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Aprendizagem verbal sobre a conservação das quantidades contínuas

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Apresentação em tema: "Aprendizagem verbal sobre a conservação das quantidades contínuas"— Transcrição da apresentação:

1 Aprendizagem verbal sobre a conservação das quantidades contínuas
In: INHELDER, B.; BOVERT, M.; SINCLAIR, H. Aprendizagens e Estruturas do Conhecimento. São Paulo: Saraiva, 1977. Disciplina: Aprendizagem Humana – Construção do Conhecimento Prof. Dr. Fernando Becker Alunas: Doris Simone Reitz e Lisiane Quadrado Closs

2 Conceitos Na pesquisa realizada por Sinclair (1967) verificou-se isoladamente o fator verbal em sessões de aprendizagem. Não-conservação (crianças até 5-6 anos) Incapacidade de compreender e de utilizar expressões verbais adequadas. Conservação (crianças a partir de 7 anos) Expressões verbais que tratam da comparação de quantidades contínuas, de números e de dimensões, tais como largura, altura, etc... Estão relacionadas a grupos de palavras.

3 Conceitos GRUPOS DE PALAVRAS:
ESCALÕES: palavras que descrevem quantidades contínuas e descontínuas os termos objetivos: números e medidas; os termos subjetivos: muito, pouco; e adjetivos como: comprido/curto, grande/pequeno, etc... Ex.: Ele tem muitas bolinhas de gude (avaliar uma quantidade) Ele tem muitas bolinhas de gude e ela só tem poucas (comparar duas quantidades) Avalia-se objetiva ou subjetivamente um número ou uma quantidade.

4 Conceitos VETORES: compreende termos de comparação: mais, menos, tanto quanto, demais, etc... sem adjetivos: indicam uma comparação entre duas coleções (números), duas quantidades globais ou dois pesos. Ex.: Ele tem mais pérolas do que ela (número). Ele tem mais xarope do que ela (quantidade). com adjetivos: indicam a comparação entre dimensões ou qualquer outra qualidade comum aos dois objetos. Ex.: A é maior que B (qualidade comum aos dois objetos). Indica-se objetivamente e explicitamente a diferença entre dois objetos ou coleções sem as quantificar.

5 Pesquisas 1ª experiência: teve por objetivo explorar a compreensão e o uso destas expressões por crianças nos níveis conservativo e não-conservativo. A) Pesquisa do uso e da compreensão das expressões de comparação quantitativa: experiência de exploração Material - massa para modelar em quantidades iguais e desiguais, e bonecas (menina e menino) - bolas de gude de dois tamanhos lápis, cujas dimensões variam em comprimento e espessura População Alunos de primeiro e segundo jardins e primários das escolas de Genebra. Limite de idade: 4,6 – 8,0.

6 Pesquisa A - Problemas de descrição
Massa para modelar a) as bonecas têm quantidades iguais (o o) b) as bonecas têm quantidades desiguais (o O) Bolas de gude a) número desigual de bolas do mesmo tamanho ● ● ● ● ● ● b) número igual, de tamanho desigual ● ● ● ● c) número desigual, de tamanho desigual; ou número maior das grandes e menor das pequenas ● ● ● ● ● ● d) número das pequenas maior que o das grandes ● ● ● ● ● ● Lápis a) um lápis comprido e fino e um lápis curto e fino b) um lápis curto e fino e um lápis curto e grosso c) um lápis curto e fino e um lápis comprido e grosso d) um lápis curto e grosso e um lápis comprido e fino

7 Pesquisa A Prova de transvasamento de líquidos: determinar o nível operatório Descrição de problemas para avaliar a compreensão das expressões Massa Ex.:Dê mais massa para a menina e menos para o menino Bolas de gude Ex.: Dê bolas menores à menina e maiores ao menino Lápis Ex.:Lápis curto e fino: “Procure um lápis mais comprido”

8 Resultados – Descrição das condutas
quase todos (com uma exceção) acertaram os problemas de execução de ordens houve diferenças entre os termos escolhidos pelas crianças do nível conservativo e as do não-conservativo  1) Uso de escalões ou vetores: situação de massa Estágio pré-operatório: maioria respondem utilizando escalões (muitas, pouco) Nível conservativo: grande maioria respondem utilizando vetores (mais/menos) 2) Uso de termos diferenciados e indiferenciados: lápis Nível pré-conservativo: recorrem a termos não diferenciados. A mesma palavra indica o comprimento e a espessura (curto e fino)  pequeno Nível conservativo: utilizam 2 pares de oposições. Para descrever diferenças entre comprimento e espessura comprido/curto ou grosso/fino 3) Uso de uma estrutura bipartida ou quadripartida: situações c e d (descrição de 2 diferenças ao mesmo tempo  lápis: comprimento e espessura) Nível pré-conservativo: (4 lápis) Esse lápis é comprido, o outro é curto; e esse lápis é fino, o outro é grosso. Nível conservativo: Esse lápis é comprido, mas fino; o outro é curto e grosso.

9 Resultados quantitativos
As crianças que possuem a conservação exprimem-se verbalmente de maneira diferente do que as pré-conservativas. Questões: 1) Será possível provocar em crianças pré-conservativas o pattern verbal relativo às comparações quantitativas que é própria das crianças que possuem a noção de conservação? 2) Se tal é o caso, uma modificação de seus patterns verbais acarretaria uma mudança em sua conduta sobre o plano operatório?

10 Pesquisa B – Processo, teste e seleção
A aprendizagem é realizada em 3 sessões com intervalos de no mínimo 3 dias e no máximo 7 dias Método: incitar a criança a repetir as expressões utilizadas pelo experimentador 1a sessão e pré-teste 10 situações de descrição de diferenças Pré-teste: prova de transvasamento dos líquidos  determinar o nível pré-operatório 2ª sessão 10 situações de execução de ordens  a criança descreve o que fez Bola de massa (aumento e diminuição progressiva da bola) Bolas de gude (número crescente ou decrescente de bolas de gude a uma só boneca) Descrição das situações c e d  bolas de gude e lápis 3a sessão e pós-teste 1 Execução de ordens Ao final, pós-teste 1: prova de transvasamento de líquidos Controle: pós-teste 2 Após 2 semanas repete-se a prova de transvasamento dos líquidos

11 Resultados Comparação entre pré-teste e pós-testes Pós-teste 1
NC Int C NC Int C NC Int C 2 (+1-1) Total: C: no pré-teste, apenas respostas conservativas: “eu sei”, “eu vejo”; pós-testes, justificativas por identidade e conservação

12 Resultados Análise das condutas durante o processo de aprendizagem e durante os pré e pós testes – protocolos ilustrativos: 1) Passagem da não-conservação à conservação – ERI (6,0 anos) - pré-teste: ausência de conservação, mas percepção das duas dimensões do vidro “mais nesse vidro (estreito), está um pouco mais apertado, então tem mais para beber” - pós-teste: conservação segura, apoiada em compensação e reversibilidade “o vidro é mais grosso, isso espalha mais, mas é a mesma coisa para beber; quando a gente põe no outro vidro, vai ficar a mesma coisa”

13 Resultados Análise das condutas durante o processo de aprendizagem e durante os pré e pós testes – protocolos ilustrativos: 2) Passagem não-conservativa à intermediária – JEP (6,2 anos) - pré-teste: oscila entre altura e largura, depois adota altura para justificar altura: “mais no vidro fino” ; em seguida, largura: “não, menos” - pós-teste: chega a uma compensação, mas recai após objeções do experimentador “A é mais fino, então isso fica mais grosso (mostra altura), a gente bebe a mesma coisa porque nos dois tem o mesmo xarope”. “Não é a mesma coisa, A é mais grosso e não tem a mesma altura que E, então fica menor, tem menos”

14 Resultados Análise das condutas durante o processo de aprendizagem e durante os pré e pós testes – protocolos ilustrativos: 3) Permanece o estágio da não-conservação, mas modifica sua argumentação CRI (5,4 anos) - pré-teste: várias características do padrão: vetores com adjetivos massa: “essa é mais grossa, aquela é mais pequena” ; bolas: “essa é maior, aquela também é maior”... Lápis (comprido e grosso – curto e fino): “esse é mais grosso e esse (outro) é mais pequeno e esse (primeiro lápis) é maior e esse (outro) mais pequeno” - pós-teste: não mudou de estágio, mas modificou justificativas de resposta Condutas típicas (segue):

15 Resultados Condutas típicas:
a) dificuldades no uso de vetores simples para massa de modelar, a palavra “mais” é empregada muito precocemente, “menos” vem mais tarde: “eu dei muito para um e não muito para outro” b) aprendizagem dos termos diferenciados é mais fácil: adquirida e mantida muitas vezes com uma única sugestão “não seria melhor dizer fino em vez de pequeno?” c) aprendizagem dos termos bipartidos é mais difícil: Ex: um lápis curto e fino e um lápis comprido e grosso (impressão de emprego artificial, pouco interiorizado)

16 Resultados Discussão dos resultados no plano da operosidade e observações finais: Fatos: 1) Sujeitos que passam para o estágio intermediário da conservação visualizam covariança das dimensões - argumento compensatório momentâneo; 2) Aqueles que passam para a conservação dão primeiro o argumento de compensação, mas acrescentam o argumento de identidade ou reversibilidade; 3) Aprendizagem dos termos diferenciados mais fácil e rápida (uso desses termos menos ligada à presença da noção de conservação)

17 Resultados Conclusões:
a) Hipótese afastada de que uso e compreensão de expressões corretamente permitem à criança chegar à noção de conservação. Há um paralelismo, no entanto, no modo de estruturação da operação e aquisição dos termos para expressão. Em um plano mais estrutural, a aquisição da verbalização se choca com os mesmos obstáculos que a aquisição da noção: falta de coordenação e descentração. b) Aquisição do plano léxico permite orientação para aspetos pertinentes do problema (argumento de covariança) c) Treino verbal permite dar no pós-teste justificativas explícitas da convicção. A linguagem permite codificação e armazenamento rápidos e eficazes.

18 Resultados Observações finais:
É possível que uma orientação da atenção para pontos pertinentes seja um progresso em direção à aquisição da noção. O perigo reside na possibilidade de combinar essa orientação da atenção com uma aprendizagem por meios artificiais que suscitaria nos pós-testes respostas de conservação. Seriam estas, respostas exatas num domínio restrito, obtidas por uma orientação da atenção que induz à escolha da informação pertinente por transferência condicionanda.


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