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PublicouAndré Mancera Alterado mais de 9 anos atrás
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METODOLOGIA NA PRÁTICA
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Apresentamos uma seq ü ência l ó gica de a ç ão, não como modelo para uma aula, mas como um projeto de a ç ão pedag ó gica:
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1 DESPERTANDO O INTERESSE - SENSIBILIZANDO Procure partir do interesse imediato da crian ç a e do jovem ou desperte esse interesse. A crian ç a é curiosa e esta aberta à s novidades.
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Jesus, Mestre por excelência, atendia à s necessidades imediatas das pessoas que o procuravam (a cura de um mal f í sico ou espiritual), depois atendia à s necessidades reais do esp í rito atrav é s das li ç ões imorredouras do seu evangelho.
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Todos os grandes educadores e pensadores como Pestalozzi, Froebel, Decroly, Freinet, Dewey, apontam o interesse como a base do processo de educação. Claparède nos demonstra que a necessidade interior é que gera o interesse. O interesse do indivíduo está intimamente relacionado com uma necessidade interior, mesmo que seja simplesmente uma curiosidade em conhecer.
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Piaget demonstra que quando o indiv í duo experimenta uma necessidade, e portanto, um desequil í brio í ntimo, ele age para restabelecer o equil í brio, ou seja readaptar-se. A necessidade gera o interesse.
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Esse interesse varia de acordo com o grupo. Procure conhecer suas crian ç as e jovens e trabalhe dentro da realidade que lhes é pr ó pria.
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QUESTIONANDO E DESAFIANDO: Ao despertar o interesse, lance questionamentos e desafios ao seu intelecto ou dilemas morais a serem resolvidos.
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Pode ser perguntas sobre o assunto de forma tal que leve a crian ç a ou o jovem a buscar a solu ç ão ao problema apresentado.
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2. O DEBATE E O DIÁLOGO: Pode ser apresentado em forma de hist ó rias ou cenas da realidade de vida das pr ó prias crian ç as ou jovens, que tenham liga ç ão com o conte ú do em estudo e que apresente um dilema moral a ser resolvido.
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Estaremos colocando problemas do cotidiano, da realidade de vida, para depois demonstrar (levar a crian ç a a concluir) que a Doutrina Esp í rita tem as respostas, pode e deve fazer parte de nossa vida, no dia a dia.
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Permita as coloca ç ões das crian ç as e jovens, o debate e o di á logo onde todos podem expressar suas opiniões e iniciar a constru ç ão coletiva e, ao mesmo tempo, individual, não s ó do conhecimento em estudo, mas a constru ç ão do ser, em seu aspecto intelectual, afetivo e volitivo.
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S ó crates, na Gr é cia antiga, utilizava o di á logo como forma de levar o interlocutor a chegar à pr ó pria conclusão. Estimulava o racioc í nio, abrindo caminhos na mente do interlocutor para que ele descobrisse a resposta.
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3. CONSTRUINDO O PRÓPRIO CONHECIMENTO: Assim, lan ç ado o desafio ou o problema e abrindo-se ao di á logo, levamos a crian ç a ou o jovem a buscar a solu ç ão na Doutrina Esp í rita, tendo em mente que ela somente poder á avan ç ar à partir das estruturas mentais que j á possui dentro de si mesma. Avan ç ar demais não adianta, assim como desafios al é m das possibilidades da crian ç a tem efeito negativo - tudo deve ser gradual e progressivo.
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Piaget nos demonstra, em perfeita sintonia com a Doutrina Esp í rita, que a constru ç ão do conhecimento ocorre atrav é s de um processo onde o individuo utiliza suas estruturas anteriores (conhecimentos que j á possui) para assimilar os novos conhecimentos at é uma acomoda ç ão ou mudan ç a interior, para ocorrer a constru ç ão de novas estruturas.
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É necess á rio um per í odo de atividades de intera ç ão com o meio f í sico, social e espiritual para que o indiv í duo possa assimilar o novo conte ú do.
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3.1 BUSCANDO SOLUÇÕES: - Inicie a constru ç ão do conhecimento com base na Doutrina Esp í rita, partindo da realidade da crian ç a. Procure não oferecer tudo pronto, mas que esse momento seja de descoberta, onde inteligência, sentimento e vontade interagem de maneira dinâmica, para a constru ç ão do ser em seu aspecto integral.
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Os evangelizadores devem estudar o conteudo e transform á -lo em atividades assimil á veis pelas crian ç as e não oferecendo o conteudo pronto. O conte ú do da Doutrina Esp í rita deve ser analizado em seus três aspectos insepar á veis: cient í fico, filos ó fico e religioso.
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3.2 VIVÊNCIAS: as atividades deverão ser vivenciadas e não apresentadas como "aulas te ó ricas". A crian ç a não aprende ouvindo aulas te ó ricas, mas vivenciando atividades dinâmicas. A constru ç ão do ser depende da vivência integral: segundo Pestalozzi, ela vivencia pelos sentidos, pelo intelecto e pelo sentimento.
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3.3 ATIVIDADES ARTÍSTICAS: As atividades art í sticas estimulam o poder criador do Esp í rita e tra ç a canais para sua expressão. Mas a arte não é apenas forma de expressão, mas atividade criadora, ampliando a capacidade vibrat ó ria do ser, sensibilizando e direcionando a vontade para os canais superiores da vida.
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O teatro, a m ú sica, a dan ç a, as artes pl á sticas em sua diversidade e a literatura em toda sua amplitude, propiciam atividades criadoras onde a coopera ç ão é uma constante. A arte abre canais que o intelecto, por si s ó, desconhece, pois age no campo emocional e vibrat ó rio do ser. É agente de transforma ç ão e constru ç ão do ser, tanto no aspecto cognitivo, quanto no aspecto afetivo e volitivo.
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4. O AMBIENTE EVANGELIZADOR
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Aqui entra em a ç ão a integra ç ão de toda a casa esp í rita, dos elementos do grupo entre si, com elementos dos demais grupos. São momentos de profunda intera ç ão entre os indiv í duos de mesma idade e de idades diferentes e oportunidade de interagir com os demais membros da casa esp í rita, que é uma grandiosa escola de almas.
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"Meus disc í pulos serão conhecidos por muito se amarem", afirmou Jesus. Esse ser á o grande desafio a ser vivido por todos.
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As salas poderão ser decoradas dentro do conte ú do principal.
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Toda a Casa Esp í rita passa a refletir o conte ú do em estudo. Grupos de pais, grupos de estudos, setores assistenciais, enfim, todos em sintonia com os princ í pios doutrin á rios em estudo naquele per í odo - e com o sentimento de amor e tolerância a ser exercitado.
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