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SELECÇÃO DA INFORMAÇÃO

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Apresentação em tema: "SELECÇÃO DA INFORMAÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 SELECÇÃO DA INFORMAÇÃO

2 Bombardeamento de informação bruta
Obrigação, sentida pelo jornalista, de seleccionar, SENÃO é o leitor que o exclui.

3 GATEKEEPING 1947 – Kurt Lewin publicou um estudo sociológico sobre as decisões domésticas Os produtos circulam por canais que contêm áreas de portão. Comparou este sistema ao processo informativo: cabe a um indivíduo ou a um grupo poder decidir se deixa passar a informação ou se a bloqueia.

4 GATEKEEPING (CONT.) David White publicou, na revista Journalism Quarterly, o primeiro estudo sistematizado sobre os gatekeepers da informação Estudo: observação de Mr. Gates durante uma semana de Fevereiro de 1949 Objectivo: verificar se o trabalho dos jornalistas assentava numa clara manipulação orquestrada com intentos específicos ou se se fundamentava numa lógica coerente, linear e inocente

5 GATEKEEPING (CONT.) Verificações:
90% dos despachos das agências eram eliminados por Mr. Gates. White não conseguiu descortinar um critério claro para a rejeição ou selecção das notícias, parecendo-lhe que o processo era arbitrário e subjectivo. RESULTADO: possibilitou determinar, com clareza, as linhas fundamentais esquemáticas do processo de escolha do que é ou não noticiável

6 NEWSMAKING Os valores-notícia vêm responder à questão:
Que acontecimentos são susceptíveis de gerar notícia?

7 NEWSMAKING (CONT.) Nuno Crato identifica 3 grandes critérios:
(1) actualidade: o tempo que medeia a ocorrência e a transmissão do acontecimento deve ser muito curto. Satisfaz o dito jornalístico “as notícias devem servir-se frescas”. Os jornalistas devem ter cuidado com a procura desenfreada e obsessiva da informação. Pode conduzir a dois erros: a) a pressa pode levar à superficialidade dos assuntos, impedindo a sua profundidade; b) a novidade pode servir como chamariz para assuntos sem interesse.

8 NEWSMAKING (CONT.) (2) significado social: um acontecimento só deve ser divulgado, caso ele próprio e as suas implicações tenham importância para a sociedade. Quando se fala no significado social, é necessário também alertar para o reverso da medalha, visto que a Comunicação Social hoje é também uma criação de novas realidades.

9 NEWSMAKING (CONT.) (3) Interesse do público – varia de acordo com:
a) a sua emotividade; b) a sua formação cultural específica; c) os seus conhecimentos da actualidade ou distância psicológica.

10 NEWSMAKING (CONT.) A conjugação destes três critérios permite a definição de quatro tipos de imprensa: (1) imprensa informativa – os três critérios estão presentes, mas em diferentes proporções e não obrigatoriamente regulares. Apela-se mais à reacção racional do leitor e faculta-se-lhe material informativo que lhe permite inteirar-se dos acontecimentos importantes.

11 NEWSMAKING (CONT.) (2) imprensa sensacionalista – o significado social é preterido a favor do interesse. Joga-se mais com a reacção emocional do leitor, secundarizando-se a informação mais intelectualizada. Os temas que envolvem sangue e crime servem de entretém. Mais típica de épocas de turbulência e agitação social.

12 NEWSMAKING (CONT.) (3) imprensa mexeriqueira – o significado social é descurado, colocando-se, no patamar da prioridade noticiosa, o interesse do leitor. Dá conta da vida privada do jet set, de pormenores caricatos e desprovidos de real significado social, retirando-lhes a vertente sanguínea. Mais característica de épocas de acalmia social.

13 NEWSMAKING (CONT.) (4) imprensa de opinião política – a actualidade dita a noticiabilidade. A informação actual sofre um tratamento tendencioso.

14 Critérios de Noticiabilidade – Mauro Wolf
Estes critérios articulam-se dentro de dois limites: (1) a cultura profissional do jornalista; (2) a organização do trabalho e dos processos produtivos. O acontecimento, para ser noticiável, terá que obedecer a três requisitos: (1) ser reconhecido como notável; (2) ser passível de tratamento jornalístico; (3) ser organizado e tratado dentro de um contexto espácio-temporal planificado pelo meio de comunicação.

15 Critérios de Noticiabilidade (cont.)
Existem 5 tipos de critérios: (1) Substantivos – dizem respeito ao conteúdo da notícia; (2) Relativos à disponibilidade do material e ao produto informativo; (3) Relativos ao próprio meio de comunicação social – relacionados com as especificidades de cada meio informativo e com as suas restrições espácio-temporais; (4) Relativos ao público – têm a ver com a imagem que o jornalista concebe do seu público; (5) Relativos à concorrência – ligados à relações que os órgãos de comunicação social estabelecem entre si.

16 Critérios substantivos
Articulam-se em dois factores: a importância e o interesse da notícia. A importância pode ser determinada a partir de quatro variáveis: (1) Grau e nível hierárquico dos indivíduos envolvidos – quanto mais o acontecimento disser respeito a pessoas e países de elite, mais possibilidade terá de vir a ser notícia (Galtung e Ruge); (2) Impacto sobre a nação e sobre o interesse nacional – equivalente ao significado social do acontecimento (Nuno Crato) e à significatividade (Galtung e Ruge). Associado a esta variável está o valor-notícia da proximidade geográfica e da afinidade cultural.

17 Critérios substantivos (cont.)
(3) Quantidade de indivíduos envolvidos no acontecimento – quanto mais elevado for o número de indivíduos envolvidos num acontecimento ou quanto maior for a presença de figuras públicas, de “grandes nomes”, maior será a sua visibilidade. Liga-se directamente ao factor da afinidade cultural e da proximidade geográfica – existe uma correlação negativa entre a proximidade ou status de uma nação e a negatividade do acontecimento. O. s.: um desastre que envolva um número limitado de pessoas mas que ocorra nas proximidades apresenta maiores probabilidades de vir a tornar-se notícia do que um desastre que provoque mais vítimas mas que ocorra geograficamente mais distante.

18 Critérios substantivos (cont.)
(4) Continuidade – os acontecimentos para os quais se vislumbra uma duração prolongada – julgamentos, campanhas eleitorais – são alvo de noticiabilidade, dando-se-lhes cobertura desde início, desde os primeiros episódios.

19 Critérios substantivos (cont.)
O interesse da história está ligado às imagens que o jornalista possui do seu público e ao valor-notícia que Golding e Elliott definem como “capacidade de entretenimento”. São interessantes as notícias que, baseadas no interesse humano, dão conta de situações insólitas, invulgares, de pequenas curiosidades que atraem o público.

20 Critérios substantivos (cont.)
Herbert Gans refere quatro categorias usadas para identificar os acontecimentos que respondem a este requisito de noticiabilidade: histórias de gente comum encontrada em situações invulgares, ou histórias de gente famosa surpreendida no dia-a-dia da sua vida privada; histórias em que se verifica uma inversão de papéis – filho que toma conta dos irmãos, assumindo o papel dos progenitores; o homem que mordeu o cão; histórias de interesse humano; histórias de feitos excepcionais e heróicos.

21 Critérios relativos à disponibilidade do material e ao produto informativo
(1) brevidade – de acordo com um dito jornalístico, as notícias devem ser como as saias de uma mulher: suficientemente compridas para cobrir o essencial e suficientemente curtas para reter a atenção. Deve-se limitar as notícias aos seus aspectos manifestamente mais óbvios. (2) ideologia da notícia – tem a ver com a consonância com os ditos jornalísticos: “bad news is good news”; são noticiáveis em primeiro lugar os acontecimentos que representam uma infracção, uma ruptura com a ordem normal, um desvio; quanto mais negativo for um acontecimento maior será o seu valor noticioso.

22 Critérios relativos à disponibilidade do material e ao produto informativo (cont.)
(3) actualidade – as notícias devem referir-se a acontecimentos o mais possível em cima do momento da saída da publicação ou da transmissão do noticiário. Podemos citar três critérios relativos à actualidade: a) actualidade interna – medida a partir das concepções de actualidade do jornalista; b) tabu da repetição – um acontecimento repetitivo ou semelhante a outros é insuficientemente noticiável; c) concorrência – delineia-se a actualidade de acordo com as definições de actualidade dos jornais concorrentes.

23 Critérios relativos à disponibilidade do material e ao produto informativo (cont.)
(4) qualidade da história Gans distinge 5 critérios de qualidade: a) acção – quanto melhor um acontecimento ilustre visualmente uma acção/movimento mais possibilidade reúne de se transformar em notícia: b) ritmo – nos casos em que a notícia é desprovida de acção, há que recorrer a certas técnicas de exposição: recurso a verbos de movimento, injecção de vivacidade no texto, alternância entre frases curtas e longas, início das frases pelo mais importante, etc.; c) carácter exaustivo – fornecer todos os pontos de vista sobre um certo assunto; d) clareza da linguagem – prática de uma escrita simples, directa e sem rodeios nem floreados; e) standards técnicos mínimos: recurso às fontes de informação para credibilização do texto, comprovação da veracidade dos factos, etc.

24 Critérios relativos à disponibilidade do material e ao produto informativo (cont.)
(5) equilíbrio (balance) – consiste em contrabalançar, em termos quantitativos, assuntos de uma certa índole com os de uma índole diferente, de modo a conseguir um todo mais representativo dos diversos quadrantes da vida social.

25 Critérios relativos ao meio de comunicação
Tem a ver com a frequência e com o formato. Frequência – quanto mais a frequência de um acontecimento se assemelhar à frequência do meio de comunicação, maior será a noticiabilidade do acontecimento. A informação radiofónica privilegia acontecimentos narrados em pouco tempo, visto estarem mais em conformidade com os ritmos produtivos da organização do trabalho. Formato – diz respeito aos limites espácio-temporais do produto informativo. As notícias só se tornam idóneas quando são estruturadas narrativamente: introdução, desenvolvimento e conclusão.

26 Critérios relativos ao público
O jornalista não deve somente oferecer conteúdos que satisfaçam os anseios informativos do seu público, deve também despertar-lhe o interesse por assuntos dotados de significado social e importância. Gans distingue três categorias: (1) as notícias que permitem uma identificação por parte do público; (2) as notícias de serviço; (3) as non-burdening stories – notícias ligeiras que não sufocam o leitor com demasiados pormenores. Existe, também, o aspecto da protecção da notícia, ou seja, factos que provocariam o pânico colectivo, traumas, ansiedade no público ou feririam a sua sensibilidade ou os seus gostos não devem ser alvo de cobertura informativa.

27 Critérios relativos à concorrência
De acordo com Herbert Gans, a situação de competição conduz a três tendências: (1) à ânsia pelo alcance do almejado scoop, do furo informativo, que distingue o meio informativo relativamente aos seus rivais; (2) a vigilância recíproca leva a que as notícias sejam escolhidas com base nas expectativas de selecção noticiosa dos rivais; (3) a vigilância recíproca abre caminho a inibições e retracções nas inovações na selecção das notícias.

28 Critérios de Noticiabilidade – Galtung e Ruge
1. Frequência; 2. Amplitude; 3. Clareza; 4. Significatividade; 5. Consonância; 6. Carácter inesperado;

29 Critérios de Noticiabilidade – Galtung e Ruge (cont.)
7. Continuidade; 8. Composição; 9. Referência a pessoas da elite; 10. Referência a nações de elite; 11. Personalização; 12. Negatividade.

30 Exercício “Dois executivos de uma cadeia de televisão norte-americana assistiam a três telejornais ao mesmo tempo. 
Uma das notícias do dia relatava um incêndio num orfanato em Staten Island. 
Após o final da reportagem, um dos executivos lamentava-se, porque uma televisão concorrente tinha melhores imagens na sua reportagem. 
“As chamas deles são mais altas que as nossas”. 
Mas o outro executivo respondeu. “Sim, mas a nossa freira chorava mais alto que as outras”. DIAMONG, Edwin (1975), The Tin Kazoo: Television, Politics and the News. MIT Press, XI


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