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POÉTICAS DO SÉCULO XIX (2).

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Apresentação em tema: "POÉTICAS DO SÉCULO XIX (2)."— Transcrição da apresentação:

1 POÉTICAS DO SÉCULO XIX (2)

2 REALISMO

3 SITUAÇÃO HISTÓRICA Segunda metade do século XIX Sociedade burguesa
Capitalismo industrial Luta de classes Imperialismo

4 IDÉIAS PREDOMINANTES Socialismo utópico: Saint-Simon

5 IDÉIAS PREDOMINANTES Socialismo científico: Karl Marx

6 IDÉIAS PREDOMINANTES Anarquismo: Bakunin

7 IDÉIAS PREDOMINANTES Evolucionismo: Charles Darwin

8 IDÉIAS PREDOMINANTES Evolucionismo social: Herbert Spencer

9 IDÉIAS PREDOMINANTES Positivismo: Auguste Comte

10 IDÉIAS PREDOMINANTES Racismo: Gobineau

11 IDÉIAS PREDOMINANTES Determinismo: Hippolyte Taine

12 IDÉIAS PREDOMINANTES Experimentalismo: Claude Bernard

13 IDÉIAS PREDOMINANTES Pessimismo: Arthur Schopenhauer

14 O ateliê do pintor, 1855. Gustave Courbet.
Museu d'Orsay, Paris.

15 Bulevar dos italianos, 1856. Eugene Von Guérard
Bulevar dos italianos, Eugene Von Guérard. Museu Carnavalet, Paris.

16 Música nas Tulherias, 1862. Manet. National Gallery, Londres.

17 Os britadores de pedra, 1850. Gustave Courbet.
Destruída, em 1945, no bombardeio de Dresden.

18 Vagão de terceira classe, c. 1865. Honoré Daumier
Vagão de terceira classe, c Honoré Daumier. The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

19 A origem do mundo, 1866. Gustave Courbet. Museu d’Orsay, Paris.

20 Retrato de Gustave Flaubert, A. Giraud
MARCOS DA LITERATURA REALISTA 1857: Madame Bovary, Gustave Flaubert Retrato de Gustave Flaubert, A. Giraud Museu de Versailles

21 MARCOS DA LITERATURA REALISTA
1857: As flores do mal, Charles Baudelaire

22 Retrato de Émile Zola (detalhe), Manet Museu d’Orsay, Paris
MARCOS DA LITERATURA REALISTA 1867: Thérèse Raquin, Émile Zola Retrato de Émile Zola (detalhe), Manet Museu d’Orsay, Paris

23 TEXTO REALISTA-NATURALISTA
[...]. Às três horas lancharam. Foi delicioso; tinham estendido um guardanapo sobre a cama; a louça tinha a marca do Hotel Central; aquilo parecia a Luísa muito estroina, adorável – e ria de sensualidade, fazendo tilintar os pedacinhos de gelo contra o vidro do copo, cheio de champanhe. Sentia uma felicidade que transbordava em gritinhos, em beijos, em toda a sorte de gestos buliçosos. Comia com gula; e eram adoráveis os seus braços nus movendo-se por cima dos pratos. Nunca achara Basílio tão bonito; o quarto mesmo parecia-lhe muito conchegado para aquelas intimidades da paixão; quase julgava possível viver ali, naquele cacifo, anos, feliz com ele, num amor permanente, e lanches às três horas... Tinham as pieguices clássicas; metiam-se bocadinhos na boca; ela ria com os seus dentinhos brancos; bebiam pelo mesmo copo, devoravam-se de beijos – e ele quis-lhe ensinar então a verdadeira maneira de beber champanhe. Talvez ela não soubesse!  Como é?  perguntou Luísa erguendo o copo.  Não é com o copo! Horror! Ninguém que se preza bebe champanhe por um copo. O copo é bom para o Colares...

24 Tomou um gole de champanhe e num beijo passou-o para a boca dela
Tomou um gole de champanhe e num beijo passou-o para a boca dela. Luísa riu muito, achou “divino”; quis beber mais assim. Ia-se fazendo vermelha, o olhar luzia-lhe. Tinham tirado os pratos da cama; e sentada à beira do leito, os seus pezinhos calçados numa meia cor-de-rosa pendiam, agitavam-se, enquanto um pouco dobrada sobre si, os cotovelos sobre o regaço, a cabecinha de lado, tinha em toda a sua pessoa a graça lânguida de uma pomba fatigada. Basílio achava-a irresistível; quem diria que uma burguesinha podia ter tanto chique, tanta queda? Ajoelhou-se, tomou-lhe os pezinhos entre as mãos, beijou-lhos; depois, dizendo muito mal das ligas “tão feias, com fechos de metal”, beijou-lhe respeitosamente os joelhos; e então fez-lhe baixinho um pedido. Ela corou, sorriu, dizia: “não! não!” E quando saiu do seu delírio tapou o rosto com as mãos, toda escarlate; murmurou repreensivamente:  Oh, Basílio! Ele torcia o bigode, muito satisfeito. Ensinara-lhe uma sensação nova; tinha-a na mão! [...] Eça de Queirós. O primo Basílio. Capítulo VII.

25 Padrões realistas e naturalistas

26 Impessoalidade Objetividade Impassibilidade Desprendimento Indiferença Observação Análise Perspectiva crítica

27 TAINE, Hippolyte ( ) Arte: concreto universal; união de particular e geral; forma de conhecimento sensível, que atinge a essência e a natureza das coisas. Literatura: produto redutível a causas (leis). Determinismo: “assimilação da pesquisa histórica e psicológica às pesquisas fisiológicas e químicas”. Raça: relação entre traços físicos (fisiologia) e hábitos mentais específicos. Meio: ambiente físico e condições sociais e políticas. Momento (Zeitgeist): movimento do processo histórico (soma de raça e meio).

28 SIMBOLISMO

29 Erik Satie: “Gymnopédie 1”. Disponível em: <http://www. youtube

30 Origens Precursor Edgar Allan Poe ( )

31 Origens Charles Baudelaire ( )

32 Nada, esta espuma, virgem verso A não designar mais que a copa; Ao longe se afoga uma tropa De sereias vária ao inverso. Navegamos, ó meus fraternos Amigos, eu já sobre a popa, Vós à proa em pompa que topa A onda de raios e de invernos; Uma embriaguez me faz arauto, Sem medo ao jogo do mar alto, Para erguer, de pé, este brinde. Solitude, recife, estrela A não importa o que há no fim de um branco afã de nossa vela. Stéphane Mallarmé ( ) [Tradução: Guilherme de Almeida]

33 Designações Decadentismo Simbolismo Jean Moréas (1856-1910)
autor do manifesto Le Symbolisme (1886)

34 Noções fundamentais Arte: sugestão Palavra: símbolo das coisas
Coisas: mistério Poesia: expressão do mistério (dizer o indizível) Senso de efemeridade: ser é não ser

35 Características Anseio de absoluto: espiritualismo
Escapismo: sonho, loucura e morte Ilogismo Expressões vagas e insólitas Versos nominais

36 ANTÍFONA Cruz e Sousa (1861-1898)
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras de luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... Formas do Amor, constelarmante puras, de Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas1 frescuras e dolências2 de lírios e de rosas... Indefiníveis músicas supremas, harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem3 do Sol que a Dor da Luz resume... [...] 1. úmidas; orvalhadas 2. aflições; sofrimentos 3. prece ou composição musical para missa aos mortos

37 Correntes Impressionismo Simbolismo Pré-Rafaelismo Art Nouveau

38 Lírios d’Água (As Nuvens) [1903], Claude Monet (1840-1926), coleção particular.

39 A catedral de Ruão, tempo cinza (1892). Claude Monet
A catedral de Ruão, tempo cinza (1892). Claude Monet. Museu d’Orsay, Paris A catedral de Ruão, sol pleno (1893). Claude Monet. Museu d’Orsay, Paris

40 Ofélia (1851-1852), John Millais (1829-1896), Tate Gallery, Londres.

41 Veronica Veronese (1872), Dante Gabriel Rosseti
( ), Delaware Art Museum, Wilmington.

42 Padrões impressionistas e simbolistas

43 ANATOLE FRANCE (1844-1924) Arte: beleza (relativismo histórico).
Estética e teoria: ilusões (“castelos no ar”); tolerância histórica (ecletismo). Único critério de valor: prazer. Crítica: obra de arte, filha da imaginação. Função da crítica: definir e formar o gosto.

44 WALTER PATER (1839-1894) Arte: unidade de forma e conteúdo.
Imaginação: poder unificador ou identificador, cuja função é “condensar as impressões de coisas naturais em forma humana”. Obra de arte: unidade de impressão (perfeição; esteticismo) = expressão sincera da visão interior; transformação da intuição em expressão (subjetividade objetivada). Poesia: criação de um ideal, que contemplamos pela mera alegria de contemplar; refúgio num mundo melhor concebido e melhor acabado que o mundo real; “torre de marfim”.

45 BAUDELAIRE, Charles (1821-1867)
Arte: totalidade autônoma; beleza (arte pura: arte pela arte). Beleza: mistério sobrenatural e humano; algo vago e triste, que pode até ser mau, satânico, grotesco. Ideal de poesia: cálculo e sonho, que eleva em direção à beleza pura e desinteressada (“A inspiração, em suma, não é senão a recompensa do exercício cotidiano”). Imaginação: instrumento da alma que capta as correspondências e analogias de todas as coisas (símbolos), “para lançar uma luz mágica e sobrenatural sobre a escuridão natural das coisas”.

46 BAUDELAIRE, Charles (1821-1867)
A obra de arte elimina o abismo entre o sujeito e o objeto, o homem e a natureza: “Criar é uma magia sugestiva contendo ao mesmo tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista”.

47 MALLARMÉ, Stéphane ( ) Arte: sugestão, evocação vaga da Ideia puramente abstrata e obscura por meio do símbolo: “instituir uma exata relação entre as imagens; e então um terceiro aspecto [o simbólico], claro e fusível, delas se desprende e se apresenta à adivinhação”. Objetivo da arte: afastar a realidade, excluir a sociedade, a natureza e a pessoa do artista, para alcançar a beleza pura. Poesia: cálculo de efeitos; signo puro. Linguagem da poesia ≠ linguagem da comunicação: “linguagem real, linguagem como mágica, palavras como coisas” (“Dar um sentido mais puro às palavras da tribo”).

48 contribuições críticas
Síntese: contribuições críticas

49 KANT, Immanuel (1724-1804) Autonomia da arte.
O juízo estético é subjetivo, mas reclama uma validade universal: senso comum da humanidade como norma.

50 SCHLEGEL, Friedrich von (1772-1829)
Objetivo da crítica: dar um reflexo da obra, comunicar seu espírito peculiar, apresentar não a impressão de leitura datada, mas a que se produzirá sempre nas pessoas cultas. A crítica pode ser também artística, se for reprodução precisa de uma impressão. “O crítico é um leitor que rumina”.

51 SCHLEGEL, August von (1767-1845)
Perspectivismo: “Cada obra de arte deve ser considerada do seu próprio ponto de vista: pode não alcançar a elevação absoluta; é perfeita quando constitui o mais alto ponto no seu gênero, em sua esfera e em seu mundo.” Crítica: apreensão do sentido da obra (reprodução de uma impressão subjetiva total, mediada pela objetividade da teoria e da história). Forma mecânica (arbitrária e acidental) X Forma orgânica (natural e essencial)

52 SOLGER, Karl W. F. ( ) Critério crítico: a simples intenção não pode fazer uma obra de arte.

53 COLERIDGE, Samuel Taylor (1772-1834)
Crítica: “ciência do raciocínio e do julgamento concernente à produção de literatura”, fundamentada no “método” (unidade e poder unificador da imaginação criadora). Todo orgânico: a unidade depende da tensão, da conciliação dos opostos, não da unidade no sentido de totalidade indistinta.

54 CHATEAUBRIAND, François-René de (1767-1824)
Obra literária: projeção biográfica e emocional do autor.

55 VICTOR HUGO ( ) Critério crítico: “Uma coisa bem feita, uma coisa mal feita, eis o belo e o feio em arte.”

56 SAINTE-BEUVE, Charles Augustin (1804-1869)
Método de “crítica compreensiva” Simples leitura. Explicação do texto (a obra é expressão do gênio, do espírito do tempo e da ordem da sociedade, que transcende a vida transitória). Juízo (impressão da leitura). Critério crítico: bom gosto (senso de medida do sensato, do razoável, combinado ao reconhecimento da grandeza). O crítico precede, dirige e guia o público, bem como influencia, com seus juízos, a orientação da literatura.

57 FLAUBERT, Gustave ( ) A crítica deve preocupar-se com a obra em si mesma. Em vez de histórica (Sainte-Beuve) ou retórica, a crítica deve realizar uma “anatomia do estilo”. “Cada obra de arte tem sua poética especial”.

58 TAINE, Hippolyte ( ) Crítica sociológica e psicofisiológica: “a ciência não perdoa nem condena: ela verifica e explica”. Critérios de valor: Representatividade ou expressividade de uma moda, de uma geração, de um período histórico ou de toda uma “raça”. Padrões morais utilitários.

59 LEMAÎTRE, Jules ( ) Impressionismo: a crítica não pode fazer mais que “definir a impressão que, num dado momento, tal obra de arte produziu em nós”.

60 ANATOLE FRANCE ( ) Função da crítica: definir e formar o gosto. Impressionismo: a crítica não pode ser ciência, deve limitar-se a registrar o prazer que a obra causou. Crítica: “contos sobre literatura” – A crítica é filha da imaginação e, de certo modo, uma obra de arte.

61 WALTER PATER (1839-1894) Função da crítica:
alcançar a individualidade, a qualidade única de uma obra de arte. penetrar na condição mental e interior do autor, configurada na obra. Comunicar a impressão pessoal de leitura (prazer).

62 Bibliografia sumária GOETHE, Johann Wolfgang von. Memórias: poesia e verdade. Porto Alegre: Ed. Globo, 1971, 2 vol. HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime. São Paulo: Perspectiva, s.d. Coleção Elos. POE, Edgar Allan. Poemas e ensaios. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 1987. SCHILLER, Friedrich. Poesia ingênua e sentimental. São Paulo: Iluminuras, 1991. SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre a poesia. São Paulo: Iluminuras, 1994. WELLEK, René. História da crítica moderna. São Paulo: Herder; Edusp, 1972, 4 vol. WELLEK, René. Conceitos de crítica. São Paulo: Cultrix, s.d. WELLEK, R. & WARREN, A. Teoria da literatura. 5ª ed. Lisboa: Publicações Europa-América, s.d. WIMSATT JR., W. K. & BROOKS, C. Crítica literária: breve história. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1971. ZOLA, Emile. O romance experimental e o naturalismo no teatro. São Paulo: Perspectiva, Coleção Elos.


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