Investimento Social Privado

Apresentação em tema: "Investimento Social Privado"— Transcrição da apresentação:

1 Investimento Social Privado
João Paulo Vergueiro Curitiba, 03 de novembro de 2014

2 Currículo Bacharel em administração pública na FGV-SP e em direito na USP, e mestre pela FGV; Trabalhou no Projeto Nós do Centro, da União Europeia com a Prefeitura de São Paulo, na Oficina Municipal e na Christian Aid; Gerente no IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social; Presidente da Diretoria Executiva da ABCR; Professor da FECAP, na disciplina de Responsabilidade Social Corporativa.

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4 E o que é a doação? Alocação voluntária e estratégica de recursos privados, sejam eles financeiros, em espécie, humanos, técnicos ou gerenciais, para o benefício público; Nas empresas é chamada de Investimento Social Privado, e é parte da Responsabilidade Social Corporativa.

5 Como age o doador? INTERESSE VÍNCULO CAPACIDADE

6 A causa!

7 Captação de Recursos É o processo de pedir doações de indivíduos, empresas, governos, etc.; Atua pela sustentabilidade do terceiro setor, e é uma área própria das organizações sem fins lucrativos; Atividade estratégica e continuada que envolve: planejamento, marketing, comunicação, relações públicas, elaboração de projetos, prestação de contas, incentivos fiscais , questões jurídicas e de natureza ética, orçamento, etc.

8 Plano de Captação Documento que dá suporte à captação
Embasado no planejamento estratégico da organização Define metas, estratégias, indicadores, responsáveis, prazos e monitoramento. Pode ser feito internamente – com a liderança da Diretoria e da área de captação de recursos – ou com o apoio de consultorias.

9 O Captador de Recursos É uma profissão própria de organizações da sociedade civil, não encontrando paralelo nas empresas ou no governo. É uma profissão criada pela necessidade das próprias organizações, e não por motivos acadêmicos ou jurídicos: não há regulamentação legal. É uma profissão mundial: fundraisers (+- 30 mil EUA/Canadá; 5 mil UK; AEDROS; AEF, etc.)

10 Quem representa? A ABCR - Associação Brasileira de Captadores de Recursos, promove a profissão, apoia os captadores e dissemina conteúdo de relevância na área. Fundada em 1999, terminou 2013 com quase 700 membros em todo o país e uma rede de mais 50 mil pessoas.

11 Onde se encontram? Realizado pela sexta vez em Guarapari, Espírito Santo - entre 19 e 22 de maio; 350 participantes de 22 Estados; mais de 60 palestras e dezenas de palestrantes; Em 2015: São Paulo, 700 pessoas!

12 Investimento Social Privado (ISP)

13 ISP É a alocação voluntária e estratégica de recursos, sejam eles financeiros, em espécie, humanos, técnicos ou gerenciais, para o benefício público. Indivíduos & Famílias Empresas Comunidades

14 Atores / Stakeholders No nível organizacional: EMPRESA ORGANIZAÇÃO
ACIONISTAS PROPRIETÁRIOS FUNCIONÁRIOS COLABORADORES AMBIENTALISTAS MEIO AMBIENTE COMUNIDADE LOCAL OPINIÃO PÚBLICA INDIVÍDUOS INDÚSTRIA DA COMUNICAÇÃO MERCADO FINANCEIRO GOVERNOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS INVESTIDORES ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS EMPRESA ORGANIZAÇÃO CLIENTES USUÁRIOS FORNECEDORES CONCORRENTES

15 ISP como instrumento para uma sociedade mais justa e sustentável
Satisfazer as necessidades do presente: crescimento econômico qualidade de vida uso racional dos recursos naturais conservação do meio ambiente sem comprometer as necessidades das futuras gerações.

16 Brasil: histórico de desigualdades
Gávea IDH 0,97 = Canadá Rocinha IDH 0,72 = Argélia Desafios: assegurar o acesso a educação, saúde, trabalho, meio ambiente, cultura, desenvolvimento econômico e erradicação da pobreza Fonte: IBGE

17 Uma sociedade, muitos desafios...

18 79º Brasil: histórico de desigualdades Somos a 7ª economia do mundo!!!
Já o Índice de Desenvolvimento Humano... 79º Fonte: World Bank 2014 e ONU 2013

19 O Brasil ocupa a 90ª posição em solidariedade
Rank Doou $ Voluntariado Ajudou estranho EUA 1 64% 44% 79% Myanmar 91% 51% 49% Canadá 3 71% 66% Irlanda 4 76% 41% Nova Zelândia 5 62% 69% Austrália 6 37% 65% Malásia 7 60% 63% Reino Unido 8 74% 29% 61% Siri Lanka 9 56% 50% Trindade e Tobago 10 75% Brasil 90 22% 16% 40% Fonte: World Giving Index 2014 CAF – Charities Aid Foundation

20 O Brasil ocupa a 90ª posição em solidariedade
126º BULGÁRIA 120º GRÉCIA 1º ESTADOS UNIDOS 126º RÚSSIA 128º CHINA 7º REINO UNIDO 69º ÍNDIA 90º BRASIL 6º AUSTRÁLIA 34º ÁFRICA DO SUL Fonte: World Giving Index 2013 CAF – Charities Aid Foundation

21 Equador e Venezuela ocupam a pior
posição em solidariedade na América do Sul 134º VENEZUELA 53º COLÔMBIA 90º BRASIL 132º EQUADOR 72º PERU 68º PARAGUAI 57º BOLÍVIA 62º URUGUAI 50º CHILE 77º ARGENTINA Fonte: World Giving Index 2013 CAF – Charities Aid Foundation

22 Saúde não é prioridade no ISP sob a perspectiva do investidor
Fonte: Censo GIFE

23 Saúde não é prioridade no ISP sob a perspectiva das OSCs Saúde
Não está estruturado É caro e complexo Famílias fazem mais por razões pessoais Empresas fazem se alinhado ao seu core business Focado em ações imediatistas, pontuais e ligadas a patologias; Não está focado em atenção primária, educação para a saúde e prevenção A saúde no Brasil é vista como responsabilidade exclusiva do Estado. Fonte: Regina Célia Canel Tese de Doutorado, Saúde Pública – USP – 2012

24 ISP concentrado no sudeste
A questão regional: ISP concentrado no sudeste Fonte: Censo GIFE

25 Como fomentar a cultura de investimento social privado no Brasil?

26 Oportunidades 1 2 3 Fonte: “Eficácia dos investimentos sociais no Brasil” – McKinsey – julho/2008

27 Oportunidade Ação no segmento de doadores
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28 Tendências / mudança de comportamento
HNWI no Brasil Tendências / mudança de comportamento Fazer em vida Empreendedorismo Participação Competências Resultados

29 HNWI: número expressivo de milionários
Rank Países Número de milionários 2012 Crescimento entre 2012 e 2013 1º Estados Unidos 4.006 mil 16.6% 2º Japão 2.327 mil 22.3% 3º Alemanha 1.130 mil 11.4% 4º China 643 mil 17.8% 5º Reino Unido 527 mil 13.4% 6º França 472 mil 9.7% 7º Suíça 330 mil 16.8% 8º Canadá 320 mil 7.2% 9º Austrália 219 mil 5.8% 10º Itália 203 mil 15.6% 11º Coreia do Sul 176 mil 10.3% 12º Holanda 173 mil 16.5% 13º Brasil 172 mil 4.1% Fonte: RBC World Wealth Report 2014

30 HNWI: número expressivo de bilionários
Rank Cidades Número de bilionários 1º Nova Iorque 103 2º Moscou 85 3º Hong Kong 82 4º Londres 72 5º Beijin 37 6º São Paulo 36 70% filantropos 35% tem sua própria Fundação Fonte: Wealth-X UBS and Billionaire Census 2014

31 Engajamento contínuo de empresas
O Investimento Social Corporativo tem sido impulsionado pela agenda de RSE dos últimos 20 anos; Em 2008: 59% das 782 mil empresas pesquisadas (462 mil) realizam algum tipo de investimento social; Em 2011 o Investimento Social Corporativo foi de R$ 2,2 bilhões, sendo apenas 15% oriundo de incentivo fiscal. Fonte: IPEA, Junho 2008 e Censo GIFE

32 ISP corporativo & alinhamento ao negócio Caso Instituto Avon
Desde 2003: 1,6 milhões de mamografias realizadas 26 mil casos detectados 34 mamógrafos doados

33 A B C D E Classe média em crescimento
Variação nas doações mensais per capita (entre 2003 e 2010) (valor médio doado) A B C D E (10%) 17,13 (5%) 31,43 (5%) 8,31 (9%) 9,40 (13,5%) 63,34 Fonte: Pesquisa realizada pelo Fundo Cristão e Rgarber, com dados do POF 2003 e 2009 e dados preliminares do Censo 2010

34 Doações individuais em crescimento
170 mil doadores individuais brasileiros Aprox. R$ 35 milhões Fonte: Relatório de Atividades MSF

35 Plataformas de doação Plataforma de crowdfunding
Plataforma de payroll giving (doações em folha de pagamento nas empresas)

36 Oportunidade Melhoria de infraestrutura
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37 Organizações da Sociedade Civil
São 290,7 mil FASFIL (Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos), que empregam 2,1 milhões de assalariados, o que corresponde a 5,8% dos empregados de todas as organizações formalmente registradas no país. Fonte: IBGE Fasfil 2010

38 Credibilidade das OSCs no Brasil
Global Brasil Fonte: Edelman Significa Trustbarometer 2014

39 Desafios do 3º setor Ações transformadoras (não assistencialistas);
Gestão e profissionalização X captação para a sustentabilidade; Indicadores (perspectivas qualitativa e quantitativa) de processo, resultado e impacto; Transparência (publicidade: estatuto social, nomes governantes, relatório de atividades, demonstrativos contábeis).

40 Intermediário no ecossistema filantrópico
Fundações Comunitárias Fundações Corporativas Fundações Familiares RSC (Ethos) Instituições Religiosas (Cáritas) Ass. Bras. De Captadores de Recursos (ABCR) Ass. de OSCs (ABONG) Organizações Filantrópicas Comunitárias Academia (FGV, FIA) Ass. Membros doadores (GIFE)

41 No Brasil, os 5-10 principais filantropos doam aproximadamente 0,5%
Incentivos fiscais no Brasil No Brasil, os 5-10 principais filantropos doam aproximadamente 0,5% de sua riqueza, enquanto nos Estados Unidos a média dos 5 principais filantropos é de 3%. Fundo Patrimonial Vinculado PL 4.643/2012 Fonte: Estudo McKinsey, 2008

42 Oportunidade Criação de bases para crescimento
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43 Cultura de doação Movimento por uma Cultura de Doação Pela cultura de doar no Brasil: - Troca de informações - Apoio a pessoas e grupos - Articulação de ações conjuntas Call for action 02/12 Doar para OSC: - Dinheiro - Sangue - Bens em geral - Voluntariado

44 ISP e os ODSs

45 Processo Pós-2015 para uma nova agenda – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
RIO +20, Processo Pós-2015, Junho 2012 Relatório da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável: Reconhecemos que as pessoas estão no centro do desenvolvimento sustentável e que por isso nós atuamos por um mundo que é justo, com oportunidades iguais e inclusivo, e nos comprometemos a trabalhar em conjunto para promover o crescimento econômico sustentável e inclusivo, o desenvolvimento social e a proteção ambiental, para assim beneficiar a todos.

46 Processo Pós-2015: onde estamos?
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável SG will release the synthesis report in Nov-Dec 2014 Formal negotiations inter governmental process Continue dialogue on implementation & consultations Brazilian Philanthropy Forum Sep 2015 Depois de um ano de trabalho intenso, um “Grupo de Trabalho Aberto” de 70 governos produziram uma proposta para um conjunto de novos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) para substituir os ODMs no final de 2015. CHI-AAA

47 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: 17 objetivos
ODMs Não concluídos 1. Acabar com a pobreza 2. Acabar com a fome 3. Garantir vidas saudáveis 4. Garantir educação inclusiva 5. Alcançar igualdade de gênero 6. Água limpa 10. Reduzir a desigualdade SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA 8. Trabalho decente para todos. 9. Industrialização sustentável. 11. Cidades Sustentáveis. 12. Consumo Sustentável. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 7. Energia Sustentável. 13. Combate à mudanças climáticas 14. Uso sustentável dos oceanos 15. Biodiversidade e degradação da terra JUSTIÇA E PAZ 16. Sociedades de paz e melhor governança PARCERIAS GLOBAIS 17. Meios para o desenvolvimento e parcerias

48 Consultas para a Implantação dos ODSs
Áreas que serão aprofundadas: Situandoa agenda do desenvolvimento pós-2015 Ajudando a fortalecer instituições e capacidades Monitoramento participativo e novas formas de transparência (accountability ) Parceria com a sociedade civil e outros atores Parceria com o setor privado Cultura e desenvolvimento Oportunidades para o investimento social privado

49 Investimento Social Privado e o Pós 2015
- Contexto- Redes fortes: IDIS, GIF, ETHOS Iniciativas de sucesso e intercâmbio de cohecimento Sucesso no progresso das ODMs e no desenvolvimento humano Setor filantrópico diversificado, e forte investimento social privado corporativo Oportunidades e incentivos para o engajamento do investimento social privado – Trabalhar as parcerias existentes Bom ambiente e cultura para intercâmbio setorial para a filantropia Interesses compartilhados e focus temáticos de diversos atores Transparência de dados sobre o investimento social

50 Investimento Social Privado
João Paulo Vergueiro Curitiba, 03 de novembro de 2014