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Teoria do crescimento - V

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Apresentação em tema: "Teoria do crescimento - V"— Transcrição da apresentação:

1 Teoria do crescimento - V
Blanchard, cap.12 (12.2,12.3 e 12.4) Jones, cap. 4 e 8 Thirlwall, cap. 2, 3 e 4 Abel, Bernanke & Croushore (p )

2 A teoria neoclássica do crescimento: conclusões
As principais conclusões desta teoria para o steady state (longo prazo) são: o nível da produção per capita depende da taxa de poupança (que é igual à taxa de investimento) O crescimento do produto independe da taxa de poupança e de investimento, sendo determinado pelas taxas de crescimento da força de trabalho e de progresso tecnológico, que são exógenas ao modelo Nos termos de Blanchard, pela taxa de crescimento do trabalho efetivo (ou em unidades de eficiência) Ou seja, Y e K crescem à taxa = gA + gN.

3 A teoria neoclássica do crescimento: conclusões
Outra importante conclusão desta teoria é de que haveria uma tendência de convergência das rendas per capita entre os países Partindo da hipótese de igualdade de gostos e preferências (=>mesma taxa de poupança) e de tecnologia (=>mesma função de produção), haveria uma relação inversa entre a razão capital-trabalho e a produtividade do capital (hip. de rendimentos descrecentes) => países pobres deveriam crescer mais rápido do que os países ricos, conduzindo à convergência das rendas per capita

4 A teoria neoclássica do crescimento: conclusões
Outra importante conclusão desta teoria é de que haveria uma tendência de convergência das rendas per capita entre os países Partindo da hipótese de igualdade de gostos e preferências (=>mesma taxa de poupança) e de tecnologia (=>mesma função de produção), haveria uma relação inversa entre a razão capital-trabalho e a produtividade do capital (hip. de rendimentos descrecentes) => países pobres deveriam crescer mais rápido do que os países ricos, conduzindo à convergência das rendas per capita

5 A teoria neoclássica do crescimento: conclusões
O gráfico ao lado, extraído de Jones (p. 29) mostra que a taxa de crescimento da renda deve cair à medida que a acumulação de capital ocorre. Como o crescimento da renda (ver slide) é função do crescimento da acumulação de capital, países mais “atrasados” deveriam crescer mais rapidamente. A dedução parte da equação de acumulação de capital, modificando-a de forma a explicitar a relação k/k. A construção do gráfico usa o procedimento habitual do modelo de Solow. O gráfico mostra que a taxa de crescimento K/K (e portanto Y/Y) cai à medida em que K/L se eleva. Jones, p. 29

6 O debate no âmbito do mainstream: o resíduo de Solow
No apêndice do capítulo 12, Blanchard apresenta o famoso “resíduo de Solow”. Vamos manter a hipótese de que a remuneração de cada fator é também sua contribuição ao produto. Assim, se, por exemplo, o emprego aumenta, teremos Y = PMgN. N = (W/P)N. Dividindo os dois lados por Y e multiplicando o lado direito por N, resulta: Ver o segundo arquivo ppt para a parte de crescimento. Ora, (WN/PY) é a participação do trabalho na renda agregada ou , (como em Blanchard). Então, gy = gn:  =elasticidade do produto em relação ao fator.

7 O resíduo de Solow Da mesma forma que gy = gn para variações no emprego, temos gy = (1-)gk Se tivéssemos gy = gn + (1-)gk o crescimento seria explicado apenas pela acumulação de fatores. PS: Blanchard está usando implicitamente uma função Cobb-Douglas Y = ALK1-.

8 resíduo = gy - gn+ (1-)gk
O resíduo de Solow O fato é que, em avaliações empíricas, constata-se que gy > gn+ (1-)gk A diferença é o “resíduo de Solow”: resíduo = gy - gn+ (1-)gk O resíduo é também chamado de taxa de crescimento da produtividade total dos fatores. (gy – gn) mede o crescimento da produtividade do trabalho o resíduo está relacionado com a taxa de progresso tecnológico Resíduo = gA

9 O resíduo de Solow: evidências empíricas
Abramovitz (1956) e Solow (1957) realizaram os primeiros exercícios tentando explicar a origem do crescimento. Concluem (para países desenvolvidos) que a maior parte do crescimento do Y/N não é explicada pelo crescimento da relação K/L Solow (1957) conclui em seu estudo sobre a economia americana que somente 10% do crescimento de Y/N seriam explicados pelo crescimento de K/N e os restantes 90% pelas diversas formas de progresso tecnológico. Segundo Abramovitz (1956): “Esse resultado (a importância do resíduo) é surpreendente pela importância assimétrica que parece dar [ao resíduo] e deve ser, num certo sentido, sombrio (...) para os estudantes do crescimento econômico. Desde que sabemos pouco sobre as causas, a importância indicada desse elemento pode ser tomada como algum tipo de medida de nossa ignorância sobre as causas do crescimento econômico”. “Is the ‘residual factor´ a measure of the contribution of knowledge or is it simply a measure of our ignorance of the causes of economic growth”? (Vaizey) McCombie & Thirlwall: 25 Vaizey citado na página de HPE da CEPA. Abramovitz citado por Hywel Jones, p. 195.

10 Acumulação de Capital versus Progresso Tecnológico
-2,8 1,6 4,4 - 2,2 2,1 4,3 Média - 2,0 0,6 2,6 - 0,6 2,2 Estados Unidos 1,7 2,3 - 0,7 1,8 2,5 Reino Unido (5) Taxa de progresso tecnológico (%) Crescimento do produto per capita (%) 6,4 5,6 4,9 (4) 1,9 - 4,7 - 3,7 - 2,6 Variação (6) Tabela Taxas médias anuais de crescimento do produto per capita e do progresso tecnológico nos cinco países ricos, - 4,9 3,1 8,0 Japão - 2,8 Alemanha 4,0 França Variação (3) (2) (1)

11 O debate no âmbito do maistream: convergência
Especialmente a partir de trabalhos de Baumol (1986), ocorreu longo debate sobre a questão da convergência. Para que haja convergência, como vimos, é necessário que os países mais pobres cresçam mais rapidamente do que os países inicialmente mais ricos num período subseqüente.. Os exercícios de convergência-β testam exatamente esta proposição, conhecida como hipótese da convergência absoluta ou incondicional

12 A convergência beta As regressões mais simples têm o formato
Y/Y = A + bLn(Y0). A reta ajusta a relação entre nível de renda inicial e taxa de crescimento para um conjunto de países. A expectativa seria de um coeficiente b negativo: quanto maior a renda inicial, menor o crescimento no período subseqüente. Estamos aqui pensando num certo número de anos subseqüentes”: os exercícios são feitos para um certo número de anos.

13 Convergência-β 1950-2004, atuais países desenvolvidos (PPP per capita)

14 Convergência-β 1960-2004 (83 países relevantes, PPP per capita)

15 Convergência-β 1960-2004 (83 países relevantes, PPP per capita)

16 Convergência-β Somente há convergência beta para um conjunto restrito de países desenvolvidos. Não há (como o segundo gráfico sugere) uma tendência generalizada à convergência entre os países. Logo, convergência absoluta/incondicional não há: o processo de desenvolvimento envolve mais coisas do que galgar uma função de produção dada ao longo do tempo, de forma a acumular capital e elevar a relação K/T.

17 Convergência condicional
Os estudos de convergência condicional supõem que os diferentes países convergem para diferentes steady states. Vasta literatura examina que fatores afetam mais fortemente o crescimento: a relação S/Y = I/Y, o crescimento da população, o nível inicial da renda per capita, o capital humano (medido pela escolarização de segundo grau), o papel das instituições (características dos mercados, law enforcement, instituições políticas, sistema de saúde, instituições financeiras...). (p. 157)

18 As “novas” teorias (endógenas) do crescimento
As teorias associadas aos nomes de Paul Romer e Robert Lucas, que publicaram artigos seminais em meados dos anos 80. A teoria tem origens Na controvérsia sobre a convergência Nas explicações possíveis para o resíduo de Solow Na insatisfação com a idéia de uma tendência a steady state onde as taxas dependem de fatores exógenos, principalmente do progresso tecnológico “O modelo de Solow pressupõe ao invés de explicar o comportamento do determinante crucial do modelo de Solow”, o crescimento da produtividade (Abel, Bernanke & Croushore, 2008: 164).

19 O que é crescimento endógeno?
Segundo Abel, Bernanke & Croushore (2008: 165), a teoria do crescimento endógeno procura explicar o crescimento da produtividade (e, assim, do produto) endogenamente, ou dentro do modelo. “O que define estas teorias como de crescimento endógeno é que as decisões dos agentes (ou do governo) sobre a acumulação (poupança) (...) afetam diretamente a taxa de crescimento equilibrado da economia” (Serrano: 15). As decisões dos agentes (e do governo) afetam, por exemplo, a taxa de investimento em capital (modelo AK) ou a acumulação de capital humano (Lucas – ver Apêndice) e, assim, o crescimento. Serrano, Cesaratoo: as leis de rendimento nas teorias neoclássicas do crescimento: uma crítica sraffiana

20 O que é crescimento endógeno?
A “nova teoria” abandona a hipótese de rendimentos decrescentes Como K/Y = (K/N)/(Y/N), se os rendimentos são constantes, uma proporção K/N mais alta será anulada por uma produção per capita (Y/N) mais alta e, assim, a relação K/Y não será mais alta nos países ricos em capital do que nos países pobresm => hip. subjacente à idéia da convergência. Procura explicar as “forças atuantes” que impedem a queda do produto marginal do capital (e a elevação da relação capital/produto) quando os investimentos aumentam ao longo do processo de crescimento (e pq a PMgK diferiria entre os países): capital humano = conhecimento, habilidades e formação das pessoas  gastos com educação, saúde, etc  acumulação de K e renda per capita. gastos P & D  acumulação de K e crescimento Serrano, Cesaratoo: as leis de rendimento nas teorias neoclássicas do crescimento: uma crítica sraffiana

21 Y = AK, onde  = 1 e A é suposto constante.
O modelo AK Seja a função de produção Y = AK, onde  = 1 e A é suposto constante. Y/K = A. Ou seja, a PMgK é constante => rendimentos marginais constantes. Y/Y = K/K, pois lnY = lnA + lnK e Y/Y = A/A + K/K K = sY – dK K/K = sY/K – d e, substituindo Y/K por A, Y/Y = sA – d. Então, aumentos em s elevarão não só o investimento, como também a taxa de crescimento da economia.

22 O gráfico O gráfico mostra que, devido aos rendimentos constantes, o investimento sY se distancia cada vez mais da depreciação dK (em lugar de tender a ela, como no modelo de Solow). O crescimento pode prosseguir perpetuamente.

23 A endogeneização do progresso técnico
Nos anos 90, maior reflexão sobre a natureza da tecnologia. A tecnologia evolui em função de novas idéias. Para Romer, a principal característica das idéias é a de ser um “bem” não-rival, com uma exclusividade que varia conforme a natureza da idéia e o sistema legal. Um bem rival só pode ser consumido por um agente por vez e precisa ser produzido a cada vez que é vendido; Quanto maior a exclusividade, mais facilmente o produtor pode cobrar por seu uso.

24 Rivalidade x exclusividade
Jones, p. 68.

25 Idéias e crescimento Idéias/tecnologia = não-rival
Idéias => ausência de rivalidade => rendimentos crescentes => concorrência imperfeita Idéias/tecnologia = não-rival várias empresas podem utilizar a mesma tecnologia ao mesmo tempo. a dimensão/escala importa => rendimentos crescentes elevado custo fixo => preço > Cmg Benefícios privados (lucros) X benefícios públicos Papel das patentes e direitos autorais. Sala-i-Martin, X. (2001). 15 years of new growth economics: what have we learned?

26 A crítica heterodoxa Muitos autores questionam a “novidade”, dado que vertentes heterodoxas há muito questionavam a existência de uma tendência “natural” à convergência (Prebisch;Hirschman, Myrdal) justificavam a adoção de políticas econômicas; procuravam endogeneizar parcialmente o progresso técnico (por exemplo, associando-o ao investimento).

27 A crítica heterodoxa Críticas à teoria neoclássica
orientada para a oferta modelos de economia fechada não diferenciam os setores Evidências empíricas (Banco Mundial, 1991; Young, 1995) Maior parte do crescimento dos países é explicado pelo crescimento dos fatores de produção. Questão fundamental: o que explica o crescimento rápido dos fatores de produção?

28 A crítica heterodoxa Kaldor: abordagem setorial é fundamental para compreender o processo de crescimento atividades c/ retornos crescentes (indústria) versus atividades c/ retornos descrecentes (agricultura e mineração) As 3 leis de Kaldor: Crescimento da produção manufatureira => crescimento do produto Crescimento da produção manufatureira => crescimento da produtividade no setor industrial (Lei de Verdoorn) Taxa de crescimento do setor manufatureiro => aumento da produtividade nos demais setores O que determina o crescimento da produção manufatureira? Fontes de demanda autônoma Demanda da agricultura nos estágios iniciais de crescimento e crescimento das exportações nos estágios posteriores.

29 Indicadores dos BRICs

30 Apêndice: O modelo de Lucas
O modelo parte da função de produção Y = K(hL)1-, onde h é o capital humano per capita. Supõe-se também que h = (1 – u)h, onde u é o tempo de trabalho e (1 – u) é o tempo dedicado à acumulação de qualificações. Então, h/h = 1 – u. Ora, h entra na função como antes entrava A. Agora, porém, é um termo cuja taxa de crescimento é alterada pela decisão dos agentes (talvez influenciada por políticas públicas) de se qualificarem... o efeito de aumentar o tempo (1-u) tem impacto idêntico à aceleração do progresso técnico no modelo de Solow.


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