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A utilização de algas marinhas: potencial e valor económico para o
Departamento das Ciências da Vida IMAR-CMA Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra A utilização de algas marinhas: potencial e valor económico para o Litoral Norte Polis Litoral Norte Uma Iniciativa © Leonel Pereira, 2009
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O que são algas ? As algas são organismos que realizam fotossíntese (providos de clorofila e com capacidade de libertar oxigénio) e vivem na água ou em locais húmidos. Trata-se de um grupo onde existe uma grande diversidade de organismos, no que respeita à morfologia, ao grau de complexidade da estrutura do seu corpo e ainda ao tamanho. Devido a esta grande variabilidade as algas são geralmente divididas em microalgas e macroalgas.
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Microalgas São algas de pequena dimensão
É necessário o uso de microscópio para a sua observação Cianobactéria Dunaliella
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Macroalgas Consideram-se macroalgas as algas de maior tamanho, em geral marinhas e por vezes com dimensões consideráveis (podendo atingir 50 m de comprimento), cujo talo chega a apresentar um elevado grau de complexidade.
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Macroalgas Marinhas São algas marinhas macroscópicas que podem atingir vários metros de comprimento. Estas macroalgas apresentam colorações extremamente variadas resultantes da combinação de diferentes pigmentos: Algas Vermelhas (Rhodophyceae) Algas Castanhas (Phaeophyceae) Algas Verdes (Chlorophyceae)
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Os diferentes usos das algas marinhas
Na alimentação Extracção de ficocolóides Extracção de compostos anti-bacterianos, anti-víricos e anti-tumorais, Como biofertilizantes Como bioindicadores e bioacomuladores como fonte de biocombustíveis © Leonel Pereira, 2009
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Consumo mundial de algas marinhas
51,4% 31,4% 8,6% 5,7% 2,9% Carragenana Alimentação directa Agar Alginatos Outros © Leonel Pereira, 2009
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Valor comercial de algumas algas usadas na alimentação
Algas verdes (Clorófitas): O género Monostroma e Ulva têm sido comercializados a cerca de US $ / kg. As algas vermelhas (Rodófitas) do género Porphyra valem cerca de 25 US $ / kg. As algas castanhas (Feofíceas) do género Hizikia valem cerca de 9 US $ / kg e as dos géneros Undaria e Laminaria valem cerca de 2.25 US $ / kg. O valor da produção mundial destas algas é de aproximadamente milhões US $ (Zemke-White e Ohno, 1999).
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Algas marinhas na alimentação
China e Japão Ilhas do Havai, Filipinas, Samatra, Java, Timor, N. Zelândia, Malásia e Austrália Inglaterra, Escócia, Irlanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia e França © Leonel Pereira, 2009
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Algas marinhas na alimentação Potencial uso das espécies presentes no litoral norte de Portugal
Nome Comum Espécie/País Espécie (s) Equivalente (s) KOMBU Japão/China Minho Saccharina japonica (Laminaria japonica) Saccharina latissima (Laminaria saccharina) Rabeiro WAKAME Japão/China Norte de Portugal Undaria pinnatifida Undaria pinnatifida
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Espécie (s) Equivalente (s)
Algas marinhas na alimentação Potencial uso das espécies presentes no litoral norte de Portugal Nome Comum Espécie/País Espécie (s) Equivalente (s) NORI Portugal continental e Açores Japão/China Porphyra spp. Porphyra spp. Portugal continental, Açores e Madeira NORI VERDE Japão/China Ulva spp. Ulva spp. Alface-do-mar
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Algas marinhas na alimentação Potencial uso das espécies presentes no litoral norte de Portugal
Nome Comum Espécie/País Espécie (s) Equivalente (s) ESPARGUETE DO MAR França/Inglaterra Minho Himanthalia elongata Himanthalia elongata Cintas, cordas, corriolas
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Espécie (s) Equivalente (s)
Algas marinhas na alimentação Potencial uso das espécies presentes no litoral norte de Portugal Nome Comum Espécie/País Espécie (s) Equivalente (s) DULSE Minho Irlanda Palmaria palmata Botelho-comprido
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As algas marinhas como suplementos dietéticos
Laminaria, Saccharina: Caracteriza-se pelo elevado conteúdo em sais minerais e oligoelementos. Além de ser útil em dietas de emagrecimento, é usada como anti-inflamatório e anti-reumático.
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As algas marinhas AGARÓFITAS
Gelidium, Gracilaria e outras algas vermelhas: Elevado conteúdo em fibra e sais minerais. Alga produtoras de AGAR (gelatina para uso alimentar)
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As algas marinhas NORI Porphyra: Caracteriza-se pelo seu elevado conteúdo em proteínas, minerais e oligoelementos.
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Valor nutritivo das algas
0,3% 13,5% 9,7% 16% 54% 86,5% 20% Glícidos Água Peso seco Minerais Proteínas Outros Lípidos © Leonel Pereira, 2009
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Ficocolóides: Espessantes, Emulsionantes e Gelificantes
Aplicações: espessantes, gelificantes e estabilizantes de suspensões e emulsões. Principais características: carecem de sabor, cheiro e cor, são solúveis na água e compatíveis com a maioria dos alimentos, no campo da nutrição. Permitem substituir a gordura em derivados lácteos, patês e molhos. Ácido algínico – E400 Alginato de Sódio – E401 Alginato de Potássio – E402 Alginato de Amónia – E403 Alginato de Cálcio – E404 Alginato de propilenoglicol – E405 Agar – E406 Carragenana – E407
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Comportamento, em Solução, dos diferentes tipos de Carragenana
carragenana Kappa carragenana Iota carragenana Lambda Forma um gel forte e quebradiço com sinérese Forma um gel elástico, coesivo e sem sinérese Não gelifica, mas aumenta a viscosidade clarificação do vinho e da cerveja
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Indústria dos Ficocolóides Apanha de Macroalgas Carragenófitas
Colheita de Chondrus crispus e Mastocarpus stellatus em Vila Praia de Âncora
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Algas marinhas na alimentação Potencial uso das espécies presentes no litoral norte de Portugal
AVISO IMPORTANTE É aconselhável colher as algas em áreas com níveis de poluição o mais baixo possível (perto de água limpa, em costa exposta, longe de centros industriais e urbanos, centrais eléctricas e de saídas de esgoto) - usar o um pouco de bom senso e, não tendo a certeza da qualidade ambiental de um determinado local, então colher algas algas noutro lugar. Ulva intestinalis Ulva lactuca
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Workshop Gastronómico
Algas marinhas na alimentação Workshop Gastronómico As Algas Marinhas foram cuidadosamente lavadas e, em seguida, demolhadas em água, durante duas horas, antes da sua utilização. © Leonel Pereira, 2009
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Armazenamento e conservação
Algas marinhas na alimentação Armazenamento e conservação o frigorífico: 2-3 dias para as espécies mais delicadas; até 1 semana para as mais resistentes, como é o caso das espécies de algas castanhas (Phaeophyceae). No congelador: O Congelamento mantém o sabor nas algas mais delicadas (por exemplo, Palmaria palmata, Ulva, Porphyra, etc.) Essas espécies podem ser armazenadas até 6 meses, sem perda de sabor. © Leonel Pereira, 2009
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Armazenamento e conservação
Algas marinhas na alimentação Armazenamento e conservação Secagem A secagem é o método mais eficaz para armazenar quase todos os alimentos perecíveis. Os seguintes métodos foram experimentados e testados, mas será necessário fazer testes com cada espécie. Secagem ao sol – este método de secagem é a forma pela qual a grande maioria dos países mais quentes seca e armazena as suas algas. © Leonel Pereira, 2009
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Armazenamento e conservação
Algas marinhas na alimentação Armazenamento e conservação Secagem No forno – é possível secar algas no forno, desde que se usem temperaturas não superiores a 60/70 ºC, por um período mínimo de 24 horas. No entanto, trata-se de um método muito dispendioso ao nível energético. As algas podem também ser secas penduradas num secador de toalhas. No microondas – Algas delicadas como a Ulva podem ser secas no microondas, com uma potência muito baixa (300 Watts), durante 3 minutos. © Leonel Pereira, 2009
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Workshop Gastronómico
Algas marinhas na alimentação Workshop Gastronómico Palmaria palmata Preparação de CALDO DE CAMARÕES COM ALGAS Nori (Porphyra) e Dulse (Palmaria Palmata) Porphyra umbilicalis
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Workshop Gastronómico
Algas marinhas na alimentação Workshop Gastronómico Preparação de pudim de Musgo Irlandês (Chondrus crispus) Preparação de gelatina de Musgo Irlandês (Chondrus crispus)
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As algas marinhas na agricultura
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Algas Marinhas na Agricultura
Em Portugal, o uso de algas como fertilizantes está praticamente restrito à zona Norte, em particular nos campos hortícolas (campos de masseira) da zona de Póvoa de Varzim e Viana do Castelo. Campo de masseira O sargaço (também designado por “argaço e limos”) é o conjunto de diversas algas marinhas (Saccorhiza, Laminaria, Fucus, Codium, Palmaria, Gelidium e Chondrus). Medas de sargaço
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Traje do Sargaceiro
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Fotografia de A. Pinto Coelho
Apanha do Sargaço Fotografia de A. Pinto Coelho
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Fotografia de A. Pinto Coelho
Apanha do Sargaço Fotografia de A. Pinto Coelho
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Fotografia de A. Pinto Coelho
Apanha do Sargaço Fotografia de A. Pinto Coelho
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Fotografia de A. Pinto Coelho
Apanha do Sargaço Fotografia de A. Pinto Coelho
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Composição do Sargaço Saccorhiza Laminaria – Fitas, taborrão
Fucus vesiculosus – Trombolho, estalos, esgalhota, bodelha, limo-bexiga Codium – Chorão-do-mar Palmaria palmata – Botelho-comprido Gelidium Chondrus crispus – Botelha, cuspelho, musgo, limo-folha
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As algas marinhas na Agricultura/Pecuária
Saccorhiza polyschides Laminaria hyperborea Chicote, folha-de-maio, rabo-negro, taborro-de-pé Laminaria ochroleuca Folha-de-carriola Fucus vesiculosus Estalos, bagão, bodelha, Limo-bexiga Ascophyllum nodosum Palmaria palmata Botelho-comprido
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As algas marinhas na agricultura
Biofertilizantes Lithothamnium Laminaria hyperborea Fucus spp. Ascophyllum nodosum Chicote, folha-de-maio, rabo-negro, Taborro-de-pé Trambolho, estalos, bodelha
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As algas marinhas na pecuária
Vitamina B12 Carotenóides Iodo Iodo Ascophyllum nodosum, Fucus spp., Laminaria spp., Palmaria palmata
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Portal Português das MACROALGAS
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Para saber mais…
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