A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

A Formação dos Evangelhos

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "A Formação dos Evangelhos"— Transcrição da apresentação:

1 A Formação dos Evangelhos
Do Evangelho Proclamado aos Evangelhos Escritos

2 Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus. (Mc 1,1)
“Evangélion” seguida de “segundo”, que especifica o nome do autor, e indicam que os quatro livros pertencem a um gênero comum, o gênero “evangelho”. Este termo era já corrente nas comunidades cristãs muito antes que os quatro evangelhos fossem escritos, antes mesmo das cartas de Paulo, onde aparece cerca de 60 vezes.[1] Após a ressurreição de Jesus, o Espírito Santo impele os discípulos para longe, enviando-os a anunciar Jesus Cristo até os confins do mundo. Mas também sem cessar Ele os reconduz à pessoa de Jesus, recordando-lhes suas palavras e seus atos, para "conduzi-los à plena verdade" (Jo 16, 13). E foi ao longo desse recordar que nasceram os evangelhos. Três grandes etapas: de Jesus, das comunidades apostólicas, da redação. [1] Cf 1Cor 15,1-5

3 I. Jesus Jesus, suas palavras e atos, sobretudo sua pessoa, que estão na origem de nossos textos. Seus discípulos o seguiram e o escutaram como um profeta; e de­pois, a partir da profissão de fé de Pedro em Cesaréia (Mc 8,29 e paralelos) como o Mes­sias, do qual se esperava que estabelecesse o Reino de Deus; esperança cheia de ambigüidade de um messias político que restaurasse o poder de Israel. A cruz fora a morte dessas ilusões: “nós esperávamos que ele seria o que devia libertar Israel”, declaram os discípulos de Emaús, dois dias após sua morte (Lc 24,21).

4 II. etapa de ‘formação’ dos evangelhos: – Os apóstolos e suas comunidades –
A experiência pascal modificou tudo: nada escrito, mas uma Boa nova = Deus ressuscitou Jesus e derramou seu Espírito; os últimos tempos inaugurando o Reino de Deus já chegaram! Bem cedo os discípulos foram levados a apresentar detalhes, trazendo de novo à lembrança os fatos e ditos de Jesus, interpretando-os. As comunidades, primeiro a de Jerusalém, depois na Samaria, em Antioquia, na Ásia Menor... iam-se desenvolvendo e os convertidos se perguntavam: como concretamente viver a cada dia Jesus ressuscitado?

5 Dois enfoques lhes permitiram interpretar a vida de Jesus.
O acontecimento Pascal: É muito diferente narrar a vida de uma pessoa dia após dia, ou abordá-la depois que um destino incomum manifestou sua riqueza. A ressurreição revela agora aos discípulos quem é aquele Jesus e aonde conduzia sua existência. É, pois, sob essa luz que relêem toda a sua vida. A Escritura: Como judeus, os discípulos não cessaram de meditar a Palavra de Deus, que dava sentido às suas vidas, abrangia todas as suas esperanças e lhes anunciava a vinda do Reino de Deus, por seu Mes­sias. Ela era, de antemão, a "explicação" do ser e da missão desse Messias. Uma vez que podem identificá-lo com o Ressuscitado, as Es­crituras se tornam claras e ao mesmo tempo elas lhes permitem com­preender Jesus. É, pois, sob essa dupla luz que os discípulos relêem suas recordações sobre Jesus.

6 Três centros de interesses principais os ajudam a agrupar a ‘memória’ de Jesus:
a. A liturgia Refazendo gestos de Jesus, eles adquirem sentido: são para eles o sinal real de sua morte oferecida e de sua ressurreição. E o Antigo Testamento ajuda-os a entendê-lo: reconhecem em Jesus o "Servo sofredor" do qual falava Isaías, que se oferece voluntariamente à morte para a salvação de to­dos.[1] Pouco a pouco se foram formando, assim, os relatos da ceia, de­pois os da paixão, e outros mais que os esclarecem, como aquele da refeição milagrosa em que Jesus multiplicara os pães. E a luz da Pás­coa ilumina todos esses relatos: não é a paixão e os sofrimentos de um morto que se narra, mas sim de um Ser Vivo. [1] Cf At 8,32ss.

7 b. A catequese (ou instrução para os que crêem)
Três centros de interesses principais os ajudam a agrupar a ‘memória’ de Jesus: b. A catequese (ou instrução para os que crêem) Múltiplas questões se punham aos batizados: É preciso continuar observando o sábado? pode-se ir à casa dos pecadores? Que pensar da riqueza? qual o essencial da vida cristã?... Para responderem, os apóstolos não tem senão uma referência: o que dizia, o que fazia Jesus? E então se recordam que ele havia feito curas no dia de sábado, pois "o sábado é feito para o homem e não o homem para o sábado", que ele comera com os pecadores, que durante uma refeição ele aco­lhera aquela que se chamava "a pecadora". Repetem-se parábolas sobre o perigo das riquezas. Recordam que o próprio Jesus resumiu toda a Lei no mandamento do amor a Deus e aos outros. Mas já que tais relatos constituíam respostas a perguntas nasci­das numa determinada situação, eles se achavam matizados; o mesmo fato podia às vezes ser interpretado de modo diverso segundo as situações.

8 Três centros de interesses principais os ajudam a agrupar a ‘memória’ de Jesus:
c. A pregação missionária "Quem é então esse homem?": eis a pergunta que os apóstolos queriam suscitar em seus ouvintes, judeus ou pagãos. As narrações dos milagres realizados por Jesus podiam fazê-lo perfeitamente. Mas essas mesmas narrações podiam ser utilizadas para a instrução dos que já tinham abraçado a fé. A tempestade acalmada era uma narra­ção de milagre que suscitava a pergunta: "Quem é, pois, esse homem, capaz de dominar o mar?" (Mc 6,22). Mas ela podia ser também uma catequese para os discípulos: "Como, tendes ainda tão pouca fé? Por que temer as dificuldades e as perseguições que ameaçam submergir a Igreja, se nela embarcastes para seguir a Jesus?" (Mt 14,22-33). Os fariseus, aliás, atacavam a nova “seita”. Era preciso, portanto, se defender. Foi assim, nesse contexto polêmico, que se formaram os ‘relatos de controvérsias’ que Jesus tivera com seus adversários (abundantes em Jo 6ss).

9 III. Os quatro Evangelhos - etapa de ‘redação’ dos evangelhos
Cada evangelista descobriu na sua comunidade um aspecto da fisionomia de Jesus Cristo, e é essa fisionomia que ele se esforçou por nos revelar. E foi assim que quatro "teólogos" escreveram os nossos quatro evangelhos: Marcos pelo ano 70; Mateus e Lucas pelo ano 80; João por volta de 95.

10 Sinóticos: syn+ópsis Os que mais se aproximam entre si, os três primeiros, de Mateus, Marcos e Lucas, são chamados "evangelhos sinóticos" por causa da grande semelhança que apresentam nos fatos e propósitos relatados, de tal forma que podem ser dispostos em "sinopse" isto é, em colunas paralelas. Isso não exclui, contudo, diferenças muito importantes.

11 b. Conteúdo e objetivo Ao ler o início dos evangelhos a indicação é clara: "Livro da origem de Cristo..." segundo Mateus, "Começo da Boa Notícia de , o messias, o Filho de Deus" segundo Marcos; portanto é Jesus que está em questão. Assim, pelo fato de falarem com certo número de detalhes de Jesus, de sua vida desde suas origens até sua morte e sepultamento, poderia reconhecer-se nesses livros uma espécie de biografia do Cristianismo. Mas trata-se realmente de "biografias" de Jesus? Lucas define claramente seu propósito no início do evangelho: não somente "compor uma narração dos acontecimentos que se passaram entre nós", isto é, principalmente os fatos e atos de Jesus, mas também transmitir "ensinamentos"; e as testemunhas oculares interrogadas são igualmente "servidores da Palavra". Portanto, o evangelho não se propõe a ser apenas biográfico, mas também catequético, doutrinal.

12 Assim, por mais diferentes que sejam os evangelhos deixam entender em suas preliminares que não se tratará de relatar apenas o que Jesus fez e disse, sua vida, mas o seu ensinamento aquilo que ultrapassa, portanto, uma biografia comum, a revelação de sua natureza divina e do valor salvífico de seu destino para a humanidade.

13 Esquema dos evangelhos (biografia...)
Apresentam Jesus em cena mediante suas palavras e ações; Desenvolvem os acontecimentos dos seus últimos dias de vida marcados por colóquios particulares com os apóstolos, pela instituição do memorial da Eucaristia, pela prisão, processo diante das autoridades judias e romanas, condenação à crucificação, morte e sepultamento; Finalmente são relatados os episódios das aparições após a ressurreição para os apóstolos e discípulos. Esse esquema fundamental de quatro componentes - origens, pregação e ações, últimos encontros, Paixão e morte, aparições do ressuscitado - é seguido de formas diferentes por cada um dos evangelistas.

14 Evangelhos da Infância
Mateus e Lucas têm dois capítulos para "a infância de Cristo": ] tratam dos acontecimentos relacionados ao nascimento e à infância de Jesus; também de acontecimentos anteriores como a "anunciação" a José em Mateus, "anunciação" a Maria em Lucas, que relata também uma "anunciação" a Zacarias do nascimento de João Batista.

15 Narrativas da Paixão Com efeito, os evangelhos e mais ainda os outros textos do Novo Testamento, sobretudo as cartas de são Paulo, ressaltam uma convicção: é pela Paixão, morte e Ressurreição que , Cristo e Filho de Deus, salvou a humanidade de seus pecados. Tal convicção só poderia levar os evangelistas e os primeiros cristãos a privilegiar a narrativa dos acontecimentos da salvação. Dessa forma, mesmo a compreensão dos fatos iatos de Cristo anteriores a esses acontecimentos, bem como o entendimento de seu ensinamento liminar estaria de certa forma devotado a eles.

16 Origem apostólica dos Evangelhos Dei Verbum n. 18
Ninguém ignora que, entre todas as Escrituras mesmo do Novo Testamento, têm os Evangelhos o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador. A Igreja defendeu e defende, sempre e em toda a parte, a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Aquilo os apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram, depois os mesmos apóstolos e os varões apostólicos transmitiram-no por escrito, sob a inspiração do Espírito divino, como fundamento da fé: é o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.

17 Sobre o caráter histórico dos evangelhos (Dei Verbum n. 19)
A Santa Mãe Igreja firme e constantemente creu e crê que os quatro mencionados Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para salvação deles, até o dia em que foi elevado (cf. At 1,1-2). Os Apóstolos, após a ascensão do Senhor, transmitiram aos ouvintes aquilo que ele dissera e fizera, com aquela mais plena compreensão de que gozavam, instruídos que foram pelos gloriosos acontecimentos concernentes a Cristo e esclarecidos pela luz do Espírito da verdade. Os autores sagrados escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo certas coisas das muitas transmitidas ou oralmente ou já por escrito, fazendo síntese de outras ou explanando-as com vistas à situação das igrejas, conservando enfim a forma de proclamação, sempre de maneira a transmitir-nos verdades autênticas a respeito de Jesus. Pois foi esta a intenção com que escreveram, seja com fundamento na própria memória e recordações, seja baseado no testemunho daqueles que foram desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da Palavra, para que conheçamos a solidez daqueles ensinamentos que temos recebido (Lc 1, 2-4).

18 Material Retirado do site da Paróquia São Pedro e São Paulo www. pspsp
Material Retirado do site da Paróquia São Pedro e São Paulo


Carregar ppt "A Formação dos Evangelhos"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google