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23. – Os sacramentos de iniciação cristã (II)- Eucaristia Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «897. – Augustíssimo sacramento.

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1 23. – Os sacramentos de iniciação cristã (II)- Eucaristia Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «897. – Augustíssimo sacramento é a santíssima Eucaristia, na qual se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo. Os outros sacramentos e todas as obras de apostolado da Igreja se relacionam intimamente com a santíssima Eucaristia e a ela se ordenam». (Código de Direito canónico, cânone 897)

2 23ª sessão – Os sacramentos de iniciação cristã (II): Eucaristia Sumário: 5. A Eucaristia 5.1 – O seu nome 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.3 - Dimensão teológica da Eucaristia 5.4 – Dimensão ritual e litúrgica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia 5.7 – Documentos da Igreja sobre a Eucaristia 6. Bibliografia recomendada (EFC 23)

3 5.1 – O seu nome 5.1 – O seu nome Eucaristia, do grego «eucharistein», significa acção de graças, indica o sentimento interno de gratidão como a sua expressão externa. Traduz o hebraico «berakah» que exprime o louvor a Deus recordando as Suas acções salvadoras. Relaciona-se também com a acção de graças de Jesus na Última Ceia. O Novo Testamento fala da Ceia do Senhor (1 Cor 11, 20-33) e de fracção do pão (Act 2, 42-46; 20, 7-11; 27, 35), já que o acto seguinte à acção de graças era, nas refeições judaicas, o partir o pão. Outros nomes: oblação, sacrifício e reunião (collecta), missa (despedida), celebração eucarística (a partir do Vaticano II, etc).

4 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia PÁSCOA HEBRAICA E CEIA COMEMORATIVA DA MISSA. A ceia pascal dos judeus era um sacrifício, uma refeição sagrada, uma acção de graças e uma festa de família a que presidia o pai. Durante ela recordavam-se os benefícios de Deus e celebravam- se, particularmente, os dois factos centrais da sua história: a libertação da escravidão do Egipto e a sua eleição como Povo de Deus. I. ANTECEDENTES As duas passagens de Deus (Páscoa significa passagem) ficaram ligadas a dois sacrifícios: o sacrifício do cordeiro (Ex 12) e o sacrifício da Aliança no Monte Sinai (Ex 24).

5 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia I. ANTECEDENTES (continuação) LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO DO EGIPTO E CEIA PASCAL. 1.Libertação do Egipto: «Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos libertará da opressão dos Egípcios» (Ex 6, 5-9). 2.Sacrifício do cordeiro pascal: «Nessa mesma noite, comer-se-á carne assada… É o sacrifício da Páscoa em honra do Senhor….» (Ex 12, 1-28ss). CRISTO, O VERDADEIRO CORDEIRO: Cristo será chamado de Cordeiro de Deus. «Aí está o Cordeiro de Deus, que vai tirar o pecado do mundo» (Jo 1, 29), expressão que se utiliza também na altura da Comunhão eucarística.

6 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia I. ANTECEDENTES (continuação) ELEIÇÃO DE ISRAEL COMO POVO DE DEUS E SACRIFÍCIO DA ALIANÇA. 1.Eleição de Israel: «Vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa» (Ex 19, 1-7ss). 2.Sacrifício da Aliança: «Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco mediante estas palavras» (Ex 24, 3-9). EUCARISTIA E NOVA ALIANÇA EM CRISTO. «Este cálice é a Nova Aliança no Meu Sangue» (1 Cor 11, 25); Mediante a aceitação, pelo povo de Israel, da Aliança que Deus lhe propunha, Israel ficou a ser o Povo de Deus, eleição e aliança seladas com o sangue do sacrifício. A ceia pascal recordaria aos judeus a sua libertação e eleição para Povo de Deus, ao mesmo tempo que os projectaria para uma Aliança «melhor», de que a aliança, então celebrada, era apenas preparação e sinal.

7 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia I. ANTECEDENTES (continuação) PÁSCOA DE CRISTO: A VERDADEIRA PASSAGEM, LIBERTAÇÃO E ELEIÇÃO. Para Cristo, a Páscoa hebraica e a Sua (morte e ressurreição) estavam na mesma linha, porque ambas estavam inseridas no projecto de Deus para a humanidade. A morte e ressurreição de Cristo são a verdadeira passagem (Páscoa) da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, do mundo velho para o mundo novo, da morte para a Vida. Pela morte e ressurreição de Jesus realiza-se a verdadeira libertação do homem; é através da Sua Páscoa que se realiza a «nova e eterna aliança» entre Deus e aqueles que a aceitam, surgindo o novo Povo de Deus. EUCARISTIA: O SACRIFÍCIO PASCAL. A libertação de Israel e sua eleição para Povo de Deus ficaram ligadas a um sacrifício, repetido ao longo de gerações, também Cristo quis ligar a Sua Páscoa a um sacrifício, que é também festa familiar, celebração da Aliança, proclamação e memorial do que Deus fez por nós – a Eucaristia.

8 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia I. ANTECEDENTES (continuação) No tempo de Jesus, o rito da celebração pascal correspondia mais ou menos ao seguinte: 1.Sacrificavam-se no templo os cordeiros cujo sangue era derramado sobre o altar e, à noite, numa hora desacostumada para os judeus, ceava-se por famílias ou em pequenos grupos; 2.Depois da primeira taça de vinho, agradecia-se a Deus pela festa e pela graça. Servia-se o primeiro prato sem pão: legumes, ervas amargas e molho haroset e comia-se; servia-se a ementa pascal: o cordeiro sacrificado, pão fresco sem fermento, ervas amargas e molho haroset; novamente uma segunda taça de vinho; 3.Na mesa alguém perguntava: porque fazemos isto hoje? E o presidente recitava a explicação da saída do Egipto (haggadá) e o significado de cada manjar (Deus poupou as casas dos israelitas, fomos libertados do Egipto, os Egípcios amarguraram-nos a vida); terminava-se com salmos que realçavam a intervenção do Deus libertador; bebia-se a segunda taça. 4.Oração do presidente sobre o pão ázimo; partia-se o pão e comia-se recostado em sinal de «não-escravidão»; servia-se uma terceira taça de vinho (vinho misturado com água) sobre a qual davam graças pela comida, passando-a de um para outro para que todos bebessem; 5.Servia-se a quarta taça; continuavam-se os salmos; recitava-se a oração de louvor sobre a quarta taça.

9 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia «Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus – tomou o pão – deu graças – partiu-o – deu-o (Lc 22, 19). E disse: isto é o Meu corpo… -Fazei isto em Minha memória. -Do mesmo modo, depois de cear, tomou o cálice… (1 Cor 11, 23-26). O texto mais antigo que nos fala da Eucaristia, é 1 Cor 11, 23-26, pelo ano 55, Corinto, uns vinte anos após a morte de Cristo. II. ORIGEM E INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA A Última Ceia Ao longo da história, ficou sempre a salvo a substância da Eucaristia, embora em cada período da história se desse um acento particular. Jesus instituiu a Eucaristia no decorrer de uma refeição pascal tipicamente judaica.

10 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Os primeiros acentos que se notam no Novo testamento e nos primeiros escritos cristãos sublinham a ligação muito forte entre a Eucaristia e a Assembleia (a Ekklésia, em grego): 1.«Quando vos reunis em assembleia» (1 Cor 11, 18); 2.«Eram assíduos à fracção do pão (Act 2, 46); 3.«No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para partir o pão…» (Act 20, 7); 4.«No dia do Senhor, reuni-vos em assembleia para partir o pão» (Didaché, por volta do ano 100); 5.«Os cristãos tinham o costume de se reunir em assembleia num dia fixo antes da aurora» (Carta de Plínio, o Jovem, ano 112); 6.«No dia que se chama dia do sol, todos os cristãos que habitam na cidade ou no campo reúnem-se em assembleia num mesmo lugar» (S. Justino, Apologia, 150); 7.«Que ninguém diminua a Ekklésia, não indo a ela, para não diminuir em um membro o Corpo de Cristo. Não despedaceis o Corpo de Cristo! (Didascália dos Apóstolos, séc. III). III. AS PRIMEIRAS COMUNIDADES

11 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia A palavra Ekklésia é tão forte na vida das comunidades que terminará por ser o nome do próprio grupo: é a Assembleia, a Igreja que está numa determinada cidade (por exemplo: 1 Cor 1, 2). III. AS PRIMEIRAS COMUNIDADES (continuação) A Assembleia reúne-se para partir o pão: não há ainda igreja-edifício nem missal! A reunião faz-se na casa de um dos seus membros (Act 2, 46; Rom 16, 23) e inspiram-se, para celebrar, nos modelos de liturgia judaica (sinagoga, ceia pascal, Templo, pois eram judeus convertidos a Cristo.

12 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia III. AS PRIMEIRAS COMUNIDADES (continuação) Quando não são (ou já não são) os próprios Apóstolos que presidem, lêem-se os seus escritos que circulam e se recopiam e comentam; estabelecem-se esquemas de orações dobre os quais os presidentes improvisam. Nos primeiríssimos tempos, a Eucaristia faz-se no decorrer de uma refeição comunitária (a Cor 11), mas bem depressa foi separada. Em 150, São Justino descreve a celebração, apresentando-nos um novo elemento como introdução: liam-se as memórias dos Apóstolos ou os escritos dos profetas, seguia- se uma alocução do presidente e uma oração pelos interesses gerais; depois traziam pão e vinho e o que preside fazia subir ao céu, as orações e as eucaristias e todo o povo respondia: «Amen»; depois partilhava-se e distribuía-se as coisas consagradas a cada um, isto é, a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo.

13 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia III. AS PRIMEIRAS COMUNIDADES (continuação) Por frases como esta: «Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam» (Mc 13, 30), podemos ver que os primeiros cristãos tinham a íntima convicção de que a volta do Senhor estava iminente. A Eucaristia recebia uma tonalidade muito escatológica: era a Ceia do Senhor que a assembleia reunida na espera da manifestação do senhor partilhava. «Todas as vezes que comeis este pão e bebeis este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha» (1 Cor 11, 26). À medida que verificavam que o Senhor não voltava, a espera ardente esvaiu-se, mas a eucaristia conservou o carácter inicial de refeição escatológica («Vem, Senhor Jesus!»).

14 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia A paz que Constantino deu à Igreja, em 313, vai ter várias consequências: 1.Aumento de cristãos pela ausência de perseguições e pelo favor do Imperador. 2.As assembleias tornam-se demasiado grandes para se realizarem nas casas: primeiro, utilizam- se os edifícios imperiais (Basílicas), depois criam- se edifícios para esse fim: «casas de Igreja», da assembleia. 3.Aumenta a necessidade de mais ministros e também a necessidade de se terem mais livros litúrgicos. 4.Por estes motivos, a liturgia caminha para uma oficialização progressiva, embora a participação dos fiéis seja sempre abundante e calorosa. IV. ORGANIZAÇÃO E CRIAÇÃO (séc. IV ao séc. VIII) Imperador Constantino

15 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia A dinastia carolíngia (Pepino, o Breve e Carlos Magno) terá uma influência determinante na evolução da liturgia, particularmente da missa. 1.Os formulários romanos são impostos na Gália e Península Ibérica. 2.O canto litúrgico romano é introduzido na Gália; com o desenvolvimento torna-se no «canto gregoriano». 3.Com o desenvolvimento do canto, obra de especialistas (Schola, monges), a participação do povo é reduzida consideravelmente e provoca a criação de uma grande quantidade de orações privadas que o celebrante recita sozinho, assim como a privatização de orações públicas. V. UNIFORMIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO (séc. VIII ao séc. XVI) Carlos Magno

16 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Devido ao afastamento progressivo do povo da liturgia e também ás correntes de piedade que insistem na indignidade e no temor do pecado, comunga-se cada vez menos (além de razões práticas e de higiene) e o rito da comunhão transforma-se a partir do séc. IX: 1.Emprega-se apenas o pão ázimo (não levedado), mais fácil de conservar; 2.Começa-se a comungar na língua e não na mão; 3.Para o facilitar, nasce o costume de comungar de joelhos. V. UNIFORMIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO (continuação) O séc. XIII será marcado por duas reacções: 1.O IV Concílio de Latrão, em 1215, vê-se obrigado a prescrever que todos os fiéis devem comungar «ao menos uma vez cada ano, depois de terem confessado «todos os seus pecados», por ocasião da Páscoa («ir à desobriga»). 2.Nasce o culto do Santíssimo sacramento e amplia-se, devido ao sentimento que o cristão não pode estar completamente afastado da Eucaristia; é disso testemunha o costume que apareceu - e depois prescrito – da elevação da hóstia após a consagração e mais tarde da elevação do cálice.

17 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia V. UNIFORMIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO (continuação) Este período será marcado ainda por: 1.Com a arte gótica e a construção de edifícios mais vastos (catedrais), os fiéis ficam cada vez mais afastados do santuário, quer dizer, do lugar do centro da acção. 2.Os livros litúrgicos nem mencionam os leigos, tornando-os muito passivos, pelo que multiplicam, para sua santificação pessoal, actos de devoção que não têm necessariamente relação com a acção litúrgica (como mais tarde, a recitação do terço durante a missa). 3.Cada vez mais os padres vão celebrar a missa com um número muito reduzido de fiéis, até mesmo com apenas o sacristão. Rezar o terço durante a Missa era comum até há pouco tempo…

18 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Com Trento unificou-se o modo de celebrar, para remediar a grave situação da liturgia e o perigo que esta situação fazia correr à Eucaristia: 1.Taxas abusivas sobre os actos litúrgicos; 2.Padres, cuja única função era dizer missas pelos defuntos; 3.Clero inculto, dado que os seminários não existiam; 4.Proliferação de devoções em redor dos ritos (multiplicação das orações privadas, beijos nos objectos litúrgicos, etc); 5.Proliferação de actos paralitúrgicos (exposição de relíquias, procissões); VI. O CONCÍLIO DE TRENTO (séc. XVI) Sessão do Concílio de Trento (1545- 1563)

19 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 6. Alegorias que desviavam a liturgia eucarística do seu sentido (impor as mãos antes da consagração já não era um sinal de que se invocava o Espírito Santo, mas de que se carregava Cristo com os pecados do mundo); 7. Separação cada vez maior entre o que fazem os clérigos no santuário e os fiéis no corpo da igreja; 8. Desvio da compreensão da eucaristia para o ver e o perceber, em detrimento da participação no mistério eucarístico; 9. Esbatimento do domingo como celebração de Cristo ressuscitado pela invasão das festas dos santos. VI. O CONCÍLIO DE TRENTO (séc. XVI) (continuação) Assim, o Papa São Pio V, que em 1570 fixa oficialmente o Missal romano e suprime os outros modelos, deixando apenas a faculdade de deixar as dioceses de praticarem a sua liturgia local, se tivessem mais de 200 anos: por exemplo, Milão, Paris, Braga, dominicanos, etc. São Pio V (1504-1572)

20 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Assim, durante quatro séculos a missa é celebrada silenciosamente pelo padre, com ou sem presença de fieis, desde que tivesse um «ajudante da missa»… Há ainda algumas evoluções que aumentam ainda mais o corte entre o padre e a assembleia: 1.Encoraja-se o costume de rezar o terço durante a missa; 2.Muitas vezes prefere-se as Visitas ao Santíssimo do que a missa rezada (salvo ao domingo) durante os tempos fortes: mês do Rosário, primeira sexta-feira do mês, etc. VII. DE TRENTO AO VATICANO II

21 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Mas há sinais de restauração da participação dos fiéis na liturgia: 1.Traduções do missal para uso dos fiéis, desde o séc. XVII; 2.Comentários da liturgia com a preocupação de lutar contra as alegorias deturpadoras (por exemplo, o ano Litúrgico de Dom Guéranger é de meados do séc. XIX). 3.Restauração da comunhão frequente por Pio X, em 1905 e da comunhão precoce, em 1907; pede ainda «a participação activa dos fiéis na liturgia». 4.Começo da criação dos cânticos populares; 5.A obra litúrgica de Pio XII: encíclica Mediator Dei (1947), restauração da vigília pascal em 1951 e da Semana Santa em 1956; restauração das missas vespertinas e abrandamento do jejum eucarístico em 1953. VII. DE TRENTO AO VATICANO II Pio XII (1939-1958)

22 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia Esta reforma é fonte da liturgia actual; muito longe de se constituírem inovações, a reforma é um REGRESSO ÀS FONTES, tais como: 1.Simplificar do desenrolar ritual da celebração; 2.Disposição mais funcional dos lugares, a fim de permitir a comunicação (cadeira do celebrante, ambão, altar voltado para o povo, o que leva o celebrante a estar voltado para o povo…); 3.Restabelecimento da concelebração e fim das missas paralelas e simultâneas; 4.Prioridade dada à celebração do domingo, dia do Senhor, sobre as festas dos santos e as «missas votivas»; 5.Primeiro lugar dado à missa com povo e participação deste na acção litúrgica; VIII. A REFORMA DO VATICANO II Sessão do Concílio do Vaticano II (1962-1965)

23 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 5.2 – Dimensão histórica da Eucaristia 6. Utilização da língua falada pelos participantes como língua litúrgica; 7. Importância devolvida à Palavra de Deus, inclusive ao Antigo testamento e aos salmos; 8. Regresso à oração eucarística proclamada em voz alta; 9. Reintrodução da Oração Universal, da comunhão na mão, e até, em certas ocasiões, da comunhão sob as duas espécies… VIII. A REFORMA DO VATICANO II (continuação) Estes pontos de reforma, entre outros, fazem da missa do Vaticano II, segundo o Ordo Missae de Paulo VI, promulgado em 3 de Abril de 1969, uma celebração mais conforme com a dos primeiros séculos da Igreja e, por isso, mais próxima da Ceia do Senhor. Paulo VI

24 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia CIC nº 1322: «A sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Baptismo e configurados mais profundamente com Cristo pela Confirmação, esses, por meio da Eucaristia, participam, com toda a comunidade, no próprio sacrifício do Senhor». A EUCARISTIA É A FONTE E O CUME DA VIDA CRISTÃ E DA VIDA ECLESIAL. É o pão vivo que dá a vida a vida aos homens; gera a comunidade, sendo a raiz e fundamento de toda a comunidade cristã; é em forma de banquete, porque assim se torna mais visível a amizade e se expressa melhor a união do povo de Deus; é o sacramento do amor fraterno; conduz à caridade e é penhor da glória futura.

25 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia No centro da celebração da Eucaristia temos o pão e o vinho que, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o corpo e o sangue do mesmo Cristo. No Antigo Testamento, as refeições sagradas confirmavam a amizade entre as pessoas e entre estas e Deus; o quotidiano e imprescindível pão equivale à vida do homem; dar pão é dar vida; o vinho exprime a alegria e a felicidade e portanto a amizade e o amor daqueles que com se bebe; a cor vermelha do vinho tinto assemelha-se ao sangue, à vida, que só pertence a Deus; mas a palavra de Deus é tão necessária como o pão, visto que o homem não vive nem é feliz só com pão (Dt 8, 3). O maná é o pão que cai do céu para alimentar o povo. -No Novo Testamento: Jesus, o novo maná, o pão da vida descido do céu, alimenta uma grande multidão de pessoas, depois de multiplicar pães e peixes. OS SINAIS DO PÃO E DO VINHO

26 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia A)REACTUALIZAÇÃO DO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO: DA SUA MORTE E RESSURREIÇÃO. A vida cristã está centrada no mistério pascal de Cristo. Fomos incorporados nele pelo nosso baptismo. Desde então, a nossa vida passou a ser um processo de assimilação desse mistério, de identificação com Cristo pascal, dando morte em nós àquilo para o qual Cristo morreu e ressuscitando para a vida nova, que Ele inaugurou. A Eucaristia multiplica, no tempo e no espaço, a presença sacramental do único sacrifício de Cristo, para que, em cada etapa da vida, nos possamos inserir no Seu mistério de morte e ressurreição. São quatro os aspectos essenciais deste Sacramento: Por isso, não se assiste à Eucaristia, mas vive-se, partilha- se, ou não há Eucaristia em nós!

27 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia B) MISTÉRIO DE COMUNHÃO (1 Cor 10, 16-17). A Eucaristia foi instituída durante um banquete especial, numa refeição religiosa, comemorativa da Páscoa, uma refeição comunitária em que todos comiam do mesmo cordeiro. A Eucaristia conserva hoje esse carácter de refeição sagrada, em que é o próprio Senhor que nos alimenta; a Eucaristia é Comunhão: sinal, fonte e compromisso de união, de partilha com o Senhor e os irmãos. Comunhão do Seu Corpo e Sangue; da Sua mentalidade, sentimentos e estilo de vida. Sem comunhão não há participação perfeita. «Somos todos convidados ao banquete do Senhor. Vamos ser alimentados pelo pão do seu amor» «Quem Me come tem a vida, nunca mais há-de morrer»

28 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia C) MEMORIAL DO QUE O SENHOR FEZ POR NÓS E DO SEU AMOR ATÉ À MORTE. «Fazei isto em memória de Mim» (1 Cor 11, 25). A Eucaristia é memorial de toda a história da salvação, mas em particular de Cristo e do Seu mistério pascal, centro, cume e plenitude da maravilhosa epopeia das intervenções salvíficas de Deus ao longo da história. Nela relembramos o que Cristo fez por nós, mas também tudo isso é tornado novamente presente. Enquanto que os judeus relembravam e comemoravam o que Deus tinha feito, não o tornavam presente; na Eucaristia, relembramos o que Jesus fez, mas tornando-O presente, hoje e aqui, para nós! «Jesus está. Eu creio assim. Jesus está na Hóstia por mim.»

29 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia A PRESENÇA REAL DE CRISTO NA EUCARISTIA. Cristo está realmente presente na Assembleia dos Fiéis, no ministério sacerdotal, na pessoa dos justos, nos Sacramentos, na Sua Palavra, na Eucaristia…. Cada uma destas presenças é real, mas cada uma a seu modo: mas na Eucaristia é a presença real por excelência. Os teólogos fornecem três termos para nos ajudar a compreender um pouco mais o mistério eucarístico: transubstanciação (a substância se torna no corpo e sangue de Cristo); transfinalização (o pão e o vinho normais, depois de consagrados, mudam de finalidade, tornando-se bebida e alimento para a vida eterna); transignificação (o pão e vinho consagrados passam a significar a presença de Cristo, tornam-se sinais de Cristo). Assim: CRISTO ESTÁ REALMENTE PRESENTE NA EUCARISTIA, pois assim Ele nos disse e Ele não nos engana; as explicações sobre o modo de presença de Cristo no pão e no vinho podem convencer-nos mais ou menos; contudo, a fé na Eucaristia deve ser firme e clara, pois ela é o «mistério da fé». A sua finalidade é para que cada um se transforme, se torne em Cristo.

30 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia Como disse o Papa Paulo VI na encíclica «Mysterium Fidei»: «Ocorrida a transubstanciação, as espécies do pão e do vinho adquirem, sem dúvida, um novo significado e um novo fim, não mais sendo o pão usual e a bebida usual, senão o sinal de uma coisa sagrada e o sinal de um alimento espiritual; mas adquirem um novo significado e um novo fim na medida em que contêm uma nova realidade». Que são afinal, esse pão e esse vinho consagrados? «Presença real de Cristo oferecida aos homens sob o sinal do pão e do vinho».

31 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia 5.3 – Dimensão teológica da Eucaristia D) SACRIFÍCIO DA NOVA ALIANÇA, VIÁTICO E PENHOR DE GLÓRIA. A Aliança com o Antigo Povo de Deus foi selada com o sacrifício de um animal (Ex 24, 1-9); a Nova e Eterna Aliança é selada com o sacrifício de Cristo (1 Cor 11, 25), que testemunha a seriedade do «sim de Deus ao Seu Povo e a cada um dos seus membros; e do «sim» destes ao seu Deus. Em cada Eucaristia confirma-se e renova-se esse mútuo «sim», iniciado no Baptismo. A Eucaristia é também «o pão vivo descido do céu» (Jo 6, 30-71), o maná que nos alimenta e fortalece durante a viagem para a Nova Terra Prometida. É garantia e penhor de que um dia, se formos dignos, participaremos nas bodas eternas do Cordeiro (Ap 7, 2-17; 19, 1-9). «Eu sou o pão vivo descido do céu, quem dele comer viverá eternamente…»

32 5.4 – Dimensão ritual e litúrgica da Eucaristia 5.4 – Dimensão ritual e litúrgica da Eucaristia Este tema irá ser tratado em EFC próprios, a tratar no 4º ano: -Liturgia e religiosidade popular. -A MISSA.

33 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Deixando de lado o regulamentado em matéria especificamente litúrgica ou cerimonial, seguem- se algumas normas em relação à Eucaristia: NORMAS DA IGREJA CATÓLICA Cân. 897 Augustíssimo sacramento é a santíssima Eucaristia, na qual se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo. Os outros sacramentos e todas as obras de apostolado da Igreja se relacionam intimamente com a santíssima Eucaristia e a ela se ordenam.

34 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 899 § 1. A celebração eucarística é a acção do próprio Cristo e da Igreja, na qual, pelo ministério do sacerdote, o Cristo Senhor, presente sob as espécies de pão e vinho, se oferece a Deus Pai e se dá como alimento espiritual aos fiéis unidos à sua oblação. § 2. No Banquete eucarístico, o povo de Deus é chamado a reunir-se sob a presidência do Bispo ou, por sua autoridade, do presbítero, que faz as vezes de Cristo, unem-se na participação todos os fiéis presentes, clérigos ou leigos, cada um a seu modo, segundo a diversidade de ordens e funções litúrgicas. § 3. A celebração eucarística se ordene de tal maneira que todos os participantes recebam os muitos frutos, para cuja obtenção Cristo Senhor instituiu o Sacrifício eucarístico. Cân. 900 § 1. O ministro, que, fazendo as vezes de Cristo, pode realizar o sacramento da Eucaristia, é somente o sacerdote validamente ordenado. § 2. Celebra licitamente a Eucaristia o sacerdote não impedido por lei canónica, observando-se as prescrições dos cânones seguintes.

35 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 904 Lembrando-se sempre que no ministério do sacrifício eucarístico se exerce continuamente a obra da redenção, os sacerdotes celebrem frequentemente; e mais recomenda-se com insistência a celebração quotidiana, a qual, mesmo não se podendo ter presença de fiéis, é um acto de Cristo e da Igreja, em cuja realização os sacerdotes desempenham seu múnus principal. Cân. 910 § 1. Ministro ordinário da sagrada comunhão é o Bispo, o presbítero e o diácono. § 2. Ministro extraordinário da sagrada comunhão é o acólito ou outro fiel designado de acordo com o cân. 230, § 3. Cân. 912 Qualquer baptizado, não proibido pelo direito, pode e deve ser admitido à sagrada comunhão.

36 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 913 § 1. Para que a santíssima Eucaristia possa ser administrada às crianças, requer-se que elas tenham suficiente conhecimento e cuidadosa preparação, de modo que, possam compreender o mistério de Cristo, de acordo com sua capacidade, e receber o Corpo do Senhor com fé e devoção. Cân. 914 É dever, primeiramente dos pais ou de quem faz as suas vezes e do pároco, cuidar que as crianças que atingiram o uso da razão se preparem convenientemente e sejam nutridas quanto antes com esse divino alimento, após a confissão sacramental; compete também ao pároco velar que não se aproximem do sagrado Banquete às crianças que ainda não atingiram o uso da razão ou aquelas que ele julgar não estarem suficientemente dispostas. Cân. 916 Quem está consciente de pecado grave não celebre a missa nem comungue o Corpo Senhor, sem fazer antes a confissão sacramental, a não ser que exista causa grave e não haja oportunidade para se confessar; nesse caso, porém, lembre-se que é obrigado a fazer um ato de contrição perfeita, que inclui o propósito de se confessar quanto antes.

37 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 917 Quem já recebeu a santíssima Eucaristia pode recebê-la novamente no mesmo dia, somente dentro da celebração eucarística em que participa, salva a prescrição do can. 921, § 2. Cân. 919 § 1. Quem vai receber a santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, exceptuando-se somente água e remédio no espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão. Cân. 924 § 1. O sacrossanto Sacrifício eucarístico deve ser celebrado com pão e vinho, e a este se deve misturar um pouco de água. § 2. O pão deve ser só de trigo e feito há pouco, de modo que não haja perigo de deterioração. § 3. O vinho deve ser natural, do fruto da uva e não deteriorado.

38 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 925 Distribua-se a sagrada comunhão só sob a espécie de pão ou, de acordo com as leis litúrgicas, sob ambas as espécies; mas, em caso de necessidade, também apenas sob a espécie de vinho. Cân. 926 Na celebração eucarística, segundo antiga tradição da Igreja latina, o sacerdote empregue o pão ázimo em qualquer lugar que celebre. Cân. 929 Sacerdotes e diáconos, para celebrarem ou administrarem a Eucaristia, se revistam dos paramentos sagrados prescritos pelas rubricas. Cân. 940 Diante do tabernáculo em que se conserva a santíssima Eucaristia, brilhe continuamente uma lâmpada especial, com a qual se indique e se reverencie a presença de Cristo.

39 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia 5.5 – Dimensão jurídica da Eucaristia Cân. 925 Distribua-se a sagrada comunhão só sob a espécie de pão ou, de acordo com as leis litúrgicas, sob ambas as espécies; mas, em caso de necessidade, também apenas sob a espécie de vinho. Cân. 945 § 1. Segundo o costume aprovado pela Igreja, a qualquer sacerdote que celebra ou concelebra a missa pode receber estipêndio para que ele aplique a missa segundo determinada intenção. § 2. Recomenda-se vivamente aos sacerdotes que, mesmo sem receber nenhum estipêndio, celebrem a missa segundo a intenção dos fiéis, especialmente dos pobres.

40 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia A COMUNHÃO AUMENTA A NOSSA UNIÃO COM CRISTO: «quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e eu nele» (Jo 6, 56). A comunhão conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Baptismo; o crescimento da vida cristã necessita de ser alimentado pela Eucaristia. O que supõe, o que exige de nós, como resposta e quais os seus frutos? QUE TENHAMOS FÉ: a fé, antes de ser aceitação de verdades, é aceitação de uma pessoa: Jesus Cristo; porque O aceito, comprometo-me com Ele e confio n’Ele, já que não Se engana, nem me engana; aceito, igualmente, aquilo que me diz, isto é, as Suas verdades. Entre as verdades reveladas por Cristo há algumas de mais difícil compreensão, como a Eucaristia, que só à luz da fé pode ser aceite. Sem fé em Cristo e na Sua Palavra é impossível a fé na Eucaristia! «Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé!»

41 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia A COMUNHÃO AFASTA-NOS DO PECADO, TORNA-NOS MAIS AMIGOS DE CRISTO: fortifica a caridade que, na vida quotidiana, tende a enfraquecer-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais; preserva-nos dos pecados mortais futuros; a eucaristia não está ordenada ao perdão dos pecados mortais, mas quanto mais participarmos na vida de Cristo e progredirmos na sua amizade, mais difícil nos será romper com ele pelo pecado mortal. Amor exige amor… SERMOS NO MUNDO SINAIS DE UNIDADE, IMPELE-NOS À MISSÃO… Os que recebem a Eucaristia ficam mais estreitamente unidos a Cristo. Por isso mesmo, Cristo une todos os fiéis num só corpo a Igreja. Termos unidade com os irmãos na fé e com os irmãos separados e com todos, comprometendo-nos em especial com os pobres: para receber na verdade, o corpo e o sangue do senhor entregue por nós, temos de reconhecer Cristo nos mais pobres, seus irmãos.

42 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia 5.6 – Dimensão vivencial da Eucaristia GRATIDÃO A CRISTO: alguma vez nos lembramos de lhe agradecer o ter ficado connosco? Uma vez que Cristo está presente no Sacramento do Altar, devemos honrá-Lo com culto de adoração. «A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo nosso senhor» (Paulo VI, Encíclica Mysterium Fidei). EUCARISTIA, «PENHOR DA GLÓRIA FUTURA»: tendo passado deste mundo para o Pai, deixou-nos na Eucaristia o penhor da glória junto d’Ele: a participação no santo sacrifício identifica- nos com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna e desde já nos une à Igreja do céu, à Santíssima Virgem e a todos os santos. «Fica connosco, Senhor, pois a noite vai caindo» (Lc 24,29)

43 5.7 – Documentos da Igreja sobre a Eucaristia 5.7 – Documentos da Igreja sobre a Eucaristia JOÃO PAULO II, 17 de Abril de 2003, Encíclica ‘Ecclesia de Eucharistia’. A Igreja da Eucaristia‘. Sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja. Destacam-se os seguintes documentos da Igreja sobre a Eucaristia, mais recentes: JOÃO PAULO II, 7 de Outubro de 2004, Carta Apostólica ‘Mane nobiscum Domine’. Fica connosco, Senhor. INSTRUÇÃO DA CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS – Redemptionis sacramentum, 25 de Março de 2004. CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS – Ano da Eucaristia: sugestões e propostas. 15 de Outubro de 2004. BENTO XVI, 22 de Fevereiro de 2007, Exortação Apostólica Pós-sinodal Sacramentum caritatis’. O sacramento da caridade.

44 6. Bibliografia recomendada (E.F.C. 23)


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