Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Processos de Desenvolvimento DESENVOLVIMENTO HUMANO E IMPEDIMENTOS DE ORIGEM.

Apresentação em tema: "Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Processos de Desenvolvimento DESENVOLVIMENTO HUMANO E IMPEDIMENTOS DE ORIGEM."— Transcrição da apresentação:

1 Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Processos de Desenvolvimento DESENVOLVIMENTO HUMANO E IMPEDIMENTOS DE ORIGEM ORGÂNICA: o caso da deficiência visual Apresentação: Rebeca Valadão Bussinger

2 Questões O que acontece quando o organismo tem algum impedimento? Por que estudar a aprendizagem da linguagem na criança cega?

3 A deficiência visual “Impedimento de origem orgânica, relacionado a patologias oculares, que podem levar a um mau funcionamento visual ou à ausência de visão” (p.159). Medida através de avaliações de acuidade (capacidade de discriminar formas) e campo visual (amplitude de estímulos que a pessoa tem condições de perceber). Pode ser congênita ou adquirida.

4 Impedimentos orgânicos e desvantagens sociais Concepções organicistas; Crítica às concepcões organicistas (VYGOTSKY); Análise da definição proposta pela OMS em 1989: deficiência, incapacidade e desvantagem. (Amaral, 1996). Amaral (1996): deficiência primária e deficiência secundária. Autora enfatiza influência dos fenômenos psicossociais no desenvolvimento.

5 Desenvolvimento Humano Concepção sócio-histórica de desenvolvimento humano: ênfase nos processos interativos; Análise da relação entre desenvolvimento e aprendizagem; Importância do processo educacional no desenvolvimento humano; Para Vygotsky, “[...] o desenvolvimento é 'puxado' pela aprendizagem” (p.157).

6 Como pensar o desenvolvimento da criança com deficiência visual? Vygotsky: retrospectiva histórica sobre abordagem à cegueira na história humana dividida em 3 períodos: 1° período: Antiguidade, Idade Média e parte da História Moderna. 2°período: Iluminismo. “Teoria da substituição dos órgãos dos sentidos”. 3°período: Época Moderna: idéia de mobilização completa do aparelho psíquico. “São comuns ao cego e ao vidente a fonte principal de conteúdos de desenvolvimento: a linguagem” (p.161).

7 Deficiência visual: alguns estudos recentes a) utilização dos sentidos remanescentes: Warren (1994): crianças cegas, algumas vezes, tem melhor desempenho em tarefas que envolvem estimulação auditiva complexa; Ochaíta e Rosa (1995): “Tato é importante meio de compreensão para os cegos”. b) Estabelecimento do apego:“... desenvolvimento, no primeiro ano de vida, de uma responsividade sócio-emocional seletiva para pessoas específicas, com respostas positivas para um pequeno número de pessoas (familiares) e negativas para outras (‘medo de estranhos’)” (Warren, 1994).

8 O apego Comportamentos de apego em bebês com deficiência visual: chorar, sorrir e agarrar; Warren (1994): fatores que podem afetar o desenvolvimento do apego. Evidência de discriminação entre pessoas; Indicadores de apego; Dinâmica do apego

9 A linguagem c) Desenvolvimento da linguagem: Landau (1997): distinção entre perspectiva empirista e inatista de aquisição da linguagem. “O que interessa saber é como a criança, cega ou vidente, aprende, de forma interligada, os aspectos sintáticos e semânticos da linguagem” (p.168). Landau (1997): Pareamentos forma- significado e papel da experiência. Como o bebê cego conhece os objetos, o espaço, as relações de causalidade? Como adulto e criança estabelecem referência?

10 Outros estudos Norgate (1997); Leme (1998); Passos (1998). Conclusão: Ainda que se detectem alguns impedimentos e dificuldades, a criança com deficiência visual pode se desenvolver e aprender normalmente. Desafio.