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Inserido no contexto de uma Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial, e sob a sombra da Guerra Fria, começa a surgir na França, em meados da década.

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Apresentação em tema: "Inserido no contexto de uma Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial, e sob a sombra da Guerra Fria, começa a surgir na França, em meados da década."— Transcrição da apresentação:

1 Inserido no contexto de uma Europa devastada pela Segunda Guerra Mundial, e sob a sombra da Guerra Fria, começa a surgir na França, em meados da década de cinqüenta, uma tendência teatral portadora de uma expressividade inovadora, que procurava utilizar elementos chocantes do ilógico, e propunha uma reflexão a respeito do absurdo panorama político em que eles viviam e da barbárie injustificada promovida pelos governos envolvidos nas guerras, o genocídio dos judeus, a explosão da bomba atômica e a perspectiva de uma guerra nuclear; um panorama que aliado a uma reação política proveniente do refluxo das tendências revolucionárias, criou uma crise espiritual geral que levaria à contestação de todos os valores caducos que ainda regiam as relações humanas. Por isso os principais temas abordados são reflexões sobre o silêncio, o tempo, a solidão, corolários óbvios de vidas entregues à falta de perspectiva modificações sociais. A existência humana, em toda a sua natureza é questionada, resultado de uma sensação aguda de abandono, de impotência e incapacidade de justificar os acontecimentos.

2 Esperando Godot de Samuel Becket expressar uma realidade interior do ser humano, que acabam refletidos nos diálogos com pausas e intervalos que são utilizados também como ferramenta de comunicação; e na própria estrutura das montagens, sem ordem de entrada, sem personagens profundos, sem leis de unidade, sem sequer situá-los no tempo ou no espaço; característica recorrente nessas peças é o fato de terminarem da mesma forma que começaram.

3 Bebendo nas fontes filosóficas, esta concepção da arte de representar encontra apoio nos escritos teóricos de Antonin Artaud e na noção brechtiana do efeito de distanciamento (um ajustamento da representação dos actores e da organização geral do espetáculo de modo a realçar a expressão da crítica social, tendo como finalidade o fortalecimento de uma consciência de classe nas massas). A aparente condição absurda da vida é um tema existencialista que encontramos também em Sartre e Camus, mas em que estes autores recorrem à dramaturgia convencional, desenvolvendo o tema segundo uma ordem racional.

4 o Teatro do Absurdo não foi, porém, nem um movimento, nem uma escola e todos os criadores implicados mostram-se extremamente individualistas formando um grupo muito heterogêneo. Em comum, partilham a rejeição do teatro tradicional e a adoção da caracterização psicológica, da coerência estrutural e do poder da comunicação pelo diálogo.

5 Teatro do Absurdo é uma designação genérica formulada pelo escritor e crítico francês Martin Esslin para designar um importante acontecimento, no Teatro do século XX, que rompe com os conceitos tradicionais do teatro ocidental. O absurdo das situações mas também a desconstrução da linguagem*, enquanto tal, conferiu a este acontecimento um movimento dramático de marcada profundidade. Denunciar a futilidade do quotidiano, a existência despida de significado e colocar em cena a irracionalidade que grassa no mundo e onde a humanidade se perde, são os objetivos principais.

6 Apesar desta contribuição significativa para o drama moderno, no entanto, Esslin é mais conhecido por seu livro O Teatro do Absurdo (1962), que cunhou a frase que viria a definir o trabalho de dramaturgos como Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Jean GenetE Harold Pinter. Samuel BeckettEugène IonescoJean Genet Harold Pinter

7 "O Teatro do Absurdo ataca as certezas confortáveis da ortodoxia religiosa ou política. Destina-se a seu público- choque de complacência, para trazê-la cara a cara com a realidade dura da situação humana como esses escritores vê-lo. Mas o desafio por trás dessa mensagem é uma coisa mas de desespero. É um desafio para aceitar a condição humana como ela é, em todo o seu mistério e absurdo, e para suportá-la com dignidade, nobreza responsável; precisamente porque não existem soluções fáceis para os mistérios da existência, porque finalmente o homem está sozinho num mundo sem sentido. O derramamento de soluções fáceis, de ilusões de conforto, pode ser doloroso, mas deixa atrás de si um sentimento de liberdade e alívio. E é por isso que, em última instância, o Teatro do Absurdo não provoca lágrimas de desespero, mas o riso de libertação ".

8 Escritor francês conhecido principalmente como o criador de Ubu REi. Jarry foi um precursor do Teatro do Absurdo por escrito suas obras em um estilo surrealista, e inventar uma pseudociência ou "ciência das soluções imaginárias", que ele chamou de 'pataphysique. Jarry uma vez declarou: "O riso é nascido da descoberta do contraditório". Jarry outros trabalhos incluem histórias, romances e poemas.

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10 Quando Ubu roi foi apresentado pela primeira vez em 10 de dezembro de 1896 no Théâtre de l'Oeuvre, a rudeza da linguagem e tons anárquicos eram demais para o público, que se levantou em revolta depois que a primeira palavra, que era "merdre!" O jogo chocou até mesmo W.B. Yeats, que assistiu a sua noite de abertura. Um crítico afirmou: "Apesar da hora tardia, acabo de tomar um duche. Uma medida preventiva absolutamente essencial quando um foi submetido a tal espetáculo". O personagem-título, covarde Pere Ubu é instigado por sua esposa para o assassinato da família real. Ele se torna o rei da Polónia e estabelece um reino de terror. (PEASANTS. Misericórdia, Senhor Ubu, tem piedade de nós. Nós somos pobres, pessoas simples. PA Ubu. Eu não poderia cuidar menos.) Eventualmente ele é derrotado pelo Czar e forçado ao exílio para a França com a Mãe Ubu. Os eventos ocorrem em um louco terra do nunca, tempo é rápido, e mover-se através dos principais personagens da história como alguns bonecos monstruosos em um ataque a actualizar os valores morais e estéticos. - Além de satirizar os valores burgueses, sneers Jarry em drama tradicional, entre outros Shakespeare Macbeth na cena em que Mère e Père Ubu trama para assassinar o Rei da Polônia.

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12 A partir das ideologias de Artaud de quebra com os paradigmas clássicos do teatro ocidental, surgiu o “Teatro Pânico”, uma forma de Teatro do Absurdo calcado no drama e em contextos que mostram a revolta do autor perante o mundo. Apesar de possuir algumas idéias artaudianas, o Teatro Pânico mantém elementos básicos do teatro ocidental, como o diálogo de seus personagens. Esse gênero foi essencial para reafirmar o Teatro do Absurdo como vertente teatral, propondo a forma agressiva de expor seus personagens numa crítica mordaz contra a sociedade, onde homens e mulheres vivem suas vidas num limite extremo, sempre numa virtual solidão. TEATRO DO PÂNICO

13 O Fernando Arrabal não é só o autor espanhol mais encenado no mundo, quanto um dos poucos autores do chamado teatro do absurdo que ainda vivem e produzem.

14 Teatro do Pânico A concepção de Teatro Pânico nasceu em fevereiro de 1962, em Paris, e misturava terror com humor. A filosofia pânica diz que a memória é fundamental para o homem, pois esse não passa de um grande fundo de saberes que, com o passar dos anos, compõe um quadro estético, ético e moral. Na visão de um dos principais diretores do Teatro Pânico, o espanhol Fernando Arrabal, autor de A Guerra dos Mil Anos, o Pânico mistura a vida privada com a vida artística, o lirismo e a psicologia, onde o teatro passa a ser encarado como um jogo, ou uma festa. Muitos associaram o Pânico com o Dadaísmo, gênero que contesta a razão em prol do subjetivo. Dessa forma, os espetáculos pânicos propõem, acima de tudo, uma linguagem extremamente transcendental em relação aos temas abordados. Nada disso poderia ser possível sem a estruturação do Teatro do Absurdo que possibilitou no homem uma evolução no que se diz respeito aos seus dogmas.

15 Maravilha e horror — Fernando Arrabal não é essencialmente um nudista e sim o pontífice máximo do Teatro Pânico. O Teatro Pânico já produziu espetáculos que a revista francesa "Réalités" define como "festas extravagantes e primitivas, a meio caminho entre a maravilha e o horror". Um teatro obsessivo, violento, erótico, por vêzes macabro, e também de uma ternura quase infantil. "O Cemitério de Automóveis" é uma transposição voluntàriamente ingênua do mistério da Paixão. Emanu toca pistão para entreter os pobres, que moram em automóveis abandonados, como em palácios. Êle é também ladrão e assassino: rouba os ricos e mata gente que o aborrece. Denunciado à polícia por seu companheiro Topé, é crucificado numa bicicleta. As peças de Arrabal são representadas nos cinco continentes. Dizem os seus discípulos, com um toque de melagomia bem de acôrdo com a atitude pânica que, sôbre o teatro do mestre, como sôbre o império espanhol de Carlos V, "o sol nunca se põe".

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17 O expediente da repetição utilizado na peça a nível de falas, cenas, e contracenações, estabelece um mecanismo que faz acena avançar numa aparente estaticidade, e que pode ser descrito graficamente com uma linha que nem é reta nem fecha um círculo percorrido ad-infinitum; mas que forma um espiral: se volta ao ponto de partida mais num outro nível. Nem se afirma nem se nega pois tudo é possível: eis uma das procuras do Teatro Pânico, um continente capaz de guardas posições antagônicas sem cair na negação, cancelamento ou contradição. Por outro lado, o relacionamento das personagens principais esta cheio de simplicidade e densidade ao mesmo tempo. O casal de velhinhos é defendido por eles próprios com heróica e decidida atitude de resistência. A repetição de atividades, falas e situações faz com que a quotidianeidade se constitua em reduto onde se atrincherar durante o bombardeio. Essa fé na resistência confere às situações seqüenciais do casal um componente quase que místico, e uma capacidade para gerar humor sem que isso precise ser uma decisão das personagens. O quotidiano adquire uma dimensão ritual que empurra o casal no sentido da transcendência. É neste ritual que os dois seres se fundem a um nível inatingível, e é nisto que encontramos uma luz de esperança sem cair em obviedade, nem em julgamento de nenhuma índole. Quer-se atingir o espectador como uma totalidade enviando mensagens a sua sensibilidade, intelectualidade, sensorialidade, ao seu senso moral, religioso, estético. Procura-se uma espécie de encontro total: Uma experiência.

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20 Victor Garcia acha que o público e os atores estão mortos, que o teatro está morto. "Não podemos salvar o teatro fazendo teatro". Por isso, destina os seus espetáculos "justamente às pessoas que não vão ao teatro." Essa afirmação pânica de duas idéias contraditórias não deve ser tomada ao pé da letra.

21 No Brasil No Brasil, destaca-se José Joaquim de Campos Leão (1829-1883), nascido no Rio Grande do Sul, conhecido como Qorpo Santo. Cronologicamente ele é o pai do absurdo e entre suas obras estão "Certa identidade em busca de outra", "Marido extremoso" e "Mateus e Mateusa". José Joaquim de Campos Leão (Triunfo RS 1829 - Porto Alegre RS 1883). Autor. Qorpo-Santo escreve sua obra teatral no século XIX, mas suas peças só são encenadas a partir da década de 1960. Uma boa parte da crítica teatral brasileira do período o considera precursor do Teatro do Absurdo.BrasilJosé Joaquim de Campos Leão18291883Qorpo Santo

22 José Joaquim de Campos Leão, Qorpo Santo, parece ser a figura mais controvertida da dramaturgia nacional. Sua obra ora é apontada como produto de uma mente inferior perturbada pela doença mental, ora como produto de uma mente genial que não é compreendida. Entre as duas opiniões fica-se com nenhuma, ou antes, com ambas. Isto significa dizer que o que se pretende é ver em Qorpo Santo uma mente genial que se mascara através da loucura. O teatro de Qorpo Santo, cada uma de suas personagens, além de surgir como um dos veículos de sua vingança contra o meio social e os desajustes humanos, é a expressão da criação artística em seu mais alto grau de elaboração, sobretudo as peças: "As Relações Naturais"; "Hoje sou um; e Amanhã outro"; "A Impossibilidade da Santificação; ou a santificação transformada" e "Lanterna de Fogo"

23 É a partir da década de 1950 que os volumes da Ensiqlopédia passam a ser lidos com atenção pelo jornalista Aníbal Damasceno Ferreira. Em 1955, Ferreira e o diretor teatral Antônio Carlos de Sena publicam poemas da autoria de Qorpo-Santo no jornal porto-alegrense O Mocho. Após uma tentativa frustrada de encenar as peças do autor no Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - CAD/UFRGS, Sena estreia em 1966, no Clube de Cultura, um espetáculo que reúne três peças de Qorpo-Santo: As Relações Naturais; Eu Sou Vida, Eu Não Sou Morte; e Mateus e Mateusa. O jornalista Valter Galvani descreve o acontecimento: "Noite de ontem passou a ser no teatro histórica: Redescoberta de Qorpo-Santo".

24 A montagem de Sena viaja para o Rio de Janeiro, em 1968, para participar do Festival Nacional de Teatros de Estudantes, uma realização de Paschoal Carlos Magno. Essas apresentações possibilitam à dramaturgia de Qorpo-Santo receber o aval do crítico teatral Yan Michalski: "Outro acontecimento de 1968 que ficará na história: num Festival Nacional de Teatros de Estudantes realizado no Rio, o Teatro do Clube de Cultura de Porto Alegre revela pela primeira vez aos perplexos observadores, numa modesta mas convincente montagem de Eu Sou Vida, Eu Não Sou Morte e Matheus e Matheusa, a insólita obra de Qorpo-Santo, um inédito e desconhecido autor gaúcho que em 1866 escrevera uma série de pequenas comédias capazes de transformá-lo, segundo o ângulo sob o qual queiramos encarar a sua delirante criação, num revolucionário precursor do teatro do absurdo, ou fazê- lo aparecer como um louco de hospício, que é como ele foi considerado pelos seus contemporâneos. Num arroubo de entusiasmo que hoje pode parecer talvez precipitado, escrevi na época que a descoberta da obra de Qorpo-Santo 'torna parcialmente obsoletos todos os livros de história da dramaturgia brasileira'; mas a importância da descoberta não foi, desde então, obscurecida pelas dificuldades que os nossos diretores revelaram desde então em transformar os pesadelos de Qorpo- Santo em realizações cênicas à altura da originalidade dos textos".4Paschoal Carlos MagnoYan Michalski A partir desse momento as peças e poemas de Qorpo-Santo recebem diversas encenações, e o autor passa ser objeto de pesquisas acadêmicas. É o que garante a atualidade e reitera a importância no teatro brasileiro da obra "do louco manso do Guaíba".

25 bibliografia MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão: uma frente de resistência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985. Fraga, Eudinir. Qorpo Santo: surrealismo ou absurdo? Editora perspectiva Martin Esslin – a anatomia do drama.


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