da pátria. Morreu em 1162. A sua canonização foi aprovada pelo Papa Alexandre III (1159-1181). A memória litúrgica celebra-se a 18 de Fevereiro. (Fonte: www.ecclesia.pt)

46 9- Chamados à santidade Santo António O mais popular dos Santos portugueses nasceu em Lisboa, no final do século XII. Foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho e pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África. Mas foi na França e na Itália que ele exerceu com grande fruto o ministério da pregação e converteu muitos hereges. Foi o primeiro professor de teologia na sua Ordem. Escreveu vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Morreu em Pádua, a 13 de Junho de 1231. Foi canonizado por Gregório IX em Maio de 1232, menos de um ano após a sua morte, e foi proclamado Doutro da Igreja por Pio XII, a 16 de Janeiro de 1946. A memória litúrgica celebra-se a 13 de Junho. (Fonte: www.ecclesia.pt)

47 9- Chamados à santidade Santa Isabel A "Rainha Santa", filha dos reis de Aragão, nasceu no ano 1271. Era ainda muito jovem quando foi dada em casamento ao rei de Portugal; teve dois filhos. Dedicou-se de modo singular à oração e às obras de misericórdia, e suportou infortúnios e dificuldades com grande fortaleza de ânimo. Depois da morte de seu marido, distribuiu os seus bens pelos pobres e tomou o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco. Morreu no ano 1336, quando mediava o acordo de paz entre seu filho e seu genro. Foi canonizada por Urbano VIII, em 1625. A memória litúrgica celebra-se a 4 de Julho. (Fonte: www.ecclesia.pt)

48 9- Chamados à santidade Santa Beatriz da Silva Filha de pais portugueses, nasceu em Ceuta (África Setentrional) por volta de 1426. Ainda jovem, veio para Campo Maior (Portugal) e daqui passou à corte de Castela em 1447 como dama de honor da Infanta D. Isabel de Portugal. Para se poder dedicar a uma vida cristã mais perfeita, retirou-se da corte para um mosteiro de Toledo, onde permaneceu mais de 30 anos. Em 1484 fundou o Instituto que mais tarde tomou o título da Imaculada Conceição de Nossa Senhora (Concepcionistas) e que foi aprovado pelo papa Inocêncio VIII em 1489. Pouco depois de fazer profissão religiosa, faleceu com fama de santidade. Foi canonizada por Paulo VI a 3 de Outubro de 1976. A memória litúrgica celebra-se a 1 de Setembro. (Fonte: www.ecclesia.pt)

49 9- Chamados à santidade São João de Deus Nasceu em Montemor-o-Novo (Portugal) no ano 1495. Depois duma vida cheia de perigos na carreira militar, o seu desejo de perfeição levou-o a ambicionar coisas maiores e entregou-se ao serviço dos enfermos. Fundou um hospital em Granada (Espanha) e associou à sua obra um grupo de companheiros que mais tarde constituíram a Ordem hospitalar de S. João de Deus. Distinguiu-se principalmente na caridade para com os pobres e os doentes. Morreu nesta cidade em 1550. Foi canonizado por Alexandre VIII, em 1690. A memória litúrgica celebra-se a 8 de Março. (Fonte: www.ecclesia.pt)

50 9- Chamados à santidade São Gonçalo Garcia Santo português franciscano que sofreu o martírio no Japão, em Nagasaki, no ano de 1597. Nasceu em Basein (Índia), em 1557, filho de um português e de uma indiana, foi educado pelos Jesuítas e seguiu o Pe. Sebastião Gonçalves até ao Japão. Depois de alguns anos como comerciante, foi para Manila (Filipinas), onde professou como Fransciscano em 1588. Cinco anos depois regressou ao Japão, como intérprete e dedicou-se ao apostolado, até ao martírio. Foi canonizado por Pio IX, em 1862. A memória litúrgica celebra-se a 6 de Fevereiro. (Fonte: www.ecclesia.pt)

51 9- Chamados à santidade São João de Brito Nasceu em Lisboa (Portugal) no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de Fevereiro de 1693 foi martirizado. Foi canonizado por Pio XII, a 22 de Junho de 1947. A memória litúrgica celebra-se a 4 Fevereiro. (Fonte: www.ecclesia.pt)

52 9- Chamados à santidade São Nuno de Santa Maria Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Junho de 1360 em Portugal. Ficou conhecido por «O Condestável» devido ao seu cargo de Comandante supremo do exército, estratega nas batalhas dos Atoleiros, de Aljubarrota e Valverde. Os militares eram acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor à eucaristia e pela Virgem Maria foram trave-mestra da sua vida interior, fazendo construir numerosas igrejas e mosteiros, entre eles, Igreja do Carmo de Lisboa, Igreja de Santa Maria Vitoria, na Batalha. Ficou viúvo muito cedo e dedicou-se a aprofundar os ideais da Cavalaria e os valores do Evangelho. Posteriormente foi admitido como membro da Ordem do Carmo, de onde só saiu em 1422 para um novo convento em Lisboa, que ele próprio mandara construir e passa a ser Frei Nuno de Santa Maria. Teve uma intensa vida de oração e bem-fazer, numa conduta de grande humildade, simplicidade e amor à Virgem Maria e aos pobres. Faleceu no Convento do Carmo em 1431, onde foi sepultado. Em 2000 é beatificado e foi canonizado em 26 de Abril de 2009.

53 Um caso particular: os santos incorruptos 9- Chamados à santidade Algumas características comuns dos corpos incorruptos * Os incorruptos são encontrados com a aparência viva; húmidos, flexíveis e contendo uma essência doce e suave, que muitos comparam com cheiro das rosas ou outras flores, e isso após anos e anos após a morte dos mesmos. * Os incorruptos permanecem livre de decomposição, alguns por até séculos. * Os incorruptos muitas vezes contêm óleos fluentes limpos, sangue corrente por muitos anos após a morte; nos corpos acidentalmente ou deliberadamente (induzidos) preservados, nunca foram registadas nem presenciadas tais características. * Outros incorruptos parciais foram encontrados, com certas partes do corpo se decompõe normalmente, enquanto outras partes, como o coração ou língua, permanecem perfeitamente livre de decomposição.

54  Para a Igreja, o simples facto da Incorrupção não é sinal da santidade: o que conta é a vida que a pessoa teve. Mas a Igreja por sua vez reconhece que venerar estes corpos é reconhecer a glória de Deus. "Os corpos dos mártires sagrados e outros que vivem agora com Cristo; corpos que eram seus membros e templos do Espírito Santo, que um dia subirão para Ele e serão glorificados na vida eterna, podem ser venerados pelos cristãos. Deus dá muitos benefícios aos homens através deles". (Concílio de Trento). 9- Chamados à santidade Aspectos a ter em conta:  Médicos e cientistas de renome já chegaram a declarar que “humanamente, a preservação do corpo era inexplicável”.  Muitos dos santos encontrados incorruptos após a morte continuam incorruptos; alguns têm desprendido cheiro de rosas e outras manifestações milagrosas. Muitos estão totalmente incorruptos até hoje, outros são durante algum tempo, outros vão secando muito lentamente, mas sem as propriedades da corrupção. Por isso alguns estão recobertos de cera para preservá-los da característica de negridão do tecido externo.

55 9- Chamados à santidade  Inúmeras pesquisas foram realizadas ao longo da história e ficou constatado que os Corpos Incorruptos só foram encontrados em ambiente religioso, ou seja, “exclusiva de pessoas que em vida, manifestaram uma santidade excepcional”. Somente na Igreja Católica existe este fenómeno inexplicável pela ciência Somente na Igreja Católica existe este fenómeno inexplicável pela ciência. «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja» Mt 16, 18 Vejamos alguns desses santos e santas…

56 Beata Ana Maria Taigi – 1769-1837 Mãe de 7 filhos Comemoração litúrgica: 9 de Junho Beatificada em 1920 9- Chamados à santidade Santa Bernardete Soubirous Santa Bernardete Soubirous – 1844-1879 Vidente das aparições de Nossa Senhora em Lourdes Comemoração litúrgica: 16 de Abril Canonizada em 1933

57 Santa Catarina Labouré Santa Catarina Labouré - 1806- 1876 Religiosa – Vidente Nossa Senhora das Graças – medalha milagrosa da Imaculada Conceição Comemoração litúrgica: 31 de Dezembro Canonizada em 1947 9- Chamados à santidade São Casimiro, rei – 1458-1484 Rei da Hungria – o «pai dos pobres» Comemoração litúrgica: 4 de Março Canonizado em 1521

58 Santa Clara de Assis – 1194-1253 Fundadora da Congregação das Irmãs Clarissas sob a regra e direcção de São Francisco de Assis Comemoração litúrgica: 11 de Agosto Canonizada em 1255 9- Chamados à santidade Beata Imelda Lambertini Beata Imelda Lambertini - 1322-1333 Patrona das Primeiras Comunhões Comemoração litúrgica: 12 de Maio Beatificada em 1826

59 Santa Catarina de Bolonha Santa Catarina de Bolonha – 1413-1463 Padroeira da Academia de arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais Comemoração litúrgica: 9 de Março Canonizada em 1712 9- Chamados à santidade São João Bosco São João Bosco -1815-1888 Fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco - SDB) Comemoração litúrgica: 31 de Janeiro Canonizado em 1929

60 Santa Luísa de Marillac Santa Luísa de Marillac – 1591-1660 Co-fundadora da Congregação Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo Comemoração litúrgica: 15 de Março Canonizada em 1934 9- Chamados à santidade São Luís Orione São Luís Orione – 1872-1940 FUNDADOR DA ORDEM DOS ORIONITAS FILHOS DA DIVINA PROVIDÊNCIA- FDP Comemoração litúrgica: 16 de Maio Canonizado em 2004

61 São João Maria Vianney São João Maria Vianney – 1786-1859 Patrono dos sacerdotes Comemoração litúrgica: 4 de Agosto Canonizado em 1925 9- Chamados à santidade Beato João XXIII Beato João XXIII - Papa - 1881-1963 Comemoração litúrgica: 11 de Outubro «Papa da bondade» Beatificado em 1990

62 Ven. Maria de Jesus Ágreda Ven. Maria de Jesus Ágreda – 1602-1665 Religiosa da Ordem da Imaculada Conceição Declarada venerável (pela província de Sória e em toda a Espanha), em 1673 9- Chamados à santidade Beata Maria de São José Beata Maria de São José - 1875-1967 Comemoração litúrgica: 2 de Abril Beatificação em 1995

63 Santa Maria Goretti – 1890-1902 Virgem e mártir Comemoração litúrgica: 6 de Julho Canonizada em 1950 9- Chamados à santidade Santa Maria Madalena de Pazzi Santa Maria Madalena de Pazzi -1566-1607 Comemoração litúrgica: 25 de Maio Canonizada em 1669

64 Santa Maria Mazarello -1837-1881 Fundadora da Congregação Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) Comemoração litúrgica: 13 de Maio Canonizada em 1951 9- Chamados à santidade Beata Mattia Nazarei – 1325-1320 Virgem, Religiosa Superiora das Clarissas Comemoração litúrgica: 28 de Dezembro Beatificada em 1765

65 Beata Narcisa de Jesus Beata Narcisa de Jesus - 1832-1869 Religiosa dominicana Comemoração litúrgica: 28 de Dezembro Beatificada em 1992 9- Chamados à santidade Beata Osanna de Mântua Beata Osanna de Mântua - 1449-1505 Patrona das meninas estudantes Comemoração litúrgica: 18 de Junho Beatificada em 1694

66 Santa Rita de Cássia -1381-1457 Padroeira das causas impossíveis, dos doentes e das mães Comemoração litúrgica: 22 de Maio Canonizada em 1900 9- Chamados à santidade São Sharbel Makhluf -1828-1898 Eremita do rito católico maronita Comemoração litúrgica: 24 de Dezembro Canonizado em 1977

67 Beato Sebastião de Aparício Beato Sebastião de Aparício – 1502-1600 Casou duas vezes (e enviuvou das duas vezes) vivendo em acordo de castidade com as suas esposas (casou-se para beneficiar de alguma companhia, pois sentia-se só). Mais tarde, ingressou como religioso. Comemoração litúrgica: 25 de Fevereiro Beatificado em 1789 9- Chamados à santidade Beato Stefano Bellezini Beato Stefano Bellezini – 1774-1840 Confessor Comemoração litúrgica: 3 de Fevereiro Beatificado em 1904

68 Santa Verónica Giuliani Santa Verónica Giuliani – 1660-1727 Comemoração litúrgica: 9 de Julho Canonizada em 1839 9- Chamados à santidade São Vicente de Paulo – 1576-1660 Fundador da Ordem dos Lazaristas (Congregação da Missão - CM); Co- fundador da Congregação das Filhas da Caridade Comemoração litúrgica: 27 de Setembro Canonizado em 1737

69 A língua de Santo António No caso de Santo António, o primeiro reconhecimento foi no dia 8 de Abril de 1263. «Só restavam os ossos. Mas a língua estava intacta e há testemunhas oculares disso», disse o padre Alessandro Ratti, porta-voz da Basílica de Santo António de Pádua. A língua de Santo António não se decompôs, apenas mudou de cor, ficando um pouco castanha, mesmo depois de oito séculos. É uma das relíquias mais conhecidas e veneradas da Igreja Católica. Durante a operação de reconhecimento, a língua foi retirada e colocada numa urna, e desde então está numa área especial da Basílica de Pádua, ao lado de outra relíquia, uma parte do queixo do santo. As duas podem ser vistas pelos fiéis. «A língua, como todas as partes moles do corpo, é uma das primeiras que se decompõem. O facto de ela ter permanecido intacta foi interpretado como um sinal de Deus, que quis preservar essa língua, visto que Santo António era conhecido por ser um grande pregador», disse Ratti. 9- Chamados à santidade Relicário da língua de Santo António

70 Apesar da grande diversidade de santos e beatos, de todas as raças, línguas, nações, classes sociais, cultura, etc., há alguns aspectos que são transversais, destacando-se os seguintes: 9- Chamados à santidade Características comuns: o que é ser santo? O DESEJO DE SE SER SANTO, CUSTE O QUE CUSTAR… «Eu quero ser santo» (São Domingos Sávio) DESCOBRIR A VONTADE DE DEUS, ATRAVÉS DE UMA ORAÇÃO COM O CORAÇÃO… «Eu Vos amo, meu Deus, e o meu único desejo é amar-Vos até ao último suspiro da minha vida». (São João Maria Vianney) CONHECER E MEDITAR A SAGRADA ESCRITURA… «Andar em verdade diante da mesma verdade … com grandíssima fortaleza e muita determinação para cumprir com todas as minhas forças a mais pequena parte da Sagrada Escritura divina» (Santa Teresa de Ávila)

71 9- Chamados à santidade PRÁTICA DE JEJUM E MORTIFICAÇÕES PARA FORTALECER A VONTADE E A CAPACIDADE DE RESISTIR ÀS TENTAÇÕES… São Romualdo, por exemplo, fazia mortificações nas refeições, não tocando em comidas que lhe apeteciam, dando-as depois aos pobres. PLENA CONSCIÊNCIA QUE ESTA VIDA É LIMITADA E TRANSITÓRIA… «A vida é um instante entre duas eternidades» (Santa Teresa do Menino Jesus) UMA GRANDE REPUGNÂNCIA AO PECADO. MAS QUANDO PECAVAM RECORRIAM À RECONCILIAÇÃO… «Antes de morrer que pecar» (São Domingos Sávio) FREQUÊNCIA DOS SACRAMENTOS, E UM GRANDE AMOR À EUCARISTIA… «A vinda de Jesus em nosso pobre coração é uma experiência de amor muito forte, se tal experiência durasse bastante morrer- se-ia de felicidade, mas o Senhor é tão bom que equilibra tal alegria, tal sentimento » (São Pedro Julião) OFERECER TUDO A DEUS… «Devemos oferecer-nos também a nós mesmos como vítimas para a glória de Deus e em satisfação das nossas culpas e pecados» (Santo António Maria Claret)

72 9- Chamados à santidade PERSERVERANÇA NA CARIDADE AOS IRMÃOS… «— O que você quer? – perguntou o alemão. — Quero morrer no lugar de um dos condenados. — Por quê? — Porque sou solteiro, e este homem tem esposa e filhos. — Qual a sua profissão? — Sou padre católico. — Aprovado». (São Maximiliano Kolbe) UM GRANDE SENTIDO DE HUMILDADE, COLOCAR-SE NAS MÃOS DE DEUS… Quisera eu encontrar também um elevador que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a dura escada da perfeição. (Santa Teresa do Menino Jesus) DESEJO DE AGRADAR A DEUS, ATÉ NOS MAIS ÍNFIMOS DETALHES… «Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma, que Cristo não faria ou não diria se se encontrasse nas mesmas circunstâncias de você, e tivesse a mesma saúde e idade sua» (São João da Cruz) UM SANTO NÃO FAZ MILAGRES, É DEUS QUE OS FAZ, MAS PODEM ACONTECER POR SUA INTERCESSÃO. Por exemplo, Santo António ligou um pé decepado a certa pessoa.

73 9- Chamados à santidade A santidade está ao alcance de todos A santidade está ao alcance de todos: «Não a algumas pessoas, mas a todos Deus disse: sede santos. A santidade, portanto, deve ser acessível a todos. Em que consiste? Em fazer muito? Não. Em fazer grandes coisas, extraordinárias? Também não; não seria possível a todos, nem de todos os momentos. Portanto, consiste em fazer o bem, e esse bem bem feito, na condição, no estado de vida em que Deus nos colocou. Nada mais, nada fora disso». Beato LUÍS TEZZA (Co-fundador das Camilianas)

74 10. Bibliografia recomendada (E.F.C. 27)


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