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O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ

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Apresentação em tema: "O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ"— Transcrição da apresentação:

1 O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ
Jorge Amado

2 Categorias da narrativa: A ACÇÃO
A acção principal da história é o desenrolar da paixão entre o Gato e a Andorinha. As suas sequências narrativas são traduzidas numa linearidade em consonância com o tempo cronológico da história. 

3 Categorias da narrativa: A ACÇÃO
A história começa com quem a conhece – o Vento – chegando ao ouvido do narrador. Este último conta-nos como se desenrola essa paixão através da intensidade das conversas e dos passeios entre as personagens principais.

4 Categorias da narrativa: A ACÇÃO
Tudo passa à volta da história de amor entre os dois: os comentários das outras personagens, o tempo, a maneira como são tratados e como eles tratam os apaixonados. O clímax está no fim da “Primavera”, onde estes se começam a afastar, dado que a Andorinha estava prometida ao Rouxinol. O narrador considera-se um revolucionário na estrutura da narrativa quando este conta o capítulo inicial da obra nos meandros da história:

5 O narrador considera-se um revolucionário ao nível da estrutura da narrativa quando conta o capítulo inicial da obra nos meandros da história: “[...] Em verdade a história, pelo menos no que se refere à Andorinha, começara antes.[...]Como não posso mais escrevê-lo onde devido, dentro das boas regras da narrativa clássica, resta-me apenas suspender mais uma vez a acção e voltar atrás. É sem dúvida um método anárquico de contar uma história, eu reconheço. Mas o esquecimento pode ir por conta do transtorno que a chegada da primavera causa aos Gatos e aos contadores de histórias.”

6 Categorias da narrativa: O Tempo
O que o narrador faz é um encaixe de capítulos, cuja narração é interrompida, para ser mais tarde retomada, sem perder o foi à meada. A história tem um desfecho triste entre as personagens principais, mas termina com a Manhã a ganhar a rosa azul prometida no início da história pelo Tempo.

7 Categorias da narrativa: O Tempo
A história principal é narrada de acordo com um tempo cronológico: as estações do ano. Simbolicamente, as estações estão de acordo com os sentimentos das personagens principais.

8 Categorias da narrativa: O Tempo
Na Primavera, o Gato e a Andorinha conhecem-se. No Verão o Gato apercebe-se que está apaixonado pela Andorinha e fica com ciúmes por ela sair com o Rouxinol.

9 Categorias da narrativa: O Tempo
No Outono, o Gato sofre com as outras personagens, devido à má fama que tivera no passado (mau, rabugento, perigoso, temido). Escrevia poemas, para a amada, de modo apaixonado, nostálgico. O Inverno é caracterizado pela separação dos amantes – a tristeza, de certo modo, acompanha-os.

10 Categorias da narrativa: O Tempo
Entretanto, o narrador altera a ordem cronológica ao utilizar algumas analepses e prolepses, que servem como uma narração abreviada para explicar melhor algum assunto. É o caso do “Capítulo inicial, atrasado e fora do lugar”. O próprio narrador é inteligente ao dizer que foi “por um erro de estrutura ou por moderna sabedoria literária”.

11 Categorias da narrativa: O ESPAÇO
Referimos apenas a algumas personagens para aguçar mais a vontade de ler esta obra. Falemos então dos três tipos de espaço: físico social psicológico

12 Categorias da narrativa: O ESPAÇO
O espaço físico da história é um parque, onde as personagens se movem, visto com muita clareza pelas personagens: é o lugar onde eles vivem.

13 Categorias da narrativa: O ESPAÇO
Em termos de espaço social, podemos dizer que o Gato é um vagabundo, que vive no parque, livre de impedimentos porque todos o temiam. A Andorinha já é uma “flor de estufa”, muito bem protegida pela sua classe social, a classe social alta. Podemos afirmar que este é um amor impossível também devido às diferenças de classes sociais. 

14 Categorias da narrativa: O ESPAÇO
A nível psicológico, o Gato Malhado sofre uma experiência que lhe abre as portas para as recordações, a memória de uma paixão idealizada, romântica e sofrida. Este sofrimento fá-lo crescer no seu interior.

15 Categorias da narrativa: O NARRADOR
O narrador não participa na história. É heterodiegético, ou seja, é totalmente alheio aos acontecimentos que narra. Por isso, a sua narração é feita na 3ª pessoa:

16 Categorias da narrativa: O NARRADOR
“A história que a Manhã contou ao Tempo para ganhar a rosa azul foi a do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá; [...] Eu a transcrevo aqui por tê-la ouvido do ilustre Sapo Cururu [que contou o caso] para provar a irresponsabilidade do amigo [...].”

17 Categorias da narrativa: O NARRADOR
O seu ponto de vista, como podemos observar na passagem acima, é de uma focalização externa, onde o narrador é um mero observador, exterior aos acontecimentos. Narra aquilo que pode apreender através dos sentidos: ele não penetra no interior das personagens.

18 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Aqui far- se-á uma breve descrição das personagens do livro. Jorge Amado não escreveu a obra de forma inocente. Cada animal tem uma carga simbólica bem definida, mas isso fica a critério de quem lê a obra. Relevo das personagens na obra. A caracterizações das personagens é feita ou pelas outras personagens ou pelo narrador.

19 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Manhã e Tempo A Manhã é vista como uma figurante. É uma funcionária relapsa, preguiçosa, fanática por uma boa história, distraída, sonhadora. Ela apaga as estrelas e acende o Sol.  O Tempo, também figurante, é o Mestre de tudo e de todos.

20 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS: O Gato Malhado
Retrato Psicológico Criatura egoísta e solitária De mau humor Sujeito caladão Orgulhoso Sinistro personagem Bicho feio Cruel / assassino Retrato Físico Olhos pardos – feios Corpanzil forte e ágil De riscas amarelas e negras Aspecto de meia idade Nariz róseo Riso mau Flexível de corpo De grandes bigodes Gatarraz

21 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS: A Andorinha
Retrato Psicológico Louquinha Independente Sociável /Amável Bem comportada Bondosa Arisca Retrato físico Bela Jovem Adolescente Riso argentino

22 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Rouxinol Personagem secundária. É belo, gentil, de raça volátil. É o professor de canto da Andorinha e também seu pretendente. É com ele que a Andorinha vai casar. Desperta ciúmes no Gato, porque é uma ave.

23 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Reverendo Papagaio Personagem secundária. Tinha passado algum tempo num seminário e dava aulas de religião. Por debaixo da capa religiosa, é um hipócrita, covarde e devasso, que fazia propostas indecentes ao público feminino. É o único que falava "a língua dos homens".

24 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Galo Don Juan de Rhode Island Personagem secundária. O Galo, polígamo, “maometano”, devasso, orgulhoso (nota-se até no nome!). Foi o juiz do casamento da Andorinha e do Rouxinol.

25 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
Sapo Cururu Personagem secundária. Companheiro do Vento, o Sapo é quem conta a história da obra ao narrador. Ele é visto como um ilustre, um intelectual, um académico, que vai denunciar ao leitor que o Gato plagiou sonetos. 

26 Categorias da narrativa: As personagens
Pombo-Correio Personagem secundária. Fazia longas viagens, levando a correspondência do parque. Tinha boa índole, mas era visto como um tolo porque a Pomba-Correio o traia com o Papagaio.

27 OUTRAS PERSONAGENS Vaca Mocha Personagem secundária. É vista como uma figura com muito prestígio, respeitada por todos, pois era descendente de um touro argentino. É tranquila, circunspecta, um pouco solene e irónica. No entanto, possuía um temperamento vingativo e um humor variável. A sua língua é uma mistura de português com espanhol para dar um certo prestígio.

28 Categorias da narrativa: As personagens
Pata Pepita e o Pato Pernóstico São figurantes. Ajudam a compor o ambiente no que diz respeito à vida social do parque. Uma das frases importantes para ilustrar a condenação do amor do Gato e da Andorinha é dita pela Pata: “pata com pato, [...] andorinha com ave, gata com gato”.

29 Categorias da narrativa: AS PERSONAGENS
A Velha Coruja É Figurante. Sabia a vida de todos no parque e é com ela que o Gato falava mais. Os Cães Figurantes. Servem para ajudar a compor o ambiente do parque.

30 Categorias da narrativa: OUTRAS PERSONAGENS
O Vento Foi quem originou a história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá. É um figurante na história. Um velho atrevido, ousado, aventureiro, alegre, dançarino de fama. Ele soube desta história de amor através das suas aventuras e resolve contá-la à Manhã para a cortejar.

31 INTRODUÇÃO: RESUMO Esta é a história de um gato que se apaixona por uma andorinha causando estranheza a todos os outros animais que habitavam um parque. A Andorinha está prometida ao Rouxinol mas, ao mesmo tempo, incentiva o amor do Gato. Acontecem juras, o Gato escreve poemas, eles passeiam juntos enquanto as outras personagens condenam o amor impossível.

32 O ROMANCE Quando Jorge Amado escreveu este romance, estava a pensar nele como prenda de anos para o seu filho mais velho, João, quando este completava um ano de idade. Estava exilado em Paris, em 1948, devido às circunstâncias da sua vida.

33 O ROMANCE Mas este romance está impregnado dum outro género narrativo, como afirma Jorge Amado na sua Dedicatória: “Ao concordar, em Agosto de 1976, com a publicação desta velha fábula[...].”

34 O ROMANCE Chamo-lhe romance devido ao tema que se trata: “uma história de amor” e algumas características apresentadas. Este subtítulo da obra faz-nos imaginar um romance entre as personagens principais, com um carácter dinâmico. É uma narrativa onde há uma mescla entre o diálogo, a narração e a descrição das personagens. O que vamos encontrar é um amor impossível entre um gato e uma ave, inimigos por natureza.

35 O ROMANCE Descrita como uma instância narrativa constituída por situações paradigmáticas, que utiliza principalmente animais para destacar conclusões moralizantes, a fábula é, antes de mais, uma metaforização de diferentes tipos humanos sociais, que compõem um espectro dramático e dinâmico da sociedade. A linearidade característica é-lhe atribuída por este aspecto narrativo. Como componentes da narrativa consideram-se a própria narração, a lírica e a dramática.

36 O ROMANCE Nesta obra existem muitas características da fábula:
o cenário é um mundo dos animais, o parque, um lugar delimitado e circundante, onde o tempo está dividido em estações do ano. Cada personagem emite a sua voz na narrativa e representa uma voz social. A fábula impõe uma escolha que a Andorinha terá de fazer no fim: ‘o amor de Rouxinol ou o amor do gato?’ (Contudo, esta escolha já estava predefinida pelas outras personagens. ) O número de personagens é reduzido; Os espaços também…. há uma pequena complexidade da acção.

37 O ROMANCE É importante notar a funcionalidade dos textos em versos que são (im)postos na obra. Jorge Amado conhece bem a sua terra natal - Bahia, onde a literatura oral é até hoje, muita das vezes, mais importante que a escrita. A sabedoria popular entra nesta obra através de versos, os quais assentam como uma luva na realidade de Jorge Amado, nos seus romances de carácter social e de costumes. Destacamos um dos mais importantes:

38 O ROMANCE “O mundo só vai prestar Para nele se viver No dia em que a gente ver Um maltês casar  Com uma alegre andorinha Saindo os dois a voar O noivo e sua noivinha Dom Gato e Dona Andorinha” Jorge Amado buscou, num poeta popular da sua terra, a fábula do romance contado em verso.

39 O ROMANCE - conclusão Podemos dizer que há uma mistura de géneros, mas que não deixa de ser uma história de amor. Esse amor é impossível, devido aos preconceitos. Comparando a história com a realidade social que tanto preocupava Jorge Amado, encontramos os preconceitos sociais, económicos e culturais e concluimos que o livro tem um cariz moralizante muito forte.


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