A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Educadores: Paulo Freire Rubem Alves

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Educadores: Paulo Freire Rubem Alves"— Transcrição da apresentação:

1 Educadores: Paulo Freire Rubem Alves
ÂNGELA CRISTINA PUZZI FERNANDES

2 Bibliografia Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha, Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles.

3 Bibiografia Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África

4 Bibliografia A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco.

5 Bibliografia Freire entrou para a Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa. Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho.

6 Bibliografia Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com analfabetos pobres. Também nessa época aproximou-se do movimento da Teologia da Libertação.

7 Bibliografia Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano [5], realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. . Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.

8 Bibliografia O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970) e até o hebraico (em 1981).

9 Bibliografia Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.

10 Bibliografia Com a Anistia em 1979 Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT venceu as eleições municipais paulistanas de 1988, iniciando-se a gestão de Luiza Erundina ( ), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo. Exerceu esse cargo de 1989 a 1991.

11 Bibliografia Dentre as marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do MOVA - Movimento de Alfabetização, um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens Adultos O perfil atual das atividades econômicas e afetam as possibilidades de emprego, os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho e as condições de vida da população (Alves).

12 Bibliografia Em 1986, sua esposa Elza morreu. Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo, conhecida pelo apelido "Nita", que além de conhecida desde a infância era sua orientanda no programa de mestrado da PUC-SP. Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire,

13 Bibliografia Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias. A Justiça Federal, no Fórum Mundial de Educação Profissional de 2009, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão post mortem à viúva e à família do educador, assumindo o pagamento de "reparação econômica"

14 As Seis Idéias-Forças 1 Toda ação educativa deve,necessariamente, estar precedida de reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida do educando, isto é quem o educador quer ajudar a educar.

15 As Seis Idéias-Forças 2 O homem chega a ser sujeito por uma reflexão sobre sua situação, sobre seu ambiente concreto. A educação deve levar o educando a uma tomada de consciência e atitude crítia no sentido de haver mudançada realidade

16 As Seis Idéias-Forças 3 – Através da integração do homem com seu contexto, haverá a reflexão, o comprometimento, construção de si e o ser sujeito

17 As Seis Idéias-Forças 4 – À medida que o homem se integrar às condições de seu contexto de vida realiza reflexão e obtém respostas aos desafios que se lhe apresentam, criando cultura.

18 As Seis Idéias-Forças 5)O homem é criador de cultura e fazedor da história, pois, na medida em que ele cria e decide, as fases vão se formando e reformando. 6) É necessário que a educação permita que o homem chegue a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer relações de reciprocidade, fazer cultura e história

19 As Seis Idéias-Forças Das idéias-forças, fundamentadas por Freire, emergiram alguns conceitos formulados pelo autor, que foram utilizados na Educação e também na área da saúde, tais como: liberdade, humanização, conscientização, diálogo, cultura, reflexão crítica, problematização.

20 Problematização - supõe a ação transformadora, é inseparável do ato cognoscente e, como ele, inseparável das situações concretas, mesmo que ocorra sobre os conteúdos já elaborados. Nesse caso, eles serão referidos ao contexto, pois a problematização parte de situações vividas e implica um retorno crítico a essas. Por intermédio da problematização, o educador chama os educandos a refletir sobre a realidade de forma crítica, produzindo conhecimento e cultura em um mundo e com o mundo

21 Diálogo "é uma necessidade existencial. É o encontro entre os homens, mediatizados pelo mundo, para designá-lo, onde a reflexão e a ação orientam-se para o mundo que é preciso transformar e humanizar. É necessário amor, humildade, fé no homem, criatividade, criticidade e esperança O diálogo, para Freire, é condição básica para o conhecimento. O ato de conhecer, segundo ele, "dá-se num processo social e o diálogo é, justamente, uma mediação deste processo“

22 Diálogo Freire criticou veementemente o monólogo existente nos círculos educacionais vigentes, introduzindo o conceito do diálogo, fundamentando-o filosoficamente, quando diz: "Educador e educandos (...), co-intencionados à realidade, se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvendá-la, criticamente e, assim, criticamente conhecê-la, mas também no de recriar este conhecimento"(8).

23 Diálogo Na teoria freireana, é interpretado como essência da pedagogia libertadora, sendo essa uma situação gnosiológica e se definindo como a essência do conhecimento.

24 Liberdade - "é o fim de toda revolução cultural. É uma conquista e exige uma busca permanente existente apenas no ato responsável de quem a faz". É a condição indispensável ao movimento de encontro em que estão inscritas as pessoas como seres inacabados.

25 Liberdade Para Freire, "a libertação é um parto, doloroso".
Não existe educação sem liberdade, de criar de propor o quê e como aprender, herdando a experiência adquirida, criando e recriando, integrando-se às condições de seu contexto, respondendo os seus desafios, objetivando-se a si próprio, discernindo, transcendendo, lançando-se no domínio da história e o da cultura.

26 Conscientização é um compromisso histórico, é uma inserção crítica na história, assumindo o homem uma posição de sujeito podendo transformar o mundo(8). É o desenvolvimento crítico da tomada de consciência. "É um ir além da fase espontânea da apreensão até chegar a uma fase crítica na qual a realidade se torna um objeto cognoscível e se assume uma posição epistemológica procurando conhecer (...) é tomar posse da realidade; e, por esta razão, e por causa da radicação utópica que a informa, é um afastamento da realidade". Produz a "desmitologização".

27 Rubem Alves “Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” – e ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. O seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria -– que é a razão pela qual vivemos”

28 Bibliografia Rubem Alves nasceu em 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança, no sul do estado de Minas Gerais. É filho de Herodiano Alves do Espírito Santo e Carmem Sílvia de Azevedo. Seu pai era homem de negócios e sua mãe era de família nobre da cidade de Lavras e de tradição liberal positivista. A principal atividade econômica da família era a exportação de café. Por volta de 1930, ocorreu nos Estados Unidos a grande depressão econômica, repercutindo na economia de outros países. Com a crise do café, ocorre o empobrecimento da família.

29 Nessa situação de falência e pobreza, os amigos se distanciaram da família. Contavam apenas com a visita de um pastor evangelista chamado Firmino, que aproximou Rubem Alves da igreja Presbiteriana. Durante esse período de dificuldades financeira, a família mudou-se para outras cidades mineiras a fim de encontrar melhores condições de vida. Mesmo pobre, Rubem Alves revela que foi feliz. Em Varginha, a vida começou a melhorar e seu pai resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro.

30 Alves tinha 11 anos de idade, e o pai o colocara em um dos melhores colégios do Rio de Janeiro, o colégio Andrews, onde estudavam os filhos de diplomatas, empresários e alta burguesia. Rubem Alves revela que não tinha amigos. Na solidão, buscou refúgio na leitura e poesia. Freqüentava concertos e participava da igreja, onde se sentia valorizado.

31 Desde cedo, Alves sempre foi fascinado pela música
Desde cedo, Alves sempre foi fascinado pela música. Sua mãe era pianista e teve grande influência em sua sensibilidade musical. Tentou inclusive pianista, mas revela que fracassou; diz que não possuía talento para a música. Uma grande personalidade e exemplo a ser seguido por Rubem Alves foi Albert Schweitzer. Ele nasceu em 1875, numa aldeia da Alsácia. Filho de pastor protestante, aos nove anos já era o organista oficial da igreja, tocando para os serviços religiosos. Doutorou-se em Música, Teologia e Filosofia. Foi professor na Universidade de Estrasburgo, sendo também pastor e pregador.

32 Aos 30 anos, iniciou o curso de Medicina, doutorou-se e mudou-se para a África – onde passou o resto de sua vida cuidando de pessoas pobres e doentes. Schweitzer formulou um princípio ético em que dizia que “um homem nunca pode ser sacrificado para um fim”.

33 Por toda essa história, Rubem Alves revela que
Schweitzer não era uma ser desse mundo. Talvez ele tenha compreendido isso e que essa tenha sido uma das razões porque ele saiu do mundo civilizado, se embrenhando nas selvas da África. No mundo civilizado, das organizações, será possível ter reverência pelo próximo? (Alves, 2003).

34 Contrariando a vontade do pai, que desejava que o filho fizesse engenharia, Rubem Alves veio para Campinas estudar teologia no Seminário Presbiteriano. Foi pastor no interior de Minas Gerais, onde conviveu com gente simples e pobre.

35 Casou-se em 06/02/1959 com Lídia, em Lavras
Casou-se em 06/02/1959 com Lídia, em Lavras. Teve três filhos: Sérgio - médico anestesista, Marcos - biólogo e Raquel - arquiteta. Rubem Alves revela que foi inventando estórias para sua filha Raquel que descobriu que podia escrever estórias para crianças. Com isso, tem uma vasta literatura infantil.

36 Em 1963, Alves deixou de ser professor de Filosofia e Estudos Sociais no Instituto Gammom e foi para os Estados Unidos fazer seu mestrado na área de ética, em Nova Iorque.

37 Em abril de 1964 defendeu sua tese de mestrado com o título de “A Theological Interpretation of the meaning of the Revolution in Brazil.” Nesse trabalho, avalia as condições objetivas e concretas da revolução no Brasil, assim como a exigência evangélica de participação dos cristãos nesse processo histórico.

38 Escreveu sua tese com o título “Towards a Theology of libertation” publicada em Nesse época, estava surgindo o movimento teológico conhecido como teoria da libertação em que uma nova linguagem se colocava em confronto com a velha linguagem teológica. A banca examinadora sugeriu que o trabalho fosse totalmente reformulado. Alves se recusou e obteve a menor nota. No ano seguinte, em 1969, a tese foi revisada e publicada nos Estados Unidos. No dia 04/06/1968, após a defesa da tese, recebeu o título de doutor em filosofia (Ph.D).

39 Em 1968 retornou ao Brasil, demitiu-se da igreja Presbiteriana na qual havia sido pastor durante 12 anos, alegando que não conseguia mais fazer parte de uma instituição que o havia negado, isolado e marginalizado e começou a dar aulas de Epistemologia das Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia e Letras de Rio Claro.

40 Em 26/02/1973 começou a lecionar no IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Ali se seguia uma tradição francesa e ele havia estudado nos Estados Unidos. Por isso, Rubem Alves revela que se sentia uma pessoa amaldiçoada e solitária. Em 1974, seu pai faleceu. Em 1978, defendeu sua tese de livre d

41 Nesse ano, Alves foi convidado pela fundação Nobel para conferência do Colégio Gustavus Adolphus - primeiro brasileiro a ter esse convite. Em 1976, transferiu-se do IFCH para a Faculdade de Educação, na própria Unicamp. Embora fosse conhecido no exterior, Rubem Alves ainda era pouco conhecido no Brasil.

42 Em 1978, defendeu sua tese de livre docência no IFCH - Unicamp, com o tema “Protestantismo e repressão”. No início da década de 80, Alves terminou sua formação em Psicanálise que iniciara em 1975, pela Associação Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Em 1989, Rubem Alves foi escolhido para a Academia Campinense de Letras, ocupando o lugar de Rui Barbosa.

43 Em 03/05/1995, recebeu o título de professor emérito da Unicamp e se aposentou no mesmo ano.
No ano de 2000, Rubem Alves esteve em Portugal e, nessa viagem, conheceu a Escola da Ponte[1] que descreve como sendo a escola dos seus sonhos. Atualmente, escreve crônicas aos domingos no Jornal Correio Popular de Campinas, viaja dando palestras para educadores e cientistas, e nos fins de semana gosta de ir ao seu sítio em Minas Gerais onde planta uma árvore para cada amigo que se morre.

44 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Educação: constitui-se numa forma de trabalhar com a linguagem e com o corpo de maneira que a aprendizagem trate de questões essenciais a esses dois componentes. A definição de corpo, para o autor, não se restringe ao aparato biológico. Ele indica uma construção que acontece a partir das relações sociais que envolvem tanto as experiências do cotidiano como o processo educativo.

45 Linguagem. Para isso, utiliza-se a linguagem.
Desde que nascemos, continuamente, palavras nos vão sendo ditas. Elas entram no nosso corpo, ele vai sendo transformado, virando uma outra coisa, diferente da que era. Educação é isto: processo pelo qual nosso corpo vai ficando igual às palavras que nos ensinam (Alves, 1994, in Nunes, 2001, p. 249).

46 Rubem Alves (1981) diferencia corpo humano de organismo animal
Rubem Alves (1981) diferencia corpo humano de organismo animal. Para ele, “o animal é o seu corpo. O homem tem o seu corpo” (p.53). Isso significa que o corpo é um produto da educação.

47 Além disso, o corpo tem um sentido político e pedagógico:
Político, porque é o corpo que dispõe de um olfato sensível aos aspectos qualitativos da vida social, em oposição às funções cerebrais, tão ao gosto dos tecnocratas e dos comandantes, que trabalham sobre as abstrações quantitativas.

48 Pedagógico, porque a sabedoria do corpo o impede de sentir, apreender, processar, entender, resolver problemas que não estejam diretamente ligados às suas condições concretas (Rubem Alves, 1981, p.36).

49 A linguagem, para o autor, é uma extensão do próprio corpo. Ou seja:
As palavras não são meros substitutos materiais para as idéias imateriais. Palavras são partes do nosso corpo (...) Os poetas sabem disto. Tanto que, num poema, só serve aquela precisa palavra, e nenhuma outra, ainda que lhe seja sinônima. Porque o que está em jogo não é a idéia mas aquilo que a palavra faz ao nosso corpo (Rubem Alves, 1986, p.12).

50 O processo educativo para Rubem Alves envolve não apenas o conhecimento histórico produzido pela humanidade e que são fundamentais para a continuidade da espécie, mas principalmente a possibilidade de participação do educando, de maneira que esses possam, além de criar, avaliar o saber transmitido diante de sua realidade concreta. Isso porque, de acordo com ele, “o corpo não suporta carregar o peso de um conhecimento morto que ele não consegue integrar com a vida” (Alves, 1994, in Nunes, 2001, p. 250).

51 Resumindo, o processo educativo envolve ao mesmo tempo a descrição do conhecido e a construção do novo. Nas palavras de Alves (1981), “educação é o processo pelo qual aprendemos uma forma de humanidade. E ele é mediado pela linguagem. Aprender o mundo humano é aprender uma linguagem” (p. 51).

52 A vida, o afeto, o sonho e o prazer são componentes essenciais do processo ensino-aprendizagem.
Aliás, o prazer deve estar articulado ao longo do processo educativo e não como resultado de um êxito alcançado.

53 Professor X Educador: Para Rubem Alves, o professor é aquele que cumpre a função de transmitir o conhecimento estabelecido que pode ser útil à sociedade; não considera a história e a realidade do educando. A dimensão afetiva está excluída. Já o educador é aquele que reconhece a realidade e história do educando e, de maneira afetiva, busca despertar seus desejos e sonhos. Para Alves (1981), “um educador (...) é um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos” (p. 26).

54 Assim, O educador (...) habita um mundo em que a interioridade faz uma diferença, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos. O professor, ao contrário, e funcionário de um mundo dominado pelo Estado e pelas empresas (Alves, 1981, p.14).

55 Educação dos sentidos:
A educação dos sentidos implica o envolvimento de todos os sentidos do corpo, de maneira a possibilitar ao corpo a alegria de ver, ouvir, tocar, saborear... Além disso, Rubem Alves fala de um sexto sentido: o pensamento.

56 Essa educação é entendida como arte, uma vez que a arte está necessariamente vinculada aos sentidos. Assim, a educação deve basear-se nos princípios dos artistas, ou seja, de ver além, de ver com a imaginação.

57 ESCOLA DA PONTE A Escola da Ponte existe em Vila das Aves, Portugal, há 27 anos. Rubem Alves teve conhecimento desta escola por meio do professor Ademar Santos, diretor do Centro de Formação Camilo Castelo Branco, que situa-se em Vila Nova de Famalicao.

58 Ao visitar a escola e ser recepcionado por uma criança de 9 anos, experienciar o processo de aprendizado que ali existia e constatar os resultados obtidos, Rubem Alves teve a convicção de que a escola que sempre sonhou existia e ele estava prazerosamente conhecendo-a. Na Escola da Ponte não há salas de aula, classificação dos alunos por séries, aulas expositivas. Após um período de iniciação na escola, o aluno passa a dividir o mesmo espaço com outras crianças.

59 As crianças reúnem-se em um grande salão, formam grupos com interesse comum por um assunto. Solicitam a professora, e estabelecem com ela um plano de trabalho. A professora, que irá atuar como agente facilitador, orienta sobre o que pesquisar e onde encontrar. Utilizam muita internet e bibliotecas de vários espaços da comunidade.

60 Ao final dos 15 dias, reúnem-se novamente e avaliam o que aprenderam
Ao final dos 15 dias, reúnem-se novamente e avaliam o que aprenderam. Se o que aprenderam foi adequado, o grupo dissolve-se e forma-se um outro com para estudar outro assunto.

61 Na Escola da Ponte, o que importa é a felicidade das crianças, tornando possível o adulto responsável e consciente do papel que exerce na sociedade em que vive. Dessa forma, desenvolve-se o senso crítico necessário ao desenvolvimento de um cidadão. Portanto, Alves (2201) conclui que “a ponte é uma passagem e a escola é uma ponte. A Escola da Ponte é uma escola, é uma passagem e uma ponte (...) é um espaço onde se vive o que se aprende e se aprende o que se vive”

62 Considerações Finais A educação é a possibilidade de realização da liberdade; e o educador, nesse sentido, tem o papel de despertar no educando tal desejo, ajudando-o na criação e transformação do mundo. Um dos grandes desafios de Rubem Alves para a sociedade que se preocupa com a educação é a transformação afetiva que o professor deve passar para poder fazer uma educação alegre e prazerosa.

63 Há ainda outro pensamento do autor que nos leva a repensar nossa prática educativa, que é a possibilidade de ousar, ser criativo para novas descobertas e até transcender sobre a relação educador-educando de maneira que ambos interajam, cresçam e construam uma nova realidade.

64 Grata pela atenção!


Carregar ppt "Educadores: Paulo Freire Rubem Alves"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google