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CURSO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA (FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ)

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Apresentação em tema: "CURSO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA (FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ)"— Transcrição da apresentação:

1 CURSO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA (FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ)
CREIO EM JESUS CRISTO CURSO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA (FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ) PROF.: CARLOS CUNHA 2013

2 Creio em Jesus Cristo Apresentação
Teólogo de tradição protestante Professor universitário em instituições protestantes e católicas Doutorando na FAJE – Tema: Teologia Pública Bolsista da CAPES e pesquisador do CNPq

3 Creio em Jesus Cristo Proposta de curso
UNIDADE Tema 1ª. 18/4 25/4 Introdução Questões nucleares da cristologia O problema hermenêutico Cristologias: abordagens recentes Por uma cristologia integral 2ª. 2/5 9/5 A ressurreição de Jesus Cristo A morte de Jesus Cristo A vida e mensagem de Jesus Cristo Análise a partir dos Sinóticos Análise a partir do Evangelho de João EIXOS: Teológico, pastoral e existencial

4 Creio em Jesus Cristo Bibliografia
LIBANIO, J.B. Creio em Jesus Cristo. 2.ed. São Paulo: Paulus, 2008. DUPUIS, Jacques. Introdução à cristologia. 3.ed. São Paulo: Loyola, 2007. CUNHA, Carlos; LIBANIO, J.B. Linguagens sobre Jesus: as linguagens tradicional, neotradicional pós-moderna, carismática, espírita e neopentecostal. vol.1. São Paulo: Paulus, 2011. LIBANIO, J.B. Linguagens sobre Jesus: linguagem narrativa e exegética moderna. vol.2. São Paulo: Paulus, 2012. PAGOLA, José Antonio. Jesus: aproximação histórica. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2011. URÍBARRI, Gabino. La singular humanidad de Jesucristo: el tema mayor de la cristologia contemporánea. Madrid: San Pablo, 2008. CASTILLO, José M. La humanización de Dios: ensayo de cristologia. Madrid: Trotta, 2009.

5 CREIO EM JESUS CRISTO PARTE I INTRODUÇÃO

6 Creio em Jesus Cristo Introdução
“E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mc 8,29; Mt 16,15) “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16) “Saiba, portanto, com certeza, toda a casa de Israel: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2,36)

7 Creio em Jesus Cristo Introdução
Jesus (Yeshua) Masiah, o ungido, o cristo Jesus é o Cristo Jesus, o Cristo Nascimento do núcleo da fé cristológica primitiva

8 Creio em Jesus Cristo Introdução
Quem é Jesus Cristo para o ser humano de hoje? Em um mundo com tantas dúvidas e incertezas, vazio de verdades fundamentais e absolutas, quem é Jesus Cristo? Qual é a relevância da vida, mensagem, morte e ressurreição de Jesus Cristo?

9 Creio em Jesus Cristo Questões nucleares
Cristocentrismo 1.1 O evento Cristo é fundamental para a fé cristã 1.2 Jesus Cristo lança luz sobre: o ser humano; Deus; mundo; história e sobre a Igreja 1.3 Jesus Cristo não é intermediário. Ele é mediador entre Deus e o ser humano.

10 Creio em Jesus Cristo Questões nucleares
2. Cristologia e Teologia 2.1 A teologia cristã é cristocêntrica 2.2 Jesus Cristo, o Filho encarnado é o caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6) 2.3 Paradoxo: Deus no homem Jesus e o Pai que permanece para além do próprio Jesus 2.4 A cristologia leva-nos à teologia, ao Deus que se revela, de modo o mais decisivo

11 Creio em Jesus Cristo Questões nucleares
3. Cristologia e Antropologia 3.1 Em Jesus Cristo, o ser humano chega a se conhecer, plena e verdadeiramente 3.2 “Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe confere a sua altíssima vocação” (GS 22) 3.3 Partícipe da filiação divina em Jesus Cristo, o ser humano encontra nele a plena realização de sua abertura para Deus.

12 Creio em Jesus Cristo Método
1. Método dogmático Ponto de partida das definições conciliares, análise profunda e extração de conclusões Limitações e perigos: Substituição dos textos bíblicos por formulações dogmáticas; Não há trabalho exegético-hermenêutico – pluralidade de cristologias do 2ºT; Dogmatismo cristológico (absolutismo); Cristologia abstrata irrelevante para o nosso dia-a-dia concreto.

13 Creio em Jesus Cristo Método
2. Método histórico-evolutivo Ponto de partida está nos textos bíblicos, evolução do 1º para o 2º testamento Limitações e perigos: Reduzir diferentes cristologias a uma falsa síntese; Monopoliza a reflexão teológica; Especulação cristológica sem ligação com o real; Absolutiza os dados escriturísticos.

14 Creio em Jesus Cristo Método
3. Método indutivo Ponto de partida é a realidade vivida de uma situação concreta e de seus problemas, na perspectiva de uma reflexão de fé Vantagens e desvantagens: Cristologia contextual; Processo de inculturação; Emocionalismo; Redução do evento Cristo à autoajuda.

15 Creio em Jesus Cristo O problema hermenêutico
Transição metodológica: dedutivo/ indutivo => suscita o problema hermenêutico Como se faz teologia ou cristologia: dos dados da fé para a realidade contextual ou, ao contrário, da realidade vivida para buscar nos dados revelados a diretriz da práxis cristã? Será o dado da fé acessível em sua forma nua, como uma verdade objetiva, inteiramente pura e intacta? Existe um Evangelho que não seja uma interpretação?

16 Creio em Jesus Cristo O problema hermenêutico
Processo de interação entre Texto, Contexto e Intérprete Bíblia (Tradição) Texto Realidade circunstante Contexto Igreja local Intérprete Interação entre os três elementos para a práxis cristã Cristologia narrativa

17 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Nunca houve uma cristologia única Cristologias propiciaram aproximações, nunca exaustivas A diversidade de cristologias é positiva para a teologia Quando analisadas, revelam os seus méritos e os seus limites

18 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia histórico-crítica Extrair dos Evangelhos tudo o que é possível afirmar, criticamente, a respeito de Jesus Cristo Métodos de análise textual – crítica das fontes; tradição; redação; formas etc. Utilização do instrumental de outras ciências: arqueologia, paleografia, filologia etc. Cisão entre o Jesus histórico e o Cristo da fé.

19 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia pelos títulos Baseia-se nos títulos dados a Jesus Categorias: 1. Messiânicos – “Cristo” (masiah, o “ungido”), “Servo de Javé” e “Filho do homem”; 2. Títulos funcionais – “Profeta”, “Salvador” e “Senhor”; 3. Ontológicos (ligados à identidade pessoal de Jesus) – “Palavra de Deus” e “Filho de Deus”. A perspectiva da cristologia do 2ºT é, prioritariamente, funcional e não ontológica – risco de cair na abstração.

20 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia crítico-dogmática Extrair dos enunciados dogmáticos o sentido profundo sobre Jesus Os dogmas são condicionados pelo tempo e espaço. Pluralismo dogmático necessário: novos tempos, novas formulações – sem alterar o significado. Substância visada (permanece)/formulação cultural (muda). Perigo de abstrações.

21 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia histórico-salvífico Aborda o evento Jesus Cristo em toda a “economia” das relações de Deus com a humanidade na história, por sua auto-revelação e entrega O evento Jesus Cristo é o verdadeiro centro da história. É o princípio dinâmico de todo o processo histórico. A história se divide em antes (preparação evangélica) e depois (potencialidade do acontecimento no “tempo da Igreja”.

22 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia antropológica Mostra o lugar e o papel de Jesus no peregrinar dos seres humanos para Deus A cristologia começa pela antropologia. A cristologia é o coroamente absoluto da antropologia. Em Jesus, a abertura para Deus, essencial à experiência humana transcendental, encontra sua realização cabal. O perigo da cristologia ser confundida com a antropologia.

23 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia da libertação Volta-se para o Jesus histórico para assumi-lo como o critério de discernimento da prática cristã Munir a fé cristológica com alicerce crítico. Atenção sobre o ensino, prática, palavras e ações de Jesus. Práxis histórica de Jesus: chave hermenêutica para a prática libertadora da Igreja. Limitação do projeto salvífico de Deus.

24 Creio em Jesus Cristo Cristologias: abordagens recentes
Cristologia inter-religiosa Prática do encontro inter-religioso, visando descobrir, nesse largo contexto, a especificidade da fé cristã e a unicidade de Jesus Cristo. O mistério de Cristo inculturado num contexto de pluralismo religioso. Encontrar em outras religiões “fendas de acesso” ou “sementes do Verbo”. Cisão entre Jesus e o Cristo.

25 Creio em Jesus Cristo Cristologia Integral
A cristologia integral leva em conta o testemunho bíblico por inteiro Superação de todos os falsos dualismos: Jesus sem Cristo é vazio e Cristo sem Jesus é mito Tendências cristológicas que se complementam: ascendente (de baixo) – apoiado no homem Jesus e descendente (de cima) – apoiado na pessoa do Filho de Deus Correção de heresias cristológicas atuais: (neo) docetismo e (neo) nestorianismo O mistério de Jesus Cristo é universal concreto a partir da tensão entre a sua divindade (significado universal) e a sua humanidade (particularidade histórica).

26 CREIO EM JESUS CRISTO PARTE II A RESSURREIÇÃO

27 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
O que seria do cristianismo sem a ressurreição de Jesus Cristo? “Ora, se se proclama que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé” (1Co 15,12-14). Fundamento da fé cristã Marco inaugural da cristologia

28 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
A ressurreição é chave de leitura para a cristologia O evento Cristo Deus As relações humanas A criação Novo olhar sobre:

29 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Cristologia “ontológica” Cristologia “funcional”

30 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto de partida da fé cristã Núcleo central para afirmar que: Jesus está vivo hoje Jesus está presente no meio de nós

31 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Crer na ressurreição é crer na transformação: Do próprio Jesus que ganhou uma vida nova (dimensão nova) Dos discípulos. O relato de Emaús descreve a transformação produzida nos discípulos (Lc 24,13-35)

32 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
A ressurreição de Jesus Cristo é um fato real Tal acontecimento faz brotar uma nova fé no coração dos discípulos Os evangelistas não se atreveram a narrar os detalhes do acontecimento Acontecimento que extrapola esforço por representações precisas Para os discípulos, o Cristo ressuscitado é um fato decisivo : fundamento da esperança

33 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Para exprimir essa nova realidade, os discípulos lançaram mão da imagem da “ressurreição dos mortos” presente no mundo apocalíptico. Evidentemente a linguagem é simbólica, pois o acesso a ela é indireto por via das “aparições”. Ao assumirem a imagem da ressurreição, o Segundo Testamento assinala para uma nova vida, uma transformação radical da existência corporal (Cf. 1Co 15,35-56). O Jesus ressurreto vive uma existência corporal totalmente nova. Isso é visto como o romper do mundo novo.

34 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
O ressurgir de Jesus dentre os mortos não tem a ver com uma volta a vida biológica. Ela não é a reanimação de um cadáver. Os próprios evangelistas descrevem o ministério do Jesus pós-ressurreição com uma existência nova. Ele pode ser visto; pode ser tocado e pode falar, mas ele não é reconhecido; não pode ser retido e a sua existência foge aos limites do tempo e do espaço. Mesmo assim, Jesus é alguém real e concreto (cf. Mt 28,9; Lc 24, ; Jo 20, ; 21,4; Mc 16,12 ). O Jesus-ressuscitado tem um corpo ressuscitado com dimensões que ultrapassam as características da matéria que nós conhecemos.

35 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
O corpo ressuscitado mantém dimensões materiais Conserva toda a história concreta de Jesus Como processo de anamnese (filosofia) Rememoração gradativa Verdades essenciais

36 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Ao ressuscitar Jesus, Deus ressuscita sua vida terrena marcada por sua entrega ao Reino de Deus, sua vida de renúncia e sua obediência até à morte. Jesus ressuscita com um “corpo” que recolhe e dá plenitude à totalidade de sua vida terrena (cf. Fl 3,21). Relembrar a vida de Jesus marcada pela sua entrega ao Reino de Deus

37 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Para os primeiros cristãos, a ressurreição de Jesus anuncia a manifestação de Deus em favor da vida. Deus resgata o seu Filho da morte e o introduz imediatamente numa nova vida. Este ato criador de Deus – a possibilidade de fazer novas todas as coisas – passa a ser, a partir de então, o conteúdo primordial das primeiras confissões de fé (Rm 5,20-21).

38 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
A ressurreição levou os primeiros cristãos a verem a vida-morte de Jesus sob uma nova ótica. A ressurreição passou a ser o ponto de partida da cristologia. A partir dela os primeiros cristãos começaram a se indagar sobre o significado do evento Jesus Cristo para toda a criação. Ao morrer, Jesus entrou na “glória” de seu Pai. Ele morreu confiante na acolhida de Deus.

39 Creio em Jesus Cristo A ressurreição
Sua morte foi uma “morte-ressurreição”. O Pai o ressuscitou na morte para uma vida plena, nova vida. No Cristo ressuscitado manifestou o ápice da benignidade e da reconciliação de Deus com todos os seres vivos. A ressurreição é rompimento com todas as alienações. A ressurreição faz emergir a realização das capacidades do ser humano (“já” e “ainda não”).

40 CREIO EM JESUS CRISTO PARTE III A MORTE

41 Creio em Jesus Cristo A morte
Quem matou Jesus Cristo? Pilatos? O povo judeu? A aristocracia judaica? Nós, os pecadores? Os soldados romanos? O Pai?

42 Creio em Jesus Cristo A morte
Jesus morreu por causa do tipo de vida que teve. Defensor do Reino de Deus Fiel ao Pai

43 Creio em Jesus Cristo A morte
Qual a atitude de Jesus diante de sua morte iminente? Que sentido lhe atribuiu? Como os discípulos (pré-pascal e pós-pascal) viram a sua morte? Qual o significado da morte de Jesus para o cristão moderno?

44 Creio em Jesus Cristo A morte
É preciso evitar duas posições extremadas: Jesus que premedita a sua morte Jesus que suporta a sua morte

45 Creio em Jesus Cristo A morte
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mc 15,34). Não é grito de desespero É um brado de angústia, mas também é expressão de confiança e de esperança em Deus (Sl 22)

46 Creio em Jesus Cristo A morte
O contexto sócio-político da época de Jesus Domínio político romano – Pax Romana; Cultura grega; Jesus se colocou em defesa dos setores mais oprimidos do Império; Jesus promoveu uma “revolução” no interior do ser humano

47 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo Orientações gerais: Formação de 6 grupos; Distribuição de fragmentos textuais; Leitura em grupo; Responda duas questões – O que o texto diz? E o que me faz dizer na pastoral? 15’ minutos para leitura e respostas; 5’ para exposição em grupo.

48 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 1 Independente da diversidade de interpretações, Deus não abandonou Jesus na cruz do Calvário. Antes saiu em sua defesa como faria qualquer bom pai. A identificação do Pai com Jesus é o testemunho do amor de Deus para com o seu Filho e, consequentemente, a rejeição frente às injustiças cometidas a Jesus. Esta confirmação do amor do Pai por Jesus dá novo sentido à ressurreição. A ressurreição de Jesus não é só uma vitória sobre a morte; é a reação de Deus, que ratifica o discurso e a vida do seu Filho. Entender esta boa nova passa a ser o primeiro conteúdo da pregação dos primeiros cristãos (Cf. At 2, 23-24; 4,10; 5,30).

49 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 2 O Pai nunca esteve separado de Jesus. Mesmo quando Jesus agonizava, estava com ele, sustentando-o e sofrendo junto com ele e nele. O Pai nunca quis ver Jesus sofrer. O que Deus quer é que Jesus seja fiel até ao fim, que continue na caminhada em prol da justiça do reino de Deus. Nem o Pai busca a morte vergonhosa de Jesus, nem Jesus lhe oferece seu sangue pensando que lhe será agradável. Os primeiros cristãos nunca disseram algo parecido. Na crucificação, Pai e Filho estão unidos, não buscando sangue e destruição, mas enfrentando o mal até às últimas consequências.

50 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 3 Se Deus fosse alguém que exige previamente o sangue de um inocente para salvar a humanidade e aplacar a sua ira, a imagem de Deus como um pai compassivo ficaria totalmente desvirtuada. Que Deus é esse que exige sacrifícios para manifestar o perdão? Seria Deus um credor implacável? Não saberia Deus perdoar gratuitamente? Esse não é o Deus-Pai de Jesus Cristo.

51 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 4 Outro engano é pensar que Deus descarrega a sua ira sobre Jesus. Jesus não sofre a cruz como castigo de Deus que faz dele o responsável pelos pecados da humanidade, pecados que ele não cometeu. Jesus é inocente. Ele não pecou. O sofrimento de Jesus na cruz é resultado dos que se opõem a seu reino. Jesus não é vítima do Pai, e sim daqueles que rejeitaram o seu convite para “entrarem” no reino de Deus. São os poderosos, movidos por ambições diversas, que infligem sobre Jesus o sofrimento, e não Deus. Aliás, o Pai abraça o Filho de tal maneira que carrega com ele o seu sofrimento também (cf. 1Pe ).

52 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 5 Certo pastor evangélico usava a seguinte ilustração para falar sobre o significado da morte de Jesus Cristo: “Toda vez que pecamos, Deus se prepara para nos castigar. Neste momento, o chicote de Deus não nos atinge porque Jesus se coloca entre nós e o castigo de Deus. Jesus recebe em seu corpo todo o nosso castigo”. Esta é uma ilustração infeliz. Além de sugerir a figura de um Deus irado, carrasco, desvirtua o propósito salvífico de Deus por meio do seu filho Jesus. Ao interpretar a morte de Jesus como somente expiação vicária o fiel esbarra nos limites dessa comparação correndo o risco de deformar o sentido da morte de Jesus.

53 Creio em Jesus Cristo A morte
Dinâmica em grupo – Texto 6 Ao contrário da explicação infeliz do pastor, os primeiros cristãos viram em Jesus crucificado a expressão mais realista do amor incondicional de Deus para com a humanidade. Não a figura de Deus irado com a humanidade que resolve aplacar a sua ira sacrificando o seu Filho. A cruz, à luz do túmulo vazio, é sinal misterioso do perdão, compaixão e ternura divinos. Só o amor de Deus pode explicar o ato da cruz. Assim é que João pode afirmar: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). E Paulo comovido declara: “O Filho de Deus me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20).

54 CREIO EM JESUS CRISTO PARTE IV A VIDA E A MENSAGEM

55 Creio em Jesus Cristo A vida e a mensagem
Vida de Jesus voltada para o Reino de Deus e em obediência ao Pai; Elementos intrinsecamente relacionados – cristologia funcional => cristologia ontológica; A vida de Jesus é uma vida de renúncia e de justiça; Toda a sua vida remete ao Reino de Deus;

56 Creio em Jesus Cristo A vida e a mensagem
A expressão “Reino de Deus” ocorre 122x (90x por Jesus); Jesus resignifica a expressão com um novo horizonte de expectativa; O que significa? “Revolução total e estrutural dos fundamentos desse mundo, introduzida por Deus”

57 Creio em Jesus Cristo A vida e a mensagem
“O reino de Deus já chegou” (Mc 1,15) Deus se faz presente e atuante; Presença salvadora; Reino intramundano. “O reino de Deus não vem de forma espetacular nem se pode dizer: ‘Ei-lo aqui ou ali’. No entanto, o reino de Deus já está entre vós” (Lc 17,21) Jesus traz para a história as expectativas dos visionários; A presença do Reino na realidade do dia a dia.

58 Creio em Jesus Cristo A vida e a mensagem
“O reino de Deus já está entre vós” (Lc 17,21) Em algumas versões: “O reino de Deus está dentro de vós” Esse tipo de leitura perverte o sentido proposto por Jesus; Reduz o Reino a algo privado e espiritual; As forças libertadoras são canalizadas mais em processos terapêuticos, de cura interior; Reduz a força de movimentos de transformação social.

59 Creio em Jesus Cristo A vida e a mensagem
Textos para reflexão Sermão do monte (Mt 5-7) Ética e moral Missão de Jesus (Mt 9,35-38) Perspectiva missionária Elementos balizadores: Reinado contra a desumanização e a favor da dignidade humana; “Entrar” no Reino implica conversão. É deixar ser transformado e transformar a vida como Deus a quer; Não é possível entrar no Reino de Deus sem sair do reino de Mamon.


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