A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Colapso da Barragem do Fundão SAMARCO MINERAÇÃO - LEVANTAMENTO CREA-MG

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Colapso da Barragem do Fundão SAMARCO MINERAÇÃO - LEVANTAMENTO CREA-MG"— Transcrição da apresentação:

1 Colapso da Barragem do Fundão SAMARCO MINERAÇÃO - LEVANTAMENTO CREA-MG
Dezembro 2015

2 ESTRUTURA FISICA DAS BARRANGENS ANTES DO ROMPIMENTO

3 Comunidade de Bento Rodrigues após rompimento
05/11/2015

4 Talvegue Barragem do Fundão após vazamento da Lama, vista Barragem Germano
Crea-Minas sede: salão nobre(300 pessoas); auditório (200 pessoas); plenário (200); salas das câmaras (2 andares) Normas de acessibilidade; equipamentos multimídia.

5 Quais as possibilidades de Colapso em Barragem?
Transbordamento em razão de inundações que excedem a capacidade da barragem; Atos deliberados de sabotagem; Falha estrutural dos materiais utilizados na construção da barragem; Movimentação e/ou falha das fundações da barragem; Fratura e acomodação do corpo do maciço barrado; Formação de tubos e erosão interna por infiltração de água no corpo do maciço barrado; Manutenção e conservação inadequada; e Falha no monitoramento e controle do maciço. Crea-Minas sede: salão nobre(300 pessoas); auditório (200 pessoas); plenário (200); salas das câmaras (2 andares) Normas de acessibilidade; equipamentos multimídia.

6 O que provocou o rompimento?
As causas ainda estão sendo investigadas. A Samarco informou ter registrado dois pequenos tremores na área duas horas antes do rompimento. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília registrou dois tremores próximos ao local, de baixa magnitude. “Uma das coisas ainda em discussão é se esse é um evento natural ou desencadeado pelos reservatórios”

7 Estender para outras localidades a experiência positiva de Iturama.

8 Quantas pessoas foram afetadas?
A Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente) declarou que chegou a recomendar a necessidade de se fazer reparos na estrutura da barragem de Fundão. Quantas pessoas foram afetadas? O distrito de Bento Rodrigues foi destruído e centenas de pessoas ficaram desabrigadas. A lama alcançou outros distritos de Mariana, como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa. Até o domingo (15), sete mortos haviam sido identificados e 18 pessoas estavam desaparecidas. Crea-Minas sede: salão nobre(300 pessoas); auditório (200 pessoas); plenário (200); salas das câmaras (2 andares) Normas de acessibilidade; equipamentos multimídia.

9 Quantos distritos foram afetados?
A onda de lama atingiu outras comunidades, como Paracatu de Baixo e Camargos, e as cidades de Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado e cidades do Leste de Minas, como Governador Valadares. A lama também chegou ao Espírito Santo, levada pelo Rio Doce, afetando Regência, Linhares, Baixo Gandu e Colatina.

10 A lama é tóxica? Segundo o geólogo Luiz Paniago Neves, coordenador de fiscalização de pesquisa mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização de barragens de rejeitos, o rejeito de minério de ferro é classificado como inerte, ou seja, inofensivo. Se ele chegar ao leito de um rio, por exemplo, a água poderá ficar turva, ocorrerá uma sedimentação, mas o consumo da água não terá impacto na saúde. Apesar disso, ainda não houve nenhuma análise específica dos rejeitos despejados pelas barragens.

11 Qual a quantidade de lama levada aos distritos?
Segundo o Ibama, estima-se o lançamento de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração, o suficiente para encher 20 mil piscinas olímpicas, composto principalmente por óxido de ferro e sílica (areia).

12 O que essa lama provoca? Segundo a coordenadora do núcleo de emergências do Ibama de Minas Gerais, Ubaldina da Costa Isaac, a lama atingiu uma extensão de 80 km do leito d’água na região. Uma das consequências é o assoreamento, ou seja, o acúmulo de sedimentos na calha do rio, causando impactos socioeconômicos e ambientais.

13 FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO DO MINÉRIO
PASTA MINERAL PRODUTO MINÉRIO BENEFICIAMENTO REJEITO FINOS LAMA ALTO TEOR SECO BAIXO TEOR ÚMIDO BARRAGEM GROSSEIROS AREIA 30gr/ton SEPARAÇÃO AMINA NH3 PENEIRAMENTO MAGNÉTICA FLOTAÇÃO REAGENTES AMIDO DE MILHO 1000gr/ton PILHA DE ESTÉRIL

14

15

16 BENTO RODRIGUES ANTES DO ACIDENTE

17 BENTO RODRIGUES DEPOIS DO ACIDENTE

18 ANTES

19 DEPOIS

20 Outras duas Barragens apresentam sinais de instabilidade em função do colapso da Barragem do Fundão, que são: as Barragens de Germano que localiza a montante e a Barragem de Santarém que se posiciona a jusante no mesmo talvegue. As duas estruturas de barramento apresentam baixo índice de segurança, segundo informação da própria empresa, que está providenciando a recuperação em caráter emergencial, podendo vir a entrar em colapso, agravando ainda mais a situação critica de toda a bacia do Rio Doce.

21

22 Para melhor instrução deste processo, foi montado um dossiê, constituído pelas ART’s recolhidas pelos técnicos do sistema CREA-MG /CONFEA para as diversas atividades técnicas (estudos hidrológicos, projetos básicos e executivos, laudos de estabilidades, projetos de detalhamento dos extravasores, vertedouros, tapetes drenantes, acompanhamento técnico da obra de alteamento, gerenciamento de obras e execução dos serviços de terraplenagem e das obras civis de alteamento das barragens de Germano e Fundão, desenvolvidas para as obras de execução do Alteamento das Barragens de Germano e Fundão.

23 Atores Responsáveis Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, no âmbito de suas atribuições, fiscalizar a pesquisa e a lavra para o aproveitamento mineral, bem como as estruturas decorrentes destas atividades, nos Títulos Minerários, concedidos por ela e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Todavia com a promulgação da Lei Nº , de 20 de setembro de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais e cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens, esta Autarquia assume também a atribuição de fiscalizar a implementação dos Planos de Segurança das barragens de mineração a serem elaborados pelos empreendedores, conforme previsto na referida Lei.

24 Lei Nº , de 20 de setembro de 2010 Art. 2o  Para os efeitos desta Lei, são estabelecidas as seguintes definições: III - segurança de barragem: condição que vise a manter a sua integridade estrutural e operacional e a preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente;  VII - dano potencial associado à barragem: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem.  Art. 7o  As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco, por dano potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). 

25 § 2o  A classificação por categoria de dano potencial associado à barragem em alto, médio ou baixo será feita em função do potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes da ruptura da barragem.  Art. 16.  O órgão fiscalizador, no âmbito de suas atribuições legais, é obrigado a:  II - exigir do empreendedor a anotação de responsabilidade técnica, por profissional habilitado pelo Sistema Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) / Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), dos estudos, planos, projetos, construção, fiscalização e demais relatórios citados nesta Lei;  III - exigir do empreendedor o cumprimento das recomendações contidas nos relatórios de inspeção e revisão periódica de segurança; 

26 Art. 17. O empreendedor da barragem obriga-se a:
I - prover os recursos necessários à garantia da segurança da barragem;  II - providenciar, para novos empreendimentos, a elaboração do projeto final como construído;  III - organizar e manter em bom estado de conservação as informações e a documentação referentes ao projeto, à construção, à operação, à manutenção, à segurança e, quando couber, à desativação da barragem;  IV - informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa acarretar redução da capacidade de descarga da barragem ou que possa comprometer a sua segurança;  V - manter serviço especializado em segurança de barragem, conforme estabelecido no Plano de Segurança da Barragem;  VI - permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador e dos órgãos integrantes do Sindec ao local da barragem e à sua documentação de segurança; VII - providenciar a elaboração e a atualização do Plano de Segurança da Barragem, observadas as recomendações das inspeções e as revisões periódicas de segurança; 

27 VIII - realizar as inspeções de segurança previstas no art
VIII - realizar as inspeções de segurança previstas no art. 9o desta Lei;  IX - elaborar as revisões periódicas de segurança;  X - elaborar o PAE (plano de ação de emergência), quando exigido; e XI - manter registros dos níveis dos reservatórios, com a respectiva correspondência em volume armazenado, bem como das características químicas e físicas do fluido armazenado, conforme estabelecido pelo órgão fiscalizador; (DNPM). Art 18. § 2o  Na eventualidade de omissão ou inação do empreendedor, o órgão fiscalizador poderá tomar medidas com vistas à minimização de riscos e de danos potenciais associados à segurança da barragem, devendo os custos dessa ação ser ressarcidos pelo empreendedor. 

28 Caracterização das Barragens da Samarco pelo órgão fiscalizador DNPM:
Nome da Barragem de Mineração= Barragem do Germano; Nome do Empreendedor =Samarco Mineração S.a; Cpf/Cnpj = / ; Altura Barramento Absoluto= 165 m; Volume Total do Reservatório Absoluto= m³; Substância Principal= FERRO; Processo Associado Barragem =NULL ; Latitude Barragem=20º 12' 59" 1 ; Longitude Barragem 43º 28' 02" 2; Posicionamento = S; UF= MG; Municipio=MARIANA; CRI= BAIXO; DPA =ALTO; CLASSIF =C ; Inserida na PNSB?= SIM; Barragem ou Cava exaurida com barramento? = Barragem.

29 Caracterização das Barragens da Samarco pelo órgão fiscalizador DNPM:
Nome da Barragem de Mineração= Barragem do Fundão ; Nome do Empreendedor: Samarco Mineração S.a.; Cpf/Cnpj : / ; Altura =130m; Barramento Absoluto Volume Total do Reservatório Absoluto = m³ ; Substância Principal= NULL ; Processo Associado Barragem = NULL ; Latitude Barragem=20º 12' 24" 1; Longitude Barragem=43º 27' 40" 9; Posicionamento =S ; UF= MG ; Município= MARIANA; CRI= BAIXO; DPA =ALTO ; CLASSIF= C ; Inserida na PNSB?= SIM ; Barragem ou Cava exaurida com barramento? = Barragem.

30 Caracterização do Empreendimento Licenciado
O projeto de unificação e alteamento das barragens de rejeito Germano e Fundão tem como objetivo unificar as duas barragens de rejeito já existentes, contemplando as seguintes estruturas: Alteamento da barragem de fundão com lançamento por espigotamento de rejeito arenoso e alteamentos sucessivos por montante a partir da cota 920 até 940m; Alteamento da barragem de Germano com lançamento por espigotamento de rejeito arenoso e alteamentos sucessivos por montante a partir da cota 920 até 940m;

31 Caracterização do Empreendimento Licenciado
Lançamento de rejeito fino nos reservatórios das barragens de rejeito Germano e fundão, até a cota El 935m , considerando 5 metros de borda livre; Construção de um novo sistema extravasor para atender ao sistema de disposição de rejeitos entre as elevações 920 e 940; Implantação de um sistema de rejeitoduto (arenoso e lama) na ombreira direita do reservatório da barragem de Germano;

32 Caracterização do Empreendimento Licenciado
Com o alteamento solicitado a barragem passa a ocupar: Para a El=920,00, a área total de ocupação da barragem=257,75 hectares. O novo processo de licença prévia solicitou a unificação das barragens de Germano e Fundão, aumentando a área diretamente afetada para 831,29 ha, e a elevação da cota do maciço para a EL= 940,00. Esta solicitação gerou deferimento por parte do Ministério Público da LP + LI com a solicitação de providencias por parte do empreendedor do Plano de Segurança da Barragem e Plano de Ação de emergência com prazo de 60 dias após aprovação da licença datada de 23 de Junho de 2015,

33 O tipo e modelo do barramento adotado no projeto é o de Espigotamento, formado pelo rejeito arenoso, que baseia na drenagem constante do material depositado (areia e lama) onde o material expurgado no processo de lavagem do minério para o reservatório é usado para alteamento da barragem, com ganho ambiental pela não exigência de empréstimos de material para o barramento, não afetando áreas virgens com empréstimo de solos São gerados dois rejeitodutos: 1 – Material arenoso produzido pela trituração, peneiramento e separação por flotação; 2- Lama ( partículas finas de sílica, misturadas com amido de milho 1000g/ton e demais reagentes utilizados na flotação- Amina NH3 -30g/ton)

34 Estabelece critérios para que o material arenoso advindo do processo de lavagem, seja depositado no maciço barrado, fazendo parte do corpo do maciço. Portanto este método requer um rigoroso acompanhamento do material depositado para que água lançada junto com o material possa ser capitada pelos drenos subterrâneos, sendo compactado pelo mesmo processo de aterro hidráulico. Os medidores de umidade e piezômetros no maciço de contenção, devem ser rigorosamente acompanhados pela equipe de monitoramento de segurança da barragem. A estabilidade dos taludes 1V:2H com bermas de estabilização de 5,0 metros de largura a cada 5,0 metros de altura, estabelecem uma declividade média do talude em 1V:3H conforme definido em projeto.

35 Plano de Controle Ambiental PCA, foram elaborados os seguintes Planos e programas:
Programa de monitoramento e controle de processos erosivos; Plano de desativação da barragem de dispositivo de rejeito; Programa de acompanhamento do nível dos ruídos ambientais; Programa de controle das emissões atmosférica; Programa de gestão dos recursos hídricos e afluentes; Programa de gestão de resíduos; Programa de Reabilitação de Áreas alteradas; Programa de Resgate da Flora; Programa de Acompanhamento do desmate e resgate da fauna; Programa de Controle e Minimização de Desmate; Programa de Educação Ambiental; Plano de fechamento da Barragem de Rejeito do Fundão; e Programa de Monitoramento da Fauna.

36 As ART’s da obra em questão dão conta da que as obras estavam sendo executadas para elevação da barragem para a cota 940 metros, e foram anotadas responsabilidade técnica para as seguintes atividades: Revisão do Projeto Básico das Barragens Germano e Fundão; Projeto de Alteamento da barragem fundão; Estudo Hidrogeológico para simulação de Fluxo Subterrâneo, cenário alteamento EL 940; “As Built” do prolongamento do extravasor; Projeto Executivo da Drenagem Interna complementar; Estudo de Transito de cheia da Barragem do Fundão; e Elaboração de laudo de estabilidade para as barragens: Santarém, Fundão, Germano e empilhamento da Cava do Germano, para atendimento as exigências da FEAM E DNPM.

37 Elaboração dos projetos detalhados do extravasor de operação, parte do vertedouro de fechamento, tapetes drenantes para as barragens de Germano e Fundão; Projeto Executivo da drenagem interna complementar da barragem de rejeitos do fundão; Serviço de acompanhamento técnico da obra de alteamento das barragens de Germano e Fundão para a elevação 940 metros; Execução dos Serviços de controle tecnológico e topográfico para o alteamento das barragens de germano e fundão elevação 940 metros; Execução dos serviços de terraplenagem e das obras de alteamento das barragens de Germano e Fundão; e Projeto de tratamento de surgência água talude (elevação 850,00 solicitação FEAM - jun/2014) da barragem do Fundão.

38 Não foram detectadas Art’s referente
Programa de Monitoramento Geotécnico da Barragem; Relatórios dos resultados dos medidores de vazão do efluente do dreno de fundo da estrutura; Relatórios do monitoramento do nível freático do sistema de disposição de rejeito arenoso, com as indicações das medidas dos piezômetros do tipo Casagrande e pneumático, tanto no interior do maciço arenoso como drenos de fundo, que comprove funcionamento da drenagem dentro dos índices de segurança indicados no projeto para o maciço; Relatórios das Auditorias técnicas de segurança e recomendações; Relatórios dos acompanhamentos técnicos das obras com acompanhamento fotográfico da evolução da obra;

39 FATO QUE NOS CHAMOU ATENÇÃO!
Art de numero do responsável técnico pelo Relatório de Medidas Mitigadoras necessárias para reduzir e mitigar riscos, foi anotada na data de 13/11/2015 uma semana após o rompimento da barragem. Será necessário que o empreendedor apresente documentação comprobatória de atendimento ás solicitações e principalmente os relatórios da instrumentação de segurança da barragem gerados pela equipe de segurança e monitoramento da barragem com seus respectivos protocolos de entrega e publicações aos órgão de controle:

40 FATO QUE NOS CHAMOU ATENÇÃO!
Dos relatórios técnicos e suas respectivas ART’s; O PAE ( Plano de Ação de Emergência) disponibilizado no empreendimento e nas prefeituras envolvidas; Protocolo de encaminhamento às autoridades competentes e aos organismos de defesa civil constando de estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades potencialmente afetadas de eventuais riscos e situação de emergência; Plano de evacuação da área através de treinamentos periódicos em atendimento a Lei de 20/09/2010. 

41 DOCUMENTARIO FOTOGRAFICO DIVULGADO PELA IMPRENSA

42 CURIOSIDADES SOBRE O DRAMA: Em Mariana, descobriu-se entre os desabrigados, gente que nem mora em MG. Está sendo necessária acareação entre os desabrigados para comprovar os que realmente são. Apareceu advogado oferecendo R$5.000 a um desabrigado para ter procuração para representá-lo em causa contra a Samarco. Há uma grande preocupação em Mariana com uma paralisação da Samarco. O município arrecada alguns R$300 milhões por ano e a Samarco gerava talvez 70% disto. Ou seja, se a Samarco parar o município enfrentaria sérios problemas. A Samarco era tido como empresa benchmarking no controle de barragens. A Samarco é a grande produtora mundial de pelotas para redução direta. Sua parada pode provocar problemas de abastecimento desse produto. É a 8ª maior exportadora do Brasil.

43 ELOCUBRAÇÃO TÉCNICA SOBRE OS EFEITOS DO ROMPIMENTO:
Foi informado que a Barragem de Fundão, que estourou, possuía capacidade para 62 milhões de metros cúbicos (água + areia, principalmente, e argila + outros, em menor escala). Uma parte dos sólidos ficou na Barragem, como se vê bem pelas fotos. Logo abaixo ficava a Barragem de Santarém, que não ruiu e ficou cheia após ser galgada pela lama de Fundão. Sua capacidade era de 7 milhões de metros cúbicos. Sem dados precisos, poderíamos chutar que alguns milhões do volume, não foram para o Rio (5 ou 6 ficaram em Santarém e 2 ou 3 milhões que restaram em Fundão). Digamos então que vazaram 54 milhões de metros cúbicos e que 60% eram sólidos. O restante água. A parte sólida, portanto deve ter sido algo na casa de m3.

44 Desde a barragem estourada até a foz do Rio Doce, decorrem aproximadamente 650 km. A calha do Doce, muito varável, chega a ter mais um km depois de Governador Valadares. Referente ao leito propriamente dito e as margens planas à beira. Assumamos uma largura média para o Rio de 250 metros. Então a área ocupada pela água até a foz é da ordem de m x 250 m = m2. Se o minério preencher 20 CENTÍMETROS uniformemente, daria o volume dos 30 milhões. É lógico que não haveria esta camada uniforme, pois o próprio leito do Rio é irregular e haverá maior acumulação de partículas nos trechos menos correntes. Consideremos também o seguinte: Em Bento Rodrigues, três km abaixo da barragem, primeiro impactado pela enxurrada de lama,

45 o acúmulo de material sólido chegou a vários metros
o acúmulo de material sólido chegou a vários metros. Em Barra Longa (70 km abaixo) estão tirando camada de lama de mais de metro. Portanto, o material sólido precipitou-se mais rápido. Se olharmos na Internet o ÍNDICE DE TURBIDEZ DAS ÁGUAS DO RIO DOCE, encontramos medições acusando o seguinte: No sábado, dia 11, em Rio Doce (cidade logo abaixo de Ponte Nova), no auge da enxurrada mediu-se a UNT (Unidades Nefelométricas de Turbidez) Observa-se que isto é cerca de vezes acima do índice normal para tratamento da água. Já em GV, seguem as seguintes medidas: dia 10/ UNT, dia 11/ UNT, dia 12/ UNT e dia 13/ UNT.

46 A Vale, informou que foram instalados 106 postos de coleta de água desde Bento Rodrigues até a foz do Rio, depois de Linhares. As medições, há cinco dias atrás, indicavam na região de Baixo Guandú, índice de UNT. Segundo ele, o índice do Rio em plena chuva, atinge nível até maior que isto, em torno de UNT. Ora, então o que fica evidente é que os sólidos mais grosseiros estão-se decantando mais rapidamente e a onda de lama que está chegando ao mar, tem, sobretudo, material fino, coloidal. Ou seja, a parte mais afetada do Rio Doce vai ser de Ponte Nova até GV, digamos.

47 Em sobrevoo no percurso, de helicóptero, observou que a destruição forte mesmo foi no leito do Rio Gualaxo até a Barra no Rio Doce, logo abaixo de Ponte Nova. A enxurrada tinha muito sólido e muita força. devassou as margens, porque a calha do Gualaxo é estreita. Barra Longa por exemplo. Ao atingir o Rio Doce o cenário amenizava-se muito pelo fato de a calha ser bem mais ampla e a enxurrada foi perdendo força, tendo em vista uma maior dissipação.

48 COMO SERÁ QUE SE VAI RECUPERAR ESSE TRECHO INICIAL
COMO SERÁ QUE SE VAI RECUPERAR ESSE TRECHO INICIAL? AS BARRAGENS EXISTENTES NO PERCURSO ATÉ A FOZ (TRÊS), DEVEM TER-SE ASSOREADO MUITO, PERDENDO CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO D'ÁGUA. E AÍ? AS CHUVAS VÃO CARREAR MATERIAL DEPOSITADO NAS MARGENS MAIS NO PRINCÍPIO. ATÉ ONDE? QUANTO TEMPO SERÁ QUE ISTO VAI DEMORAR? O MATERIAL COLOIDAL QUE FOI PARA O MAR, VAI-SE DECANTAR ONDE E COMO? QUAL SERÁ O EFEITO DISTO SOBRE A VIDA MARINHA. TEMEU-SE MUITO POR ABROLHOS. PARECE QUE NESTA ÉPOCA DO ANO A CORRENTE MARINHA CAMINHA SENTIDO SUL E NÃO ATINGIRIA ABROLHOS.

49 SE EM ÉPOCA DE CHUVA O RIO CHEGA A TER ÍNDICE DE TURBIDEZ SIMILAR (COMO SE FALOU ATRÁS) COMO O OCEANO CONVIVE ANUALMENTE COM ISTO? MATERIAL DIFERENTE? VAI SEGUIR-SE UMA FASE DE GRANDE PREOCUPAÇÃO COM BARRAGENS. HAVERÁ MUDANÇA DE CONCEITOS? DE PROJETOS? COMO A SAMARCO VAI VOLTAR À NORMALIDADE? ESTADO E MUNICIPIO SOBREVIVEM SE NÃO VOLTAR A OPERAR?

50

51 O GOVERNO DE MINAS INSTALOU UMA FORÇA TAREFA COM A PARTICIPAÇÃO DA SEMA, DNPM, IBAMA, FEAM, CREA-MG, UNIVERSIDADES, IBRAM, E COMUNIDADE TÉCNICA. PARA AVALIAÇÃO DOS EFEITOS E ESDOBRAMENTOS DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM. DI COMO TAMBÉM, ESTABELECER CONCEITOS PARA NOVOS LICENCIAMENTOS. OUTRA FORÇA TAREFA FOI MONTADA PELO SENADO FEDERAL.

52 DOCUMENTARIO FOTOGRAFICO DIVULGADO PELA IMPRENSA

53 DOCUMENTARIO FOTOGRAFICO DIVULGADO PELA IMPRENSA

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64 Obrigado Eng° Civil José do Carmo Dias
Assessoria Técnica / CREA-MG


Carregar ppt "Colapso da Barragem do Fundão SAMARCO MINERAÇÃO - LEVANTAMENTO CREA-MG"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google