Translocação de fauna Grupo 2 Agosto 2014. Documento base Implementação de um empreendimento que prevê a supressão de uma grande área de vegetação nativa.

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1 Translocação de fauna Grupo 2 Agosto 2014

2 Documento base Implementação de um empreendimento que prevê a supressão de uma grande área de vegetação nativa. O órgão ambiental exigiu da companhia responsável a realização do resgate de fauna da área impactada, que consiste na translocação dos mamíferos, répteis e anfíbios para áreas de soltura semelhantes à área suprimida Nosso foco nesse exercício é a translocação de uma espécie de roedor silvestre presente na área a ser impactada, que possui o status de ameaçada. A companhia realizou a translocação dos indivíduos capturados dessa espécie para um fragmento de vegetação semelhante à da área suprimida, localizado nas suas proximidades Por fim, o relatório da companhia, no que tange essa espécie e a primeira etapa de monitoramento, desenvolve um argumento de que a realização da atividade de translocação foi eficiente em cumprir o objetivo da conservação local da espécie.

3 Exigências realizadas pelo órgão ambiental responsável que dizem respeito ao problema proposto: Na fase de implementação, realizar o resgate de fauna (mamíferos, répteis e anfíbios) local e a translocação da mesma para a área de soltura a ser indicada pelo mesmo; (ATENDIDO) A adequabilidade da área de soltura deve ser demonstrada e avaliada pelo órgão ambiental; (ATENDIDO PARCIALMENTE) Após o resgate e translocação, realizar campanhas de monitoramento da área de soltura por um período de dois anos para avaliar a eficiências da translocação, com detalhamento especial para a espécie de roedor XXX.” (ATENDIDO PARCIALMENTE)

4 DEFINIÇÃO DA ÁREA DE SOLTURA EvidênciaArgumentoConclusão Composição Florística semelhante A área translocada é adequada; Os esforços desenvolvidos pelo empreendimento foram capazes de atender a demanda do órgão, de garantir a conservação da espécie na região. Tamanho maior da área Ocorrência prévia da espécie Ausência da espécie na atualidade

5 TRANSLOCAÇÃO DA ESPÉCIE EvidênciaArgumentoConclusão A taxa de recaptura A espécie se estabeleceu na área Os esforços desenvolvidos pelo empreendimento foram capazes de atender a demanda do órgão, de garantir a conservação da espécie na região. Aumento médio do peso Presença de animais jovens Baixa presença de adultos não marcados Proporção marcados/não marcados

6 EvidênciaCríticaFonteConfiabilidade Composição Florística semelhante Critério adequado, porém necessário relacionar outros fatores que não foram listados, tais como fauna existente no local – capacidade de suporte, recursos hídricos. A vegetação isoladamente não pode definir se a área foi adequada ou não. Embora seja um fator de extrema relevância visto que influenciará na oferta de alimento. Marini, M.A. & J.S. Marinho-Filho. 2005. Translocação de aves e mamíferos: teoria e prática no Brasil. In: C.F.D. Rocha, H.G. Bergallo, M. Van Sluys & M.A.S. Alves (eds.). Essências em Biologia da Conservação. Programa de ecologia, manejo e conservação de ecossistemas do sudeste do Brasil. Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro. Alta N° citações e autoridade no assunto Tamanho maior da área Ocorrência prévia da espécie Ausência da espécie na atualidade Ausência de conspecíficos também é um critério para determinar se uma área é ou não adequada. Avaliação crítica e confiabilidade da fonte pesquisada DEFINIÇÃO DA ÁREA DE SOLTURA

7 EvidênciaCrítica A taxa de recaptura Embora a taxa de recaptura tenha sido utilizada para evidenciar boa sobrevida dos indivíduos, ela foi avaliada apenas nos primeiros 6 meses após a translocação. Aumento médio do peso Embora o aumento do peso médio seja citado na literatura como indicador de boa saúde e disponibilidade de recursos alimentares, outros indicadores poderiam reforçar a confiabilidade desta evidência. Presença de animais jovens Embora a presença de animais jovens seja um indicador de que a espécie esteja se reproduzindo, o número reduzido de indivíduos nesta faixa etária pode ser um indício de que apenas os indivíduos preexistentes na área estejam se reproduzindo. Baixa presença de adultos não marcados Proporção marcados/não marcados A proporção encontrada entre indivíduos marcados e não marcados não evidencia necessariamente o aumento da densidade populacional. O resultado não foi comparado com o de estudos semelhantes. TRANSLOCAÇÃO DA ESPÉCIE

8 EvidênciaFonteConfiabilidade A taxa de recaptura Marini, M.A. & J.S. Marinho- Filho. 2005. Alta (n citações / autoridade no assunto) Santos Junior, 1998 Alta (grupo de especialistas / n de citações) IUCN/SSC Guidelines For Re- Introductions, 1995 Alta (autoridade e no assunto / numero de citações) Aumento médio do peso Presença de animais jovensCid, B., 2011 Alta (numero de citações / autoridade no assunto) Baixa presença de adultos não marcados Proporção marcados/não marcados TRANSLOCAÇÃO DA ESPÉCIE

9 EvidênciaConsideração Ausência de impactos ambientais causados pela espécie introduzida Estabelecimento da população translocada baseada somente em taxa de captura, comparação da massa corpórea e registrod indivíduos jovens não capturados Presença de ectoparasitas, ferimentos; Estagio reprodutivo das fêmeas Argumentos não utilizados para embasar a eficiência da translocação e a garantia de conservação da espécie

10 EvidênciasFonteConfiabilidade Ausência de impactos ambientais causados pela espécie introduzida Marini, M.A. & J.S. Marinho- Filho. 2005. Alta (n citações / autoridade no assunto) Presença de ectoparasitas, ferimentos; Estagio reprodutivo das fêmeas Marini, M.A. & J.S. Marinho- Filho. 2005. Alta (n citações / autoridade no assunto) Argumentos não utilizados para embasar a eficiência da translocação e a garantia de conservação da espécie