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Edenilson Dutra de Moura Programa de Pós-Graduação em Geografia

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Apresentação em tema: "Edenilson Dutra de Moura Programa de Pós-Graduação em Geografia"— Transcrição da apresentação:

1 CONECTANDO O URBANO E O ENSINO SUPERIOR: ANÁLISE DA CIDADE UNIVERSITÁRIA DE SINOP - MT
Edenilson Dutra de Moura Programa de Pós-Graduação em Geografia Professora Drª (Orientadora): Sônia Regina Romancini IX Seminário da Pós – Graduação em Geografia - UFMT C uiabá, Mato Grosso Novembro/2014

2 Introdução – Reflexões iniciais
Sinop: Município jovem – Criado por meio de programas de colonização privadas de terra na Amazônia mato-grossense na década de 1970. Tem a prestação de serviços como base econômica. Polariza diversos serviços na região: Pólo regional. Serviços diversos: como saúde, comércio local estruturado, serviços voltados ao agronegócio... E nesta pesquisa em especial relevo analisar as dinâmicas urbanas espaciais geradas pela presença de diferentes Instituições de Ensino Superior.

3 Área de estudo – Apresentando sinop
Sinop é um município localizado na Região Norte de Mato Grosso, segundo classificação do IBGE, para as regiões do Estado. Distante cerca de 520 km da capital Cuiabá. É sede da Microrregião “Sinop” (SEPLAN – MT) composta por nove municípios, sendo eles: Claudia, Feliz Natal, Itaúba, Marcelândia, Nova Santa Helena, Santa Carmem, Sinop, União do Sul e Vera, que fazem parte da Mesorregião Norte Mato-Grossense. Faz limites com seis municípios: Vera, Santa Carmem, Sorriso, Tabaporã, Itaúba e Cláudia, conforme mostra o mapa na sequência.

4 Mapa de localização - da área de estudo

5 hipótese Observa-se que no contexto regional que a cidade em pauta contribui para a estruturação da rede urbana do estado de Mato Grosso e que a prestação de serviços é um significativo setor econômico da cidade estudada, especificamente a presença de Instituições de Ensino Superior como Universidades públicas e também privadas. Estas prestações de serviços dão subsídios para tal consolidação da rede urbana em Mato Grosso e também influenciam diretamente na produção do espaço urbano local que modificam as formas vigentes dessa produção, como exemplo disso, a apropriação privada do mercado imobiliário, onde espaços privados supervalorizam-se em detrimento da presença de espaços públicos.

6 objetivos Objetivo Geral (Da dissertação)
Verificar a influência do ensino superior (presença de instituições públicas e privadas de ensino de terceiro grau), sobre a produção do espaço urbano de Sinop.

7 Objetivos específicos (Da dissertação)
Traçar o perfil dos cursos de graduação oferecidos pelas IES, e as perspectivas frente às novas demandas de profissionais para a região, como das áreas de saúde e licenciaturas. Compreender as dinâmicas imobiliárias vinculadas às IES, bem como a influência do ensino superior na economia de Sinop. Verificar se as IES influenciam na segregação no espaço urbano, criando periferias (do capital) na cidade. Identificar os espaços de cultura e lazer criados para atender ao público de estudantes universitários.

8 Revisão teórica Para esta apresentação no que diz a respeito às reflexões realizadas na revisão bibliográfica, apresenta-se aqui uma síntese das principais contribuições teóricas de dois temas específicos: a centralidade urbana e a produção do espaço urbano. Entretanto, ressalta-se que além desses conceitos outras temáticas também tiveram uma preocupação quanto ao seu embasamento teórico, que apresentam-se no relatório para a qualificação da pesquisa, prevista para a primeira quinzena do mês de fevereiro de 2015, com destaque para: a colonização privada de terras na Amazônia mato-grossense, as dinâmicas urbanas contemporâneas de Sinop e também sobre as responsabilidades sociais da universidade e faculdades frente à sociedade.

9 Centralidade e a produção do espaço
Entendemos a centralidade concordando com Sposito (1996) sendo um processo em dinamicidade, diferente do centro que é uma expressão territorial. É desta premissa que a centralidade se relaciona com diversos processos em diferentes escalas de análises, podendo ser compreendida tanto na análise local na perspectiva da produção do espaço intra-urbano, quanto em escala regional de análise em maiores nuances de profundidades e compreensão na escala interurbana. O que é importante ser considerado é em relação a sua conectividade com a vida urbana em meio às dinâmicas sócio-espaciais da cidade.

10 Localidades centrais A recuperação da teoria das localidades centrais é importante porque ela trata de um tema relevante que é de organização espacial da distribuição de bens e serviços, portanto, de um aspecto da produção e de sua projeção espacial, sendo assim, uma faceta da totalidade social. Recuperá-la porque se torna necessário enriquecer a visão geográfica da sociedade, isto é, enriquecer nossa compreensão sobre as diferentes formas de espacialização da sociedade. (CORRÊA, 2011, p. 17).

11 Centralidades e o capital
A capacidade de criar “centralidade sem Centro” evidenciada pelos megaempreendimentos demonstra que é possível extrair riqueza injetando riqueza, isto é, grandes investimentos são capazes de concentrar grandes lucros. Uma parte das chamadas “novas centralidades” nada é senão criação artificial de espaço urbano (novas áreas), como local único, ainda que reproduzível, capaz de acumular e concentrar riquezas e distribuir e canalizar lucros (intercâmbio). (TOURINHO, 2006, p. 288).

12 Centralidades móveis Os momentos de produção do espaço geram centralidades diferenciadas em função do deslocamento do comércio, dos serviços e do lazer. Essas transformações decorrentes das funções dos lugares da cidade geram o que chamo de “centralidades móveis“ - movimentação no espaço metropolitano de centros geradores de fluxo assentadas nas novas formas de comércio e dos serviços modernos. Por sua vez a “gestão“ ao privilegiar determinadas áreas da cidade - abrindo avenidas, destruindo bairros, fechando ruas, impedindo usos e determinando outros - implode a sociabilidade, desloca os habitantes, influencia a valorização/desvalorização dos bairros da cidade e acentua a desigualdade. (CARLOS, 2007, p.15).

13 Frente a esta perspectiva, é possível afirmar que a produção do espaço e de novas áreas de centralidades se concretizam pela ótica da propriedade privada, principalmente em análise, a do solo urbano, onde espaços fragmentados são vendidos em parcelas diferenciadas a fim de que se cumpra a lógica capitalista de produção espacial, portanto gerando lucro.

14 Produção do espaço Por tanto as IES também se caracterizam como produtoras de espaços, em especiais os urbanos. Dentro dessa perspectiva o autor Wendel Henrique (2012), considerou: Nas cidades, as universidades, além de contribuírem para o desenvolvimento educacional e cultural, acabam por se constituírem como grandes agentes econômicos e políticos, e, consequentemente, com participação ativa no processo de produção do espaço urbano. (HENRIQUE, 2012, p.14).

15 Essa lógica onde prevalece a criação de centralidades em análises intra e interurbanas de cidades que a todo custo expandem suas áreas já urbanizadas, tal processo acarretam o dito desenvolvimento urbano, entretanto, ocorre também, contraditoriamente os problemas urbanos e mazelas sociais que majoritariamente atingem as parcelas mais carentes da população urbana, acentuando desigualdades sócio-espaciais e a segregação urbana. Reproduz um espaço, que tem como objetivo lógico o aumento dos lucros, refletindo uma acentuada acumulação do capital.

16 Procedimentos metodológicos
Os procedimentos metodológicos que estão sendo adotados para este estudo, apresentam uma abordagem quanti-qualitativa, para melhor aplicar e atender a diferentes etapas da pesquisa. Levantamento bibliográfico de temas envolvidos com a pesquisa, com destaque para: Centralidade urbana; Produção do espaço (urbano). Estão sendo aplicadas técnicas como: levantamentos estatísticos, encontros com representantes locais, pesquisa de campo, observação do ambiente, registro fotográfico.

17 Procedimentos metodológicos (2)
A realização de entrevistas se dá por meio de roteiros/formulários semi-estruturados com diferentes públicos alvos. Foi utilizada a técnica de aplicação de roteiros de entrevistas/formulários estrutuados, que para Lakatos e Marconi (2002), o formulário permite a obtenção de dados mais complexos e úteis que os questionários enviados aos participantes sem que haja um encontro físico. Como é preenchido pelo próprio entrevistador, o formulário permite uniformidade dos símbolos usados nas respostas.

18 Procedimentos metodológicos (3)
Até o momento foram e ainda serão realizadas entrevistas a diferentes grupos de interesses, com diferentes sujeitos envolvidos com a temática, como: Estudantes universitários; (Concluído). Representantes de diferentes IES; (Concluído). Comerciantes e prestadores de serviços envolvidos com as IES; (Em andamento). Representantes do poder público municipal; (Concluído). Representantes do setor imobiliário; (Em andamento). Serão realizadas representações cartográficas da localização das IES públicas em Mato Grosso e também das IES de Sinop, com auxílio de softwares cartográficos.

19 Procedimentos metodológicos (4)
Ainda destaca-se a análise de dados estatísticos por meio de diferentes instituições, tais como: IBGE; SEPLAN; MEC; UFMT; UNEMAT; FASIPE, entre outras. Nesta etapa do procedimento metodológico caracteriza-se como a fase de compreensão de diferentes dados coletados durante a investigação, e a partir dessa análise, torna-se possível uma confirmação ou não dos objetivos propostos pela pesquisa, bem como possíveis respostas às indagações formuladas durante todo o processo de execução do projeto.

20 Resultados preliminares
Com as análises ainda em construção destacam-se como resultados preliminares a partir de observações in loco uma acentuada área de expansão urbana no município estudado, com a presença de novos bairros, e empreendimentos imobiliários. Verificando uma tendência à valorização dos espaços privados em função dos espaços públicos, como nas áreas próximas às universidades públicas: a UFMT localizada na zona leste, próxima ao setor industrial, a exemplo disso o recente bairro “Cidade Jardim”, localizado em frente ao campus da UFMT e ao lado do campus da UNIC Industrial, com residências de médio e alto padrão, vendidas pela Colonizadora Sinop

21 Resultados preliminares (2)
O mesmo acontece também nas proximidades da UNEMAT, localizada próxima ao setor comercial/centro, com prédios residenciais de até quatro andares. Não sendo somente nas imediações das IES públicas que acontece essa supervalorização do espaço urbano sinopense, o mesmo acontece nas proximidades de instituições privadas de ensino, como exemplo nas proximidades da instituição FASIPE, localizada no Residencial Florença. Nas proximidades do Campus da UNIC Aeroporto que se localiza em uma área de expansão urbana onde o campus universitário é cercado por dois condomínios residenciais horizontais fechados de alto padrão: o Residencial Mondrian e o Residencial Carpe Diem.

22 Resultados preliminares (3)
Em campanhas publicitárias de empreendimentos imobiliários é comum os apelos de marketing como “More próximo da universidade...” e diversas menções à localização de diferentes IES como sinônimo de espaço valorizado ideal para investimentos e moradia. Grande parte dos investimentos imobiliários localizados próximos às IES visam atender à demanda de professores e principalmente dos estudantes universitários advindos de outras cidades.

23 Resultados preliminares (4)
Verifica-se que a cidade de Sinop realmente apresenta características de uma cidade universitária, com instituições públicas e privadas de ensino superior, com diferentes áreas de cursos de graduação e uma população de universitários considerável. Entretanto, além da oferta de cursos de graduação, é necessário pensar sobre o ensino que a cidade está promovendo e se este cumpre sua função social para a sociedade, é importante também que os cursos de graduação apresentem qualidade, um atributo fundamental para esse “título”, e não somente a quantidade de instituições, cursos e vagas.

24 Resultados preliminares (5)
Portanto, é a lógica da reprodução do capital que produz o espaço urbano em Sinop em detrimento das presenças e localizações das IES, o que produz uma cidade desigual. O mercado imobiliário por meio de seus empreendedores aproveita desse título de cidade universitária para promover ainda mais a capitalização do viver e do habitar a cidade, onde morar perto das universidades torna-se um privilégio para uma parcela reduzida da população.

25 Imagens Espacialidades criadas pela influência das universidades e faculdades na cidade Fotografias 1 e 2: ¹Residenciais em frente à UNEMAT e ao fundo um edifício em construção. ²Casa de shows “boate” onde prioriza-se o estilo musical intitulado “Sertanejo Universitário” em frente à UNEMAT. Fotografia: Edenilson Moura, Abril/2014.

26 Imagens Espacialidades criadas pela influência das universidades e faculdades na cidade Fotografias 3 e 4: Novos residenciais em bairro recém criado em frente ao campus da UFMT. Ressalta-se que é um bairro criado para atender principalmente à demanda de estudantes e professores desta instituição de ensino. Fotografias: Edenilson Moura, Abril/2014.

27 Imagens Espacialidades criadas pela influência das universidades e faculdades na cidade Fotografias 5 e 6: 5Lote em bairro universitário (na frente da UFMT) como área de especulação imobiliária. 6Anúncio de um edifício residencial em outdoor fazendo menção à localização de uma instituição privada de ensino superior: “Próximo a FASIPE” – ilustrando a relação de instituições de ensino superior, inclusive privada, dinamizando a localização de empreendimentos imobiliários. Fotografias: Edenilson Moura, Abril/2014.

28 Localização de ies privada
Localização em Imagem de satélite do Campus da UNIC Aeroporto. Fonte: Google Earth. Org. Edenilson Moura (Nov.2014). Destaca-se que o entorno dessa IES, é cercado por dois condomínios de alto padrão: Residencial Mondrian e Resindencial Carpe Diem.

29 Setor imobiliário – valores de lotes e imóveis
Fonte: Colonizadora Sinop. Organização: Edenilson Moura (Novembro de 2014). Bairro: Centro Valor em R$: Bairro: Jardim Terra Rica Valor em R$: Parcelas Bairro: Jardim Botânico Valor em R$:

30 Setor imobiliário – valores de lotes e imóveis
Fonte: Colonizadora Sinop. Organização: Edenilson Moura (Novembro de 2014). Residencial Mondrian – Ao lado da UNIC Aeroporto Valor em R$: Lote no Residencial Florença– Ao lado da FASIPE Valor em R$:

31 Referências bibliográficas
Bachelard, Gaston. A epistemologia. Título original: L’épistemologie. Série: O saber da filosofia. Edições 70, Rio de Janeiro, 1971. CARLOS, Ana Fani Alessandri Carlos. O espaço urbano: novos escritos. São Paulo, 2007. CORRÊA, Roberto Lobato. Sobre agentes sociais, escala e produção do espaço: um texto para discussão. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri. SOUZA, Marcelo Lopes de. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. A produção do espaço urbano. São Paulo ____________, Roberto Lobato. Trajetórias Geográficas. 6ªed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.  HENRIQUE, Wendel. Dinâmicas urbanas e regionais em cidades médias após a instalação de universidades públicas. In: XII Seminário da Rede Iberoamericana de Pesquisadores sobre Globalização e Território, 2012, Belo Horizonte. Anais do XII Seminário p  LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.  LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: EdUFMG, 1999.  MACHADO, José Roberto. Processos e formas espaciais no espaço urbano: reflexões acerca dos conceitos centro, área central, centralidade e descentralização. In: BOVO, Marcos Clair. Tows, Ricardo Luiz. Costa, Fábio Rodrigues da. (org.) Estudos urbanos em perspectivas: reflexões, escalas e desafios. Campo Mourão: Editora da Fecilcam, 2013.  MOURA, Edenilson Dutra de. Reflexões urbanas e culturais da cidade de Sinop. Monografia (Bacharelado em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Geografia, Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, Mato Grosso

32 Referências (Continuação)
 __________, Edenilson Dutra de. A produção da cidade universitária no norte de mato grosso: Sinop de gleba a pólo estudantil de nível superior. In: VII Congresso Brasileiro de Geógrafos. Anais do VII CBG. Vitória – ES, 2014.  PEIXOTO, Adão José. A relação entre filosofia e práxis nas concepções de Hegel Marx. In: Revista Formação. Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista – UNESP. Presidente Prudente, 1995. SOUZA, Marcelo Lopes de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. 1ªed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2013. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Multi(poli)centralidade urbana. Presidente Prudente, Gasperr, 1996. ____________, Maria Encarnação Beltrão. Novas formas comerciais e redefinição da centralidade intraurbana. In (org.). Textos e contextos para a leitura geográfica de uma cidade média. Presidente Prudente: Pós-Graduação em Geografia da FCT/ Unesp, 2001. ____________, Maria Encarnação Beltrão. Segregação socioespacial e centralidade urbana. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida. CORRÊA, Roberto Lobato. PINTAUDI, Silvana Maria. (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Editora Contexto, São Paulo, 2013. TOURINHO, Andréa de Oliveira. Centro e centralidade: uma questão recente. In: CARLOS, Ana Fani Alenssandri. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia das metrópoles (org.). São Paulo, Editora Contexto, 2006. MARICATO, Ermínia. As idéias fora do lugar e o lugar fora das idéias: planejamento urbano no Brasil. In: MARICATO, Ermínia. ARANTES, Otília. VAINER, Carlos (org.). A cidade do pensamento único. 3ª Ed. Vol MINAYO, M. C. S. (org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 11 ed. Rio de Janeiro: Petrópolis: Vozes, 1999.


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