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Professora: Patrícia Maciel de Castro

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Apresentação em tema: "Professora: Patrícia Maciel de Castro"— Transcrição da apresentação:

1 Professora: Patrícia Maciel de Castro
PSICOPATOLOGIA Professora: Patrícia Maciel de Castro

2 PSICOPATOLOGIA Ciência que estuda as anormalidades
psíquicas do ser humano. Comportamento patológico é aquele que foge ao normal, ao sadio e ao socialmente aceito e benéfico a todos. Método utilizado pela psiquiatria como ferramenta para diagnóstico: FENOMENOLOGIA descreve os fenômenos psíquicos que são vividos diretamente pelo indivíduo

3 PSICOPATOLOGIA FENOMENOLÓGICA
Existem dois meios de adoecer: 1- O desenvolvimento constituição personalidade história do paciente 2- O processo algo diferente e novo na constituição e história do paciente.

4 FUNÇÕES PSÍQUICAS Temos várias funções psíquicas.
A separação da atividade mental em áreas distintas ou funções psíquicas é um artifício didático. Não existem funções psíquicas isoladas. Consideramos a pessoa adoecida em sua totalidade.

5 O DIREITO E TRANSTORNOS MENTAIS
Temos que tratar de forma diferenciada uma pessoa que comete algum delito e que possui transtornos mentais. Ele passa ser inimputável, ou seja, não haverá o cumprimento de pena, e essa se transformará em medida de segurança. Os diagnósticos e estados mentais que aparecem mais freqüentemente diante do perito em Psiquiatria Forense são: Neuroses: notadamente a obsessiva-compulsiva e histérica. Psicoses: esquizofrenias, parafrenias, orgânicas e senis. Retardo Mental (oligofrênia). Transtornos de Personalidade: Psicopatias. Dependentes químicos e suas complicações. Epilepsias e suas complicações. Transtornos dos Impulsos (compulsões, piromania, jogo). Parafilias ou Desvios sexuais

6 EXAME PSÍQUICO DAS FUNÇÕES PSÍQUICAS
Aparência Geral Consciência Atenção e Orientação Sensopercepção Pensamento Afetividade Vontade Memória Inteligência

7 FUNÇÃO PSÍQUICA - CONSCIÊNCIA
É a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orientar de forma adequada, é estar lúcido. A consciência pode ser considerada do ponto de vista psiquiátrico, como um processo de coordenação e de síntese da atividade psíquica. É uma das funções psíquicas com a qual estabelecemos contato com a realidade, através do qual tomamos conhecimento direto e imediato dos fenômenos que nos cercam.

8 CONSCIÊNCIA Capacidade do indivíduo de perceber o que está ocorrendo dentro e fora de si mesmo. Os distúrbios desta função geralmente indicam dano cerebral orgânico. A consciência demarca um campo, no qual se pode delimitar um foco e uma margem. Podemos ter alterações "fisiológicas" da consciência, dentre elas, sono, sonho, hipnose e cansaço. É o estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa se encontra, variando da vigília até o coma. Campo Margem FOCO

9 A consciência pode se alterar por processos fisiológicos e por processos patológicos.
No momento em que determinados sintomas, comportamentos, relações que começam a trazer prejuízo a nossa consciência - já se pode chamar de patológico. Normal Patológico

10 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS
Alterações quantitativas (graus de rebaixamento da consciência): 1 – OBNUBILAÇÃO- caracteriza-se pela diminuição da sensopercepção, lentidão da compreensão e da elaboração das impressões sensoriais. Pensamento ligeiramente confuso (gripe,cansaço, grog) 2 – SOPOR - turvação, incapaz de ação espontânea (diazepan em altas doses) 3 – COMA – é o grau mais profundo de rebaixamento da consciência - não consegui reagir. 4 – Síndromes associadas: Delirium (provocado por substâncias químicas) Estado Onírico (crises de abstinência)

11 ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
Aqui uma certa parte do campos da consciência esta preservada, normal, e outra parte esta alterada. 1- ESTADOS CREPUSCULARES (estreitamento transitório do campo com conservação da psicomotricidade). Pode surgir e desaparecer abruptamente. Atos explosivos violentos e episódios de descontrole emocional. (epilepsia e a histeria) 2 – DISSOCIAÇÃO DA COSNCIÊNCIA- fragmentação do campo com perda da unidade psíquica. Ela é uma saída estratégica defensiva para lidar com a ansiedade – o indivíduo”desliga” da realidade para parar de sofrer.

12 ALTERAÇÕES QUALITATIVAS
3 – TRANSE - estado de dissociação que se assemelha a um sonho acordado com presença de atividade motora automática. (Receber espírito, Espírito Santo)

13 A ATENÇÃO Capacidade de se concentrar – o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. Dois tipos básicos: Atenção Voluntária: concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto. Atenção Espontânea: suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta esse ou aquele objeto, pouco controle do sujeito. O interesse e o pensamento dirigem a atenção.

14 AMPLITUDE DA ATENÇÃO ATENÇÃO FOCAL ATENÇÃO DISPERSA
ATENÇÃO SELETIVA (seleção de estímulos) ATENÇÃO SUSTENTADA (manutenção da seletiva sobre determinado objeto) permite a atenção por tempo prolongado, resistindo a fadiga. TENACIDADE – capacidade de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. ATENÇÃO FLUTUANTE- deixar a tenção fluir.

15 ALTERAÇÃO DA ATENÇÃO HIPOPROSEXIA - diminuição global da atenção - TDAH APROSEXIA – a total abolição da capacidade de atenção. HIPERPROSEXIA - atenção exacerbada- obstinação. DISTRAÇÃO - não é um déficit mas uma superconcentração ativa sobre um conteúdo com inibição de tudo mais. (cientistas) DISTRAIBILIDADE - instabilidade e mobilidade , dificuldade ou incapacidade para se fixar.

16 ATENÇÃO Nos quadros maníacos há a diminuição da atenção voluntária e aumento da atenção espontânea com hipervigilância e hipotenacidade (pouca atenção). A atenção do indivíduo em fase maníaca “salta” rapidamente de um estímulo para outro, sem se fixar em nada. Nos quadros depressivos, há geralmente uma diminuição geral da atenção , ou seja, uma hipoprosexia.

17 A ORIENTAÇÃO Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo, espaço ou situação e reconhecer sua própria pessoa. AUTOPSÍQUICA – orientação do indivíduo em relação a si mesmo. Revela se o paciente sabe quem é, como se chama, que idade tem, qual sua profissão, estado civil, religião. ALOPSÍQUICA – orientação em relação ao mundo: quanto ao tempo (temporal) e quanto ao espaço (espacial).

18 ORIENTAÇÃO 1– ORIENTAÇÃO TEMPORAL – se o paciente sabe em que momento cronológico estamos vivendo, a hora do dia, se é manhã, tarde ou noite, dia da semana, dia do mês, o mês do ano, o ano. 2 – ORIENTAÇÃO ESPACIAL – Pergunta-se ao paciente que lugar ele se encontra, a instituição em que estamos, o andar do prédio, o bairro, a cidade, o estado o país.

19 ORIENTAÇÃO A vivência de espaço no indivíduo em estado maníaco é a de um espaço extremamente dilatado e amplo, que invade o espaço das outras pessoas. O maníaco desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo o espaço externo fosse seu. Nos quadros depressivos o espaço externo pode ser vivenciado como muito encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelo outros. O indivíduo com o quadro paranóide vivencia o seu espaço interno como invadido por aspectos ameaçadores, perigosos e hostis do mundo.

20 SENSOPERCEPÇÕES Todas as informações do ambiente chegam ao organismo por meio das sensações. Os estímulos agem sobre os órgãos dos sentidos estimulando os receptores e produzindo as sensações. O ambiente fornece constantemente informações sensoriais ao organismo, que por intermédio delas, auto-regula-se e organiza suas ações voltadas a sua sobrevivência.

21 ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
As imagens perceptivas têm uma intensidade anormal, para + ou para –. HIPERESTESIA – as percepções estão anormalmente aumentadas. Sons amplificados, ruídos= estrondos, cores vivas e intensas. (cocaína e maconha, esquizofrenia aguda, epilepsia) HIPOESTESIA- é percebido como um mundo mais escuro, cores pálidas, sem brilho, alimentos sem sabor, mundo sem gosto e sem cheiro (depressão). ANALGESIA- ausência de percepção de partes do corpo (pacientes histéricos, somatizadores, hipocondríacos).

22 ALTERAÇÕES QUALITATIVAS + importantes da psicopatologia
ILUSÃO – percepção deformada, alterada de um objeto real e presente. Acontece com rebaixamento do nível da consciência, fadiga grave e determinados estados afetivos. Poça de água (estrada) ALUCINAÇÃO – percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.

23 TIPOS DE ALUCINAÇÕES + FREQUENTES
AUDITIVAS – escuta vozes MUSICAL – escuta músicas VISUAL – vê coisas, caveiras, pessoas mortas, entidades, TÁTEIS- bichos em sua pele, sensações no corpo, choques. OLFATIVAS E GUSTATIVAS CENESTÉSICAS (PARTES INTERNAS) – víbora dentro do abdômen, fígado despedaçando. CINESTÉSICAS (MOVIMENTOS DO CORPO) – pernas encolhendo Aqui não existe nenhum estímulo sensorial, ou seja, é simplesmente alucinação.

24 MÉMORIA É a capacidade de registrar, manter e evocar os fatos já ocorridos. A capacidade de memorizar relaciona-se intimamente com o nível da consciência, com a atenção e com o interesse afetivo. Os processos de aprendizagem dependem intimamente da capacidade de memorização.

25 Processos Psicológicos da engramação da memória (fixação):
1 – Nível de consciência e estado geral do organismo (estar desperto, alimentado,calmo) 2 – Atenção – atento ao conteúdo a ser fixado. 3 – Senso percepção preservada 4 – Vontade e Afetividade – empenho em aprender 5 – Capacidade de compreensão do conteúdo a ser fixado.

26 6 – Organização temporal das repetições- distribuição do tempo
7 – Canais envolvidos na percepção (quanto maior, mais eficiente) método audiovisual 8 – Conservação: repetição e associação com outros elementos.

27 Alterações da memória Esquecimento ( normal, repressão, recalque)
Alterações quantitativas (hipermnésias, amnésia, mal de alzheimer, drogas, dano cerebral) Alterações qualitativas – lembrança deformada que não é real (ilusões mnémicas, alucinações mnémicas, fabulações (imaginação) Transtorno do reconhecimento (agnosias) – déficit de reconhecimento de estímulos sensoriais. (perda da capacidade de reconhecer objetos ou símbolos utilizando um dos cinco sentidos).

28 A VIDA AFETIVA É a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivencias humanas. Sem afetividade a vida mental se torna vazia, sem sabor. A afetividade compreende varias modalidades de vivencias afetivas, como o humor, as emoções e os sentimentos, afeto, paixões.

29 Afetividade Humor ou estado de ânimo (tônus afetivo), o estado emocional no qual se encontra a pessoa no momento. Emoções (reações afetivas, agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos). Sentimentos (estados e configurações afetivas estáveis, alegria, tristeza, amizade, raiva, remorso) Afeto (qualidade e tônus emocional ligado a representação mental) Paixão (estado afetivo extremamente intenso)

30 Humor Do latim, líquido Tônus afetivo do indivíduo
Estado emocional basal e difuso no qual se encontra a pessoa em determinado momento. É a disposição afetiva de fundo que penetra toda a experiência psíquica , a lente afetiva que dá as vivências do sujeito, a cada momento , uma cor particular, ampliando ou reduzindo o impacto da experiências reais e muitas vezes , chegando a modificar a natureza e o sentido das experiências vivenciadas. Eutimia = equilíbrio do humor

31 Alterações da Afetividade
Alterações do Humor: 1 – Distimia - alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição, quanto no sentido de exaltação. 2 – Humor triste e ideação suicida - relacionado muito freqüentemente com o humor depressivo, acompanhado de desesperança e muita angústia, onde ocorrem idéias relacionadas à morte; idéias, atos e planos suicidas, além de tentativas reais de suicídio.(vídeo) 3 – Hipotimia - base afetiva com toda síndrome depressiva. 4- Hipertimia – humor patologicamente alterado no sentido da exaltação, euforia e da alegria. (bipolar) Ex: juiz da vara de família de Neves (revolver em cima da mesa em audiências )

32 Alterações da Afetividade
5 – Disforia: é uma distimia que se acompanha de uma tonalidade afetiva desagradável, ou seja, quando se fala de depressão disfórica, está se falando de um tipo de depressão acompanhada de um forte conteúdo de irritação, amarguras, desgosto ou agressividade. 6 – Puerilidade - é uma alteração de humor que se caracteriza por seu aspecto infantil, onde o indivíduo ri ou chora por motivos considerados banais, além de que sua vida afetiva, pode ser superficial e ausente de afetos profundos.

33 Alterações da Afetividade
7 – Irritabilidade patológica - é quando tudo é vivenciado com muita irritação, ou seja, o doente reage prontamente de forma disfórica a qualquer estímulo por menor que seja o mesmo, como por exemplo, um barulho de crianças, ruído de carros, de televisão ou etc. Ansiedade, Angústia e Medo Reação universal e fisiológica diante de insegurança ante algo inesperando ou desconhecido Fases: prudência, cautela, alarme, ansiedade, pânico e terror

34 Alterações da Afetividade
Alterações das emoções: 1 – Apatia – o indivíduo não vivencia nenhum tipo de afeto, não podendo sentir alegrias, tristezas ou raivas. Não possui vínculo com o filho. 2 – Hipomodulação do afeto – é a incapacidade do indivíduo de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez do indivíduo na sua relação com o mundo. Rigidez afetiva - Estados: esquizofrenia 3 – Inadequação do afeto – reação completamente incongruente a situações existenciais ou a determinados ideativos. Desarmonia psíquica, contradição - Estados: histeria 4 – Distanciamento afetivo- é a perda progressiva e patológica das vivências afetivas, com um empobrecimento relativo à possibilidade de vivenciar alternâncias e variações afetivas.

35 Alterações das emoções:
5 – Embotamento afetivo - é a perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. Objetiva, observável: mímica, postura e atitudes - Estados: esquizofrenia 6 – Anedonia - é a incapacidade total ou parcial de obter prazer com determinadas atividades e experiências da vida na qual eram prazeráveis ao indivíduo, ou seja, o mesmo não consegue mais sentir prazer social, desfrutar de um bom papo com os amigos, um almoço com a família e assim por diante. Estados: depressão, esquizofrenia, transtorno de personalidade grave 7 – Labilidade – é quando ocorrem mudanças abruptas e inesperadas de um estado afetivo para outro, onde o indivíduo pode estar bem humorado num momento e em poucos instantes, começar a chorar e novamente voltar a sorrir depois de algum tempo. Estados: depressão, mania, ansiedade, esquizofrenia.

36 Alterações das emoções:
8 – Ambivalência - são sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto, ou seja, sentimentos que ocorrem de modo absolutamente simultâneo, onde o indivíduo sente por uma pessoa ou objeto, ódio e amor, rancor e carinho, simultaneamente . Estados: esquizofrenia 9 – Fobia - as fobias são medos psicopatológicos, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidos pelos objetos do mundo exterior (situações fobígenas). Nos indivíduos fóbicos, o contato com os objetos ou situações fobígenas desencadeia muito freqüentemente,uma intensa crise de ansiedade. Agorafobia: medo de espaços amplos ou aglomerações/congestionamentos.

37 10 – Pânico - o pânico se caracteriza por uma reação de medo intenso, de pavor relacionado geralmente ao perigo imaginário de morte, descontrole ou desintegração. Crises agudas e intensas de ansiedade com descarga autonômica (palpitações, sudorese fria, tremores, parestesias, falta de ar, desconforto, dor, náusea, cabeça vazia) Pode ocorrer despersonalização ou desrealização Origem: desencadeante ou aleatório, como reação à sensação de desamparo, falta de apoio ou acolhimento Outros: Ciúme: receio, medo, tristeza ou raiva diante da idéia de traição ou abandono Inveja: desconforto, raiva e angústia por não possuir o que outro possui (objetos, qualidades, relações)

38 A paixão altera o cerébro como droga
PAIXÃO (VÍDEO) É um estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em só direção, inibindo outros interesses. A paixão intensa impede o exercício de uma lógica imparcial. Ex: Padrasto com enteada de 12 anos video A paixão altera o cerébro como droga

39 AMOR PATOLÓGICO Caso Doca Street   Ângela, nos anos 70: “Ela vivia comparando Doca com outros namorados”, conta o advogado Evandro Lins e Silva “Quem ama não mata.” O slogan marca a luta das mulheres contra a violência infligida a elas pelos seus parceiros e surgiu em 1981, no dia em que o paulista Raul Fernandes do Amaral Street, conhecido por Doca Street, foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato da namorada Ângela Diniz, conhecida como “Pantera de Minas”. Doca havia sido julgado dois anos antes e condenado a dois anos com sursis (suspensão condicional da pena) e, graças a movimentos feministas que com tal slogan pediram novo julgamento, e ao promotor de Justiça que recorreu da decisão, o assassino foi parar atrás das grades. Caso Lindomar Castilho- Lindomar e Eliana de Grammont, morta por ele com um tiro: “Eu a amava com certeza total”, diz o cantor “Ele estava a quase dois metros dela quando disparou. Levantei do banco e atirei o violão no rosto do assassino... Somente mais tarde percebi que também estava ferido, com uma bala na barriga. Mesmo assim, acompanhei Eliana, que chegou morta no hospital.” A descrição é do violonista Carlos Roberto da Silva, parceiro musical da vítima, Eliana de Grammont, que tinha 26 anos, e primo do assassino, o músico Lindomar Castilho. O crime aconteceu em 1981 no bar Belle Époque, em São Paulo. Lindomar alvejou a ex-mulher e cantora no peito. “Não há registro do que aconteceu em minha cabeça. Eu a amava com certeza total”, disse Lindomar a Gente, de Goiânia, onde mora atualmente. “Qualquer pessoa sob forte emoção é capaz de fazer o mesmo. Me desliguei da realidade por causa de uma violenta emoção.”

40 Caso Dorinha Duval   Aos 15 anos, ela fora violentada. Três anos mais tarde, passou a prostituir-se por enfrentar dificuldades financeiras e sofreu um aborto. Atriz da Rede Globo (atuou em O Bem Amado), casara-se com o ator e diretor Daniel Filho e fora abandonada por ele. Em seu segundo casamento, com o cineasta Paulo Sérgio Alcântara, viveu uma relação conturbada. A dramática retrospectiva da vida de Dorinha Duval, foi exposta em júri, em 1983, pelo advogado Clóvis Sahione, que defendeu a atriz no processo em que ela era acusada de matar Paulo Sérgio. Por sete votos a zero, Dorinha foi condenada a um ano e meio de prisão com sursis (suspensão condicional da pena). Três anos antes, Dorinha matara com três tiros o marido com quem estava casada havia seis anos. Dez dias depois, em declaração para a polícia, disse que iniciou com o marido uma discussão no quarto. Ela conta que o procurou carinhosamente e foi repelida. Aos 51 anos, 16 a mais que Paulo Sérgio, a atriz reclamou da atitude e, como mostra o livro, o marido disse que Dorinha era uma velha e que só apreciava meninas de corpo rijo. Dorinha na delegacia, em 1980: ex-atriz que matou marido foi para a prisão aos 62 anos e, hoje, sobrevive como artista plástica Dorinha disse que encararia um cirurgia plástica, mas Paulo Sérgio teria respondido: “Você não dá mais, nem com operação”. Para se defender sob argumento de legítima defesa, Dorinha contou que respondeu aos insultos dizendo ao marido que, quando ele precisava de dinheiro, era a ela que ele recorria. E, a partir de então, Paulo Sérgio a teria agredido até que ela

41 A Vontade Vontade: é uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente à esfera instintiva, afetiva e intelectiva e ao conjunto de valores, princípios, hábitos e normas sócio-culturais do indivíduo. Ato volitivo: é traduzido pelas expressões típicas do “eu quero” ou “eu não quero”. O ato volitivo se dá, de forma geral, como um processo, o processo volitivo, composto de quatro fases ou momentos fundamentais.

42 A Vontade Processo volitivo: tem diferentes fases:
1 - Fase de intenção ou propósito – inclinações e interesses, impulsos, desejos e temores inconscientes. 2 - Fase de deliberação – análise básica do negativo ou do positivo. 3 - Fase de decisão propriamente dita – momento culminante, que demarca a ação. 4 - Fase de execução- os atos são postos em funcionamento. Obs.: a ação voluntária é um ato de vontade pautado pelas quatro fases do processo volitivo, onde a ponderação, análise e reflexão precedem a execução motora. O sujeito pode ter a intenção – deliberar – decidir e executar (crime com dolo)

43 Alterações da vontade Abulia: abolição da atividade volitiva. Não se levanta da cama nem para necessidades básicas. Hipobulia: diminuição da atividade volitiva. Faz apenas as atividades básicas. O indivíduo refere não ter vontade para nada, sente-se desanimado, sem forças, em geral associadas à apatia, fadiga fácil, dificuldade de decisão (clássico do depressivo grave). Hiperbulia - paciente executa todas as suas vontades, que estão aumentadas. Ele passa por todas as fases do processo.

44 A Vontade Atos impulsivos versus atos compulsivos Atos impulsivos –(não passa pelas fases de intenção, deliberação e decisão) Isso ocorre em função da intensidade dos desejos e também devido a uma fragilidade das instâncias psíquicas envolvidas na reflexão, análise, contenção e refreamento dos impulsos e desejos. Caso: travesti, prostituta e cliente.

45 A Vontade Atos compulsivos – é reconhecido pelo indivíduo como indesejável (egodistônico), inadequado e ainda a tentativa de refreá-lo ou odiá-lo. O ato passa por todas as fases do processo volitivo. O indivíduo que realiza sente desconforto ao realizá-lo, tem a tentativa de resistir e sensação de alívio ao realizá-lo, até que venha nova vontade ou necessidade em fazê-lo. Pode estar associado a idéias obsessivas muito desagradáveis, com os tais atos representando muitas vezes tentativas de “neutralizar” os tais pensamentos. Pode ter a idéia de que está sujo ou contaminado, necessitando passar por rituais de lavagem/purificação.

46 A Vontade Tipos de impulsos e compulsões patológicas agressivas auto ou heterodestrutivas: Automutilação – impulso ou compulsão seguido de ato de auto-lesão voluntária. Costumam produzir escoriações na pela, arrancarem cabelos, furarem-se com pregos e vidros. Mutilações leves e moderadas são observadas em paciente com transtorno de personalidade borderline e indivíduos com TOC. As formas mais graves (auto-enuceleação –extração do pp olho e extirpação do pênis) são vistas em psicóticos.

47 A Vontade Frangofilia – impulso de quebrar tudo à volta, atirar objetos aos outros e nas paredes. Ocorre em pacientes borderline, sociopatas, psicóticos, intoxicados por drogas, etc. Piromania – ateia fogo a objetos e lugares. Acomete transtornos de personalidade. Impulso e ato suicida – envolve o desejo e o ato de se matar. Quase sempre associado a outros quadros mentais e condições como humor deprimido, desesperança, ansiedade, dor ou disfunções orgânicas crônicas.

48 Impulsos relacionados à ingestão de drogas e alimentos
A Vontade Impulsos relacionados à ingestão de drogas e alimentos Dipsomania – impulso periódico para ingestão de grandes quantidades de álcool. O indivíduo bebe seguidamente até a inconsciência. Bulimia – é o impulso irresistível a ingerir rapidamente grande quantidade de alimento que se possa conseguir, até o limite físico, com culpa e arrependimento logo após a ingestão. O medo de engordar leva à indução de vômitos e uso de laxativos.

49 Alterações relacionadas ao impulso e comportamento sexual
A Vontade Alterações relacionadas ao impulso e comportamento sexual Fetichismo – é o impulso e desejo sexual concentrado ou exclusivo em partes da vestimenta ou do corpo da pessoa desejada. Exibicionismo – ato de exibir os órgãos sexuais, em geral contra a vontade do observador, gerando prazer. Não busca o contato sexual, o prazer vem pela exibição. Voyerismo – impulso em obter prazer pela observação apenas visual de uma pessoa nua despindo-se ou no ato sexual. Prazer apenas em olhar.

50 A Vontade Pedofilia – desejo sexual por crianças e/ou adolescentes do sexo oposto. (Vídeo assassino de Maringá)

51 A Vontade Pederastia – desejo sexual por crianças e/ou adolescentes do mesmo sexo. Gerontofilia – desejo sexual por pessoas muito mais velhas que o indivíduo. Zoofilia ou bestialismo – desejo sexual dirigido a animais. Coprofilia – busca de prazer utilizando excrementos no ato sexual. Ninfomania – Satiríase – desejo sexual exageradamente elevado em mulheres e elevado em homens. Compulsão à masturbação – intensa necessidade de realizar atividades masturbatórias repetitiva-mente, mesmo sem ter prazer. Raro.

52 Psicopatologia da Vontade
Necrofilia ou vampirismo – desejo sexual dirigido a cadáveres ou chupar sangue e comer órgãos vitais (Chacina de Zé Doca)

53 A Vontade Outros impulsos e compulsões
Cleptomania ou roubo patológico – ato impulsivo ou compulsivo de roubar, precedido de intensa ansiedade e apreensão, aliviada quando o indivíduo consegue realizar o ato. O valor dos objetos roubados não importa, o mais importante é o ato de roubar e a excitação, prazer que isso desperta no indivíduo. Compulsão a comprar – necessidade exagerada em comprar objetos, roupas, livros, etc. a compra é compulsiva e não observa a quantidade, a necessidade de se adquirir o objeto, nem ao menos a condição financeira. Sente alívio após realizar a compra e tal alívio dura pouco, logo vindo culpa e arrependimento.

54 O pensamento Curso – modo como o pensamento flui, velocidade e ritmo
Forma – estrutura básica, “arquitetura” Conteúdo – temas, assuntos predominantes Os elementos constitutivos do pensamento, são o conceito, o juízo e o raciocínio.

55 Alterações do Pensamento
Alterações dos elementos constitutivos ( Conceitos e Juízo) Juízo deficiente- tipo de juízo falso a elaboração do juízo é prejudicada pela deficiência intelectual, pela pobreza cognitiva do sujeito, juízos são simplista, concretos e influenciados pelo meio social. Alterações do Raciocínio e estilo de pensar (pensamento lógico e racional, tipos de pensamento: mágico (desejos, fantasias e temores), inibido (pensamento lento rarefeito pouco produtivo), concreto (fato puro e simples), vago (falta de clareza e precisão no raciocínio), prolixo (pouco objetivo, dá voltas ao redor da tema), oligofrênico ou deficitário (pensamento pobre e rudimentar), confusional (pensamento incoerente, tortuoso),. Alterações do Processo de Pensamento: 1 – Curso (aceleração, lentificação, bloqueio, roubo) 2 – Forma (fuga, dissociação, afrouxamento, desagregação, etc.) 3 – Conteúdo = a temática do pensamento (perseguição, religioso, sexual, poder, ruína, culpa, hipocondríaco, etc.)

56 Juízo de Realidade Ajuizar = produzir juízo Ajuizar = julgar
Juízo implica julgamento – parte individual, parte subjetiva, parte social, parte produzido historicamente, parte reproduzindo um contexto sociocultural. Ajuizar quer dizer julgar, discernir o certo do errado, a verdade e a mentira. Deve-se lembrar que as alterações do juízo da realidade são alterações do pensamento. Erro X Juízo Falso (delírio) O juízo pode ser errado de juízo falso (delírio)

57 Juízo de Realidade DISTINÇÃO FUNDAMENTAL: ERRO SIMPLES VERSUS DELÍRIO
A primeira constatação é que não existe um limite nítido, fácil e decisivo entre o erro e o delírio. O erro origina-se da ignorância, do julgar apressado e baseado em premissas falsas.

58 O Delírio ou Idéias delirantes
“SÃO JUÍZOS PATOLOGICAMENTE FALSEADOS” O delírio é um erro do ajuizar, que tem origem na doença mental. Sua base é mórbida e é motivado por fatores patológicos e tem características especiais como: Uma convicção extraordinária, não podendo se colocar em dúvida a veracidade do delírio; O delírio é um falso juízo, onde o seu conteúdo é impossível, embora alguns pacientes possam vivenciar o seu delírio.

59 O delírio :conteúdos e tipos mais freqüentes
1 – Perseguição – Querem me pegar 2 – Autoreferência – Estão rindo de mim 3 – Relação (conexões significativas) – depois da chuva, os alienígenas vão atacar a terra. 4 – Grandeza- tenho poderes, vejo o futuro. 5 – Místico ou religioso - Eu sou Jesus Cristo 6 – Ciúmes – percebe-se traído por esposa/marido 7 – Erótico – Gianechini me pediu em casamento, está apaixonado por mim.

60 O delírio 8 – Ruína – o mundo esta destruído e eu estou morto.
9 – Culpa – Eu sou culpado de tudo 10 – Negação de órgãos – não tem coração, está morto 11 – Hipocondríaco- eu tenho AIDS, ou qq doença grave O Artigo 26 do Código Penal Brasileiro diz: Art. 26 É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de

61 A linguagem Principal instrumento de comunicação dos seres humanos
Fundamental na elaboração e expressão do pensamento

62 Alterações da Linguagem
Alterações secundárias à lesões neuronais: Afasias (perda da linguagem falada e escrita) Alexia (perda da capacidade de leitura) Disartria (incapacidade de articular palavras) Disfonia (alteração da sonoridade da fala) Gagueira Dislalia (deformação, omissão dos fonemas)

63 Alterações da Linguagem
Associadas a transtornos psiquiátricos: Logorréia – falar demais Bradifasia - fala muito lenta Mutismo - Perseveração – repete a mesma fala Ecolalia – repetição de um único fonema uuuu

64 CURATELA A Curatela é o instituto jurídico pelo qual o magistrado nomeia uma pessoa, denominada Curador, com a finalidade de administrar os interesses de outrem que se encontra incapaz de fazê-lo. Nosso Ordenamento Jurídico trata deste instituto nos artigos 1767 e seguintes do Código Civil de 2002. Mas antes de tecer considerações a incapacidade do curatelado há que se considerar o que determina nossa legislação a respeito da Capacidade de uma pessoa. Para tanto, o artigo 1º do Código Civil de 2002 determina que “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Apenas são considerados inaptos para o exercício da vida civil, ou seja, absolutamente incapazes de exercê-la, dentre outros, “os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos” (inciso II do artigo 3º). E são essas pessoas que o instituto da Curatela visa proteger.

65 CURATELA Sujeitos à Curatela
Aquelas pessoas que poderão ser submetidas ao instituto da curatela, denominados Curatelados, são as pessoas elencadas no artigo 1767 do Código Civil: Art Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; V - os pródigos.

66 O QUE É CAPS – CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL?
O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida.

67 CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL / CAPSi
Objetivo: Oferecer atendimento terapêutico e promover a reinserção social. Clientela: Crianças e Adolescentes com Transtorno Mental até 17 anos. O que é Transtorno Mental: crianças com Depressão, Transtorno Bipolar, Autismo, Esquizofrenia, Psicoses, hiperatividade, etc.


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