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DOUTORADO MULTI-DISCIPLINAR E MULTI-INSTITUCIONAL EM

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Apresentação em tema: "DOUTORADO MULTI-DISCIPLINAR E MULTI-INSTITUCIONAL EM"— Transcrição da apresentação:

1 DOUTORADO MULTI-DISCIPLINAR E MULTI-INSTITUCIONAL EM
DIFUSÃO DO CONHECIMENTO ANÁLISE DE CONTEÚDO EDCC49 - ANÁLISE DE TEXTOS DOUTORANDA: ANA LUCIA LAGE PROFESSORES: ELIANE SANTOS SOUZA E JOSE LUIS MICHINEL

2 Agenda Contextualização e concepções subjacentes
Definições de Análise de Conteúdo Aspectos teóricos-metodológicos Análise de Conteúdo em Krippendorff Análise de Conteúdo em Bardin Críticas à Análise de Conteúdo

3 Análise de Conteúdo Contextualização e concepções subjacentes:
surgimento em fins da primeira metade do século XX concepção de ciência positivista, herdeira de uma longa tradição lingüística iluminista pretensão de alcançar, através da análise, uma significação profunda, um sentido estável, conferido pelo locutor no próprio ato de produção do texto concepção de linguagem reproduz um projeto de representação de um real pré-construído predomínio de uma concepção de linguagem influenciada pelos esquemas “informacionais” de comunicação a linguagem, a história e o sujeito são transparentes Contraponto: A problemática da discursividade surgida com as contribuições da Análise do Discurso propõe o entendimento de um plano discursivo que articula linguagem e sociedade, entremeadas pelo contexto ideológico. 3

4 Análise de Conteúdo “A análise de conteúdo compreende procedimentos especiais para o processamento dos dados científicos. Da mesma forma que em outras técnicas de pesquisa, sua finalidade consiste em proporcionar conhecimentos, novas intelecções, uma representação dos ‘fatos’ e uma guia prática para a ação.” (Krippendorff , 1980) “uma técnica de pesquisa para a descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação” (Berelson, 1952) “um conjunto de instrumentos metodológicos (...) que se aplicam a “discursos” (conteúdos e continentes) extremamente diversificados. O ponto em comum destas técnicas múltiplas e multiplicadas – desde o cálculo de frequências que fornece dados cifrados, até a extração de estruturas traduzíveis em modelos – é uma hermenêutica controlada, baseada na dedução: - a inferência”. (Bardin, 1988) 4

5 Análise de Conteúdo Aspectos teóricos-metodológicos:
Estudos desenvolvidos buscam explicitar os rumos assumidos pelas práticas linguageiras de leitura de textos no “campo das ciências”, com o objetivo de atingir “uma significação profunda”, o verdadeiro significado do texto Preocupação com recursos metodológicos que validem suas descobertas, leva à definição procedimentos “científicos” de legitimação de uma dada técnica de leitura (confiabilidade e reprodutibilidade) Movimento entre a heterogeneidade do objeto e o rigor metodológico dá a perceber o modelo de ciência positivista que funda a Análise de Conteúdo (baseado em ideais de objetividade e neutralidade) leitura flutuante; hipóteses formuladas; critérios de classificação dos resultados obtidos; categorias de significação 5

6 Análise de Conteúdo em Krippendorff
Orientação fundamentalmente empírica, exploratória, vinculada a fenômenos reais, e finalidade de predizer. Baseia-se em conceitos de comunicação: A idéia de mensagem (nos intercâmbios humanos) A idéia de canal (limitação pelo meio) A idéia de comunicação (intercambio de informação) A idéia de sistema (interdependências globais e dinâmicas) Supõe que as trocas produzidas na trama social exigem uma definição estrutural do conteúdo que considere os canais, os fluxos de informação, os processos de comunicação, suas funções, seus efeitos na sociedade, os sistemas tecnológicos, as instituições sociais 6

7 Análise de Conteúdo em Krippendorff
Método de pesquisa de significados simbólicos das mensagens. Já não a partir de seu âmbito de aplicação (o significado das mensagens), mas a partir do processo implicado na análise dos dados como entidades simbólicas (não na análise destas entidades isoladas). “A Análise de conteúdo é um método de pesquisa do significado simbólico das mensagens. Significado que não é único e, também, não é necessário que existam coincidências nos significados, isto é, as mensagens podem transmitir diferentes coisas a diferentes pessoas, dependendo do contexto dos dados (o meio empírico). Desta maneira, sempre é possível contemplar os dados desde múltiplas perspectivas, especialmente se são de natureza simbólica” (Krippendorff, 1980, p. 31). Propósito inferencial, implica correlação com outros fenômenos. Esta característica outorga uma natureza determinística ao processo de análise da linguagem. 7

8 Análise de Conteúdo em Bardin
Objetivos perseguidos pela Análise de Conteúdo: a ultrapassagem da incerteza : “o que eu julgo ver na mensagem estará lá efetivamente contido, podendo esta ‘visão’ muito pessoal ser partilhada por outros?” o enriquecimento da leitura: “se um olhar imediato, espontâneo, já é fecundo, não poderá uma leitura atenta aumentar a produtividade e a pertinência? Pela descoberta de conteúdos e de estruturas que confirmam (ou infirmam) o que se procura demonstrar a propósito das mensagens, ou pelo esclarecimento de elementos de significações susceptíveis de conduzir a uma descrição de mecanismos de que a priori não detínhamos a compreensão” 8

9 Análise da simbologia do automóvel
Objetivo da pesquisa: “Examinar as respostas a um inquérito que explora as relações psicológicas que o indivíduo mantém com o automóvel” Questões de pesquisa: “1) A que é, geralmente, comparado um automóvel?” ; “2) Se o seu automóvel lhe pudesse falar, o que é que lhe diria?” Algumas conclusões da pesquisa: “Efetivamente, essa relação simbólica da mulher com o carro surgiu, nas respostas femininas, ambígua, instável ou dicotomizada, visto que a mulher da nossa sociedade, oprimida pelo símbolo estereotipado e dominante do carro com imagens femininas, somente pode escolher uma das duas soluções: ou adota o estereótipo dominante mas desconfortável, ou inadequado para ela, já que se trata de um estereótipo para uso masculino, ou então, em prejuízo desse estereótipo, cria novas conotações e novas relações simbólicas.” 9

10 Críticas à Análise de Conteúdo
concepção de linguagem como representação de uma realidade a priori Um real pré-construído, da ordem do psicológico, existe independente da situação de pesquisa que o põe em cena; “a linguagem seria apenas um veículo de transmissão de uma mensagem subjacente, sendo a esse conteúdo que se pretende chegar com a Análise de Conteúdo não-problematização das perguntas que compõem o referido instrumento de pesquisa e da própria situação de entrevista acadêmica Do texto das respostas emergiriam “qualidades psicológicas do entrevistado em relação ao automóvel; a pergunta importa menos do que as respostas, ou seja, independentemente da pergunta feita, o que importa é ter acesso à relação psicológica do indivíduo com o carro modo de apresentação das perguntas contribui para um apagamento do pesquisador como co-participante da situação de entrevista Ocultação das “marcas de subjetividade” do pesquisador, permite que os resultados da investigação sejam apresentados como a descoberta de algo que possui existência independente e anterior à elaboração do projeto de pesquisa Os mecanismos de funcionamento de uma pesquisa em Análise de Conteúdo encenam uma busca ou descoberta dos resultados, e não a construção de uma análise, que se depreende da não-problematização da pergunta norteadora do inquérito ao ideal de rigor metodológico pretensamente atingido por intermédio das estratégias de apagamento da presença do pesquisador. Desse modo, a ocultação dos rastros do pesquisador, das “marcas de subjetividade”, permite que os resultados da investigação sejam apresentados como a descoberta de algo que possui existência independente e anterior à elaboração do projeto de pesquisa. As supostas descobertas validam a cientificidade do aparato teórico-metodológico utilizado, visto que o resultado obtido, a saber, o “desvendamento” de uma realidade dada a priori, legitima-o como tal.” 10

11 Críticas à Análise de Conteúdo
“Os mecanismos de funcionamento de uma pesquisa em Análise de Conteúdo encenam uma busca ou descoberta dos resultados, e não a construção de uma análise, que se depreende da não- problematização da pergunta norteadora do inquérito ao ideal de rigor metodológico pretensamente atingido por intermédio das estratégias de apagamento da presença do pesquisador. Desse modo, a ocultação dos rastros do pesquisador, das “marcas de subjetividade”, permite que os resultados da investigação sejam apresentados como a descoberta de algo que possui existência independente e anterior à elaboração do projeto de pesquisa. As supostas descobertas validam a cientificidade do aparato teórico- metodológico utilizado, visto que o resultado obtido, a saber, o “desvendamento” de uma realidade dada a priori, legitima-o como tal.” (Rocha e Deusdará, 2005) 11

12 Contraponto da Análise Discursiva
A reflexão nos objetivos da pesquisa “uma abordagem discursiva como a que adotamos não pode negligenciar a espessura que entremeia a relação entre o texto e seu entorno, visando predominantemente ao debate do modo como a enunciação é capaz de inter-relacionar “uma organização textual e um lugar social determinados”(Maingueneau apud Rocha&Deusdará). A problematização das perguntas de pesquisa “A problematização a que nos referimos passa necessariamente pelo “descolamento” de duas ordens de realidade: a realidade da pesquisa conduzida (pelo analista) e a dos saberes produzidos durante o inquérito (pelos entrevistados).” (Rocha&Deusdará) “A elaboração de um roteiro de entrevista em que se evidencie a distância entre as hipóteses formuladas pelo pesquisador e as respostas efetivamente produzidas pelos entrevistados. A investigação da referida distância exige a análise das implicações do pesquisador em sua relação com os entrevistados e com os saberes que pretende explicitar.” (Daher apud Rocha&Deusdará) 12

13 Contraponto da Análise Discursiva
pressupostos teóricos-metodológicos ancoragem das imagens discursivas socio-historicamente dupla espessura (ideológica e subjetiva) do sujeito Reflexão de Ibañez (apud Silva, 2005) acerca dos dois tipos de crença em que se ancora uma concepção ingênua de social: [...] a primeira consiste em crer na existência de uma realidade completamente independente de nosso modo de acesso a ela; a segunda, em crer que há um tipo de acesso privilegiado que nos conduziria, graças a uma busca constante de objetividade, à realidade tal como ela verdadeiramente existiria. Em suma, essas duas crenças pressupõem a existência de uma verdade em si na realidade, uma verdade que [...] implicaria um campo de conhecimentos com um discurso neutro capaz de revelar essa verdade*. 13

14 Contraponto da Análise Discursiva
natureza dos resultados esperados os enunciados se constituem como o lugar por excelência de embates que nos levam à produção de imagens discursivas de diferentes ordens, sendo o discurso o palco em que tais embates são encenados. implicações do pesquisador no desenvolvimento de suas atividades “Toda produção de linguagem (a Análise de Discurso), portanto, não possui uma motivação outra, constituindo-se, de fato, como produto do encontro entre um eu e um outro, segundo formas de interação situadas historicamente. Não há, em Análise do Discurso, um espaço para formas de determinismo que possam constituir um limite entre um interior (a linguagem) e o seu exterior (o social ou o psicológico). Há sim uma articulação entre esses planos. É desse ponto de vista que um pesquisador em Análise do Discurso elaboraria sua pergunta – uma pergunta que explicitaria seu desejo de intervir (ou a impossibilidade de não intervir) em uma determinada produção de realidade. “ 14

15 Uma aproximação epistemológica das Análises de texto
Que tipo de conhecimento se alcança quando procuramos uma “realidade” através de uma determinada análise textual? Que coisas podem se evidenciar? Quais são os supostos que se assumem em cada uma dessas análises? Até onde a ideologia mascara ou revela evidências dessa realidade? Que visão da linguagem se maneja? Que questão procura responder o analista? “Estas são questões epistemológicas fundamentais nos processos de estudo implicados nas diferentes análises de textos às quais vamos apresentar algumas respostas, concluindo com um quadro comparativo das três análises de textos que procuramos caracterizar”. (Michinel, 2010)

16 Uma aproximação epistemológica das Análises de texto
Análise de conteúdo : uma visão da língua, da história e o sujeito caracterizados pela transparência. É uma visão que não problematiza a linguagem na qual não se percebe sua materialidade e que não reconhece os efeitos da ideologia sobre ela. (Michinel, 2010)

17 Referências Klaus KRIPPENDORFF – Metodología de análisis de contenido: Teoría y prática. Editiones Paidós, 1990 Laurence BARDIN – Análise de Conteúdo. Edições 70, 1988 José Luis MICHINEL - Da análise de textos à análise cognitiva: da análise de conteúdo à análise do discurso, 2010 Delio ROCHA e Bruno DEUSDARÁ - Análise de Conteúdo e Análise do Discurso: aproximações e afastamentos na (re)construção de uma trajetória, 2005


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