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Séc. XVII ao começo do séc. XVIII

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Apresentação em tema: "Séc. XVII ao começo do séc. XVIII"— Transcrição da apresentação:

1 Séc. XVII ao começo do séc. XVIII
BARROCO Séc. XVII ao começo do séc. XVIII Prof. Sandro Brincher

2 "Toda forma exige fechamento e fim, e o barroco se define pelo movimento e instabilidade; parece-nos, pois, que ele se encontra ante um dilema: ou negar-se como barroco, para completar-se numa obra, ou resistir à obra para persistir fiel a si mesmo“. J. Rousset

3 O SURGIMENTO

4 O surgimento O Barroco procura solucionar os dilemas de um homem que perdeu sua confiança ilimitada na razão e na harmonia, através da volta a uma intensa religiosidade medieval e da eliminação dos conceitos renascentistas de vida e arte. Em parte, isso não é atingido e as contradições prosseguiriam.

5 Etimologia Primeiro dicionário da língua francesa (1690): “É um termo de joalheria, designativo de pérolas de esfericidade imperfeita”. Espanhol: Berrueco: “pérola de superfície imperfeita” (similar ao francês).

6 Crise da sociedade renascentista e Contra-Reforma
Feudalismo Mercantilismo Crise da sociedade renascentista e Contra-Reforma Arte Medieval Teocentrismo Valorização da vida espiritual Renascimento Humanismo Valorização da vida corpórea Barroco Volta à religiosidade Dilaceramentos: alma x corpo vida x morte claro x escuro céu x terra, etc.

7 Barroco Conhecido também por Seiscentismo (anos de 1600), este foi um estilo literário marcado pela linguagem rebuscada, o uso de antíteses e de paradoxos que expressavam a visão de mundo barroca numa época de transição entre o teocentrismo e o antropocentrismo. No Barroco, estão presentes duas vertentes: cultismo e conceptismo

8 AS DUAS ESCOLAS RIVAIS Cultismo: Conceptismo:
Linguagem rebuscada, culta, extravagante, valorização do pormenor mediante jogo de palavras. Conceptismo: Jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada.

9 Cultismo ou gongorismo
Valorização de forma e imagem, jogo de palavras, uso de metáforas, hipérboles, analogias e comparações. Manifesta-se uma expressão da angústia de não ter fé. "Ofendi-vos, Meu Deus, é bem verdade, É verdade, Senhor, que hei, delinqüido Delinqüido vos tenho...“ (Gregório de Matos)

10 Conceptismo ou quevedismo
Valorização do conteúdo/conceito, jogo de idéias através do raciocínio lógico. Há o uso da parábola com finalidade mística e religiosa.

11 Conceptismo ou quevedismo
“Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.“ Padre António Vieira "Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a e não queirais, Pastor Divino, Perder na Vossa ovelha a Vossa glória." Gregório de Matos

12

13 Referências históricas

14 Contexto histórico ARTE BARROCA Reformas religiosas Contra-Reforma
Enfraquecimento da Igreja Reformas religiosas Concílio de Trento Contra-Reforma ARTE BARROCA

15 Cronologia Época Clássica Renascimento Arcadismo Época Medieval
Neoclassicismo Arcadismo

16 Cronologia Época Clássica Época Medieval Renascimento Neoclassicismo
Arcadismo BARROCO Maneirismo Rococó

17 São José de Botas, atribuído ao Aleijadinho

18 Características Gerais
Culto do contraste Pessimismo Humanização do sobrenatural Fusionismo Intensidade

19 Características Essa situação contraditória provoca o aparecimento de uma arte que expressar também atitudes contraditórias do artista em face do mundo, da vida, dos sentimentos e de si mesmo. O homem tenta conciliar a glória e o valor humano despertados pelo Renascimento com as idéias de submissão e pequenez diante de Deus e a igreja. Homem está entre céu e terra, consciente de sua grandeza, mas perseguido pela idéia de pecado e busca a salvação de forma angustiada. Assim, há uma tentativa de conciliação de idéias antagônicas: Bem – Mal / Deus – Diabo / Céu – Terra / Pureza – Pecado / Alegria – Tristeza / Espírito – Carne

20 Características Há um crescente pessimismo em face da vida (oposto à vontade de viver e vencer do Renascimento) e tudo lembra ao homem sua morte e aniquilamento. “Ó não guardes, que a madura idade, / te converte essa flor, essa beleza, / em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório de Matos) É de se esperar que os recursos dessa visão de mundo sejam, na poesia, as figuras: sonoras (aliteração, assonância, eco, onomatopéia...), sintáticas (elipse, inversão, anacoluto, silepse...) e principalmente semânticas (metáfora, metonímia, sinédoque, antítese, paradoxo, clímax...).

21 Recursos estilísticos
Metáfora Revolução da poética barroca com o surgimento das metáforas erótico-anatômicas que associavam o amor ao prazer e a natureza à mulher.  "Goza, goza da flor da mocidade. / Que o tempo trata a toda ligeireza / E imprime em toda a flor sua pisada."   Gregório de Matos Antítese Reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo.  "Ardem chamas n’água, e como / vivem as chamas, que apura, / são ditosas Salamandras / as que são nadantes turbas"   Botelho de Oliveira

22 Recursos estilísticos
Paradoxo Demonstra a tentativa de fusão dos opostos que atormenta o homem barroco  "Ardor em firme coração nascido; / Pranto por belos olhos derramado; / Incêndio em mares de água disfarçado; / Rio de neve em fogo convertido."  Gregório de Matos Hipérbato Denota a desordem do pensamento do homem barroco  "A vós correndo vou, braços sagrados / Nessa Cruz sacrossanta descobertos"  Gregório de Matos Gradação  "Oh não aguardes que a madura idade / Te converta essa flor, essa beleza, / Em terra, em cinzas, em pó, em sombra, em nada."  Gregório de Matos

23 Recursos estilísticos
São usados vários símbolos que traduzem a efemeridade e a instabilidade das coisas: fumaça, ventos, neve, chama, água, espuma etc. As frases interrogativas ajudam a refletir a dúvida e a incerteza que caracterizam esse período. "Porém, se acaba o Sol, por que nascia? / Se tão formosa a Luz é, por que não dura? / Como a beleza assim se transfigura? / Como o gosto da pena assim se fia?“ (Gregório de Matos) A ordem inversa torna a frase pomposa e traduz os maneios de raciocínio, além de retratar a falta de clareza, de certeza diante das coisas.

24 O Martírio de São Felipe, de Jusepe de Ribera, exemplo da religiosidade tensa da cultura barroca católica.

25 GREGÓRIO DE MATOS GUERRA (1636-1695)
Poesia Religiosa A oscilação da alma barroca entre o mundo terreno e a perspectiva da salvação eterna aguça-se em Gregório de Matos Guerra. Até meados do século XVIII, nenhum homem de letras pode fugir a uma educação contra-reformista, pois os jesuítas controlam todo o sistema de ensino. Desta forma, ilustrar-se só será possível dentro dos preceitos da Companhia de Jesus, o que acontece com o futuro poeta. Por outro lado, Gregório é filho de senhores de engenho, quer dizer, dos verdadeiros senhores da terra, dos que possuem todos os direitos, inclusive o de vida e morte e que, por isso, podem exercer o estupro ou o simples domínio sexual sobre índias e escravas. Estão presentes nele, portanto, os elementos contraditórios da época: a licenciosidade moral e a posterior consciência da infâmia, seguida do arrependimento.

26 GREGÓRIO DE MATOS GUERRA (1636-1695)
Na maior parte de seus poemas religiosos, o poeta se ajoelha diante de Deus, com um forte sentimento de culpa por haver pecado, e promete redimir-se. Trata-se de uma imagem constante: o homem ajoelhado, implorando perdão por seus erros, conforme podemos verificar no primeiro quarteto do soneto Buscando a Cristo: A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos, Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados.

27 Poesia Amorosa Seguindo o modelo dos barrocos espanhóis, Gregório apresenta uma visão cindida das relações amorosas. Ora seus poemas tendem a uma concepção "petrarquista", isto é, à idealização dos afetos em linguagem elevada; ora a uma abordagem crua e agressiva da sexualidade em linguagem vulgar.

28 Poesia Amorosa: o amor elevado
Exemplo dessa perspectiva é um dos sonetos dedicados a D. Ângela, provável objeto da paixão do poeta e que o teria rejeitado por outro pretendente. Observe-se o jogo de aproximações entre as palavras anjo e flor para designar a amada. Observe-se também que, ao mesmo tempo tais vocábulos possuem um caráter contraditório (anjo = eternidade; flor = brevidade). Como sugere um crítico, esta duplicidade de Angélica lança o poeta em tensão e quase desespero ("Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.")

29 Poesia Amorosa: o amor elevado
Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente Em quem, senão em vós, se uniformara? Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama florescente? A quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus o não idolatrara?

30 Poesia Amorosa: o amor obsceno-satírico
Se o erotismo é a exaltação da sensualidade e da beleza dos corpos, independentemente da linguagem, que pode ser aberta ou velada; se a pornografia é a busca do sexo proibido e culpado através de imagens grosseiras e chocantes e valendo-se quase sempre de uma forma vulgar; a obscenidade situa-se noutra esfera. Ela não visa ao sensualismo refinado do erotismo nem à excitação cafajeste da pornografia. Não se trata, pois, de uma estimulação dos sentidos, e sim uma espécie de protesto contra o sistema moral, contra as concepções dominantes de amor e de sexo, e contra o próprio mundo. Às vezes, a obscenidade toma o sentido de um culto rude e subversivo do prazer contra os tabus que impedem a plena realização da libido.

31 Na poesia obscena-satírica, Gregório de Matos não apresenta qualquer requinte voluptuoso. Sua visão do amor físico é agressiva e galhofeira. Quer despertar o riso ou o comentário maldoso da platéia. Por isso, manifesta desprezo pela concepção cristã do amor que envolve a camada espiritual, conforme podemos verificar no texto abaixo: O amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um reboliço de ancas, quem diz outra coisa, é besta.

32 Poesia Satírica O desengano barroco tem como uma de suas conseqüências o implacável gosto pela sátira. Resposta a uma realidade que os artistas julgam degradada, a poesia ferina e contundente não perdoa nenhum grupo social. Ricos e pobres são fustigados pelas penas corrosivas de Góngora, de Quevedo, como mais tarde o fará o brasileiro Boca do Inferno. Esta ironia cáustica e por vezes obscena é traço marcante do barroco ibérico.

33 Poesia Satírica Quando retorna ao Brasil, já quarentão, em 1682, Gregório de Matos encontra uma sociedade em crise. A decadência econômica torna-se visível: o açúcar brasileiro enfrenta a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas e seu preço desaba. Além disso, uma nova camada de comerciantes (em sua maioria, portugueses) acumula riquezas com a exportação e importação de produtos. Esta nova classe abastada humilha aqueles que se julgam bem nascidos, mas que, dia após dia, perdem seu poder econômico e seu prestígio.

34 Ninguém parece escapar à sua ironia: os figurões portugueses, os padres, os colonos, os bacharéis, os degradados lusos que vinham para o Brasil e aqui enriqueciam, os nativos, os mestiços, os negros, todos são sistematicamente ridicularizados, como em Epílogos, onde num jogo de perguntas e respostas, o poeta demole com a sociedade de seu tempo: Que falta nesta cidade?... Verdade Que mais por sua desonra?... Honra Falta mais que se lhe proponha?... Vergonha O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha. Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio. Quem causa tal perdição? ... Ambição. E o maior desta loucura? ... Usura.

35 Arquitetura Quatremère de Quincy
“Barroco é uma gradação do bizarro; o abuso. A idéia de barroco implica a do excesso de ridículo” Quatremère de Quincy

36 Carlo Maderno :: Gian Lorenzo Bernini

37 Francesco Borromini :: Padre Guarini

38 Gian Lorenzo Bernini Êxtase de Santa Teresa

39 Francesco Mochi :: Francesco Duquesnoy

40 Caravaggio

41 Lodovico Carracci Madonna Bargellini

42 1 2 3 4 Orazio Gentileschi Stª Cecilia St. Valerianus St. Tiburtius

43 Andrea Pozzo Chiesa di Sant'Ignazio

44 José de Ribera Santa Ines en la prisión

45 Antônio Francisco Lisboa
Barroco no Brasil Antônio Francisco Lisboa Aleijadinho Manuel da Costa Ataíde Mestre Ataíde

46 Aleijadinho Igreja de São Francisco de Assis (Ouro Preto - MG)

47 Os Doze Profetas (Congonhas - MG)

48 Mestre Ataíde Segundo a crítica Lélia Coelho Frota, Mestre Ataíde teria utilizado seus quatro filhos como modelos para a confecção dos anjos que adornam os diversos forros e painéis por ele executados e sua esposa para a execução da Madona mulata, retratada no forro da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Ouro Preto.

49 Mestre Ataíde Em sua obra, repleta de madonas e anjos mulatos, ele conseguiu apresentar a dimensão mestiça da arte e da sociedade brasileira.

50 RELEITURAS DO BARROCO

51 Manuel Carvalho e Gustavo Maia

52 Música barroca

53 Música “Uma música barroca é aquela de harmonia confusa, sobrecarregada de modulações e dissonâncias, a entonação difícil e o movimento afetado” (Jean-Jacques Rousseau). Profusão de ornamentos Ênfase na harmonia “Colorir” a sonoridade dos instrumentos

54 Música Vocal Ópera (opera in musica) Libretistas:
La Favola d’Orfeo [Claudio Monteverdi] Libreto de Alessando Striggio Libretistas: Apostolo Zeno ( ) Pietro Mestastasio ( ) Oratório (sala de reza) > lauda spiritual Cantata (“música para ser cantada”) Gêneros religiosos (por encomenda).

55 Música Instrumental Orquestra Oρχήστρα Ascensão da música instrumental
Funções bem definidas para os instrumentos e timbres Oρχήστρα “Lugar para a dança” Ascensão da música instrumental Teoria dos Afetos tonalidades padrões rítmicos dinâmicas instrumentos sentimentos humores ações personagens


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